3 resultados para Unidade de Cuidados Continuados - Unity of Continuous Care

em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra


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Durante o internamento da pessoa em situação critica em unidades de cuidados intensivos (UCI) os despertares frequentes e a falta de estádios de sono reparadores, prejudicam a sua recuperação. O envolvimento dos profissionais de enfermagem, proporcionando intervenções promotoras de um período de sono em quantidade e qualidade adequadas, é fundamental para uma correta recuperação e manutenção da sua saúde física e emocional. São objetivos da investigação - identificar os fatores perturbadores do ciclo de sono na pessoa internada numa UCI; avaliar a perceção, da pessoa internada numa UCI, sobre a qualidade e quantidade do seu ciclo de sono, assim como a do enfermeiro que a cuidou; intervir, pela sensibilização da equipa, com vista à promoção do sono do doente internado numa UCI; analisar o impacto de uma atividade formativa, desenvolvida no seio da equipa de enfermagem, sobre a perceção da qualidade e quantidade de sono da pessoa internada numa UCI. Investigação com uma abordagem de natureza quantitativa do tipo pré-experimental. O sono da pessoa internada na UCI é avaliado quanto á sua qualidade e quantidade pelos doentes e pelos enfermeiros através da aplicação do Richards-Campbell Sleep Questionnaire (RCSQ). A colheita de dados ocorreu em dois momentos, antes e após uma atividade de formação com a equipa de enfermagem donde emergiram alterações a implementar na prestação de cuidados. A amostra foi definida em número de observações, consistindo em 60 observações dos doentes e 60 dos enfermeiros em cada um dos momentos. Em ambos os momentos, os doentes percecionam uma razoável qualidade de sono (RCSQ - 64.30; 66.80) enquanto, os enfermeiros percecionam uma boa qualidade (RCSQ - 71.00; 71.70) de sono do doente. As estratégias promotoras do sono implementadas acarretaram diferenças significativas ao nível do ruido na unidade, traduzindo-se em noites mais silenciosas. Os doentes identificam o ruído como o fator mais perturbador da qualidade de sono. Os enfermeiros avaliam mais positivamente a qualidade do sono das pessoas que cuidam do que os próprios. O conhecimento por parte da equipa de enfermagem, da avaliação que o doente crítico faz sobre a qualidade do sono e, o confronto com a avaliação que realiza, permitiu um espelhamento da sua práxis e conduziu à implementação de estratégias promotoras do sono e à melhoria do ambiente da UCI pela redução do nível do ruido.

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O aumento do número de pessoas idosas com demências, com alterações do comportamento (agitação, agressividade, desorientação, recusa nos cuidados, força contrária), tornou-se um dos maiores desafios do sistema de saúde para o qual nem as instituições nem os cuidadores estão preparados (Gineste e Pellissier, 2008; Simões, 2013). Este estudo pretende responder às questões de investigação sobre quais as dificuldades dos cuidadores na prestação de cuidados a pessoas com alterações do comportamento e qual o contributo da formação em Humanitude na redução das dificuldades sentidas. Foi realizado um estudo descritivo com uma amostra constituída por 34 profissionais de saúde que exercem funções numa Unidade de Cuidados Continuados. As dificuldades identificadas foram prestar cuidados a pessoas agitadas/confusas/desorientadas/agressivas e que recusam os cuidados (52,9%). Foi ainda evidenciada a dificuldade na comunicação com doentes que não comunicam verbalmente. Dos 18 profissionais que realizaram formação em Humanitude, 100% consideram que esta facilitou a relação e a prestação de cuidados. Dadas as dificuldades no cuidar de pessoas com alterações do comportamento e o contributo positivo da formação em Humanitude torna-se fundamental capacitar os profissionais de saúde com técnicas relacionais adequadas à realidade dos cuidados.

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O envelhecimento populacional tem levado a um aumento na prevalência das demências, estimando-se que o número total de pessoas com esta perturbação duplique a cada 20 anos. Esta realidade levanta desafios aos profissionais de saúde pela dificuldade em cuidar destas pessoas devido às alterações do seu comportamento como agitação, agressividade e recusa dos cuidados. Estudos desenvolvidos nos últimos anos têm demonstrado uma ligação entre a implementação da Metodologia de Cuidados Humanitude (MCH) e a estabilização de determinados aspetos clínicos e relacionais como por exemplo, a diminuição de quadros de agitação patológica e oposição aos cuidados, redução do consumo de psicotrópicos, redução do número de pessoas acamadas. Foi realizado um estudo descritivo com abordagem qualitativa com uma amostra constituída por 34 profissionais que exercem funções numa Unidade de Cuidados Continuados. O estudo realizado pretende responder à seguinte questão de investigação: Qual o impacto da implementação da (MCH) na melhoria dos cuidados? Dos 18 profissionais (52.9%) que realizaram formação em humanitude, 100% consideraram que facilitou a prestação de cuidados. Estes profissionais evidenciaram que teve reflexos na redução de comportamentos da agitação/oposição/recusa dos cuidados; aumentou a comunicação; reduziu a degradação física e mental e melhorou a qualidade de vida.