19 resultados para Florestas tropicais - Conservação
Resumo:
Qual é a perspetiva europeia? Quais são os desafios? A PAC e a gestão sustentável do solo e da água Os “deliverables” da Agricultura de Conservação (AC) em relação à gestão sustentável do solo e da água, e não só! A Agricultura de Conservação na Europa e no Mundo A Agricultura de Conservação e a PAC Mensagens
Resumo:
Como corolário de vários estudos geobotânicos realizados, no sudoeste Ibérico, no âmbito do seminário internacional Gestão e Conservação da Biodiversidade VIII, apresentou-se uma conferência sobre as principais séries de vegetação prioritárias para a conservação no centro e sul de Portugal continental. Assim, neste trabalho, após uma breve introdução apresenta-se uma súmula da caracterização biofísica deste território e um conjunto de séries singulares destas superfícies. Assim, selecionaram-se as séries de vegetação potencial climatófilas, edafoxerófilas e edafo-higrófilas que possuem, do ponto de vista corológico ou florístico, maior originalidade. Dentro destas, com elevado valor conservacionista, destacam-se quatro séries de sobreirais de Quercus suber, seis carvalhais de folha marcescente (três de Quercus broteroi, uma de Quercus canariensis, uma de Quercus marianaica e uma de Quercus pyrenaica), seis de zimbrais (quatro de Juniperus turbinata, uma de Juniperus navicularis e uma de Juniperus oxycedrus subsp. lagunae), um carrascal arbóreo (Quercus rivasmartinezii), um zambujal (Olea europaea var. sylvestris), um salgueiral (Salix salviifolia subsp. australis) e duas comunidades arborescentes de cursos de água torrenciais (Nerium oleander e Flueggea tinctoria). Porém, algumas destas séries encerram o seu volar, particularmente nas suas etapas seriais, essencialmente devido à presença de plantas endémicas e/ou com estatuto de proteção legal. Neste sentido, salienta-se ainda ao nível da série, a sinecologia, a sincorologia e a sinestrutura. Contudo, a revisão da dinâmica serial e os trabalhos de campo efectuados recentemente, permitiram a identificação de uma nova associação vegetal descrita no presente trabalho, no âmbito das séries de Aro neglecti-Querco suberis sigmetum. Finalmente expõem-se alguns dados relativos ao estado de conservação das etapas seriais mais próximas do clímax, apresentando-se sugestões que visam a recuperação e valorização destes habitats boscosos, tendo em vista a criação e consolidação de uma estratégia nacional de conservação.
Resumo:
A gestão da áreas classificadas é cada vez mais um factor de desenvolvimento e de sucesso para alcançar os objectivos de conservação da biodiversidade tal como é defendido por diversas convenções e tratados internacionais. As metodologias de gestão têm evoluído continuamente nas últimas décadas mas no essencial observam, de acordo com as recomendações das referidas convenções, a elaboração de inventários e do planos de gestão integrados e participados que promovam e contribuam para a utilização sustentável desses mesmo sistemas. O ecoturismo pode contribuir para a gestão e conservação destes espaços ricos em biodiversidade promovendo o conhecimento destes recursos e uma mudança de atitude dos visitantes incrementando a sua consciencialização sobre a importância dos valores naturais através da oferta de serviços e produtos sustentáveis. É imprescindível disponibilizar aos técnicos do sector, que trabalham nos territórios, dados sobre a riqueza em biodiversidade existente e simultaneamente indicar a magnitude das ameaças que sobre elas recaem para que seja feito um correto planeamento das actividades de lazer. Para a flora e fauna já existem livros vermelhos com estatutos de conservação e conceitos operacionais como RELAPE mas no que se refere à biodiversidade beta e gama a região Calcária do Centro Oeste de Portugal, em que serão indicadas as séries de vegetação e os habitats que pela sua originalidade biogeográfica e grau de ameaça deveriam ter um estatuto de conservação. Faremos referência aos desafios e oportunidades do ecoturismo na gestão e conservação da biodiversidade e daremos exemplos práticos de actividades de animação turística desenvolvidas no território.
Resumo:
Até 2010, considerava-se que apenas existia uma espécie de percebe (Crustacea: Cirripedia) no Oceano Atlântico, Pollicipes pollicipes, cuja área de distribuição incluía Cabo Verde. Em 2010, a população de percebes de Cabo Verde foi considerada uma espécie nova, Pollicipes caboverdensis. Esta espécie é endémica de Cabo Verde e, tal como a sua congénere atlântica, é um recurso explorado pelo Homem e tem valor comercial considerável. Não existem dados estatísticos oficiais sobre a pesca do percebe em Cabo Verde e são poucos os estudos sobre P. caboverdensis. Neste trabalho apresentamos os resultados de um estudo sobre a pesca do percebe na ilha de Santiago (Cabo Verde), tendo sido realizados inquéritos a pescadores da ilha de Santiago em junho de 2014. Foram entrevistados doze pescadores das seguintes localidades: Tarrafal, Rincão, Ribeira da Barca e Santa Cruz. Segundo os inquéritos realizados, o esforço de pesca do percebe em Santiago é bastante variável, tendo os apanhadores referido que podem apanhar entre 4 a 10 kg de percebe por dia e por apanhador. O preço de primeira venda do percebe em Santiago variou entre 300 e 1000 escudos cabo-verdianos (entre cerca de 2,7 e 9 euros) por kg. O resultado mais preocupante deste estudo é a perceção negativa que os apanhadores de Santiago têm sobre a evolução do estado do percebe nos últimos 5 anos. A larga maioria destes apanhadores referiu que a quantidade e o tamanho do percebe diminuíram entre 2010 e 2014. São também apresentados os desafios que se colocam à gestão desta pesca e à conservação desta espécie, bem como uma comparação com a problemática da gestão da apanha do percebe (P. pollicipes) em Portugal continental e Espanha.