33 resultados para Representações sociais


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CONHECIMENTO EM ENFERMAGEM: REPRESENTAES SOCIAIS CONSTRUDAS POR ESTUDANTES DE FORMAO INICIAL Fonseca, A.; Lopes, M. J.; Sebastio, L., & Magalhes, D. (2013). Conhecimento em enfermagem: representações sociais construdas por estudantes de formao inicial. In Mendes, F; Gemito, L; Cruz, D., & Lopes, M. (org). Enfermagem Contempornea. Dez Temas, Dez Debates. (pp 30-43), N 1. Coleo E-books. Oficinas Temticas. ISBN:978-989-20-4162-9. Palavras chave: enfermagem; conhecimento; representações sociais; formao inicial. A aquisio e a construo pessoal do conhecimento em enfermagem resultam de processos complexos de compreenso das situaes, nas quais, experincia e saber so estruturados e alvo de reflexo. O conhecimento em enfermagem que o estudante constri ao longo do tempo, consciente da sua responsabilidade pela prpria aprendizagem e num processo contnuo de desenvolvimento, h de possibilitar-lhe o desempenho profissional, pois ser mobilizvel, nas diversas situaes, para dar resposta s necessidades de cuidados de enfermagem. A forma como os estudantes se apropriam dos saberes, como se relacionam com eles e como constroem o seu conhecimento em enfermagem est vinculada representao que tm deste, uma vez que a constatao da realidade presente nas representações sociais alicera-se solidamente no indivduo que a possui e baliza o modo como ele se relaciona com o objeto de representao (Moscovici,1976, 2010; Jodelet, 2001; Abric, 1994). Partindo da questo quais as representações sociais do conhecimento em enfermagem, elaboradas por estudantes de enfermagem em diferentes etapas da sua formao inicial?, e tendo como referencial terico-metodolgico a Teoria das Representações Sociais proposta por Moscovici (1961), procurou-se: Identificar as representações sociais de conhecimento em enfermagem, na perspetiva dos estudantes de enfermagem; Analisar a estrutura das representações sociais de conhecimento em enfermagem, elaboradas por estudantes de enfermagem. Realizou-se um estudo exploratrio, no qual, a partir do total de estudantes da Escola Superior de Enfermagem de S. Joo de Deus da Universidade de vora, se selecionaram dois grupos: - Grupo A, composto por 33 estudantes do 1 semestre do 1 ano, recm-admitidos na escola e ainda sem participao em atividades no mbito da sua formao, obviando assim qualquer contaminao das construes previamente elaboradas; - Grupo B , constitudo por 39 estudantes do 2 semestre do 4 ano, no ltimo dia da sua formao. Os dados foram recolhidos atravs de um questionrio, previamente testado, que inclua questes para caraterizao sociodemogrfica e um estmulo indutor conhecimento em enfermagem -, para que os sujeitos, atravs da tcnica de associao livre de palavras, evocassem as cinco palavras ou expresses que, por ordem decrescente de importncia, associavam a este estmulo . Os dados foram categorizados recorrendo ao Microsoft Office Word e processados no software Evoc que forneceu estrutura das representações sociais. Cumpriram-se os procedimentos tico-legais, em conformidade com o preconizado pela Comisso de tica da rea da Sade e Bem-Estar da Universidade de vora. Apresentao dos resultados Dos 33 estudantes do 1 ano (Grupo A), 5 eram do sexo masculino e 28 do sexo feminino, com mdia de idade de 19,5 anos. Dos 39 estudantes do 4 ano (Grupo B), 5 eram do sexo masculino e 34 do sexo feminino, com mdia de idade de 23,59 anos. Relativamente ao ncleo central da estrutura das representações sociais do objeto em estudo, constata-se que os estudantes do 1 ano, ao estmulo conhecimento em enfermagem, associaram os elementos ajudar; empenho; competncia; prtica; desenvolvimento; investigao e pessoas. Os estudantes do 4 ano vincularam conhecimento em enfermagem aos elementos sabedoria; cuidados de qualidade; cuidar e responsabilidade. No que concerne segunda periferia, verifica-se que os estudantes do 1 ano associaram ao estmulo conhecimento em enfermagem os elementos processos de diagnstico; trabalho; disponibilidade para com os outros e responsabilidade, enquanto que os estudantes do 4 ano associaram prtica e reflexo. A produo das representações, em ambos os grupos, divide-se entre elementos que, embora no revelem consensos, se podem integrar nas dimenses cientfica e clnica. De salientar que, na estrutura das representações sociais, se encontra, no Grupo B, a dimenso reflexiva identificada no elemento reflexo. Consideraes finais Do estudo realizado, reala-se que no h consenso nos elementos da estrutura das representações sociais do conhecimento em enfermagem na perspetiva dos dois grupos de estudantes de formao inicial em enfermagem - estudantes recm-admitidos e estudantes finalistas -. Sendo diferentes os elementos do ncleo central das estruturas das representações dos dois grupos, como o caso, consideram-se diferentes as representações sociais do objeto em estudo construdas por aqueles (S, 1998). Tal fato, poder ser atribudo natureza das experincias pessoais e acadmicas obrigatoriamente diferentes dos estudantes a iniciar a sua formao face aos estudantes a terminar o seu percurso acadmico. Todavia, os diferentes elementos encontrados assumem caratersticas semelhantes que permitem, como anteriormente se afirmou, o seu agrupamento nas dimenses cientfica e clnica. Acresce, no grupo de estudantes finalistas e encontrada na segunda periferia, a dimenso reflexiva que poder ser reveladora da importncia atribuda reflexo como estratgia para estabelecer novas formas de desenvolvimento do conhecimento, capacidade potencialmente desenvolvida nas experincias ocorridas durantes a formao. Face estrutura das representações sociais do objeto em estudo que se aprendeu, pode-se dizer que os estudantes do 1 ano consideram a investigao promotora do desenvolvimento do conhecimento em enfermagem, indispensvel para ajudar as pessoas no contexto de uma prtica exercida com competncia e empenho. Para os estudantes do 4 ano, cuidados de qualidade so indispensveis no processo de cuidar e exigem sabedoria e responsabilidade.

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A velhice enquanto fenmeno socialmente construdo, deriva, entre outros, dos conceitos socioculturais vigentes e dos esteretipos do velho. Nos pases ditos desenvolvidos consideram-se pessoas idosas as que tm idade igual ou superior a 65 anos, constituindo, em regra, a idade da reforma uma referncia para a velhice (Spar e La Rue, 2005). Todavia, nestes pases a idade da reforma tem vindo, nos tempos mais recentes, a ser aumentada. Como as representações sociais precisam de tempo para se adequarem s transformaes que vo ocorrendo nas sociedades, ao continuarmos a utilizar conceitos como, atividade, reforma, velhice, podemos no nos aperceber que o seu contedo pode ter mudado. A Teoria das Representações Sociais uma teoria cientfica sobre os processos atravs dos quais os indivduos em interao social constroem explicaes sobre objetos sociais (Vala, 1996). O uso desta teoria para o estudo de um objeto complexo, como o a velhice, pode ser proveitoso, uma vez que permite apreender os sentidos que lhe so atribudos pelos sujeitos que privam com o objeto e sobre o qual fazem recair aes e decises (Tura, Silva, 2012). Partindo do pressuposto que a velhice poder ser perspetivada de modo diferente por quem a vive e por quem a olha distncia, decidiu-se fazer um estudo com pessoas idosas e com jovens estudantes de enfermagem que se preparam para cuidar de pessoas entre as quais os idosos. Assim, com a finalidade contribuir para um maior esclarecimento acerca das representações sociais sobre a velhice, realizou-se o estudo, com os seguintes objetivos: - Identificar as representações sociais de velhice, construdas por estudantes e idosos. - Analisar a estrutura das representações sociais na perspetiva de estudantes e de idosos.

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Este estudo foi desenvolvido com a finalidade de conhecer as representações sociais de enfarte agudo do miocrdio, junto de trs grupos sociais: doentes com enfarte agudo do miocrdio; respectivas famlias; e profissionais de sade que cuidam desses doentes. A base conceptual do estudo foi a teoria das representações sociais. Como metodologia optmos por uma abordagem multi-mtodo, com etapas complementares de recolha de dados: questionrio e entrevista. Obtivemos uma amostra de 210 participantes, aplic-mos o questionrio a todos e realizmos 120 entrevistas. Analismos os dados com re-curso anlise de contedo auxiliada por quatro softwares: Evoc, Simi, Trideux Alces-te. Encontrmos na interpretao das ancoragens e objectivao uma teia de sentidos compartilhados nas prticas sociais, nos diferentes grupos. Emergiram sentidos maiori-tariamente ancorados no biolgico/fsico e psicolgico, com especial relevncia na di-menso emocional. O grupo dos profissionais de sade fica detentor de um conjunto de representações que constituem um importante instrumento de trabalho; ### SUMMARY: Social representations of Myocardial Infarction, built by patient, family and health professionals This study was developed with the purpose of knowing the social representations of acute myocardial infarction considering three social groups: patients with acute myo-cardial infarction, respective families and health professionals who care for these pa-tients. The conceptual basis of this study was the theory of social representations. We have chosen a multi faceted method as methodology with additional gather of data col-lection through questionnaire and interviews. We obtained a sample of 210 participants applying the questionnaire to all and executing 120 interviews. The data was analyzed using content analysis supported by four software: Evoc, Simi, Trideux and Alceste. The interpretation of anchoring and objectification showed a set of shared meanings in social practices in the different groups. The biological / physical and psychological meanings emerged largely anchored with particular emphasis on the emotional dimen-sion. The group of health professionals held a set of representations that were an im-portant instrument of work.

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O trabalho de investigao documentado nesta dissertao insere-se no estudo das representações sociais da violncia contra idosos. Para tanto, recorreu-se Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici com o objetivo de conhecer as representações acerca da violncia contra o idoso, identificando as perspectivas distintas de trs grupos participantes de dois pases, Portugal e EUA Realizou-se um estudo qualitativo do tipo descritivo, explorando as representações sociais acerca da violncia contra idosos mas, tambm, de carcter comparativo j que oferece a perspectivas de trs grupos distintos. Buscou-se saber dos pensamentos acerca da violncia sobre o idoso nas perspectivas do prprio idoso, de famlias de idosos e profissionais da rea de sade que prestam assistncia pessoas idosas. O estudo propiciou uma discusso do fenmeno como comportamento social refletindo sobre questes epidemiolgicas e psico-sociais que o caracterizam como um dos mais graves na esfera da sade pblica. As questes scio-demogrficas foram processadas atravs do programa estatstico SPSS e, a produo discursiva das 240 entrevistas, analisada atravs dos programas estatsticos ALCESTE e, IRAMUTEQ.Apesar das diferenas socio-culturais, os participantes construram representações sociais da violncia contra idosos similares, associadas identidade social do idoso que os coloca como vtima iminente de violncia. As divergncias encontram-se nas expectativas de interveno e preveno do fenmeno; Violence against the elderly and its social representation Abstract: The research documented in this dissertation is part of a study about elderly violence, considered to be one of the most serious issues in the sphere of public health and examined here through the lens of the Theory of Social Representations. The main objective is to know the perspectives of the elderly, families and health professionals from two countries: Portugal and United States of America, on the subject of elderly violence. Using a qualitative design, this study applied both, descriptive and comparative methods interviewing 240 individuals. The demographic data were analyzed through SPSS and the lexical analysis which were performed by two software programs, ALCESTE and IRAMUTEQ. The social representations of elderly violence had similarities associating violence to the social identity of the elderly as an eventual victim despite cultural differences. Variations are identified in the expectations regarding strategies of intervention and prevention of the phenomena.

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O envelhecimento um processo que, a nvel individual, remete para mltiplas trajetrias de vida e que, no plano coletivo, sofre a influncia de fatores socioculturais como acesso educao, aos cuidados em sade, alimentao e ao lazer e a uma rede de relaes estveis. Na literatura gerontolgica, envelhecer considerada uma situao progressiva e multifatorial, e a velhice uma experincia heterognea, experienciada com mais ou menos qualidade de vida e potencialmente bem-sucedida (Lima, Silva & Galhardoni, 2008). Analisar a velhice como uma experincia homognea, no significa apenas minimizar os problemas enfrentados pelos idosos, decorre do fato de a sociedade moderna no ter previsto um papel especfico ou uma atividade para os velhos, remetendo-os para uma existncia sem significado (Areosa, Bevilacqua & Werner, 2003). Atualmente, tem sido o modelo de envelhecimento ativo que tem ocupado um lugar cimeiro nas agendas mundiais das diferentes organizaes internacionais desde a Organizao Mundial de Sade (OMS), Comisso Europeia e s entidades de sade e segurana social dos diferentes estados membros. Neste mbito tm vindo a ser propostas e acionadas estratgias polticas e desenvolvidas medidas de interveno social que procuram traduzir uma nova imagem da velhice e promover novas leituras e prticas sobre esta realidade. O modelo subjacente ao envelhecimento ativo conceptualiza o envelhecimento sob uma perspectiva positiva, refutando esteretipos e valorizando o papel desempenhado pelos idosos tal como os contributos que prestam sociedade. A sade, o bem-estar e a autonomia no s so possveis e desejveis, como se opem incapacidade e dependncia. O idoso deixa de ser um personagem vulnervel e passivo, para se assumir como um agente ativo e decisor no seu processo de envelhecimento, (Rozario, Morrow-Howell & Hinterlong, 2004). O envelhecimento ativo, centrado na ideologia da atividade e jovialidade desafia os idosos para a necessidade de uma reinveno pessoal atravs da criatividade na reconstruo de um novo projeto de identidade e de ocupao na aposentao, que promova a sua participao social e que contrarie a ideia de dependncia dos incentivos sociais e das iniciativas pblicas (Silva, 2009). Nesta perspetiva, pretende-se que o envelhecimento ocorra com qualidade e manuteno da autonomia dos indivduos, criando e preservando oportunidades de os mais velhos continuarem a participar da sociedade, minimizando assim as possibilidades de excluso social (Lima et al., 2008). Neste contexto, pretende-se analisar como que o envelhecimento ativo representado pelos idosos e pelos profissionais de sade. Assim, o objetivo deste estudo visou identificar a estrutura das representações sociais do envelhecimento e do envelhecimento ativo de um grupo de idosos e de um grupo de profissionais de sade, do concelho de vora.

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O volume rene um conjunto de textos de autores consagrados no campo da psicologia social e neles o leitor encontrar alguns dos aprofundamentos mais recentes da teoria iniciada em 1961 por Serge Moscovici. Dada sua variedade e abrangncia intelectual, as conferncias se debruam sobre o marco conceitual e emprico da teoria das representações sociais, expressando no apenas aquilo que lhe distinto enquanto abordagem psicossocial, mas tambm a produtividade de suas linhas de comunicao com as sociedades vivas. Surpreendentes e inspiradoras, estas vozes nos revelam o marco e a marca da teoria das representações sociais: a dinamicidade dos saberes sociais, sua diversidade interna, e, sobretudo, sua conexo profunda com as condies socioculturais dos lugares e tempos que lhes produzem. Para os que j conhecem e trabalham com a teoria, o livro oferece uma oportunidade nica de escutar grandes mestres delineando e avanando seu arcabouo terico e sua aplicao emprica. Para os que a encontraro aqui pela primeira vez, ser evidente a conexo entre representações sociais e sentido, o problema da significao e variabilidade da ordem simblica, a importncia dos saberes do cotidiano e do senso comum e a ateno emprica aos grandes problemas da contemporaneidade.

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As crianas so muito sensveis a qualquer mudana no meio familiar ou social. O modo como apreendem, vivenciam e exprimem emoes ou sentimentos, em interaco com o meio - pais, professores e colegas determina, em muito, o seu desenvolvimento, nomeadamente a nvel cognitivo, emocional e social. Nesta investigao averigumos as representações sociais dos sentimentos, em particular da alegria e da tristeza, entre crianas com 5 e 6 anos, de ambos os sexos, que frequentam Jardins de Infncia em Lisboa. Enquadrmos teoricamente a investigao na teoria das Representações Sociais (e.g. Moscovici,1976). Os dados foram recolhidos atravs de desenhos e por associao livre de palavras, a questes colocadas individualmente s crianas, e tratados atravs de AFO. Os resultados revelaram bastante acerca dos sentimentos das crianas, o que tambm nos estimula a reflectir sobre o modo mais cuidado para actuar com elas, contribuindo para o seu bem-estar psquico e social, e aprendizagem. ABSTRACT; Children are deeply sensitive to any change in the family or social environment. The way in which they perceive, experience, and express emotions or feelings when interacting with the environment - parents, teachers, and fellow students - largely determines their development namely on a cognitive, emotional and social level. This research examines the social representations of feelings, particularly of joy and sadness, among children aged 5 and 6 years old, of the both sexes, and attending Kindergartens in Lisbon. On a theoretical perspective, the empirical research is framed on the Social Representations theory (e.g., Moscovici,1976). The data was gathered using drawings and free association, from questions individually made to the children, and examined through FCA2. The results showed quite a lot about the feelings of the children, which also leads us to reflect on the most careful way to act with them, as to contribute to their psychic and social well being, as well as their learning

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Este capitulo resulta de um trabalho de investigao em sociologia que tem como principal objetivo conhecer e compreender quais representações sociais dos adultos desempregados, relativamente ao processo formativo em que esto inseridos. Trata-se de um trabalho que pretende descodificar quais as representações sociais que os adultos em formao (50-60 anos de idade) tm sobre o regresso a uma sala de aula (aqui entendida como a sala de formao), aps vrios anos afastados do ensino. Sendo as representações sociais, categorias do campo das opinies, crenas, valores que os indivduos atribuem a um determinado objeto, pretende-se com a investigao descodificar os percursos socioprofissionais antes da integrao na formao profissional, identificar as representações sociais dos indivduos sobre a ao profissional de formao que frequentam, (antes do ingresso e durante), compreendendo assim quais so, e como se formam, as representações sociais. Todavia, a abordagem que se desenvolveu recorre s representações sociais enquanto categoria sociolgica, atravs da qual se pretendem desmontar conceitos da sociologia em geral, e da sociologia da educao e das profisses em particular.

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A morte suscita-nos grande inquietao (e.g., Oliveira, 2008). Especialmente entre as crianas, perdidas na incompreenso, silncio e represso psicolgica por parte dos adultos. Nesta investigao averiguamos as representações sociais, da morte e da vida, entre crianas dos 8 aos 11 anos, escolarizadas de ambos os sexos. As meninas representam a morte pelo medo que suscita, e pela sua dimenso ritualista, enquanto que os meninos a percecionam sobretudo por sentimento de mal-estar e impotncia. Sobre a vida, os meninos evidenciam uma viso mais hedonista do que elas, que salientam a interao com o outro e as questes afetivo-emocionais. As representações das raparigas aproximam-se mais das dos sujeitos de 10-11 anos, enquanto que as dos rapazes se aproximam das dos participantes de 8-9 anos. Esperamos contribuir para o modo como as crianas representam a morte e, para uma educao para a morte e para a vida. ABSTRACT; Death rouses great uneasiness (e.g., Oliveira, 2008). Especially among children who are lost amid the incomprehension, silence and psychological repression of adults. This research examines social representations of life and death among school attending children of both sexes, between the ages of 8 and 11 years old. Girls represent death for both the fear it rouses and its ritualistic dimension, while boys mostly perceive it as a feeling of uneasiness and impotence. Regarding life, boys show a more hedonistic vision than girls, who give relevance to interacting with. others, and to affective and emotional issues. The representations of girls are closer to those of the 10-11-year-old subjects, while the representations of boys are closer to those of the 8-9-year-old participants. We hope to contribute to the way children represent death, and to an education on death and life.

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Introduo O ebook que aqui se apresenta resulta da compilao das diferentes intervenes que tiveram lugar nas Oficinas Temticas mensais (no total de nove), que decorreram no ano de 2013, na ESESJDUE. As Oficinas Temticas definem-se como espaos de discusso pblica entre a academia, as diversas organizaes de sade da sociedade civil (pblicas, privadas e de solidariedade social) e os agentes sociais da sade. Com este espao pretendeu-se promover o debate, a discusso, a reflexo e a confluncia de saberes sobre as vrias dimenses da enfermagem, da sade e da doena na sociedade atual. Estas oficinas procuraram colocar em articulao as diferentes perspectivas sobre uma determinada rea temtica da sade, desde os conhecimentos cientficos pro-duzidos (resultantes da investigao produzida ou em curso nessa rea), ao seu en-quadramento pelas polticas pblicas, marcando a explorao dos discursos oficiais e as perspetivas de diferentes profissionais sobre a sade a doena e a enfermagem. Foram, e continuaro a ser, objetivos das Oficinas Temticas promover um espao de reflexo, discusso e partilha de saberes aberto aos diferentes atores da academia e da sociedade/comunidade sobre a sade na atualidade; estimular e possibilitar a refle-xo e discusso fora da sala de aula e incentivar a produo de relatos resultantes da discusso e reflexo, a serem publicados e partilhados na comunidade virtual - este ebook o resultado do primeiro ano de trabalho. Os temas debatidos neste primeiro ano foram aqueles que habitualmente esto ausentes dos programas curriculares da enfermagem, mas cuja centralidade marca as agendas quer da rea clnica, quer do ensino, quer da poltica de sade. So disso exemplo as questes da violncia domstica e de gnero, o conhecimento em enfer-magem, a segurana do doente, as prticas simuladas, a medicalizao do parto, os valores ticos, a comunicao em sade, os cuidadores informais ou a espiritualidade nos cuidados . A heterogeneidade dos temas discutidos, visou colmatar necessidades sentidas de refle-tir, discutir e aprofundar cada uma das referidas temticas a partir de novas perspetivas e abordagens e simultaneamente captar novos contributos disciplinares para enriquecer o conhecimento em enfermagem. Tendo como referncia o relatrio Frenk , cada vez mais a enfermagem, tal como todas as disciplinas da rea da sade, deve exercer um papel central nas reformas institucionais e educacionais necessrias sade. Para tal, afirma-se a necessidade preparar os futuros profissionais para o trabalho em equipa no s interprofissional (vrias profisses que trabalham em conjunto para um objetivo comum) mas essen-cialmente transdisciplinar (vrias profisses trabalham em conjunto sob um modelo compartilhado com uma linguagem comum). Neste novo modelo tambm designado por profissionalismo transdisciplinar (Belar, 2013) , cada um no s usa a sua prpria experincia, para resolver problemas comum com base num modelo integra-tivo, mas assume ativamente seu papel de agente da mudana, revela-se um gestor competente dos recursos e um promotor de polticas baseadas em evidncia, enfati-zando sempre a responsabilidade pelo seu desempenho. Trabalhando em conjunto, os diferentes profissionais da sade, no s melhoram a sade dos utentes e comu-nidades como so dignos da sua confiana. Neste contexto, a educao/formao destes profissionais deve ter como objetivos centrais a melhoria dos servios de sade, preparando-os para ir de encontro s necessidades dos indivduos e das popu-laes de uma forma equitativa e eficiente e ainda promover uma viso global e comum da sade para o futuro. As mudanas propostas, segundo os referidos autores, no cabem em currculos est-ticos e em modelos educativos fragmentados, desatualizados e insensveis s exign-cias da sade na sociedade atual. Para responder a este objetivo, o relatrio citado salienta a necessidade de, no processo formativo dos estudantes da rea da sade (enfermagem, medicina, nutrio, servio social), assumir lugar de destaque o nvel transformador da aprendizagem, que inclui competncias para liderar e mudar o sistema de sade, competncias de interao e de trabalho em equipa e o conheci-mento sobre a governana do sistema de sade e dos seus componentes. Neste contexto, cabe academia um papel central no debate e reflexo necessrias s mudanas que o novo modelo de educao/formao dos profissionais de sade exige. As Oficinas Temticas realizadas durante o ano de 2013 foram, a seu modo, e espera-se que continuem a ser, o ponto de partida para a reflexo imprescindvel mudana que se impe e deseja. O primeiro texto deste ebook centra-se no trabalho em rede no combate violncia domstica. Apesar da Violncia Domstica ser um fenmeno presente na sociedade desde tempos imemoriais, s nos anos mais recentes ganhou visibilidade pblica e mobilizou esforos congregados de diferentes reas no seu combate. Apesar disso, este um tema que tem estado ausente dos currculos acadmicos das diferentes profisses da sade. O debate e reflexo sobre Violncia Domstica permitiu, no apenas conhecer o trabalho realizado no mbito da Rede de Interveno Integrada do Distrito de vora (RIIDE) e os objetivos que visa alcanar, mas tambm sensibilizar os docentes para a importncia deste tema ser integrado na formao dos futuros enfermeiros, cujo papel no combate Violncia Domstica, a partir de um trabalho integrado, no pode ser ignorado. A construo do conhecimento em enfermagem na perspetiva do estudantes de licen-ciatura e o raciocnio clnico dos enfermeiros dominaram a reflexo do segundo tema. Quer um, quer outro so fundamentais para a compreenso da enfermagem como disciplina e para a prestao de cuidados, ao permitirem compreender quer como se estrutura esta realidade, quer como se reflete sobre ela. O primeiro texto centra-se na anlise das representações sociais dos estudantes sobre a conhecimento em enfermagem e o segundo apresenta uma reflexo profunda sobre as questes que medeiam o processo de raciocnio clnico dos enfermeiros. O terceiro tema debatido e refletido foi a segurana do doente e a qualidade dos cuidados. Em qualquer rea da sade este um tema incontornvel no atual contexto dos cuidados de sade. A qualidade dos cuidados e os custos associados aos cuidados dominam os mercados e os negcios da sade e definem a presso sobre a organiza-es de sade, obrigadas a agir e a incorporarem os princpios e os conceitos da segu-rana do doente na prtica quotidiana. Neste texto apresentam-se o princpios centrais que devem sustentar o posicionamento de todos os profissionais de sade face implementao de uma cultura de segurana na sade. No quinto texto analisa-se a medicalizao do parto a partir de uma investigao (ainda em curso) sobre os motivos subjacentes opo das mulheres grvidas pelo parto por cesariana. Os avanos nos campos da anestesiologia e da antibioterapia, se vieram tra-zer mais segurana a este ato tambm contriburam para a medicalizao do parto, no-meadamente atravs do aumento das taxas de cesariana. A questes debatidas cen-tram-se no papel das enfermeiras especialistas em sade materna e obstetrcia e o seu papel na informao e formao das grvidas em termos de opo face ao parto. Apesar do avano da medicalizao no atingir todos os fenmenos com o mesmo grau de intensidade, o nascimento um dos acontecimentos mais medicalizados, desde a induo do parto at ao prprio parto, com os riscos que lhe so inerentes. Este texto questiona e discute os motivos que levam as mulheres a optar por um parto por cesariana e, desta forma, a aderirem medicalizao de um acontecimento ances-tralmente descrito como natural. A relao teraputica como pacto de cuidados na perspetiva de Paul Ricoeur o tema dominante do texto seis, em que so refletidas e aprofundadas as concees filosfi-cas e ticas deste autor sobre o pacto de cuidado. A partir das concees de Ricouer, a autora reflete sobre o significado tico das relaes entre quem cuida e quem cuida-do, salientado a importncia da apreciao crtica das questes ticas e do agir, no quotidiano dos cuidados de enfermagem. No texto seguinte analisam-se as questes dos cuidadores informais, que se avolumam na justa proporo em que se assiste ao envelhecimento da populao, complexifi-cao do contexto social caraterizado por alteraes nas estruturas familiares, bem como a alterao das polticas sociais que apelam permanncia de idosos e depen-dentes nos seus ambientes familiares e s novas polticas de sade com valorizao dos tratamentos ambulatrios e diminuio dos tempos de demora mdia de interna-mento. Apesar da complexidade que carateriza a prestao de cuidados informais, famlia que tradicionalmente se atribui a responsabilidade pelo cuidado informal, ignorando-se frequentemente toda a dinmica que envolve este tipo de cuidado e as implicaes que gera na prpria estrutura familiar. O tema que encerra este ebook a espiritualidade em Enfermagem, que congrega dois texto. No primeiro, enquadra-se a espiritualidade no mbito dos cuidados de sade e de enfermagem e destaca-se a sua importncia nas profisses ligadas ao cuidado humano. Afirma-se que a espiritualidade no pode ser confundida com religiosidade. Ela uma dimenso de vida do ser humano, que a par da dimenso biolgica, inte-lectual, emocional e social, permite que cada um reconhea o sentido que procura para a sua existncia e se diferencia de outro ser humano. A espiritualidade, parte integrante da experincia vivencial de cada ser humano, deve assumir tambm um lugar central na ateno dos profissionais de sade. O segundo texto, sobre a espiritualidade em enfermagem, centra-se na validao clnica do diagnstico de enfermagem angstia espiritual, realizado com um grupo de doentes adultos de um servio de hemato-oncologia. Alerta-se para a prevalncia do diagnstico angstia espiritual e afirma-se a necessidade de os enfermeiros estarem atentos a este diagnstico que no deve ser confundido com uma situao patolgica de depresso e refere-se a importncia do aprofundamento concetual da espiritualidade em enferma-gem, atravs do conhecimento de como os doentes vivenciam a angstia espiritual e quais os significados atribuem a esse estado de sofrimento na sua vida. Por fim, salienta-se que apesar da heterogeneidade dos temas e das diferentes aproxi-maes realizadas pelos autores, os textos aqui reunidos traduzem-se num importante contributo para a reflexo da enfermagem contempornea e para uma aproximao ao trabalho transdisciplinar na sade.

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O envelhecimento demogrfico um fenmeno mundial com inmeras repercusses a diversos nveis e do qual decorrem distintas problemticas, sendo a violncia sobre os idosos uma das mais preocupantes. Portugal, pas em que se destaca a Regio do Alentejo como a mais envelhecida, vive-se este complexo fenmeno, pelo que se coloca com toda a acuidade o desenvolvimento de estudos com o objetivo de conhecer melhor os contornos desta realidade e que permitam empreender medidas que ajudem a melhor lidar com ela. Assim sendo, desenvolveu-se o presente estudo cujos objetivos so caraterizar o fenmeno da violncia sobre os idosos, no Alentejo e analisar as representações sociais de violncia sobre os idosos, no Alentejo.

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No seguimento do estudo anterior e a encerrar este captulo e o prprio livro, surge o estudo Do silncio cumplicidade: violncia sobre idosos em que os autores analisam o pensamento social sobre esse grave problema de sade pblica realizando um estudo do tipo descritivo na medida que expe o discurso dos indivduos participantes mas, tambm de carcter comparativo j que oferece trs perspectivas distintas de amostras coletadas em dois pases, Portugal e Estados Unidos. Os resultados alcanados mostraram que a representao da violncia fez-se clara como ato ou ao que atinge em suas diversas formas, o idoso enquanto pessoa velha. O comportamento de violncia foi apresentado como malfico especialmente quando associado a um grupo visto como indefeso, frgil, merecedor de ateno e carinho. Todavia, trata-se ao mesmo tempo de indivduos sem valor para a sociedade em que vivem e portanto, questionveis quanto a motivao por cuidados. Essa aparente contradio resultou numa representao da violncia como parte da velhice e, de alguma forma, justificada por ela. Salientam ainda a atitude geral de aceitao para com a violncia, incluindo por parte dos prprios idosos, considerando como facto que a pessoa idosa seja, eventualmente, vtima da violncia. Por fim os autores salientam o papel dos profissionais de sade, que de acordo com o discurso dos entrevistados, cabe a estes profissionais de sade e sociedade em geral, se preparar para tratar o problema da violncia sobre os idosos e no, como gostaramos de mencionar, preveni-lo.

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INTRODUO Um dos sintomas mais frequentes no doente oncolgico com doena avanada a dor. Segundo Palliative Care in European, a dor oncolgica, tem uma importncia especial porque o cancro a segunda causa de morte em Portugal e por existir dor moderada a intensa em mais de 90% dos doentes em situao oncolgica terminal. O desenvolvimento de um programa estruturado de interveno de enfermagem que v de encontro s necessidades do doente oncolgico com doena avanada e/ou cuidador no domiclio, relativamente gesto da dor, poder capacitar para a gesto da dor, aumentando o conhecimento para o controlo da dor, minimizando os sintomas associados que influenciam a qualidade de vida do doente e a ansiedade do cuidador. QUESTO DE PESQUISA/PROBLEMA Qual o efeito de um programa estruturado de interveno de enfermagem dirigido ao doente e/ou cuidador do doente oncolgico com doena avanada no domiclio, na gesto da dor? OBJETIVO Avaliar o efeito de um programa educativo de Interveno de Enfermagem na gesto da dor por parte do doente oncolgico com doena avanada e/ou cuidador METODOLOGIA Estudo quase experimental, com avaliao da capacidade de gesto da dor ao doente oncolgico com doena avanada em domiclio e ou ao cuidador informal, antes e aps a interveno de enfermagem (programa educativo) e avaliao transversal ao longo do estudo. Populao: doentes oncolgicos com doena avanada em domiclio, com mais de 18 anos, e ou familiar cuidador, a frequentarem uma Unidade de Oncologia Hospital de dia. RESULTADOS Feita uma aplicao em pr-teste num servio de oncologia, a trs doentes oncolgicos com doena avanada em domiclio, verificou-se que no incio os doentes no apresentavam informao relativamente gesto da dor, no final demonstraram capacidade para a monitorizao da dor e de outros sintomas e para a gesto da teraputica, realizando os registos num dirio de bordo. CONCLUSO Em fase de colheita e Anlise de dados.

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As problemticas relacionadas com os familiares cuidadores e o desempenho do seu papel, porque intensamente ligado ao mbito das respostas humanas, aos processos de vida e aos episdios de doena, so reconhecidas como revestidas de elevado interesse no mbito da enfermagem. Para que o familiar cuidador possa proporcionar cuidados ajustados pessoa, consideramos que necessrio conhecer as suas habilidades, os seus recursos e os conhecimentos que mobiliza para tomar decises e atuar junto do seu familiar. Aprofundar e desenvolver o conhecimento sobre estes aspetos que se relacionam com os cuidadores so, deste modo, questes que interessam enfermagem tanto na sua vertente disciplinar como profissional. OBJETIVO GERAL: Compreender o processo de aquisio e desenvolvimento de competncias dos familiares cuidadores da pessoa com doena oncolgica em tratamento por quimioterapia METODOLOGIA: A investigao centra-se na Grounded Theory, com recurso ao estudo de multicasos, envolvendo mltiplas fontes. Considerou-se como casos, o familiar cuidador da pessoa com doena oncolgica em tratamento por quimioterapia e os elementos da equipa de enfermagem. Elegemos como tcnicas de recolha de dados, a entrevista e a observao. RESULTADOS: As narrativas escritas e o desenvolvimento da sensibilidade aos significados que os dados foram dando (codificao aberta e axial) foram numa fase inicial (primeiras 5 ou 6 narrativas) realizadas manualmente, posteriormente recorri ao suporte informtico nomeadamente ao programa NVivo 10 quando o corpus de dados se tornou muito abundante e rico em informao. Aps analisar cerca de 11 narrativas (entrevistas) dos vrios informantes (neste caso os familiares cuidadores) senti necessidade de recorrer aos Enfermeiros enquanto novos informantes. Analisei at ao momento uma narrativa e considero que devo continuar pois esta opo revelou-se num enriquecimento considervel dos j dados analisados. vasta a rea de interveno dos familiares cuidadores, desde o transporte e acompanhamento do doente ao longo da doena e tratamento, promoo do autocuidado, aos cuidados tcnico-instrumentais, ao cuidado domstico e aos cuidados interpessoais. CONCLUSES: O processo de construo de competncias do familiar cuidador dinmico, ocorre ao longo do tempo e implica reajustes pessoais e familiares de modo a responder s necessidades da pessoa com doena oncolgica em tratamento por quimioterapia. Interferem as caractersticas individuais quer do doente quer do familiar, o suporte familiar e social, o status funcional da pessoa e a complexidade dos cuidados. sempre muito marcado pela incerteza e pelo sofrimento. Os familiares cuidadores so quase sempre impulsionados a procurar informao e recursos que sustentem as suas atividades para responder s necessidades dos seus doentes.

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Tema e referencial terico: Ao longo da histria da humanidade, diversos acontecimentos foram alterando paulatinamente o entendimento da violncia entre humanos. Atualmente e, do ponto de vista concetual, prevalece a perspetiva afirmada no 1 artigo da Declarao Universal dos Direitos Humanos que afirma que todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. So dotadas de razo e conscincia e devem agir em relao umas s outras com esprito de fraternidade, a qual exclui qualquer tipo de violncia (Lopes, Gemito e Pinheiro, 2012, p. 17). No combate violncia domstica, o papel dos servios de sade essencial pois, os profissionais de sade contactam com as pessoas ao longo do ciclo vital, pelo que devem questionar todos os aspetos que dizem respeito sade e bem-estar destas. A conjugao das competncias de profissionais de diferentes reas, em equipas multidisciplinares, consubstancia-se num enorme potencial de interveno. Objetivo: Compreender a representao social da violncia domstica Metodologia: Estudo de natureza qualitativa e quantitativa. Amostra intencional composta por 55 pessoas, com 18 ou mais anos de idade, residentes no distrito de vora. O instrumento de recolha de dados composto por 4 partes: caraterizao scio biogrfica; Evocao sobre Violncia Domstica; Entrevista, compreende um guio de entrevista narrativa; exposio do entrevistado a violncia domstica ao longo da vida e no ltimo ano. Recorreu-se ao Software SPSS Statistic e ao Software Evoc. Foram salvaguardados todos os aspetos ticos relativos a estudos com seres humanos. Resultados: A maioria dos inquiridos (74,5%) do sexo feminino, mdia de idades de 47 anos, nvel de escolaridade elevado, maioritariamente casados/unio de facto (69,1%). Vivem essencialmente em agregados familiares de 3 elementos e trabalham, na sua maioria, por conta de outrem (67,3%). A maioria considera pertencer classe mdia. A anlise s evocaes do estmulo violncia domstica com recurso ao software Evoc, identificou 6 elementos do ncleo central: maus tratos, agresso, agresso fsica, no devia existir, desrespeito e medo e 7 elementos na 2 periferia: tristeza, falta de relao, vtima, divrcio, lcool, agresso sexual e dor. Sobre a violncia em geral referiram que no relatada por medo, identificaram algumas causas e consequncias e consideraram ser algo intolervel e preocupante, um grave problema social. Atravs de entrevista narrativa, apelo a vivncias diretas ou indiretas, os 31 entrevistados caraterizaram a violncia e identificaram os papis de familiares, amigos, profissionais de sade e foras de segurana face violncia. Quando confrontados com uma notcia de jornal sobre uma situao de violncia classificaram o ato como intolervel, identificaram a atitude da vtima, atributos do agressor e as consequncias. Sobre a exposio a violncia domstica ao longo da vida e no ltimo ano, 14 pessoas, entre as quais 2 homens e 2 idosas, foram vtimas ao longo da vida e 2 ainda o foram no ltimo ano. Concluses: De uma forma geral consideram a violncia como algo injustificvel, intolervel e criminoso, associada frequentemente ao lcool e necessidade de exercer poder sobre a vtima, um grave problema social, muitas vezes no relatada por medo ou questes culturais. Resultam da consequncias graves, depresso, suicdio, danos fsicos e psicolgicos e medo. A violncia, atualmente, converteu-se num problema de sade pblica quer pelo facto em si e a sua dimenso, quer pelas repercusses que tem sobre a sade das vtimas aos mais diversos nveis. Bibliografia: Lopes, M.; Gemito, L. & Pinheiro, F. (coord.). (2012). Violncia Domstica Manual de Recursos para a Rede de Interveno Integrada do Distrito de vora. vora: Universidade de vora. V Plano Nacional contra a Violncia Domstica Resoluo do Conselho de Ministros n. 102/2013 31 de Dezembro 2013, http://dre.pt/pdf1sdip/2010/12/24300/0576305773.pdf Relatrio Anual de Segurana Interna 2013. www.portugal.gov.pt/pt/documentos-oficiais/20140401-rasi-2013.aspx