Evolu����o hist��rica do ensino da bateria em Portugal

O presente trabalho consiste num estudo sobre a evolu����o do ensino da Bateria em Portugal e toda a sua envolv��ncia ��� m��sicos e principais institui����es com tradi����o e responsabilidade no ensino e divulga����o musical; Abstract: This dissertation proposes a study on the evolution of the teaching of the Drum Set in Portugal and all its surroundings ��� musicians and leading institutions with tradition and responsibility in teaching and musical dissemination.

The ways behind the railways: Algarve's railway line. Technique transfers and transport development in Southern Portugal

Esta disserta����o pretende contribuir para um melhor conhecimento da complexidade das redes de transfer��ncia de conhecimentos e t��cnicas, no dom��nio da engenharia civil e mais concretamente atrav��s dos caminhos-de-ferro, nos séculos XIX e XX. Em Portugal, os caminhos-de-ferro estiveram no cerne de um vasto debate, sobretudo pol��tico, concomitante com uma instabilidade crescente no cen��rio pol��tico e uma fase de fragilidade econ��mica. �� neste contexto que a Linha do Sul e Sueste vai ser constru��da (seguida pela sua extens��o at�� Vila Real de Santo Ant��nio e pela constru����o do ramal de Portim��o, que chegar�� a Lagos). Este empreendimento �� uma clara ilustra����o da realidade portuguesa de ent��o, no que concerne ao desenvolvimento desta rede de transportes, que nos permite, igualmente, conhecer e compreender quem interveio no processo de constru����o da linha (os engenheiros, as empresas, entre outros aspectos) e assim determinar quais as influ��ncias e transfer��ncias t��cnicas que tiveram lugar; RESUMEE: Cette m��moire attire �� la contribution pour une meilleure connaissance de la complexit�� des r��seaux de transfert de techniques et connaissances qui ont eu lieu dans le domaine de l���ing��nierie civile, surtout dans les chemins de fer, au XIX��me et XX��me si��cles. Au Portugal, les chemins de fer sont ��t�� le cerne d���un tr��s vaste d��bat, co��ncidant avec une croissante instabilit�� dans le scenario politique et aussi une phase ��conomique fragile. C���est dans ce contexte que la Ligne du Sud et Sud-est va ��tre b��ti (suivi par l���extension jusqu����� Vila Real de Santo Ant��nio et la construction de l���embranchement ferroviaire Portim��o). Cette entreprise c���est une illustration claire de la r��alit�� portugaise, en concernant l���impl��mentation de cette r��seau de transport, que nous permettre de comprendre et ��galement bien connaitre qui a intervenu dans le processus de construction de la ligne (les ing��nieurs, entreprises, etcetera), ainsi que d��terminer les influences et les transferts techniques qui ont eu lieu; ABSTRACT: With this master���s thesis, the aim is to be able to contribute to a better understanding of the complex network of technique���s and knowledge transfers, that took place within the field of civil engineering, in the 19th and 20th centuries, namely on the railways. In Portugal, railways take-up was a wide and ample debate, coinciding with an uprising turmoil on the Portuguese political outskirt and a phase of economic frailty. It���s in this context that the construction of the South and Southeast Line took place (followed, later on, by its extension until Vila Real de Santo Ant��nio and by the construction of the Portim��o���s branch). This enterprise is, as we pretend to prove in this master���s thesis, a clear example of the Portuguese reality, enabling us to understand and to get to know those who intervened in the construction���s process (the engineers and the companies) as well as determining influences and technique transfers that have taken place.

Conflitos ambientais e progresso t��cnico na ind��stria mineira e metal��rgica em Portugal (1858-1938)

This chapter explores the relationship between environmental conflicts and technical progress, trying to understand, in the case of large mines of the Iberian Pyrite Belt, in Alentejo, how emerging environmental problems conditioned the performance or led to the search for alternative technical solutions, taking as chronological limit for this observation the beginning of World War II. In the absence of the archives of the companies, the research was based on existing administrative documents in the state archives (mining engineers reports, the licensing of mining activities), on reports and documents published in specialized mining press, in particular, the Bulletin of the Ministry of Public Works, Trade and Industry, the Journal of Public Works, Trade and Industry (both in Portuguese), and finally in the local press. Despite that limitation, the information available shows that in global competition markets, the success of the British enterprise in Santo Domingo had the active search for new technical solutions for the creation and adaptation of existing knowledge to local problems in order to maximize the mineral resources available. The early development of the hydrometallurgical processes for the treatment of poor ores, named ���natural cementation���, can be explained as the way these companies tried to solve problems of competitiveness, boosting economies of scale. Thus, they transferred the environmental costs previously limited to agriculture to more fragile social groups, the poor fishermen of Guadiana River and of Vila Real de Santo Ant��nio. Therefore, the hydrometallurgy of pyrites was developed locally, pioneered in Santo Domingo that allowed the survival and expansion of the British company from the late 1870s, that is, at a time when most small mines shut since they were not able to compete globally. Through different consented and regulated processes (judicial), through conflict or parliamentary mediation, the State imposed exceptionally additional costs to companies, either for compensation, the imposing the application of remediation measures to reduce the environmental damage in some cases, thus contributing to derail some projects. These cases suggest that the interaction between local conflicts, corporate behavior and technological progress proves to be complex. This article aims to contribute to the debate on economic and social history between the environment and technological progress, arguing that the fixed costs and economic imponderable social risks were factors that encouraged the companies to search for new solutions and to introduce innovations since that would allow the expansion of their activity. In this process the companies sometimes faced environmental dilemmas and unforeseen costs with consequences on the economy of firms. The nature of the knowledge needed to address the environmental problems they created, however, is of a very different nature from that knowledge needed to face the environmental burdens that were inherent to the development of its activity.

O servi��o de refer��ncia nas bibliotecas p��blicas em Portugal: modelo de desenvolvimento

O Servi��o de Refer��ncia (SR), incorporando na sua organiza����o, funcionamento e comunica����o com o utilizador um conjunto de potencialidades proporcionadas pela tecnologia, assume um papel fundamental na luta contra a desigualdade e o analfabetismo digital, no fomento da literacia da informa����o e na cria����o de conhecimento. A percep����o do valor e das fragilidades do SR nas bibliotecas p��blicas em Portugal levanta a quest��o sobre como contribuir para o seu desenvolvimento. A presente investiga����o, visando a constru����o de alicerces numa perspectiva de evolu����o, parte da an��lise de documentos orientadores internacionais da RUSA/ALA (Reference and User Services Association / American Library Association) e da IFLA (International Federation of Library Association) e da observa����o de caracter��sticas estruturais da Rede Nacional de Biblioteca P��blicas (RNBP), para a concep����o de solu����es de desenvolvimento do SR a aplicar a esta realidade concreta. Seguindo um paradigma compreensivo indutivo, com uma orienta����o baseada na Grounded Theory, esta pesquisa privilegia o contexto da descoberta e a constru����o de uma teoria. No plano emp��rico cumpre uma complementaridade de t��cnicas qualitativas e quantitativas, com recurso a uma triangula����o metodol��gica. O campo de an��lise abrange a totalidade das bibliotecas p��blicas portuguesas integradas na RNBP em Portugal. Visando aspectos funcionais e materiais, s��o analisados dados preexistentes e aplicadas t��cnicas de observa����o directa e inqu��rito por question��rio. Visando aspectos sociais, s��o efectuadas seis entrevistas semi-estruturadas. Os resultados apontam para uma situa����o de estagna����o das bibliotecas da RNBP e para um funcionamento n��o estruturado e informal do SR, na maioria dos casos em que se verifica a sua disponibiliza����o. Fundamentada a necessidade de evolu����o, e do investimento que nele possa ser feito, �� constru��do um modelo, seguindo uma estrat��gia por n��veis, flex��veis e adapt��veis ��s necessidades e aos recursos de cada biblioteca, que visa o desenvolvimento incremental e congruente daquele servi��o; Abstract: The Reference Service in public libraries in Portugal. Development model from international guidelines. Incorporating in its organization, procedures and communication with the users a set of tools brought by technology, Reference Service (RS) plays a key role in the struggle against inequality and digital illiteracy, promoting information literacy and creating knowledge. The perception of the value of RS and the weaknesses in public libraries in Portugal raise the question on how to contribute to its development. In order to build RS foundations on an evolutionary perspective, this research analyzes RUSA / ALA (Reference and User Services Association / American Library Association) and IFLA (International Federation of Library Association) international guidelines and the structural characteristics of the Portuguese National Public Library Network (RNBP), with the objective of creating a solution for the development of that service to be applied to this reality. Following an inductive comprehensive paradigm, with an orientation based on Grounded Theory, this research focuses on the context of discovery and the construction of a theory. Empirically it fulfils complementary qualitative and quantitative techniques, using a methodological triangulation. The field of analysis covers Portuguese public libraries integrating the RNBP. Aiming at functional and material aspects, direct observation techniques and a survey by questionnaire are applied. Targeting social aspects, six semistructured interviews are carried out. The results point to a situation of stagnation in the RNBP as well as the unstructured and informal performance of the SR, which justifies the need for evolution and investment. A model is constructed, following a strategy based on levels, flexible and adaptable to the needs and resources of each library, with the perspective of an incremental and consistent development of this service.

O Ensino Prim��rio em Portugal. Viagem ao Passado

Esta obra leva-nos a uma extraordin��ria viagem pelo universo do Ensino Prim��rio. Uma longa viagem guiada por algu��m que nele viveu uma vida inteira, como profissional e estudioso, e que dele se apaixonou, como se pode verificar pela emo����o que se sente nas palavras. ���O Ensino Prim��rio em Portugal. Viagem ao Passado��� apresenta uma, interessante, completa e singular, abordagem ao Ensino Prim��rio em Portugal e, dessa forma, proporciona, �� comunidade cient��fica e �� sociedade portuguesa, um relevante contributo para a História da Educa����o.

Conv��vios dif��ceis ��� sociabilidade violenta no seio familiar numa sociedade ib��rica de Antigo Regime (Porto, segunda metade do século XVIII)

As no����es de fam��lia e parentesco na ��poca moderna t��m uma multiplicidade de extens��es e significados. No entanto, por toda a Europa, a fam��lia constitui-se como a unidade produtiva, afectiva e convivencial. �� sob a sua ��gide que os indiv��duos agem e reagem, sociabilizam e onde s��o definidos os seus pap��is sociais. Em Portugal esta realidade n��o �� diferente. Nesta comunica����o pretendemos mostrar que, no século XVIII, no Norte de Portugal, a c��lula familiar enquadra tamb��m as pr��ticas e as sensibilidades da viol��ncia. Sendo o século XVIII um século de transi����o e transforma����o lenta de comportamentos, quer atrav��s da maior press��o do Estado para o controlo da ordem social, quer atrav��s de uma reflex��o profunda no ��mbito religioso do regramento dos costumes e da moral, �� imperioso analisar os factores que interferiram nessa transforma����o na forma de tolerar, sentir e praticar a viol��ncia dentro das estruturas familiares, percebendo os diferentes pap��is que os diferentes protagonistas desempenham. Que redes de sociabilidade subjazem a esta conflituosidade e viol��ncia familiar? Por um lado, as pessoas agridem e s��o agredidas, muitas vezes, como parte integrante de grupos familiares, por vezes rivais. Por outro lado, dentro da pr��pria fam��lia surgem atritos que despoletam agress��es, furtos e at�� homic��dios. Importa, pois, avaliar o peso dos conflitos intrafamiliares na contabilidade geral da viol��ncia na regi��o do porto e seu hinterland. Para tipos de fam��lia diversos, tanto na sua viv��ncia regional (rural ou urbana) como econ��mica (de uma arreigada liga����o �� terra ou de liga����o ao pequeno ou grande com��rcio ou ainda de tradi����o mesteiral), compreens��es diversas do fen��meno violento e diferentes utiliza����es do sistema de repara����es. Importa, pois, perceber as redes e interdepend��ncias familiares que condicionam estas transgress��es violentas e de que forma as resolvem (tolerando-a ou n��o).

Irmandade de Santa Cec��lia - Implementa����o local na segunda metade do século XVIII: ��vora e Porto.

Abstract: Professional brotherhoods were a fundamental structure of social organization during the Ancien Regime in Portugal. The traditional guild of musicians - Brotherhood of St. Cecilia - was a case of particular relevance to the musical context over a long period of time and was confirmed as a dominant institution, especially in Lisbon. This study establishes a confrontation across the Statutes of the Brotherhood under the Documents (Compromissos) known since 1749, in order to know (a) changes made by the end of the eighteenth century; (b) local specificities in ��vora (1780) and Oporto (1784) according to the model of Lisbon (1749 and 1766); (c) connections to specific musical contexts. Resumo: As irmandades profissionais constituiram-se como uma estrutura fundamental de organiza����o social durante o Antigo Regime em Portugal. No caso dos m��sicos a Irmandade de Santa Cec��lia afirmou-se como um caso de particular relev��ncia para o estudo do sistema de organiza����o e valoriza����o de atividade confirmando-se como uma institui����o dominante, sobretudo em Lisboa. Neste estudo estabelece-se um confronto entre os Estatutos da Irmandade segundo os Compromissos conhecidos desde 1749, no sentido de conhecer (a) altera����es introduzidas at�� finais do século XVIII; (b) especificidades locais em ��vora (1780) e Porto (1784) de acordo com o modelo de Lisboa (1749 e 1766); (c) rela����o com contextos musicais espec��ficos.

Contributos para o estudo da arquitectura cisterciense, em Portugal, no ��mbito do Projecto ORFEUS: forma e m��sica

Abstract This communication reflects the work done in the Department of Civil Engineering and Architecture at the University of Beira Interior (Portugal), and still ongoing, in the framework of the project ORFEUS - The Tridentine Reform and music in the cloistral silence: the Monastery of S. Bento de C��stris (Project FCT EXPL/EPH-PAT/2253/2013) and aims to bring the debate to a contribution to the study of the specificity of the monastery of St. Bento de C��stris in the context of Cistercian architecture, in which the shape and the music are intertwined. In this way, two dissertations have been developed in Architecture (integrated master course of architecture of the University of Beira Interior) within the project ORFEUS, which are divided by the importance and contributions of the Cistercian Architecture in contemporary religious architecture, the morphology of the Cistercian churches and the relationship between architecture and music in the specific case study of the church of the monastery of St. Bento de C��stris. Resumo Esta comunica����o reflecte o trabalho desenvolvido no Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura da Universidade da Beira Interior, e ainda em curso, no ��mbito do Projecto ORFEUS - A Reforma tridentina e a m��sica no sil��ncio claustral: o mosteiro de S. Bento de C��stris (Projecto FCT EXPL/EPH- PAT/2253/2013) e pretende-se com esta comunica����o trazer a debate um contributo para o estudo da especificidade do Mosteiro de S. Bento de C��stris, no contexto da arquitectura cisterciense, no qual a forma e a m��sica se entrela��am. Neste sentido foram desenvolvidas duas disserta����es de mestrado integrado em Arquitectura, no ��mbito do Projecto ORFEUS, que se repartem pela import��ncia e contributos da Arquitectura Cisterciense na Arquitectura religiosa contempor��nea, a morfologia das igrejas cistercienses e a rela����o entre a arquitectura e m��sica patente no estudo de caso da igreja do Mosteiro de S. Bento de C��stris.

O g��nero sonata em Portugal: subs��dios para o estudo do repert��rio portugu��s para tecla de 1750 a 1807

O repert��rio portugu��s para instrumentos de tecla da segunda metade do século XVIII encontra-se disperso em bibliotecas e arquivos, em Portugal e no estrangeiro, essencialmente sob a forma de manuscrito. Neste repert��rio, a sonata emerge como um g��nero musical de grande import��ncia. De facto, as duas cole����es de sonatas publicadas na ��poca constituem as ��nicas obras para instrumentos de tecla impressas em Portugal durante todo esse século. O objetivo deste trabalho �� realizar um invent��rio do repert��rio portugu��s composto para instrumentos de tecla durante o per��odo acima descrito, focando a respectiva descri����o formal e as caracter��sticas composicionais das sonatas em geral, e na produ����o de cada compositor portugu��s em particular, bem como as suas biografias e perfis. De forma a estudar a sonata portuguesa e o seu desenvolvimento no per��odo compreendido entre 1750���1807, foi realizado um levantamento das obras portuguesas existentes para instrumentos de tecla deste per��odo. Este levantamento foi acompanhado por pesquisas biogr��ficas sobre cada compositor e por uma abordagem anal��tica baseada na Teoria da Sonata de James Hepokoski e Warren Darcy. A divis��o deste per��odo em dois subper��odos demonstra varia����es significativas na evolu����o da sonata portuguesa. O estudo deste repert��rio demonstra que a sonata �� o g��nero musical predominante e define o modelo da sonata portuguesa deste per��odo, para al��m de caracterizar o desenvolvimento da sonata em Portugal em paralelo com o desenvolvimento deste g��nero musical em It��lia e Espanha; ABSTRACT: The Sonata Genre in Portugal: Contributions for the Study of the Portuguese Keyboard Repertory from 1750 to 1807 The extant Portuguese repertory of the second half of the eighteenth century for keyboard instruments is dispersed in libraries and archives, in Portugal and abroad, mainly in manuscript form. In that repertory, the sonata emerges as a genre of great importance. Indeed, the two collections of sonatas published at the time are the only works for keyboard instruments printed in Portugal throughout the entire century. The aim of the present work is to make an inventory of the Portuguese repertory written for keyboard instruments during the above-mentioned period, with a focus on its formal description and the compositional characteristics of the sonatas in general and in the production of each Portuguese composer in particular, in addition to the biographies and profiles of the latter. In order to study the Portuguese sonata and its development in the period comprised between 1750���1807, a survey of the existing Portuguese works for keyboard instruments from that period was done. This survey was followed by a research on the biography of each composer and an analytic approach based on the Sonata Theory by James Hepokoski and Warren Darcy. Dividing this period in two sub periods showed significant variations on the evolution of the Portuguese sonata. The study of this repertory shows that the sonata is the predominant musical genre within it and identifies the Portuguese sonata model of this period, besides characterizing the development of the sonata in Portugal in parallel with the development of the same genre in Italy and Spain.

Judeus, crist��os e mu��ulmanos no Portugal Medieval

Judeus e mu��ulmanos vivem e movem-se numa sociedade que se define como uma ���respublica christiana���. O direito can��nico e a sua influ��ncia nas leis gerais dos reinos europeus implica, necessariamente, a constru����o de uma identidade crist�� que se define em oposi����o ao ���outro���, sobretudo o judeu, mas tamb��m o mu��ulmano. Neste sentido, a superioridade crist��, basilar no pensamento da Igreja, afeta a legisla����o r��gia portuguesa (como a demais europeia), criando progressivamente normas de segrega����o, tanto a n��vel de vestu��rio como de restri����o espacial das minorias. O discurso da Igreja e o conceito de ���infiel���, conflui, de resto, com os interesses das oligarquias concelhias, no seu programa pol��tico de hierarquiza����o social e econ��mica. N��o obstante, os contextos vivenciais espec��ficos de cada comunidade subvertem, bastas vezes, as normativas , numa necess��ria complementaridade dos membros das tr��s religi��es.

O Megalitismo no Alentejo (Portugal): as interven����es de Manuel Heleno (1931-1939) e o seu contributo para a Arqueologia portuguesa

Entre a primavera de 1931 e a primavera de 1945, Manuel Heleno, Diretor do Museu Etnol��gico e Professor na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, dedicou-se ao invent��rio e escava����o de centenas de monumentos megal��ticos no Alentejo Central. Apesar do volume de informa����o recolhido este investigador, acabou por n��o publicar os seus dados o que trouxe graves consequ��ncias para o estudo do megalitismo funer��rio alentejano. Para al��m de uma caracteriza����o dos trabalhos realizados por Manuel Heleno, apresenta-se um conjunto de reflex��es sobre quest��es relacionadas com a produ����o e divulga����o de informa����o, em Arqueologia e a responsabilidade social do arque��logo.

Intensidades m��ximas observadas nos A��ores (Portugal): resultados preliminares.

O Arquip��lago dos A��ores �� uma regi��o sismicamente activa. Desde o seu povoamento no séc. XV o arquip��lago foi afectado por 33 sismos de intensidade m��xima (Io) ��� VII. O obejctivo �� apresentar o primeiro mapa de intensidades m��ximas observadas (IMO) do arquip��lago dos A��ores. A elabora����o do IMO visa identificar as ��reas afectadas no passado por eventos de grande magnitude. Do cat��logo s��smico (1915-2003) foram selecionados as intensidades m��xima dos eventos ��� V. Foram adicionados 14 sismos hist��ricos com Io ��� VII que ocorreram entre 1522 e 1912. Os clusters s��smicos associados a erup����es vulc��nicas (1957/58 e 1964) assim como r��plicas foram removidos para evitar o enviesamento dos resultados. Utilizou-se o m��todo de krigagem ([1], [2]) para fazer a interpola����o para obter os valores de intensidade dos pontos desconhecidos com base dos pontos e intensidades conhecidas. O mapa IMO mostra que a parte oriental das ilhas de S��o Jorge e Graciosa t��m os valores de intensidade mais elevados, XI e IX, respectivamente. Nas ilhas da Terceira e Pico as IMO, com intensidades VIII e VII, respectivamente, est��o limitadas aos extremos oriental e ocidental. No Faial, uma faixa com direc����o NW-SE apresenta os valores de intensidade (X) mais elevada. Em S. Miguel as IMO (VII e X) est��o localizadas na parte ocidental, sudeste e norte da ilha. Por fim, s�� a parte oriental da ilha de Santa Maria apresenta os valores mais elevados de IMO (VI). N��o apresentamos resultados para as ilhas Flores e Corvo, devido �� reduzida sismicidade que n��o preenche os crit��rios estabelecidos para a selec����o de sismos com Io ��� V. Os mapas IMO n��o t��m capacidade para descriminar os efeitos de s��tio, apesar de mostrarem as ��reas com elevado movimento do solo.

A ��gua na paisagem natural e antr��pica

O crescimento da popula����o gerou a ocupa����o de grandes ��reas da superf��cie terrestre que provocaram altera����es nas paisagens naturais. A apropria����o desordenada do territ��rio, tendo em conta os espa��os urbanos e rurais, trouxe v��rios impactos negativos ao meio ambiente. As linhas de ��gua s��o os ecossistemas mais utilizados pelo homem ao longo da história, pela ��gua, pesca, transporte, ��� e que simultaneamente vai modelando a paisagem pelas altera����es do estado f��sico e modifica����es nas superf��cies por onde corre. O sistema ribeirinho �� constitu��do por v��rios ecossistemas, relacionados entre si e que s��o identificados transversalmente. Ao longo do ano �� poss��vel identificar, numa linha de ��gua, tr��s n��veis: o de cheia durante o escoamento m��ximo anual no per��odo das chuvas, o m��dio ao longo do ano e o de estiagem com o escoamento m��nimo no pico do ver��o. Nas margens, a zonagem das esp��cies rip��rias, est�� relacionada com a altitude, a unidade bioclim��tica, a dist��ncia do ���eixo de humidade���, a geomorfologia, o tipo de solos e a mat��ria org��nica, entre outros fatores. Nas galerias rip��colas do Alentejo s��o frequentes cinco comunidades vegetais com grande diversidade de esp��cies, cujas presen��as est��o relacionadas com os n��veis de ��gua ao longo do ano e o tipo de solo: a) Choupais (Populus nigra), em solos sujeitos a prolongados encharcamentos. b) Salgueirais de borrazeiras pretas (Salix atrocinerea), em ribeiras com regime torrencial. c) Amiais (Alnus glutinosa), em solos com toalha fre��tica �� superf��cie. d) Freixiais (Fraxinus angustifolia) em solos h��midos, a comunidade mais comum no Alentejo. A vegeta����o marginal constitui um sistema el��stico importante na prote����o mec��nica das margens contra o desgaste normal das ��guas, porque as mant��m seguras, protege o leito, favorece a riqueza pisc��cola e purifica as ��guas. Na prote����o com sistemas r��gidos e imperme��veis, verifica-se um elevado custo e estabilidade amea��ada nos pontos de contacto com as margens naturais, impede a comunica����o natural entre a ��gua que corre no leito do rio e a que se desloca em toda a largura do vale, provocando altera����es no len��ol fre��tico. S��o v��rios, os valores associados �� paisagem ribeirinha e, a titulo de exemplo, destacam-se: a) Simb��lico: o Taj Mahal nas margens do rio Yamuna em Agra ��� ��ndia, classificado como Patrim��nio da Humanidade pela UNESCO (1980) e a ponte Hintze Ribeiro destinada a unir as margens de Entre-os-Rios, em Penafiel e Castelo de Paiva, sobre o rio Douro e que colapsou em 4 de mar��o de 2001, num acidente que provou 59 mortes. b) Hist��rico: a ponte medieval de San Mart��n (séc. XIV.) em Toledo ��� Espanha; o a��ude e termas romanas do séc. I a IV a.C., na Herdade de Almagrassa (Pis��es) ��� Portugal e a villa romana da Tourega (séc. I a IV) que pertenceu ao senador Julius Maximus (Ivlivs Maximvs), como consta da lapide funer��ria encontrada na N. Sra. da Tourega (��vora) ��� Portugal. c) M��tico: a ponte romana em Cangas de On��s com a Cruz de la Victoria no principado de Ast��rias ��� Espanha. d) Cultural: a atividade di��ria nas margens do rio Kottayam no distrito de Kerala ��� ��ndia; um fim de semana na margem do rio Dan��bio na cidade de Viena ��� A��stria; as v��rzeas de rios goeses: Loutulim (Rio Zuari), Benaulim (represa de Komollam Tollem) e Betul (rio Sal) (Goa) ��� ��ndia e v��rzeas de rios cingaleses (regi��o de Kandy) ��� Sri Lanka. e) Tur��stico: o pal��cio real de ver��o mandado construir pelo maraj�� Jagat Singh II (1734-1751) na ilha de Jag Niwas (1,5 ha) no lago Pichola. No fim da d��cada de 60, tornou-se num dos mais famosos hot��is rom��nticos do mundo, o Lake Palace Hotel ��� ��ndia e a queda de ��gua de Karpuzkaldiran pr��ximo da cidade de Antalya, cujo acesso �� feito por escadas ou de barco ��� Turquia.

The culture of background investigations (Portugal, 1570-1773)

This article seeks to justify why it is possible to speak about a culture of background investigations in Portugal, or even in the Iberian Peninsula, especially in the 17th-18th centuries. It will emphasize three points: the huge number of people who made qualifications in Portugal and in the overseas Empire; how it created specialized knowledge and the need for specialized officers to deal with it; to demonstrate how the culture of qualification conditioned behaviors in different social groups.

Rein��is versus naturais nas disputas pelos lugares eclesi��sticos do Alt��ntico portugu��s: aspectos sociais e pol��ticos (século XVIII)

Este artigo elege a clivagem naturais/ rein��is como vetor principal de an��lise das caracter��sticas do clero presente no espa��o Atl��ntico portugu��s. Aborda os cl��rigos seculares dos A��ores, da Madeira e do Brasil durante o século XVIII. Identifica os tra��os principais do perfil dos sacerdotes que se habilitaram no Santo Of��cio e a origem dos titulares das prebendas dos cabidos do centro-sul brasileiro: Rio de Janeiro, S��o Paulo e Minas Gerais. Demonstra-se que o acesso aos lugares do poder eclesi��stico foi permeado por uma s��rie de din��micas sociais e pol��ticas, intermediando as rela����es entre a coroa, as elites locais e segmentos interm��dios.