Conhecer GLOBAL Atuar LOCAL

O consumo de substâncias psicoativas e os comportamentos aditivos no contexto escolar, constituem hoje um sério problema de saúde pública. A comunidade educativa é confrontada com enormes desafios no sentido do desenvolvimento de uma resposta única, integrada e pragmática para um fenómeno em constante evolução. A avaliação do perfil do uso de drogas numa dada população permite o desenvolvimento de programas mais realistas e ainda, quando a pesquisa é realizada sistematicamente, passa a representar um indicador fundamental para a avaliação dos resultados de intervenções eventualmente implementadas num dado período de tempo. Neste quadro, julgamos pertinente e oportuno a concretização deste estudo e o envolvimento de toda a comunidade escolar assim como parceiros estratégicos com atuação na área da saúde, educação, investigação e intervenção social. Objetivos: (1) Desenvolver avaliação diagnóstica, ao nível regional, sobre os hábitos, comportamentos de risco, consumo de álcool, tabaco e outras drogas nos adolescentes em idade escolar. (2) Criar uma estrutura observacional permanente dos comportamentos aditivos dos jovens. Método: Estudo com abordagem quantitativa do tipo descritiva, longitudinal, realizado a 1181 alunos do7º ano de escolaridade das escolas da região Alentejo. A recolha de dados foi realizada através da aplicação de questionário online. O questionário será aplicado anualmente, aos alunos do 7º e 9º ano, no sentido de possibilitar a monitorização dos comportamentos de saúde dos adolescentes relativamente aos consumos nocivos, o que permitirá que cada grupo seja sujeito ao mesmo questionário duas vezes ao longo do seu percurso escolar (no 7º e no 9º ano). Será solicitada a colaboração de todos os atores relevantes das escolas envolvidas no projeto. Resultados: A amostra é constituída por 537 rapazes e 644 raparigas. Da amostra 34,68% consumiram bebidas alcoólicas alguma vez na vida; 39,38% utilizaram o tabaco; 18,95% cheirou demoradamente substâncias como colas, vernizes e solventes por causa dos seus efeitos; 1,81% consumiu marijuana ou haxixe ou erva; 1,03% tranquilizantes ou sedativos e 0,94 % a cocaína. Dos que já fumaram tabaco 70,98% fizeram-no a primeira vez com os amigos. As bebidas mais consumidas foram a cerveja (23,93%), seguido das bebidas destiladas (13,63%) e do vinho (7,67%). 12,18% dos estudantes tomou cinco ou mais bebidas seguidas, nos últimos trinta dias. A maioria começou a consumir bebidas alcoólicas com os amigos (19,08%) ou com um familiar (18,99%). Considerando a idade dos jovens da amostra, os resultados mostram que o acesso às substâncias psicoativas ocorreu em idades bastante precoces. Conclusão: o consumo de novas substâncias psicoativas (lícitas e ilícitas), novos padrões de consumo e novas dependências, têm importantes implicações em termos de saúde pública, ocupando hoje, no quadro das prioridades de intervenção na área da promoção da saúde, um lugar de destaque. Projetos contínuos sujeitos a avaliações rigorosas são um dos caminhos para perceber se os jovens são capazes de enfrentar os riscos e os desafios que espreitam nos vários cenários por onde se movimentam. Neste quadro, o futuro das intervenções comunitárias na área da saúde dirigidas ao meio escolar deverão ter nas evidências científicas um pilar essencial.

Conhecer GLOBAL Atuar LOCAL

O consumo de substâncias psicoativas e os comportamentos aditivos no contexto escolar, constituem hoje um sério problema de saúde pública. A comunidade educativa é confrontada com enormes desafios no sentido do desenvolvimento de uma resposta única, integrada e pragmática para um fenómeno em constante evolução. A avaliação do perfil do uso de drogas numa dada população permite o desenvolvimento de programas mais realistas e ainda, quando a pesquisa é realizada sistematicamente, passa a representar um indicador fundamental para a avaliação dos resultados de intervenções eventualmente implementadas num dado período de tempo. Neste quadro, julgamos pertinente e oportuno a concretização deste estudo e o envolvimento de toda a comunidade escolar assim como parceiros estratégicos com atuação na área da saúde, educação, investigação e intervenção social. Objetivo: - Desenvolver avaliação diagnóstica, ao nível regional, sobre os hábitos, comportamentos de risco, consumo de álcool, tabaco e outras drogas nos adolescentes em idade escolar. - Criar uma estrutura observacional permanente dos comportamentos aditivos dos jovens. Método: Estudo com abordagem quantitativa do tipo descritiva, longitudinal, realizado a 1181 alunos do7º ano de escolaridade das escolas da região Alentejo. A recolha de dados foi realizada através da aplicação de questionário online. O questionário será aplicado anualmente, aos alunos do 7º e 9º ano, no sentido de possibilitar a monitorização dos comportamentos de saúde dos adolescentes relativamente aos consumos nocivos, o que permitirá que cada grupo seja sujeito ao mesmo questionário duas vezes ao longo do seu percurso escolar (no 7º e no 9º ano). Será solicitada a colaboração de todos os atores relevantes das escolas envolvidas no projecto. Resultados: A amostra é constituída por 537 rapazes e 644 raparigas. Da amostra 34,68% consumiram bebidas alcoólicas alguma vez na vida; 39,38% utilizaram o tabaco; 18,95% cheirou demoradamente substâncias como colas, vernizes e solventes por causa dos seus efeitos; 1,81% consumiu marijuana ou haxixe ou erva; 1,03% tranquilizantes ou sedativos e 0,94 % a cocaína. Dos que já fumaram tabaco 70,98% fizeram-no a primeira vez com os amigos. As bebidas mais consumidas foram a cerveja (23,93%), seguido das bebidas destiladas (13,63%) e do vinho (7,67%). 12,18% dos estudantes tomou cinco ou mais bebidas seguidas, nos últimos trinta dias. A maioria começou a consumir bebidas alcoólicas com os amigos (19,08%) ou com um familiar (18,99%). Considerando a idade dos jovens da amostra, os resultados mostram que o acesso às substâncias psicoativas ocorreu em idades bastante precoces. Conclusão: o consumo de novas substâncias psicoativas (lícitas e ilícitas), novos padrões de consumo e novas dependências, têm importantes implicações em termos de saúde pública, ocupando hoje, no quadro das prioridades de intervenção na área da promoção da 176 saúde, um lugar de destaque. Projetos contínuos sujeitos a avaliações rigorosas são um dos caminhos para perceber se os jovens são capazes de enfrentar os riscos e os desafios que espreitam nos vários cenários por onde se movimentam. Neste quadro, o futuro das intervenções comunitárias na área da saúde dirigidas ao meio escolar deverão ter nas evidências científicas um pilar essencial.

Mafic and felsic plutonism in the Elvas region (SW Iberia, Portugal): two distinct Nd isotope sources and geodynamics

The occurrence of mafic (mainly gabbros and diorites) and felsic (syenites and granites) rocks, in close spatial association, in the Elvas region, at the northern part of the Ossa-Morena Zone, could be interpreted as a single bimodal (alkaline) plutonic complex. However, in spite of scarce isotopic (Sm-Nd) data, the co-magmatic origin of both rock groups (mafic and felsic) has already been questioned [1]. Based on the mineral chemistry of primary clinopyroxenes (Di–Hd, %En: 45.5 – 27.2) and representative whole-rock analyses, gabbros and diorites of the Elvas massif show a transitional character between alkaline and non-alkaline fields and wide compositions: SiO2 (42.47 – 58.00 wt%); TiO2 (0.24 – 1.68 wt%); Y/Nb (4.0 – 10.7); Th (0.1 – 6.8 ppm); Zr (18.6 – 576.9 ppm). The felsic group is composed by highly differentiated rocks which correspond to distinct levels of silica saturation and alkalinity. Peralkaline syenites usually present sodic (riebeckite) and sodic-calcic (aegirine-augite, ferrowinchite) inosilicates and reveal quite variable compositions: SiO2 (57.50 – 72.07 wt%); TiO2 (0.10 – 1.45 wt%); Th (1.7 – 67.0 ppm); Zr (133.0 – 4800.0 ppm). The alkaline granites show hedenbergite as the characteristic inosilicate, presenting relatively common compositions: SiO2 (61.85 – 78.06 wt%); TiO2 (0.21 – 0.58 wt%); Th (11.8 – 38.4 ppm); Zr (317.3 – 1234.6 ppm) [2]. Recent Sm-Nd isotopic results, on a total of 18 whole-rock samples (6 mafites and 12 felsites), allow new and more consistent interpretation concerning the petrogenesis of these plutonic rocks. Assuming an age of 490 Ma [3], the felsic rocks provide (0.6 < Nd490 < 4.3), similar to other contemporary (per)alkaline rocks of this region [4], reflecting magmatic extractions from time-integrated depleted mantle sources followed by variable and incomplete mixing (and/or AFC-type) processes with enriched, probably crustal sources. This alkaline/peralkaline magmatism is thought to represent the main regional record of the rifting event which presumably led to the opening of the Rheic Ocean. On the other hand, the mafic plutonic rocks of the Elvas massif cannot represent the magmatic precursors of these syenites and granites as they show completely distinct Nd isotopic ratios (3.7 < Nd490 < 1.2) indicating important contribution of long-term enriched (crustal) sources. Instead, considering the age and the Nd isotopic signature of other mafic plutonic unit emplaced nearby (the Campo Maior massif: ca. 370 Ma; 6.0 < Nd370 < 5.2) [5], and recalculating the isotopic ratios of the Elvas massif for the same age (4.3 < Nd370 < 1.6), it is plausible to consider that these plutons (Campo Maior and Elvas) can be coeval and representative of the Variscan magmatism in this region. In such hypothesis, the differences between these isotopic values could be explained, on a time-integrated basis, either by magmatic sources for the Elvas massif less enriched in LREE than the sources involved in the Campo Maior massif, or, if both plutonites share similar depleted mantle sources, by magmatic differentiation paths considerably affected by crustal contamination processes, which reached higher degrees in the Campo Maior massif.