2 resultados para Domésticas

em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra


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A gravidez é um período único, quando surgem alterações no processo normal da gravidez, é considerada uma gravidez de risco, ocorrendo vivências que influenciam a grávida e todo o contexto envolvente. O objetivo deste estudo é conhecer as vivências experienciadas pelas enfermeiras com gravidez de risco. É um estudo fenomenológico, de natureza qualitativa, realizaram-se sete entrevistas semiestruturadas, tendo como critérios de inclusão: ser enfermeira a exercer a profissão, ter vivenciado uma gravidez de risco, estar nos primeiros seis meses de pós-parto. O tratamento da informação através da análise de conteúdo conduziu à criação de oito categorias: vivências face ao diagnóstico de risco, alterações no quotidiano, vivências das alterações no quotidiano, alterações na vida profissional, vivências das alterações na vida profissional, apoio, expectativas relativamente ao parto e vivências relativamente ao parto. As participantes revelaram o medo como vivência central, alterações no quotidiano fundamentalmente nas tarefas domésticas, perante estas alterações vivenciaram solidão, limitação e dependência. A nível profissional, todas tiveram atestado médico. Os conhecimentos e experiência das participantes afetaram a vivência da gravidez, no entanto não referiram diferenças entre as influências positivas e negativas. Revelaram que maioritariamente receberam apoio durante a gravidez. Seis das sete entrevistadas tinham como expetativa ter parto eutócico. As vivências do trabalho de parto foram principalmente a revolta, o medo, a insegurança. Apresentam-se como sugestões: acompanhamento da gravidez por profissionais de saúde sensíveis para esta problemática; desenvolvimento de ações de promoção da saúde específicas; criação de consultas para desenvolver estratégias específicas; adaptação das condições nos locais de trabalho.

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O cancro da mama é o tumor com maior taxa de mortalidade em mulheres, com implicações a nível biopsicossocial. O processo de adaptação da mulher no domicílio implica alterações ao nível da funcionalidade, e ao nível emocional e social. O Enfermeiro de Reabilitação desempenha um papel marcante na promoção do autocuidado e da autonomia da mulher, tendo em vista a qualidade de vida. A metodologia do presente estudo assenta numa abordagem qualitativa fenomenológica, tendo recorrido ao método por redes para selecionar as nove participantes. A escolha da temática teve por base a questão de investigação: ?Quais as vivências da mulher mastectomizada no domicílio??, e os objetivos específicos: Descrever as vivências da mulher mastectomizada no domicílio; Descrever a importância atribuída pela mulher mastectomizada aos cuidados de Enfermagem de Reabilitação. Para obtenção dos resultados deste estudo de investigação recorreu-se a um guião de entrevista. Os principais resultados compreendem que as mulheres no domicílio experienciam vivências relativas ao surgimento de complicações físicas como a dor, a diminuição da amplitude articular, o linfedema e alterações da postura corporal, e percecionam dificuldades nomeadamente na execução das tarefas domésticas. No que confere ao processo de reabilitação, referem uma melhoria nos movimentos articulares e na redução do edema, e atribuem na sua maioria uma função significativa ao Enfermeiro de Reabilitação na recuperação da funcionalidade, e no processo de aceitação da imagem corporal do qual emergem sentimentos de tristeza e revolta. Relativamente à experiencia com os cuidados de saúde, as mulheres referem-se satisfeitas com os profissionais de saúde, especialmente as que realizaram sessões de reabilitação. Os ensinos relatados pelas mulheres referem-se sobretudo a exercícios de mobilização articular, a técnicas de drenagem como a automassagem, e à prevenção de complicações como evitar exposição solar, evitar a carga de objetos pesados, evitar atividades que possam provocar feridas no membro homolateral. Os sentimentos percecionados ao longo do processo decorrente da mastectomia são a tristeza, o desânimo, o medo, a esperança, a revolta e a alteração nas relações interpessoais.