6 resultados para MESTRADO EM CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra


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O ?Samaritano? um projeto teraputico que, desde 2011, em vrios concelhos da Regio Centro, visa prestar apoio em regime ambulatrio, no domiclio e junto da comunidade, a pessoas com doena mental e respetivas famlias, tendo como objetivos gerais a reabilitao psicossocial dos doentes, bem como o suporte e o esclarecimento das famlias. Os objetivos deste estudo so: conhecer as caractersticas e necessidades de cuidados dos utentes com doena mental grave entrada no projeto; conhecer a metodologia de interveno da equipa; identificar as intervenes do Enfermeiro Especialista em Sade Mental e Psiquiatria na equipa; conhecer os resultados de sade dos utentes com doena mental grave acompanhados pelo projeto no perodo de Dezembro de 2011 a Dezembro de 2015. Quanto metodologia de investigao, esta consistiu na anlise documental dos processos clnicos dos utentes com doena mental grave includos no projeto, com especial enfoque na Avaliao Inicial de Enfermagem e Instrumento de Registo do Plano Individual de Interveno. Constatou-se que o projeto ?Samaritano? contribuiu para a melhoria dos resultados de sade dos utentes com doena mental grave, em particular no que se refere aos domnios ?ocupao?, ?interao sociofamiliar?, ?adeso teraputica?, ?estado mental? e ?funcionalidade/autonomia?. Assim, e pese embora algumas limitaes e aspetos de funcionamento que foram identificados neste estudo e que podem ser melhorados, os objetivos e a metodologia de interveno da equipa multidisciplinar, correspondem de perto caracterizao e servios propostos para as equipas de apoio domicilirio no mbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados em Sade Mental (2010). Neste sentido, e at pelo papel desempenhado do Enfermeiro Especialista em Sade Mental e Psiquiatria, este projeto pode considerar-se como um modelo de boas prticas, aplicvel em outros contextos.

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O aumento do nmero de pessoas idosas com demncias, com alteraes do comportamento (agitao, agressividade, desorientao, recusa nos cuidados, fora contrria), tornou-se um dos maiores desafios do sistema de sade para o qual nem as instituies nem os cuidadores esto preparados (Gineste e Pellissier, 2008; Simes, 2013). Este estudo pretende responder s questes de investigao sobre quais as dificuldades dos cuidadores na prestao de cuidados a pessoas com alteraes do comportamento e qual o contributo da formao em Humanitude na reduo das dificuldades sentidas. Foi realizado um estudo descritivo com uma amostra constituda por 34 profissionais de sade que exercem funes numa Unidade de Cuidados Continuados. As dificuldades identificadas foram prestar cuidados a pessoas agitadas/confusas/desorientadas/agressivas e que recusam os cuidados (52,9%). Foi ainda evidenciada a dificuldade na comunicao com doentes que no comunicam verbalmente. Dos 18 profissionais que realizaram formao em Humanitude, 100% consideram que esta facilitou a relao e a prestao de cuidados. Dadas as dificuldades no cuidar de pessoas com alteraes do comportamento e o contributo positivo da formao em Humanitude torna-se fundamental capacitar os profissionais de sade com tcnicas relacionais adequadas realidade dos cuidados.

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O envelhecimento populacional tem levado a um aumento na prevalncia das demncias, estimando-se que o nmero total de pessoas com esta perturbao duplique a cada 20 anos. Esta realidade levanta desafios aos profissionais de sade pela dificuldade em cuidar destas pessoas devido s alteraes do seu comportamento como agitao, agressividade e recusa dos cuidados. Estudos desenvolvidos nos ltimos anos tm demonstrado uma ligao entre a implementao da Metodologia de Cuidados Humanitude (MCH) e a estabilizao de determinados aspetos clnicos e relacionais como por exemplo, a diminuio de quadros de agitao patolgica e oposio aos cuidados, reduo do consumo de psicotrpicos, reduo do nmero de pessoas acamadas. Foi realizado um estudo descritivo com abordagem qualitativa com uma amostra constituda por 34 profissionais que exercem funes numa Unidade de Cuidados Continuados. O estudo realizado pretende responder seguinte questo de investigao: Qual o impacto da implementao da (MCH) na melhoria dos cuidados? Dos 18 profissionais (52.9%) que realizaram formao em humanitude, 100% consideraram que facilitou a prestao de cuidados. Estes profissionais evidenciaram que teve reflexos na reduo de comportamentos da agitao/oposio/recusa dos cuidados; aumentou a comunicao; reduziu a degradao fsica e mental e melhorou a qualidade de vida.

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Sob proposta do Conselho Nacional de Avaliao do Ensino Superior integrei a Comisso de Avaliao Externa da rea de Enfermagem da Agncia de Avaliao e Acreditao do Ensino Superior (A3ES) dos cursos de ensino superior politcnico da rea da Enfermagem. Procedi avaliao dos seguintes Cursos: Escola Superior De Enfermagem De Lisboa - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior De Sade Da Guarda do Instituto Politcnico Da Guarda; Curso de Mestrado em Enfermagem de Sade Infantil e Pediatria; Escola Superior Politcnica De Sade do Porto - Universidade Catlica Portuguesa - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior Politcnica De Sade de Lisboa - Universidade Catlica Portuguesa - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior De Sade Dr. Lopes Dias do Instituto Politcnico De Castelo Branco - Curso de Licenciatura em Enfermagem e Curso de Mestrado em Cuidados Paliativos; Escola Superior De Sade De Portalegre Do Instituto Politcnico De Portalegre - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior De Sade De Viseu Do Instituto Politcnico De Viseu - Curso de Mestrado em Enfermagem de Sade Infantil e Pediatria; Escola Superior De Enfermagem Do Porto - Curso de Mestrado em Enfermagem de Sade Infantil e Pediatria.

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Agradecimentos O compromisso da enfermagem para com os cuidados de sade primrios encontra-se incorporado no Cdigo Deontolgico do ICN para Enfermeiros adotado pela primeira vez em 1953 e revisto regularmente - que afirma que "os enfermeiros tm quatro responsabilidades fundamentais: promover a sade, prevenir a doena, restabelecer a sade e aliviar o sofrimento. Alteraes recentes na moldura da oferta de cuidados de sade em Portugal indiciam, uma compreenso de uma nova realidade. A reformulao da rede hospitalar, a reorganizao dos cuidados de sade primrios e a criao de uma rede de cuidados integrados constituem sinais significativos de uma nova abordagem do sistema de sade portugus. " As medidas adotadas pelos sucessivos Governos, desde a dcada de oitenta, no sentido de conterem o aumento dos gastos pblicos com sade podem ser classificadas de diferentes formas, distinguindo entre as que se dirigem oferta de servios de sade ou sua procura. Em termos de conteno de custos do lado da oferta, tipicamente estas medidas limitam investimentos, preos, admisses de pessoal, massa salarial, ou visam o aumento da eficincia atravs da melhoria da oferta de cuidados em ambulatrio em substituio dos hospitaois Do lado da procura, procuram desenvolver mecanismos de partilha de custos ou mesmo o estabelecimento de prioridades (ou at o racionamento) no acesso a cuidados, a par com um maior enfoque nas estratgias de preveno de sade e com a promoo dos cuidados primrios enquanto "porta de entrada" no sistema Em consequncia deste cenrio evidente a necessidade de solues, entre elas a priorizao e a chamada New Public Management ou Nova Administrao Pblica. Admitindo a existncia de um direito prestao de cuidados de sade, coloca-se a questo de aplicar os recursos com eficincia, dada a necessidade imperiosa de se efetuarem escolhas e de se estabelecerem prioridades. Este facto resulta do desfasamento existente entre os recursos necessrios e os recursos disponveis para a prestao de cuidados de sade, nomeadamente no que respeita utilizao de tecnologia sofisticada. O estabelecimento de prioridades e a necessidade de realizar opes surgem como tarefas primordiais, bem como a regulamentao da utilizao dos recursos de um modo justo e eficiente. O princpio da equidade na poltica de afetao de recursos para a prestao de cuidados de sade permite reafirmar a necessidade de um envolvimento ativo multidisciplinar. Nos dias de hoje,a utilizao de critrios de natureza econmica parece ser relevante para a tomada de decises de investimento em cuidados de sade bem como para o estabelecimento de prioridades. O crescimento dos custos com a Sade tem obrigado os governos adoo de medidas de conteno e racionalizao das despesas com o recurso a modelos de gesto do tipo empresarial, a introduo de tcnicas de avaliao de resultados, o planeamento dos servios de sade, o reforo da aposta nos cuidados primrios, o aumento dos co-pagamentos no momento da utilizao dos servios Um dos maiores marcos na histria dos cuidados de sade primrios foi a declarao de Alma-Ata (1971). Este documento indica algumas diretrizes para que os cuidados de sade prestados sejam de melhor qualidade, Os cuidados de sade primrios constituem a chave para que essa meta seja atingida, atravs do desenvolvimento e do esprito da justia social. Os cuidados de sade primrios so cuidados essenciais de sade baseados em mtodos e tecnologias prticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitveis, colocados ao alcance de todos os indivduos e famlias da comunidade, mediante a sua plena participao, e a um custo que a comunidade e o pas possam manter As principais caractersticas das unidades de cuidados de sade primrios so: constituir a porta de entrada dos servios e a continuidade, globalidade e coordenao dos cuidados. Os enfermeiros so o principal grupo de profissionais de sade a prestar CSP. Promovem e mantm ligaes entre os indivduos, famlias, comunidades e o resto do sistema de cuidados de sade, trabalhando tanto em autonomia como em colaborao para a preveno da doena e da incapacidade, bem como para promover, melhorar, manter e restaurar a sade. O seu trabalho abrange a sade da populao, a promoo da sade, a preveno da doena, os cuidados de bem-estar, o primeiro ponto de contacto para os cuidados e a gesto da doena ao longo de todo o ciclo de Num futuro prximo, decisivo que os enfermeiros - enquanto figuras centrais na prestao de cuidados de sade primrios - se envolvam, liderem e coordenem os cuidados, e que os seus papis na determinao de polticas e de prestao sejam encarados como legtimos e essenciais em todas as reas. Ter os enfermeiros no centro de deciso dos cuidados de sade primrios, ignifica: - Acesso melhorado aos cuidados. - Melhor preveno de doenas crnicas. A preveno da doena e a promoo da sade so exemplos perfeitos dos papis e da influncia crescente dos enfermeiros, no desenvolvimento de projetos promotores de sade. Os enfermeiros promovem que um estilo de vida saudvel essencial para a manuteno, recuperao e melhoria da sade de modo a viverem vidas mais longas e saudveis. 60 a 80 por cento dos cuidados primrios, tradicionalmente prestados pelos por outros profissionais, podem e devem ser efetuados pelos enfermeiros a um custo mais baixo e com resultados similares Para alm das estratgias delineadas pelos peritos em gesto da sade, como o caso da priorizao e da Nova Gesto Pblica, existe uma terceira maneira que funcionando como complemento das descritas anteriormente poderia originar ganhos em sade, quer em qualidade quer em termos monetrios. Este plano de conteno de custos pelo aumento da dotao de enfermeiros nos cuidados de sade primrios, nas diferentes unidades funcionais. O dinheiro gasto no tratamento de doenas, que com recurso a uma interveno inicial poderiam ser tratadas a baixo custo, abismal. 1 euro gasto em promoo da sade, representam 14 euros de poupanas no tratamento da doena A prescrio de um regime alimentar saudvel, significa muitos ganhos, em relao com aqueles que sero gastos no tratamento da obesidade, com necessidade de colocao de banda gstrica e todas as complicaes cardiovasculares que resultam do excesso de peso. O consumo de medicamentos, decorrentes do tratamento curativo e no preventivo das doenas tambm ele alarmante. Atuando ao nvel da preveno, com investimento nos enfermeiros diminuiria o dinheiro gasto em medicamentos. O papel das associaes nacionais de enfermeiros (ANE), sendo uma voz nacional da enfermagem, representa uma fora fundamental para ser chamada neste processo de mudana. Assim podem: • Facilitar a colaborao com outras associaes profissionais de sade, ministrio da sade e outros sectores e partes interessadas pertinentes. • Trabalhar com ministrios da sade e outros de modo a influenciar uma poltica nacional de sade que suporte os papis da enfermagem e reforce a capacidade de investigao da enfermagem. • Trabalhar com instituies de ensino para incorporar os CSP nos currculos. • Colaborar com centros de ensino e investigao de enfermagem • Divulgar resultados de investigao junto dos enfermeiros, decisores polticos e outros. • Oferecer formao contnua nos cuidados de sade primrios. • Salientar o trabalho dos enfermeiros nos CSP (em publicaes, stios web, conferncias, etc.). • Exercer presso no sentido de legislao que melhore os CSP • Disponibilizar um frum para o dilogo e a compreenso adequada das questes e diferenas entre os CSP e os cuidados mdicos primrios. • Promover os CSP como uma opo de carreira. • Estimular o interesse na enfermagem e na investigao acerca dos CSP Nos cuidados de sade primrios e em todo o sector de cuidados de sade, a realidade que as pessoas querem ter escolha e acesso informao, de modo a poderem efetuar essas escolhas. Esta tendncia ir continuar no futuro, e cada vez mais as pessoas iro necessitar do apoio prestado pelos enfermeiros no acesso informao e na realizao de boas escolhas. medida que a tnica e a prestao de servios se deslocam cada vez mais rapidamente do hospital para casa, do curativo para o preventivo, das instituies para as comunidades, os enfermeiros estaro cada vez mais no centro dos cuidados de sade Os enfermeiros e as associaes nacionais de enfermeiros podem liderar o caminho da melhor sade para todos. Os enfermeiros possuem os conhecimentos, aptides. O pblico e os decisores polticos vem os enfermeiros como tendo uma conduta tica, solcita, competente e efetiva em termos de custos. Cabenos a ns fazer avanar a agenda da enfermagem para os prximos anos e criar um futuro preferencial para a profisso e para as nossas sociedades; um futuro que comece com servios de CSP de qualidade para todas as comunidades.

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A segurana de doentes (SD), temtica emergente da gesto da sade considerada um dos pilares da qualidade dos cuidados de sade, dizendo respeito a todos os intervenientes. A segurana de doentes, hoje consagrada por directiva europeia um direito de todos definida pela DGS (2011) como "a reduo do risco de danos desnecessrios relacionados com os cuidados de sade, para um mnimo aceitvel. Diversos autores apontam para taxas de incidncia de eventos adversos (EA) em hospitais que variam entre 3,5% e 17%, sendo cerca de metade considerados evitveis. Nas unidades de cuidados intensivos (UCI's) as taxas de EA's revelam-se ainda mais preocupantes (Rothschild, 2005; Valentin, (2009. Mais de 20% dos doentes em UCI sofreram pelo menos um EA. Os enfermeiros so os profissionais que mais permanecem e mais atos realizam aos doentes, como sustenta. Parte relevante dos erros imputada aos enfermeiros, o que indicia a importncia do papel a desempenhar por estes para na prtica de cuidados seguros. Nesse sentido, A investigao pretende obter resposta para a seguinte questo orientadora: "Qual a perceo dos enfermeiros de cuidados intensivos do Hospital β relativa segurana nos doentes crticos?". Definiram-se como objetivos: Conhecer a perceo dos enfermeiros de UCI's, sobre a cultura de segurana e sobre o risco e a ocorrncia de EA's associados s suas prticas, analisar a relao entre estas variveis e otempo de exerccio profissional, do tempo de exerccio em UCI e do nvel de formao profissional dos enfermeiros. METODOLOGIA A investigao tem natureza descritiva e correlacional. A amostra constituda por enfermeiros de UCI's do Hospital β. Foram definidos como critrios de incluso no estudo ter mais de 6 meses de tempo de servio em UCI, estar em funes no perodo do estudo e aceitar participar voluntariamente no estudo. Utilizou-se um questionrio, constitudo pela por um bloco de questes de caraterizao scio demogrfica e profissional, pela verso portuguesa do questionrio " Hospital Survey on Patient Safety Culture" (Sorra & Nieva, 2004) constitudo por 42 itens que permitem avaliar 12 dimenses da cultura de segurana, e a escala "Eventos Adversos Associados s Prticas de Enfermagem" (Castilho & Parreira, 2012), constituda por 54 itens, que permitem avaliar a perpetiva de processo (12 dimenses de prticas de enfermagem) e a perpetiva de resultado (6 dimenses de EAS). Para anlise dos dados recorreu-se estatstica descritiva e inferencial. Foram cumpridos os requisitos ticos e formais inerentes ao estudo. RESULTADOS E DISCUSSO Participaram voluntariamente 37 enfermeiros, 82,22 % da populao alvo, elementos das equipas de UCI's do Hospital β. O tempo mdio de exerccio profissional dos participantes de 13,14 anos ( 7,37 anos). O tempo mdio de servio em UCI's de 9,10 anos ( 6,18 anos). Os resultados conferem heterogeneidade de maturidade e de experincia. 61,1% (22) dos inquiridos tm licenciatura em Enfermagem, 13,9% (5) Tm uma ps graduao e os restantes 25% (9) detm mestrado e/ou curso de especialidade em enfermagem. percetvel que os enfermeiros tm noo que os EA's acontecem, mesmo quando adotam prticas preventivas fortes, revelando conscincia do problema. cerca de 25% dos enfermeiros percecionam risco para ocorrncia de EA's. Cerca de metade assume que estes poderiam ser evitados, indiciando que os profissionais reconhecem que mais pode ser feito em prole da SD. Estudada a cultura de segurana, evidenciam-se reas fortes, com taxas de resposta positivas superiores 75%: Trabalho em equipa (91.9%), Aprendizagem organizacional - melhoria contnua (77.5%) e Percees gerais sobre a segurana do doente, (76.4%), contudo apenas 64.9% afirmam que "Os nossos procedimentos e sistemas so eficazes na preveno dos erros que possam ocorrer", sugerindo necessidade de otimizar os procedimentos e sistemas adotados para prevenir a ocorrncia de EA's. Embora se observe 81.1% de respostas positivas, no item "Avaliao geral sobre o grau de segurana do doente" identificam-se dimenses que carecem de ateno prioritria, por valores de resposta positiva baixos (inferiores a 50%), nomeadamente: "Apoio segurana do doente pela gesto", (26.1%), "Resposta no punitiva ao erro", (28.9%), em que 19.1% refere que se preocupa se os erros que cometem so registados no seu processo pessoal, transparecendo receio de penalizao/ culpabilizao. Na Frequncia da notificao, (34%), fica patente a sub notificao de EA's, limitativo da adoo de medidas preventivas por desconhecimento da existncia de determinado EA. Na Dotao de profissionais, (41.5%), fica-se com a perceo de no existirem as dotaes adequadas de enfermeiros, que faz com que estes trabalhem muitas vezes em modo crise. Na Comunicao e feedback acerca do erro, percebe-se que s 37.9% dos enfermeiros corroboram com a afirmao" -nos fornecida informao acerca das mudanas efetuadas, em funo dos relatrios de eventos" Quanto aos EA's associados s prticas de enfermagem constata-se, como dimenses de prticas preventivas fortes, a Vigilncia, as Prticas de privacidade e confidencialidade (97.3% de respostas positivas), a Higienizao das mos, (94.6%), prticas preventivas de lceras por presso, (91.5%), contudo em alguns indicadores identifica-se espao para melhoria, por nem sempre "O suporte nutricional ajustado s necessidades", bem como nem sempre se verificam "prticas preventivas de lceras por presso ajustadas aos fatores de risco". Menor frequncia de respostas positivas foi identificada na dimenso advocacia (64.9%), em que que cerca e agravamento/ complicaes no estado do doente por falhas na defesa dos interesses do doente" e que " existe risco de agravamento/ complicaes do estado do doente por julgamento clnico inadequado". O Risco e ocorrncia de Quedas, (63.45% de respostas positivas), identificada enquanto rea a necessitar de melhoria para otimizao do controlo de risco bem como de ocorrncia deste EA. No Risco e ocorrncia de lceras dde metade dos enfermeiros raramente ou apenas algumas vezes questionam a prtica de outros profissionais quando est em causa o interesse do doente; na dimenso de preveno de quedas, (70.2%), onde vrios enfermeiros afirmam nunca avaliar o risco de quedas.; na dimenso preparao de medicao, (69,7%), particularmente o indicador "O enfermeiro ser interrompido durante a atividade". Constata-se uma perceo de 89.6% nas prticas preventivas de falhas de administrao de medicao, contudo identificam-se taxas relevantes de "Falhas na comunicao entre mdico e equipe de enfermagem sobre alterao da prescrio mdica". Ainda que a percentagem de respostas positivas possa ser considerada globalmente elevada, no se ignora que seria desejvel adotar prticas preventivas de ocorrncia de EA's com taxas de resposta positivas prximo dos 100%. Parte no negligencivel de enfermeiros assumiu que "existe risco de Presso, (43.2%), e o Risco e ocorrncia de Infees Associadas aos Cuidados de Sade, (28.35%) alertam para reas particularmente crticas. Na perceo geral de risco e ocorrncia de EA's em UCI's constatou-se que no existe relao entre a cultura de segurana e as caractersticas individuais dos inquiridos, nomeadamente tempo de exerccio profissional e formao acadmica. A perceo dos inquiridos, face aos EA's associados s prticas de enfermagem, quer nas prticas preventivas quer no risco e ocorrncia de EA's, no difere tendo em conta o tempo de experincia profissional, e o nvel de formao acadmica. Estes resultados sugerem que a perceo dos profissionais relativamente homognea, no variando em funo das caractersticas individuais. CONCLUSO A anlise da correlaes das vrias dimenses de cultura de segurana com os EAs associados s prticas de enfermagem permitiu verificar que a cultura de segurana se correlaciona negativa e moderadamente com os EA's e positiva e moderadamente com as prticas de enfermagem. As correlaes so mais fortes no que concerne s prticas preventivas de enfermagem, indiciando que a melhoria dos resultados (reduo dos EA's) passa tambm pela melhoria das prticas profissionais. Dos resultados obtidos ressalta a necessidade de uma Poltica de Segurana no Hospital, a disseminar pelos colaboradores, atravs dos canais de comunicao institucional, formaes em servio, na presena de elemento(s) da Direo, onde ficaria expresso o interesse desta sobre a SD. Importa adotar e difundir uma cultura de erro no punitiva, mediante uma liderana que fomente a notificao de EA's e a formao em SD.