5 resultados para Figueiredo Coimbra
em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Resumo:
Introdução: Em 2011 residiam em Portugal 394.496 cidadãos estrangeiros, 3.7% do total da população do país.A partir de 2008, diminuiu o número global de imigrantes mas aumentou o número de estrangeiros altamente qualificados. Em 2013/2014 cerca de 9% do total dos estudantes do ensino superior em Portugal eram estrangeiros. Alguns estudos empíricos revelam que os estudantes universitários internacionais apresentam vulnerabilidades específicas. Estudos sobre processos de transição em saúde focando este grupo são escassos ou inexistentes em Portugal. Objetivos: Identificar os fatores de vulnerabilidade em saúde, através da análise de experiências vivenciais de integração, inclusão ou exclusão de estudantes estrangeiros no ensino superior em Coimbra; Compreender de que forma a pertença a um grupo de expressão minoritária influencia a integração na vida académica; Identificar fatores de inclusão e de exclusão, com vista à prestação de cuidados de enfermagem sensíveis e culturalmente congruentes. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura sobre o tema e analisada informação estatística sobre fluxos migratórios recentes em Portugal. O estudo exploratório, de natureza qualitativa, incluiu uma amostra de conveniência constituída por 8 estudantes estrangeiros inscritos no ensino superior em Coimbra no ano letivo 2015-2016. Para proceder à recolha de dados, cada estudante participou numa entrevista semiestruturada durante cerca de 30 minutos, realizada em inglês e português que foi gravada em áudio e posteriormente transcrita e analisada de acordo com a metodologia análise de conteúdo. Resultados: A amostra foi constituída por 8 participantes, 3 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, com idades entre 20 e 39 anos. As nacionalidades, representativas de alguns dos principais grupos de estudantes do ES em Portugal foram: países da união europeia (Bélgica, Grécia, Itália, Polónia e Suíça), EUA, Brasil e China. Foram identificados 4 temas comuns, com impacto nos processos de integração, que influenciam a saúde e bem-estar: diferenças culturais relativas a valores estruturais e as formas de sociabilidade; religião; barreira linguística; experiências concretas de exclusão. A maioria dos inquiridos reportou alterações nos padrões de consumo de álcool relacionado com a cultura permissiva de consumo em Portugal no meio académico. A experiência de ser estudante internacional em Coimbra foi considerada positiva, permitindo um forte contacto com outras culturas e vivências pessoais de liberdade e autonomia. Os estudantes em contacto com o sistema nacional de saúde, relataram diferentes conceções culturais sobre cuidados de saúde e valores dos profissionais de saúde. Conclusões: Os achados do estudo vão de encontro a estudos empíricos que revelam a importância de fatores como as barreiras linguísticas e culturais, a perda de apoio social e dificuldades de integração académica nos estudantes internacionais do ensino superior. A existência de aulas e unidades curriculares em Inglês é facilitadora da integração. O suporte entre estudantes nas mesmas circunstâncias, embora de nacionalidades e culturas diferentes é um fator positivo de integração. Estes dados podem proporcionar indicadores relevantes para as necessidades específicas de promoção de saúde deste grupo.
Resumo:
Nos últimos dois anos letivos o Conselho Pedagógico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) implementou um Programa de integração de estudantes do 1º ciclo de estudos em Enfermagem, tendo como objetivos promover a sua integração na ESEnfC, seu funcionamento e serviços, contribuir para a integração na vida académica e comunidade educativa, facilitar a interação com professores, outros estudantes e funcionários. Em parceria com a coordenação do 1º ano, organizaram-se e dinamizaram-se 3 dias de atividades na primeira semana do ano letivo, sob o lema "À descoberta da ESEnfC à luz dos seus valores matriciais" em setembro de 2013 e "À descoberta da ESEnfC à luz dos seus Projetos" em setembro de 2014. Abrangeram-se cerca de 320 estudantes (2013 e 2014) e envolveram-se professores (32/2013; 36/2014) e estudantes (30/2013; 30/2014) de referência, estruturas estudantis (Associação Estudantes, Comissão Praxe e Tuna), Unidades Diferenciadas, Gabinetes e Serviços (e.g. Gabinete Apoio Projetos, Conselho Qualidade e Avaliação, Unidade Investigação). Metodologicamente organizaram-se grupos de 15 estudantes do 1º ano orientados respetivamente por 2 professores e 2 estudantes nas sessões de acolhimento com os presidentes dos órgãos, nas visitas aos 3 polos e aos principais pontos estratégicos (e.g. Centro Simulação, Biblioteca) e nas atividades integrativas. Em 2013 propôs-se a realização de sessões de brainstorming, atribuindo a cada grupo um valor matricial da ESEnfC, que resultou numa síntese reflexiva e 'nuvem de palavras' por grupo e apresentada em plenário. Em 2014, a cada grupo foi apresentado um Projeto da ESEnfC propondo-se a construção de cartaz digital representativo e respetiva síntese reflexiva, com apresentação em plenário. Dos estudos de opinião (inicial em setembro e de impacto em fevereiro) realizados pelo Conselho Qualidade e Avaliação, em 2013 e 2014, a satisfação dos estudantes (expressa numa escala de Muito Baixo a Muito Elevado) situa-se sobretudo nos níveis Elevado e Muito Elevado relativamente ao Programa e ao seu contributo na integração à Escola, ensino superior e novo ambiente, facilitando a interação, comunicação e relação entre estudantes e comunidade escolar. No estudo inicial 80% dos estudantes atribuíram Muita Importância a este tipo de atividades e 90% dos estudantes gostaria de participar futuramente no Programa. Registou-se a sugestão de melhoria futura na integração dos estudantes da 2ª e 3ª fase de colocação no ensino superior. Ressalta a importância que este Programa assume na integração dos estudantes no Ensino Superior, na ESEnfC e na prossecução dos objetivos estratégicos propostos de promover um ambiente institucional de proximidade e de trabalho colaborativo de toda a comunidade educativa, envolvendo estudantes, docentes e funcionários não docentes.
Resumo:
As UPPs são internacionalmente definidas como uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante de uma pressão ou combinação desta com forças de torção. São das complicações mais comuns experienciadas pelos doentes internados, os cirúrgicos são dos mais suscetíveis a desenvolver UPPs. Pretende-se com este estudo saber quais os fatores de risco de desenvolvimento de UPPs no doente cirúrgico, fim de obter respostas formularam-se os seguintes objetivos: Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de UPPs no doente cirúrgico; Analisar os fatores de risco para o desenvolvimento de UPPs no doente cirúrgico; Identificar se existe influência entre os fatores identificados e o desenvolvimento de UPPs no doente cirúrgico; e Identificar a incidência de UPPs em doentes cirúrgicos. Consiste numa investigação quantitativa, de caracter descritivo-exploratório. A colheita de dados foi realizada através da aplicação de um questionário, a uma amostra de 94 doentes, submetidos a cirurgias de média e longa duração. Os resultados obtidos permitiram identificar 3 doentes com UPPs de categoria I: uma no trocânter esquerdo e duas nas cristas ilíacas. Constatou-se que são vários os fatores de risco que terão influenciado o desenvolvimento das feridas: sexo, estado nutricional, comorbilidades, classificação ASA, duração da cirurgia, tipo de cirurgia, posicionamento do doente, dispositivos de posicionamento, anestesia, utilização de manta de aquecimento, hipotensão e imobilidade do doente no pós-operatório. Identificou-se uma taxa de incidência de UPPs de 3,19%, inferior às descritas na literatura. Pretende-se com este estudo um melhoramento na prestação de cuidados de enfermagem com impacto na qualidade dos cuidados e consequentemente ganhos em saúde.
Resumo:
Introdução: Em 2011 residiam em Portugal 394.496 cidadãos estrangeiros, 3.7% do total da população do país.A partir de 2008, diminuiu o número global de imigrantes mas aumentou o número de estrangeiros altamente qualificados. Em 2013/2014 cerca de 9% do total dos estudantes do ensino superior em Portugal eram estrangeiros. Alguns estudos empíricos revelam que os estudantes universitários internacionais apresentam vulnerabilidades específicas. Estudos sobre processos de transição em saúde focando este grupo são escassos ou inexistentes em Portugal. Objectivos: Identificar os factores de vulnerabilidade em saúde, através da análise de experiências vivenciais de integração, inclusão ou exclusão de estudantes estrangeiros no ensino superior em Coimbra; Compreender de que forma a pertença a um grupo de expressão minoritária influencia a integração na vida académica; Identificar factores de inclusão e de exclusão, com vista à prestação de cuidados de enfermagem sensíveis e culturalmente congruentes. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura sobre o tema e analisada informação estatística sobre fluxos migratórios recentes em Portugal. O estudo exploratório, de natureza qualitativa, incluiu uma amostra de conveniência constituída por 8 estudantes estrangeiros inscritos no ensino superior em Coimbra no ano lectivo 2015-2016. Para proceder à recolha de dados, cada estudante participou numa entrevista semiestruturada durante cerca de 30 minutos, realizada em inglês e português que foi gravada em áudio e posteriormente transcrita e analisada de acordo com a metodologia análise de conteúdo. Resultados: A amostra foi constituída por 8 participantes, 3 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, com idadesentre 20 e 39 anos. As nacionalidades, representativas de alguns dos principais grupos de estudantes do ES emPortugal foram: países da união europeia (Bélgica, Grécia, Itália, Polónia e Suíça), EUA, Brasil e China. Foram identificados 4 temas comuns, com impacto nos processos de integração, que influenciam a saúde e bem-estar:diferenças culturais relativas a valores estruturais e as formas de sociabilidade; religião; barreira linguística;experiências concretas de exclusão. A maioria dos inquiridos reportou alterações nos padrões de consumo de álcool relacionado com a cultura permissiva de consumo em Portugal no meio académico. A experiência de serestudante internacional em Coimbra foi considerada positiva, permitindo um forte contacto com outras culturas e vivências pessoais de liberdade e autonomia. Os estudantes em contacto com o sistema nacional de saúde, relataram diferentes concepções culturais sobre cuidados de saúde e valores dos profissionais de saúde. Conclusões: Os achados do estudo vão de encontro a estudos empíricos que revelam a importância de factores como as barreiras linguísticas e culturais, a perda de apoio social e dificuldades de integração académica nos estudantes internacionais do ensino superior. A existência de aulas e unidades curriculares em Inglês é facilitadora da integração. O suporte entre estudantes nas mesmas circunstâncias, embora de nacionalidades e culturas diferentes é um factor positivo de integração. Estes dados podem proporcionar indicadores relevantes para as necessidades específicas de promoção de saúde deste grupo.
Resumo:
Introdução O envelhecimento da população exige uma resposta global, requerendo intervenção com todos os setores e âmbitos. As atividades de lazer constituem-se como um fator importante na promoção da saúde e bem-estar dos indivíduos, particularmente dos idosos. O contato social e relações com outras pessoas tem influência positiva no seu bem-estar e saúde. A participação em atividades de lazer pode manter o seu sentimento de autoestima, evitando os riscos associados com o isolamento, a perda de confiança ou diminuição da autoestima. Objetivos O presente estudo pretende descrever as atividades de lazer das pessoas com 60 e mais anos, residentes em domicílios particulares na área de abrangência de um Centro de Saúde do município de Coimbra. Metodologia Realizou-se um estudo transversal de tipo descritivo. Entrevista realizada num Centro de Saúde urbano-rural, através de questionário (adaptado de Soares et al., 2010) a pessoas com 60 e mais anos residentes em domicílios particulares. Amostra acidental (n=130). O questionário inclui, para além das questões demográficas, várias escalas e sete questões relativas às atividades de lazer - avaliadas numa escala de likert com 7 opções de resposta, classificadas de nunca até diariamente. Para este estudo as variáveis analisadas foram as demográficas e as atividades de lazer. Resultados Os participantes eram maioritariamente do sexo feminino (57,7%) - Média de idades de 71,45 anos; casados/as ou viviam em união de fato (70%), com o 1º ciclo do ensino básico (50%). Como fonte de rendimentos referiram a reforma por invalidez (41,5%). Cerca de 6,1% vivia de transferências financeiras dos filhos, de outros familiares ou do ex-marido/esposa/companheiro/a. Rendimento mensal - ≤ 500 Euros (67,7%); coabitavam com marido/esposa/companheiro/a (51,5%). Responderam na sua maioria como atividades de lazer diárias, ver televisão (91,5%), costura, tricot, jardinagem ou colecionismo (55,4%) e o estar com a família (58,5%). Responderam maioritariamente nunca relativamente a desenvolverem atividades artísticas (98,5%), frequência de atividades fora de casa (96,9%), viajar (72,2%), ouvir música (66,9%), cuidar dos netos/as (69,2%), fazer exercício físico - ex. andar, nadar (56,2%); 95, 4% responderam não terem outras atividades para além das mencionadas no questionário. Os que mencionaram outras atividades (4,6%), referiram a pesca/caça/jogos tradicionais (1,6%), aeromodelismo, uso de computador e voluntariado, respetivamente com 0,8%. Conclusões Estes resultados revelam que os participantes no estudo ocupam as suas atividades de lazer especialmente em casa (ver televisão, a costura/tricot/jardinagem/colecionismos e estar com a família foram as atividades mais referenciadas diariamente). Quanto ás modalidades centradas fora do domicilio, a sua maioria revelou baixa participação nestas atividades, inclusive em atividades artísticas. Salienta-se que 56,2% referiu não fazer exercício físico, como por ex. andar ou nadar. Sugere-se o envolvimento das equipas de saúde comunitárias na promoção da participação ativa das pessoas com mais idade em iniciativas comunitárias promotoras de atividades artísticas, de atividade física e de trabalho voluntário, entre outras.