2 resultados para RISCO PROFISSIONAL

em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra


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A gravidez é um período único, quando surgem alterações no processo normal da gravidez, é considerada uma gravidez de risco, ocorrendo vivências que influenciam a grávida e todo o contexto envolvente. O objetivo deste estudo é conhecer as vivências experienciadas pelas enfermeiras com gravidez de risco. É um estudo fenomenológico, de natureza qualitativa, realizaram-se sete entrevistas semiestruturadas, tendo como critérios de inclusão: ser enfermeira a exercer a profissão, ter vivenciado uma gravidez de risco, estar nos primeiros seis meses de pós-parto. O tratamento da informação através da análise de conteúdo conduziu à criação de oito categorias: vivências face ao diagnóstico de risco, alterações no quotidiano, vivências das alterações no quotidiano, alterações na vida profissional, vivências das alterações na vida profissional, apoio, expectativas relativamente ao parto e vivências relativamente ao parto. As participantes revelaram o medo como vivência central, alterações no quotidiano fundamentalmente nas tarefas domésticas, perante estas alterações vivenciaram solidão, limitação e dependência. A nível profissional, todas tiveram atestado médico. Os conhecimentos e experiência das participantes afetaram a vivência da gravidez, no entanto não referiram diferenças entre as influências positivas e negativas. Revelaram que maioritariamente receberam apoio durante a gravidez. Seis das sete entrevistadas tinham como expetativa ter parto eutócico. As vivências do trabalho de parto foram principalmente a revolta, o medo, a insegurança. Apresentam-se como sugestões: acompanhamento da gravidez por profissionais de saúde sensíveis para esta problemática; desenvolvimento de ações de promoção da saúde específicas; criação de consultas para desenvolver estratégias específicas; adaptação das condições nos locais de trabalho.

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A satisfação profissional (SP) tem assumido uma importância crescente, sendo um indicador de avaliação permanente de qualidade e auxiliador nas políticas de recursos humanos nas instituições de saúde. Na enfermagem, esta variável apropria características peculiares pela especificidade e exigências da profissão. A segurança do doente (SD) é simultaneamente, indicador de desempenho, elemento central na qualidade em saúde e um desígnio fundamental dos profissionais de saúde. O risco de ocorrência de eventos adversos associados às práticas de enfermagem (EAAPE) é uma constante dentro das organizações, existindo diversos fatores que o potenciam. No contexto atual, o aumento da carga horária semanal e a consequente diminuição dos períodos de descanso e lazer, poderão implicar menor SP e consequentemente, diminuir a resistência dos Enfermeiros aos fatores potenciadores de ocorrência de EA, contribuindo negativamente para a qualidade dos cuidados prestados. Desta problematização resultaram duas questões orientadoras do estudo: a SP dos enfermeiros e os EAAPE estão relacionados com as variáveis socioprofissionais?; existe relação entre a SP dos enfermeiros e os EAAPE? No sentido de lhes dar resposta, foi conduzido um estudo de âmbito nacional, com abordagem quantitativa e caráter descritivo e correlacional. Através da recolha de dados online, pela disponibilização de um formulário de autopreenchimento em diferentes redes sociais e pela própria Ordem dos Enfermeiros, maximizou-se a probabilidade de aumentar o número de participantes no estudo a exercer funções em Portugal, constituindo-se uma amostra de 1102 enfermeiros. Os resultados encontrados evidenciaram um nível global baixo de SP dos enfermeiros portugueses (X=2,88; DP=0,51), influenciado pela categoria profissional, número de dias de folga/semanal e tempo de exercício profissional. Relativamente aos EAAPE, existe relação na perceção das práticas profissionais com o tipo de categoria profissional, tipo de relação laboral e tempo de exercício profissional; e associação na perceção dos resultados (risco e ocorrência de EAs) com o tipo de relação laboral, carga horária/semanal e tempo de exercício profissional. Os profissionais mais satisfeitos evidenciam desenvolver melhores práticas de enfermagem (r=0,35; p=0,00). Por outro lado, o nível de SP dos enfermeiros correlaciona-se negativamente com o risco e ocorrência de EA (r=-0,30; p=0,00).