4 resultados para ACCESO A RECURSOS GENÉTICOS

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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O presente trabalho toma como referência central a raça Serpentina. Numa primeira parte foi elaborado um questionário destinado à caracterização das explorações agrícolas e produtores associados na Associação Portuguesa de Caprinicultores da Raça Serpentina (APCRS), com a realização dos inquéritos coordenada pelos técnicos daquela associação durante o ano de 2014. Os principais elementos de caracterização da exploração agrícola foram a localização, área, forma de exploração da SAU, actividades vegetais e animais, modos de produção, mecanização e mão-de-obra. Ao nível do produtor as principais informações recolhidas foram a idade, o nível de escolaridade e de formação agrícola e o tempo de actividade dedicado à exploração agrícola, assim como a representatividade das medidas de apoio financeiro no rendimento da exploração agrícola e as origens do rendimento do agregado familiar do produtor. Para além da realização dos inquéritos também foram utilizados registos de parâmetros produtivos efectuados pela APCRS no período de 5 anos (2009-2013): Taxa de Fertilidade, Taxa de Prolificidade, Peso dos cabritos (70 dias) e Quantidade de leite (210 dias). Dos inquéritos realizados obtiveram-se 28 válidos, que perfazem um efectivo global de 3929 fêmeas reprodutoras da raça Serpentina e 11575 hectares de área total das 28 explorações agrícolas. Quanto aos parâmetros produtivos foram considerados os 15 produtores que apresentavam valores para a generalidade dos anos e dos parâmetros considerados. O tratamento de dados envolveu análise estatística univariada e bivariada.

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A necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a morfologia da abelha melífera portuguesa (Apis mellifera iberiensis) originou o presente estudo. A amostragem definiu-se com base no banco de amostras existentes no Laboratório de Patologia Apícola da ESA-IPB, relativas ao ano de 2015. Cada amostra foi constituída por cinco obreiras adultas conservadas pelo frio (-18 °C). Foram analisadas 124 amostras distribuídas por 16 concelhos (aproximadamente oito por concelho) pertencentes aos distritos de Bragaa e Vila Real. As medições efetuadas em cada uma das obreiras foram: peso (PA), comprimento (CA) e largura (LA) do corpo; comprimento (CAA) e largura (LAA) da asa anterior; comprimento (CAP) e largura da asa posterior (LAP); comprimento do fêmur (CF), da tíbia (CT), do basitarso (CBT), do tarso (CTA) e da probóscide (CP) e a largura do basitarso (LBT). Para avaliação destas medidas utilizou-se uma balaa analítica de precisão (0,01g) e um paquímetro eletrónico digital (0-100mm±0,02mm). As diferentes variáveis estudadas compararam-se por análise de variância (ANOVA), sendo o teste de Tukey-Kramer HSD utilizado para a comparação múltipla de médias. O peso médio das obreiras do concelho de Vila Pouca de Aguiar (0,123±0,018 g) foi mais elevado (p<0,05) do que o das obreiras dos concelhos de Torre de Moncorvo e Ribeira de Pena (0,106±0,023 g em ambos os casos). Também, as obreiras do concelho de Vila Pouca de Aguiar apresentaram um comprimento médio do corpo (13,065±0,890 mm) superior (p<0,05) às obreiras do concelho de Boticas (12,228±0,958 mm) e uma largura média (4,565 ± 0,392 mm) superior às obreiras de Vila Flor (4,089 ±0,288 mm). Porém, o CAP (6,333±0,303 mm) e o CT (3,179±0,183mm) das obreiras de Vila Pouca de Aguiar foi mais baixo (p<0,05) ao observado nos concelhos de Torre de Moncorvo (6,616±0,361 mm) e Vila Flor (3,358±0,146 mm). As variáveis LAA, LAP, CF, CBT e CP não apresentaram diferenças significativas (p>0,05) entre os concelhos estudados.

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As capacidades produtivas dos animais dependem de diversos fatores: genéticos e ambientais. O conhecimento da forma como os referidos fatores afetam a produtividade dos animais, carne e leite, permite ao produtor tomar as decisões técnicas necessárias para atingir um melhor índice de produtividade e rentabilidade da sua exploração. Este trabalho teve como objetivo principal evidenciar alguns dos fatores que afetam as características creatopoiéticas e lactopoiéticas da Serpentina e a forma como atuam sobre as mesmas, usando dados recolhidos pela APCRS, desde 1991 a 2014, em efetivos dos seus associados, explorados em sistemas de produção tradicionais. Foram estudados os pesos ao nascimento (PN) (3,17 kg), ajustado aos 30 dias (P30) (6,47 kg) e aos 70 dias (P70) (10,51 kg), bem como os diferentes modos de cria dos cabritos. Considerando as diversas modalidades de cria, o potencial de crescimento observado foi: (i) aleitamento natural os machos cresceram 0,108 kg e as fêmeas 0,095 kg; (ii) aleitamento em boxes os machos cresceram 0,109 kg e as fêmeas 0,099 kg; (iii) aleitamento em grupo os machos cresceram 0,141 kg e as fêmeas 0,119 kg; (iv) aleitamento em cornadi os machos cresceram 0,106 kg e as fêmeas 0,100 kg; (v) aleitamento artificial os machos cresceram 0,095 kg e as fêmeas 0,085 kg. A análise das diferentes características lactopoiéticas basearam-se na duração da lactação (DL), duração da ordenha (DO), produção total de leite (PTL), produção de leite comercializável (PLC), teor de matéria gorda (TMG) e teor de matéria proteica (TMP). Analisando os resultados de produção verificou-se: (i) duração da lactação de 207,18 dias; (ii) produção total de leite 167,81 L; (iii) produção de leite ajustado aos 210 dias de 118,46 L; (iv) teor butiroso ajustado aos 210 dias de 4,91 %; teor proteico ajustado aos 210 dias de 3,78 %. Verificou-se que os caracteres de crescimento e de produção de leite estudados apresentaram diferenças altamente significativas (P < 0,01) de forma generalizada, como consequência das diferenças técnicas e condições ambientais existentes nas diferentes explorações. Os valores médios obtidos, bem como a sua variabilidade, para as características creatopoiéticas e lactopoiéticas, revelam que a aptidão da raça para a produção de carne e leite tem um peso considerável na sua viabilidade produtiva. A existência de animais com valores produtivos elevados incute a esperaa que através de um maneio mais cuidado e de um melhoramento genético mais criterioso, será possível obterem-se valores médios mais elevados aos obtidos neste estudo.

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Em Portugal, apesar da sua reduzida diferenciação genética, existem 6 raças de caprinos: Algarvia, Bravia, Charnequeira, Preta de Montesinho, Serpentina e Serrana. É plausível que estas raças tenham origem em animais provenientes de diversas regiões da Península Ibérica (considerando a ocorrência histórica de transumância) e do Norte de África, com possível influência de populações/raças de outras regiões (e.g. populações/raças comerciais transfronteiriças). Este trabalho teve como objetivo uma reflexão sobre dados históricos, bem como resultados de estudos de diversidade genética realizados recentemente por diversos autores (ADN mitocondrial, microssatélites e cromossoma Y), no sentido de discutir as possíveis origens da raça Serpentina. Com solar na região do Alentejo, a raça Serpentina, de aptidão mista carne/leite, tem características fenotípicas distintas das outras raças autóctones Portuguesas. De pelagem branca com listão e cabos pretos, foi conhecida no passado por Espanhola, Castelhana e Raiana, apresentando semelhaas morfológicas evidentes com a raça Blanca Celtibérica do Centro-Sul de Espanha, nomeadamente com o ecótipo onde surgem animais com pelagem idêntica, chamados “Rayados”. No seu conjunto os dados atuais refletem as introduções de animais efetuadas ao longo do tempo nos efetivos. Os estudos de diversidade genética dos caprinos Ibéricos baseados em marcadores moleculares neutros (i.e., microssatélites) ilustram a proximidade entre estas duas raças, mas não refletem a totalidade das diferenças genéticas associadas à seleção de animais com base em caracteres produtivos. Revela-se importante considerar análises genómicas de forma a incorporar informação de caracteres morfológicos como, por exemplo, a coloração da pelagem na avaliação das relações genéticas entre raças caprinas.