2 resultados para Puberdade precoce : Fisiologia
em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Resumo:
O leite humano é considerado a base da alimentação da criança, porque para além de ser nutritivo ao fornecer-lhe os nutrientes necessários ao seu crescimento, ainda lhe transmite fatores imunológicos e enzimas, protegendo o lactente contra infeções e alergias, bem como facilita o seu desenvolvimento psicossocial. Pedroso (2011, p.40) ao citar Parizotto e Zorzi (2008) refere também que "amamentar é muito mais do que alimentar a criança. Envolve uma interacção complexa, multi-factorial, entre duas pessoas, que interfere no estado nutricional de uma criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional". A criança ao mamar, ao sugar o leite materno realiza movimentos musculares a nível da região oral. Ao realizar esses movimentos, a criança obtém uma tonicidade muscular adequada e uma estimulação da estrutura óssea e dos músculos faciais, o que contribui para o correto desenvolvimento dos órgãos fono-articulatórios, prevenindo alterações de hipo-desenvolvimento, mal oclusões e problemas de articulação (Delgado & Halpern, 2005). Pereira (2008) ao citar (Sousa, 1997) refere que a criança durante a amamentação, aprende a respirar corretamente pelo nariz, evitando amigdalites, pneumonias, entre outras doenças. O aleitamento materno proporciona ao bebé um padrão de respiração correto, favorecendo o encerramento labial e a postura adequada da língua, garantindo a boa relação entre as estruturas do Sistema Estomatognático (Tollara et al, 2005), citados por Pereira (2015, p. 15). Cada vez mais as informações veiculadas através dos meios de comunicação social chamam a atenção para a importância da amamentação. No entanto, a promoção comercial desenvolvida pela indústria e empresas do setor podem diminuir a promoção do aleitamento materno, ao oferecerem amostras às mães nas maternidades, o que pode promover o abandono progressivo do aleitamento materno. Segundo Andrezza et al (2013) os bicos de qualquer natureza, quando utilizados por um determinado período, podem causar o fenómeno denominado de confusão de bicos, acabando por levar ao desmame precoce. Um estudo desenvolvido por França et al (2008) referem que o uso da chupeta é um dos determinantes principais que levam as mães a interromper precocemente o aleitamento. O uso da chupeta, referido desde o período neolítico (Castilho e Rocha, 2009), temática controversa, merece a atenção dos vários profissionais de saúde, e é considerado como um problema de Saúde Pública. Pereira (2015) no estudo que desenvolveu concluiu que as crianças que usaram chupeta apresentaram mais alterações na fala, na postura, mobilidade da língua e na mordida comparativamente com as que não a utilizaram. Galvão (2006, p. 25), ao citar a OMS e a UNICEF (1995), afirma que "as práticas adoptadas nos serviços de saúde podem ter um efeito importante sobre a amamentação. Práticas desfavoráveis interferem com a amamentação e contribuem para a disseminação do aleitamento artificial. Boas práticas apoiam o aleitamento materno e favorecem que as mães amamentem com sucesso e continuem a amamentar por longo tempo". Torna-se igualmente importante que as orientações fornecidas pelos profissionais de saúde não sejam diferentes, ambíguas ou contraditórias, pois pode aumentar a ansiedade e angústia das mães. Neste sentido, importa saber: o que sabem as mães que amamentam ou amamentaram sobre a influência do uso da chupeta no processo da amamentação e no desenvolvimento da criança? O que levou as mães que amamentam ou amamentaram a decidir colocar ou não chupeta aos filhos?
Resumo:
Introdução: Cerca de 10% dos doentes desenvolvem comportamentos agressivos tornando-se necessário perceber que variáveis, previamente reconhecidas, contribuem para a ocorrência de agressão e, concomitantemente, que ferramentas atuam como respostas de prevenção e estratégias de gestão e controlo do risco. Metodologia: A adequação das respostas terapêuticas depende de uma correta avaliação precoce dos sinais de alerta de agressão, pelo que se recorreu ao ?Forensic Early Signs of Aggression Inventory? (FESAI) por favorecer a compreensão da dinâmica dos mesmos; e proporcionar o envolvimento do doente na sua monitorização e recuperação, constituindo uma preciosa ajuda para os enfermeiros, quer no sedimentação das relações interpessoais, quer na melhoria da intervenção precoce. Neste sentido, propõe-se desenvolver um estudo quantitativo, exploratório e correlacional, a partir de uma realidade contextualizada num serviço de internamento de psiquiatria forense. Objetivos: Analisar e monitorizar a prevalência dos sinais de alerta precoce de agressão através do uso do FESAI, com a finalidade de averiguar a pertinência da sua implementação na realidade portuguesa e avaliar a influência do diagnóstico clínico nos sinais de alerta precoce de agressão. Resultados: Da amostra utilizada verificou-se que os sinais de alerta precoce de agressão que prevalecem são ?desânimo, ansiedade e isolamento social?, sendo o comportamento agressivo condicionado pelo uso da psicofarmacologia, que conduz a perda de energia e prostração e, consequentemente, a uma inevitável deterioração social. Importa, portanto, equacionar que no contexto da realidade portuguesa os resultados obtidos condicionam a validação do FESAI, quer pela redutibilidade da amostra, quer pela conduta que se assume na psiquiatria forense em Portugal. Conclusão: Apesar das limitações que o estudo apresenta, verificou-se que a relevância clínica do FESAI acentua-se por permitir capturar uma ampla variedade de sinais de alerta individuais, constituindo uma preciosa ajuda aos enfermeiros para auxiliar na gestão de comportamentos perturbadores em contexto de internamento, seja qual for o diagnóstico clínico do doente, pelo que deve ser implementado.