10 resultados para pré-operatório e pós- operatório

em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra


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Grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a cirurgia. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área, de modo a que os enfermeiros encontrem estratégias para a avaliação da ansiedade, a fim de definir formas de atuação baseadas na evidência científica (Alanazi, 2014; Bailey, 2010). Os objetivos do estudo foram: avaliar a ansiedade pré-operatória e a informação que os doentes têm acerca do ato anestésico-cirúrgico, no pré-operatório de cirurgia programada; analisar se algumas variáveis sociodemográficas influenciam a ansiedade; analisar a relação entre a informação acerca do ato anestésico-cirúrgico e a ansiedade pré-operatória. Estudo quantitativo, descritivo-correlacional. A colheita de dados realizou-se através de um questionário (composto por 3 partes) no pré-operatório de 200 doentes propostos para cirurgia programada (Daniel, 1996). Construiu-se uma Escala de Informação Pré-Operatória e efetuou-se a sua análise fatorial. Foi salvaguardada a livre participação e a confidencialidade dos dados. Os doentes em estudo apresentaram níveis médios de ansiedade, encontrando-se diferenças estatisticamente significativas em função do sexo (Mitchell, 2012). A informação pré-operatória revelou estar relacionada significativamente com o número de elementos do agregado familiar e com o tempo em lista de espera. Quanto à origem da informação que possuíam acerca do ato anestésico-cirúrgico, 59,5% referiu o profissional de saúde. Os resultados mostram que os doentes percecionam como estando melhor informados acerca dos aspetos organizacionais e logísticos comparativamente aos cuidados de enfermagem. Relativamente à informação pré-operatória, os resultados obtidos permitem concluir que os enfermeiros devem investir em áreas autónomas da profissão, nomeadamente no fornecimento de informações acerca dos cuidados de enfermagem que serão prestados ao longo de todo o período perioperatório, nomeadamente através da criação de uma consulta de enfermagem, a acontecer antes da admissão do doente. Sugerimos uma intervenção estruturada, exequível, objetiva e individualizada.

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Introdução: A informação de enfermagem reveste-se de grande relevância na prestação de cuidados de qualidade e ganhos em saúde (Pritchard, 2011). Os enfermeiros, nomeadamente os especialistas em enfermagem médico-cirúrgica devem investir no fortalecimento da informação acerca dos cuidados de enfermagem que prestam ao longo do período perioperatório. O fornecimento de informações ao doente cirúrgico torna-se fundamental, e deve ir de encontro às suas necessidades, dúvidas e expetativas (Barbosa, Terra, & Carvalho, 2014). Objetivos: Construir e validar um instrumento de medida para avaliação da perceção que o doente cirúrgico possui relativamente à informação de enfermagem, no pré-operatório. Metodologia: A escala de 15 itens foi aplicada no período pré-operatório a uma amostra de 200 doentes propostos para cirurgia programada. Foi realizado um estudo de validade de constructo através da análise fatorial com rotação ortogonal varimax, validação pela randomização de amostras e foi feita a estimativa da consistência interna (Filho & Júnior, 2010). Os cálculos foram efectuados no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados: Após o estudo de consistência interna pelo cálculo do Alfa de Cronbach, verificou-se um valor de 0,903, indicando um excelente índice. Procedeu-se ainda à análise fatorial da escala. Através dos testes de adequação da amostra, obteve-se uma medida de Kaiser-Meyer-Olkin de 0,912 e um nível de significância de p=0,000 no teste de esfericidade de Bartlett, ambos considerados excelentes pela literatura consultada (Filho & Júnior, 2010). Obtidos dois fatores. A análise da fidelidade dos dois fatores apresenta uma consistência interna de 0,911 e 0,627, respetivamente. Conclusões: A Escala de Informação de Enfermagem é um instrumento que se apresenta válido e fiável para utilizar no estudo da informação transmitida pelos enfermeiros aos doentes cirúrgicos, no pré-operatório, revelando um elevado potencial para utilização em investigação.

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Uma grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a uma intervenção cirúrgica, um acontecimento crítico na vida da pessoa doente. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área que é caracterizada por uma elevada subjetividade, de modo a auxiliar os enfermeiros a definir modos de atuação baseados na evidência científica. Este estudo visa avaliar a ansiedade pré-operatória de doentes propostos para cirurgia programada e a informação que têm acerca do ato anestésico-cirúrgico; analisar a relação entre a informação que possuem e a ansiedade, e se algumas variáveis sociodemográficas influenciam essa ansiedade. Desenvolveu-se um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, em 200 doentes submetidos a cirurgia eletiva. Foi aplicado um questionário de caracterização sociodemográfica, uma Escala de Informação e o IDATE-Y1. Os resultados revelam que os doentes percecionam estar melhor informados acerca dos aspetos organizacionais e logísticos, comparativamente ao que toca aos cuidados de enfermagem. Quanto ao nível de ansiedade pré-operatória, os doentes apresentaram baixos níveis de ansiedade, encontrando-se diferenças estatisticamente significativas em função do sexo, o que vai de encontro aos resultados de outros estudos. Por outro lado, a informação pré-operatória demonstrou estar relacionada de forma significativa com o número de elementos do agregado familiar e o tempo em lista de espera. Relativamente à informação pré-operatória, conclui-se que os enfermeiros devem investir no fortalecimento da informação acerca dos cuidados de enfermagem que prestam ao longo do período perioperatório. Tratando-se de uma área autónoma da profissão, enfatiza-se a relevância da informação/educação na prestação de cuidados de qualidade e ganhos em saúde.

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Uma grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a uma intervenção cirúrgica, um acontecimento crítico na vida da pessoa doente. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área que é caracterizada por uma elevada subjetividade, de modo a auxiliar os enfermeiros a definir modos de atuação baseados na evidência científica. Este estudo visa avaliar a ansiedade pré-operatória de doentes propostos para cirurgia programada e a informação que têm acerca do ato anestésico-cirúrgico; analisar a relação entre a informação que possuem e a ansiedade, e se algumas variáveis sociodemográficas influenciam essa ansiedade. Desenvolveu-se um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, em 200 doentes submetidos a cirurgia eletiva. Foi aplicado um questionário de caracterização sociodemográfica, uma Escala de Informação e o IDATE-Y1. Os resultados revelam que os doentes percecionam estar melhor informados acerca dos aspetos organizacionais e logísticos, comparativamente ao que toca aos cuidados de enfermagem. Quanto ao nível de ansiedade pré-operatória, os doentes apresentaram baixos níveis de ansiedade, encontrando-se diferenças estatisticamente significativas em função do sexo, o que vai de encontro aos resultados de outros estudos. Por outro lado, a informação pré-operatória demonstrou estar relacionada de forma significativa com o número de elementos do agregado familiar e o tempo em lista de espera. Relativamente à informação pré-operatória, conclui-se que os enfermeiros devem investir no fortalecimento da informação acerca dos cuidados de enfermagem que prestam ao longo do período perioperatório. Tratando-se de uma área autónoma da profissão, enfatiza-se a relevância da informação/educação na prestação de cuidados de qualidade e ganhos em saúde.

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Uma grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a uma intervenção cirúrgica, que representa um acontecimento crítico na vida da pessoa doente e dos seus familiares. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área que é caracterizada por uma elevada subjetividade, decorrente das diferenças individuais de cada pessoa, de modo a auxiliar os enfermeiros a encontrar estratégias para a avaliação da ansiedade, a fim de definir modos de atuação baseados na evidência científica. Este estudo visa avaliar a ansiedade pré-operatória dos doentes propostos para cirurgia programada; avaliar a informação que os doentes têm acerca do ato anestésico-cirúrgico, no pré-operatório de uma cirurgia programada; analisar se algumas variáveis sociodemográficas influenciam a ansiedade pré-operatória dos doentes propostos para cirurgia programada; analisar a relação entre a informação acerca do ato anestésico-cirúrgico e a ansiedade pré-operatória manifestada pelos doentes propostos para cirurgia programada. Desenvolveu-se um estudo quantitativo, descritivo-correlacional. A colheita de dados foi realizada através da aplicação de um questionário (constituído por 3 partes) no pré-operatório de doentes propostos para cirurgia programada (Cirurgia geral, Ortopedia, Ginecologia e Urologia), num hospital central da região centro, entre Setembro e Novembro de 2015. Construiu-se uma Escala de Informação Pré-Operatória e efetuou-se a sua análise fatorial, resultando a sua divisão em 2 fatores. Os dados obtidos foram analisados com recurso ao programa estatístico SPSS, versão 22.0. Foi salvaguardada a livre participação e a confidencialidade dos dados. A amostra do estudo é constituída por 200 doentes, sendo 45,5% do sexo masculino e 54,5% do sexo feminino, e em que 77,5% já tinha experiências cirúrgicas anteriores. Quanto à origem da informação que detinham acerca do ato anestésico-cirúrgico, 59,5% referiu o profissional de saúde. Os resultados mostram que os doentes percecionam como estando melhor informados acerca dos aspetos organizacionais e logísticos comparativamente ao que toca aos cuidados de enfermagem. Quanto ao nível de ansiedade pré-operatória, os doentes deste estudo apresentam baixos níveis de ansiedade, encontrando-se diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) em função do sexo, o que vai de encontro aos resultados de outros estudos. Por outro lado, a informação pré-operatória parece estar relacionada de forma significativa com o número de elementos do agregado familiar e com o tempo em lista de espera (p < 0,05). A complexidade inerente ao ato anestésico-cirúrgico, aliada à elevada subjectividade decorrente das diferenças individuais, é potenciadora de um desequilíbrio físico-emocional no período pré-operatório, enfatizando as necessidades psicológicas de cada um. Relativamente à informação pré-operatória, os resultados obtidos permitem concluir que os enfermeiros devem investir em áreas autónomas da profissão, nomeadamente no fornecimento de informações acerca dos cuidados de enfermagem que serão prestados ao longo de todo o período perioperatório, nomeadamente através da criação de uma consulta de enfermagem, a acontecer antes da admissão do doente. Sugerimos uma intervenção estruturada, exequível, objetiva e individualizada.

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Introdução: Uma grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a uma intervenção cirúrgica, que representa um acontecimento crítico na vida da pessoa doente e dos seus familiares. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área que é caracterizada por uma elevada subjetividade, decorrente das diferenças individuais de cada pessoa, de modo a auxiliar os enfermeiros a encontrar estratégias para a avaliação da ansiedade, a fim de definir modos de atuação baseados na evidência científica. Objectivos: Avaliar a ansiedade pré-operatória dos doentes propostos para cirurgia programada; avaliar a informação que os doentes recebem dos enfermeiros, no pré-operatório de uma cirurgia programada; e analisar a relação entre a informação de enfermagem e a ansiedade pré-operatória dos doentes. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional. Será aplicado um questionário que avaliará os conhecimentos acerca do tratamento a que vão ser submetidos e a ansiedade que manifestam os doentes internados em diversos serviços cirúrgicos. Resultados: Esperamos confirmar o que autores consultados obtiveram nos seus estudos, no tocante aos fatores que influenciam o nível de ansiedade pré-operatória dos doentes e que os melhor informados têm menos ansiedade. Conclusões: Perspetivamos incrementar programas de formação em serviço, dirigidos aos enfermeiros, de modo a focalizarem parte da sua atenção na ansiedade pré-operatória do doente cirúrgico; o investimento na preparação pré-operatória do doente, inclusive no que diz respeito às suas necessidades psicológicas, dando ênfase às intervenções autónomas dos enfermeiros; e a criação de uma consulta de enfermagem no pré-operatório, coincidindo com o dia da consulta de anestesia, que lhe permita colocar dúvidas e medos, no sentido de diminuir os níveis de ansiedade presentes no pré-operatório imediato.

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O crescente envelhecimento da população, associado ao aparecimento de inúmeras comorbilidades, apresenta repercussões na funcionalidade, mobilidade e autonomia da população. A Osteoartrose (OA), problema músculo-esquelético mais comum, apresenta-se, em Portugal, como principal causa de incapacidade do idoso. Como tentativa de recuperação da funcionalidade e alívio dos sintomas, a Artroplastia Total da Anca (ATA) surge como opção terapêutica elegida. Intervindo na capacitação da pessoa e família, o enfermeiro de reabilitação procura auxiliar na reorganização do seu projeto de saúde, de acordo com as necessidades, decorrentes deste processo de transição, dotando-a de recursos para melhor responder a este desafio. Este estudo tem como objetivo analisar os fatores influenciadores da Capacidade Funcional (CF) nos indivíduos submetidos a ATA após dois meses da alta clínica, enquadrando-se no paradigma da investigação quantitativa, de natureza descritivo correlacional, longitudinal. A amostra, não probabilística, por conveniência, foi constituída por 32 pessoas, entre 44 e 87 anos de idade, internadas no Centro Cirúrgico de Coimbra (Julho a Dezembro de 2015). Na recolha de dados utilizou-se o questionário que incluiu o questionário HOOS LK 2.0, validado para a população portuguesa por Nunes, Cabri e Gil (2009), aplicado em dois momentos (dia de alta clínica e após dois meses), após autorização dos autores e do Conselho Administrativo da Instituição. Todos os participantes consentiram, livre e voluntáriamente, a sua cooperação. Observou-se melhoria da CF no segundo momento, bem como correlação positiva significativa entre o género e as habilitações literárias com a dimensão Atividade Vida Diária e a situação laboral com a dimensão Qualidade Vida. As correlações das restantes variáveis com o questionário HOOS, inclusivé, as sessões de reabilitação, verificaram-se inexistentes. Concluíndo, os resultados observados indicam necessidade de uma intervenção mais cabal, atendendo às características do indivíduo e contexto envolvente, com planificação adequada e avaliação contínua dos cuidados prestados, zelando pela sua máxima independência nas atividades de vida diárias. As competências específicas do Enfermeiro de Reabilitação poderão contribuir para obtenção de mais ganhos na CF. Sugerem-se novos estudos, averiguando o impato da sua intervenção no pré-operatório e no domicílio após ATA e de outras variáveis que poderão intervir na CF destes doentes.

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A dor tem sido apontada como uma das principais causas do sofrimento humano, contribuindo para a diminuição da qualidade de vida, tanto a nível psicossocial como económico. O seu controlo no pós-operatório tem sido palco de investigação pela frequência do fenómeno e pelas consequências de sofrimento e riscos desnecessários para a pessoa que a sofre. O enfermeiro no âmbito das suas competências profissionais, encontra-se numa posição relevante para promover o bem-estar e conforto recorrendo a intervenções farmacológicas e não farmacológicas para o seu controlo. O ambiente físico da unidade de cuidados pós-cirúrgicos pode atuar como mais uma fonte de desconforto e assim contribuir para aumentar a complexidade da gestão da dor da pessoa alvo de cuidados. Assim, pretende-se analisar a influência da iluminação e da temperatura ambiente da unidade como estímulos nas manifestações de dor da pessoa em pós-operatório imediato e, a gestão das mesmas por parte do enfermeiro. É um estudo descritivo, exploratório, de natureza observacional, realizado numa unidade de cuidados pós cirúrgicos de uma unidade hospitalar. Os dados foram colhidos em 64 observações de prestação de cuidados - por dez enfermeiros - nas primeiras quatro horas após a admissão da pessoa submetida a cirurgia. Foi construída, para registos de dados, uma lista de verificação que inclui condições de temperatura ambiente, grau de sedação e indicadores não-verbais de dor. Os principais resultados obtidos demonstram que a pessoa em situação pós-cirúrgica que se encontra num ambiente em que a iluminação natural e a temperatura estão mais controladas ou ausentes apresenta um número de episódios de dor menor do que aquela que se encontra num ambiente com iluminação intensa ou ambiente térmico não controlado. A gestão da luminosidade poderá ter influenciado mais a ausência de manifestações de dor, do que a gestão da temperatura ambiente. Há recurso quase exclusivo à terapêutica farmacológica para o controlo da dor da pessoa em situação pós cirúrgica. Não se observam comportamentos intencionais de controlo das condições de iluminação e temperatura da unidade nas primeiras horas de pós-operatório.

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Introdução A segurança do doente (SD), constitui uma preocupação crescente das organizações de saúde e dos stakeholders deste sector. Neste desígnio, a Organização Mundial de Saúde (OMS) assumiu a segurança cirúrgica como o "Segundo Desafio Global para a SD", através do programa "Cirurgia Segura, Salva Vidas", com a implementação da Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica (LVSC), como uma das estratégias (OMS,2009; Haines et al., 2009). Reconhece-se que o sucesso do programa depende da Cultura de Segurança do Doente (CSD) e da valorização dos pressupostos da LVSC pelos profissionais implicados na sua implementação. Objetivos: O estudo pretende caracterizar a CSD percecionada pelos profissionais do BO dos hospitais em estudo, caraterizar a perceção dos profissionais sobre o contributo da LVSC para a SD, verificar se a perceção de CSD e do contributo da LVSC para a SD é influenciada por características socioprofissionais dos participantes e analisar a relação entre a CSD e o contributo da LVSC para a SD., Metodologia Desenvolvemos um estudo descritivo-correlacional, realizado em dois Blocos Operatórios da Zona Centro de Portugal(Mota,2014). Utilizámos a versão portuguesa do questionário Hospital Survey on Patient Safety Culturedesenvolvido por sorra e Nieva (2004), que avalia doze dimensões da CSD e um questionáriosobre o contributo da LVSC para a SD. Este foi desenvolvido no presente estudo com base nos objetivos da OMS para Cirurgia Segura e na Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica . Na construção da escala, seguimos o referencial metodológico para elaboração de instrumentos proposto por Pasquali (1999) e Moreira (2009). Esta é constituída por 24 itens agrupados em quatro dimensões ("Perceção geral da LVSC", "Antes da indução anestésica", "Antes da incisão da pele", "Antes do doente sair da sala de operações") e dois itens únicos. A amostra em estudo (n=117) é constituída por 57 enfermeiros, 33 cirurgiões e 27 anestesistas. Resultados Destacam-se combons resultados as dimensões da CSD, "Trabalho em equipa" (71,80% de respostas positivas) e "Aprendizagem organizacional- melhoria contínua" (70,30%). A CSD revela fragilidades importantes ao nível das dimensões relacionadas com a notificação de incidentes ("Resposta ao erro não punitiva" (30,8% de respostas positivas), "Frequência da notificação"(37,63%) e "Comunicação e feedback acerca do erro" (44,1% assim como na dimensão "Dotação de profissionais" (43,03%). Observam-se diferenças estatisticamente significativas na perceção da CSD em função do grupo profissional em 4 dimensões. Os cirurgiões revelam uma perceção mais positiva nas dimensões "Abertura na comunicação", "Comunicação e feedback e informação sobre erros" e "Trabalho em equipa". Os enfermeiros manifestam uma perceção mais positiva sobre as "Expetativas do supervisor/gestor e ações que promovam a segurança do doente e mais negativa sobre o "Trabalho em equipa". Os anestesistas têm uma perceção mais negativa em 3 destas dimensões. A maioria dos profissionais avalia positivamente as quatro dimensões que avaliam o contributo da LVSC para a Segurança do Doente. Consideram que a LVSC contribui para a SD, e que os itens da LVSC são adequados para a garantir a SD. 77,6% dos inquiridos referem que gostariam que a LVSC fosse utilizada no caso de serem operados. No entanto, identificam dificuldades na sua aplicação e apontam a necessidade de serem introduzidas alterações na LVSC. As verificações da LVSC mais valorizadas relacionam-se com o contributo para a redução do risco de operar o local errado, o doente errado e realizar o procedimento errado (respectivamente, 86,3, 85,50% e 83,80%). As verificações menos valorizadas relacionam-se com a promoção da continuidade dos cuidados e com a diminuição do risco de Infeção do Local Cirúrgico (55,60 e 57,3% de respostas positivas). Não se verificam diferenças ou associações estatisticamente significativas na perceção do contributo da LVSC para a SD, em função das caraterísticas socioprofissionais estudadas, refletindo uma visão homogénea desta estratégia. Verificam-se correlações positivas entre as dimensões da CSD e as dimensões do contributo da LVSC para a SD, ou seja, uma melhor perceção da CSD está associada a uma melhor perceção do contributo da LVSC para a SD. Discussão A avaliação da CSD revela que os participantes referem existir um clima de trabalho positivo, onde os elementos das equipas se entreajudam e trabalham juntos com o objetivo de prestar os melhores cuidados aos doentes. No entanto, a coordenação entre os diferentes serviços constitui um aspeto crítico a melhorar, devendo ser investidos sistematicamente esforços para que o trabalho em equipa constitua um aspeto forte da CSD. Os profissionais consideram estar a trabalhar ativamente para a melhoria da SD, têm a perceção que o serviço não tem problemas com a SD e dispõem de procedimentos eficazes na prevenção dos erros, o que revela que estes valorizam a SD. Apenas 5,1% dos profissionais classificaram negativamente a "Avaliação geral da SD". Contudo, esta investigação reflete a existência de uma cultura de ocultação e culpabilização, que não promove a aprendizagem a partir do erro, existindo uma subnotificação importante, em que a maioria dos profissionais não procedeu a nenhuma notificação, sendo fundamental que sejam movidos esforços por parte das organizações no âmbito da melhoria dos processos de notificação. Os profissionais consideram que existem meios humanos para responder ao trabalho solicitado, mas percecionam que trabalham mais horas do que seria desejável, sendo desta forma essencial que na gestão das equipas se deva ter em conta os fatores individuais e organizacionais relacionados com as dotações seguras. As diferenças estatisticamente significativas na perceção da CSD em função do grupo profissional refletem diferentes crenças, perceções e valores dos profissionais em relação à segurança. O facto de os cirurgiões manifestarem uma visão mais positiva na maioria das dimensões poderá dever-se ao facto de assumirem o papel de líderes na equipa multiprofissional e consequentemente terem uma posição privilegiada no que se refere à acessibilidade da informação, bem como poderão não perceber tão negativamente as questões hierárquicas, e terem uma perceção da qualidade do trabalho em equipa e da comunicação mais positiva que os restantes grupos profissionais. O facto de o grupo profissional dos anestesistas ser aquele que tem uma visão mais negativa provavelmente deve-se ao facto de a anestesia ser considerada a área mais segura da medicina, o que poderá levar a que este grupo profissional tenha uma cultura profissional mais sensível às questões da segurança, levando a que identifiquem mais problemas que possam por em causa a SD. Os resultados obtidos com o "Questionário de Avaliação do Contributo da LVSC para a SD", revelam um reconhecimento positivo do impacto da LVSC na SD por parte dos profissionais. Este aspeto é considerado determinante para a adesão dos profissionais a esta estratégia, revelando assim um potencial de sucesso na sua implementação que deve ser tido em conta pelas organizações. Todavia mais de metade dos profissionais perceciona a existência de dificuldades na aplicação da LVSC. Verifica-se também que mais de metade dos profissionais manifesta a necessidade de introduzir alterações nos itens da LVSC, parecendo ser um contrassenso, uma vez que a maioria dos inquiridos refere que considera que os itens são adequados no sentido de garantirem a SD. Como hipótese explicativa poderemos supor que os inquiridos se referem à necessidade de inclusão de novos itens, para além dos já existentes. Este aspeto poderá ser indicativo da necessidade de desenvolver um processo de adaptação da LVSC aos contextos locais das organizações envolvidas no estudo, tal como recomendado pela OMS (2009). Os profissionais valorizam mais os itens da LVSC considerados eventos sentinela, possivelmente pelo seu potencial de causar grave dano físico, psicológico ou mesmo a morte ao doente. As verificações da LVSC menos valorizadas pelos profissionais, constituem aquelas sobre as quais deve ser implicado um maior investimento no sentido de se desenvolver uma CSD. Salientamos neste âmbito, como oportunidade de melhoria, a sensibilização dos profissionais para a importância do rigor do horário de administração do antibiótico na prevenção da ILC. Conclusões Os resultados indiciam a necessidade de promover estratégias de desenvolvimento da CSD, principalmente ao nível das dimensões menos valorizadas pelos profissionais. No âmbito da LVSC, a divulgação de informação e formação no âmbito do programa "Cirurgia Segura, Salva Vidas" são fundamentais, devendo existir um investimento significativo sobre as verificações da LVSC menos valorizadas pelos profissionais nesta investigação. É igualmente essencial adaptar a LVSC às necessidades locais e avaliar as dificuldades inerentes à aplicação da LVSC, para que a sua implementação alcance resultados efetivos no âmbito da SD cirúrgico.

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A Haptonomia também conhecida como Ciência da Afetividade, abrange todas as etapas da vida, desde a conceção até à morte. O Acompanhamento Haptonómico Pré e pós-natal é uma das mais conhecidas aplicações em Haptonomia, e consiste no acompanhamento da relação afetiva entre pai/mãe/filho durante todo o processo de gravidez e durante o primeiro ano de vida do bebé.