11 resultados para Doenças cardiovasculares Fatores de risco - Teses

em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra


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Introduo: A violncia nas relaes de intimidade no tem idade, nem status social e/ou econmico. um fenmeno que est impregnado nas sociedades ao longo da histria. Tem uma face visvel que o dano individual e social e pode repercutir-se por vrias geraes. A preveno da violncia passa pelo estudo dos fatores de risco e de proteo, e de como atuam, constituindo este campo uma das prioridades mximas da investigao sobre a violncia (Organizao Mundial de Sade, OMS, 2011). Objetivos: Descrever os fatores de risco e de proteo para a violncia nas relaes de intimidade (VRI) a partir de olhar de adolescentes do 9 ano de escolaridade. Metodologia: Estudo descritivo e exploratrio, com abordagem qualitativa, que integra uma investigao quase experimental para validao de um Programa de Promoo de Relaes de Intimidade Saudveis (PRIS), realizada em 2016 com estudantes do 9 ano de um agrupamento de escolas de Portugal. Participaram 104 adolescentes com idades compreendidas entre os 14 e 17 anos. Os dados foram colhidos aps a obteno do consentimento informado, atravs de um formulrio e observao dos participantes aps visualizao de um filme sobre a violncia no namoro. Os dados obtidos foram sujeitos a anlise de contedo. Resultados: Os adolescentes apresentaram como fatores de risco para ser vtima de VRI as caratersticas individuais e sociais, tais como o isolamento, a baixa autoestima, o medo, o "perdoar vrias vezes", o agressor, e o desconhecimento sobre as caratersticas da VRIs, o que dificulta a procura de ajuda. No mbito do agressor, consideram fatores de risco predominantemente aspetos individuais, incluindo a agressividade, o cime, o controlo e a manipulao da vtima. Os adolescentes tiveram dificuldade em descrever fatores de proteo para o agressor, referindo a ajuda psicolgica, a ajuda da famlia e dos amigos. Em relao vtima, referiram o apoio recebido dos pais, em especial a confiana na me, dos amigos e das linhas telefnicas e instituies de ajuda. Concluses: A conscientizao sobre os fatores de risco e de proteo da vtima e do agressor de extrema importncia para a preveno da VRI. A dificuldade expressa pelos adolescentes em identificar os fatores protetores do agressor (para evitar novas agresses) reflete a necessidade de um maior enfoque nos agressores no desenvolvimento de programas de preveno, integrando as estratgias e recursos a mobilizar para ajuda, podendo contribuir para interromper ou prevenir a violncia. Esta uma necessidade premente para colmatar as respostas existentes para o fenmeno da VRI que se tem centrado sobretudo na vtima.

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As UPPs so internacionalmente definidas como uma leso localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminncia ssea, resultante de uma presso ou combinao desta com foras de toro. So das complicaes mais comuns experienciadas pelos doentes internados, os cirrgicos so dos mais suscetveis a desenvolver UPPs. Pretende-se com este estudo saber quais os fatores de risco de desenvolvimento de UPPs no doente cirrgico, fim de obter respostas formularam-se os seguintes objetivos: Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de UPPs no doente cirrgico; Analisar os fatores de risco para o desenvolvimento de UPPs no doente cirrgico; Identificar se existe influncia entre os fatores identificados e o desenvolvimento de UPPs no doente cirrgico; e Identificar a incidncia de UPPs em doentes cirrgicos. Consiste numa investigao quantitativa, de caracter descritivo-exploratrio. A colheita de dados foi realizada atravs da aplicao de um questionrio, a uma amostra de 94 doentes, submetidos a cirurgias de mdia e longa durao. Os resultados obtidos permitiram identificar 3 doentes com UPPs de categoria I: uma no trocnter esquerdo e duas nas cristas ilacas. Constatou-se que so vrios os fatores de risco que tero influenciado o desenvolvimento das feridas: sexo, estado nutricional, comorbilidades, classificao ASA, durao da cirurgia, tipo de cirurgia, posicionamento do doente, dispositivos de posicionamento, anestesia, utilizao de manta de aquecimento, hipotenso e imobilidade do doente no ps-operatrio. Identificou-se uma taxa de incidncia de UPPs de 3,19%, inferior s descritas na literatura. Pretende-se com este estudo um melhoramento na prestao de cuidados de enfermagem com impacto na qualidade dos cuidados e consequentemente ganhos em sade.

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Introduo: A violncia nas relaes de intimidade no tem idade, nem status social e/ou econmico, um fenmeno que est impregnado nas sociedades ao longo da histria. Tem uma face visvel que o dano individual e social e pode repercutir-se por vrias geraes. A preveno da violncia passa pelo estudo dos fatores de risco e de proteo e de como atuam, constituindo este campo uma das prioridades mximas da investigao sobre a violncia (OMS, 2011). Objectivos: Descrever os fatores de risco e de proteo para a violncia nas relaes de intimidade (VRI) a partir olhar de adolescentes do 9 ano de escolaridade. Metodologia: Estudo descritivo e exploratrio, com abordagem qualitativa, integra uma investigao quase experimental para validao de um Programa de Promoo de Relaes de Intimidade Saudveis (PRIS), realizada em 2016 com estudantes do 9 ano de um agrupamento de escolas de Portugal. Participaram 104 adolescentes com idades compreendidas entre os 14 e 17 anos. Os dados foram colhidos aps a obteno do consentimento informado, atravs de um formulrio e observao participante aps visualizao de um filme sobre a violncia no namoro. Os dados obtidos foram sujeitos a anlise de contedo. Resultados: Os adolescentes apresentaram como fatores de risco para ser vtima de VRI as caratersticas individuais e sociais: o isolamento, a baixa autoestima, o medo, o "perdoar vrias vezes", o agressor, e o desconhecimento sobre as caratersticas da VRIs, o que dificulta a procura de ajuda. No mbito do agressor, consideram fatores de risco predominantemente aspetos individuais: a agressividade, o cime, o controle e a manipulao da vtima. Os adolescentes tiveram dificuldade em descrever fatores de proteo para o agressor, referindo a ajuda psicolgica, a ajuda da famlia e dos amigos. Em relao vtima, referiram o apoio recebido dos pais, em especial a confiana na me, dos amigos e das linhas telefnicas e instituies de ajuda. Concluses: A conscientizao sobre os fatores de risco e de proteo da vtima e do agressor de extrema importncia para a preveno da VRI. A dificuldade expressa pelos adolescentes em identificar os fatores protetores do agressor - para evitar novas agresses - reflete a necessidade de um maior enfoque nos agressores no desenvolvimento de programas de preveno, integrando as estratgias e recursos a mobilizar para ajuda, podendo contribuir para interromper ou prevenir a violncia. Esta uma necessidade premente para colmatar as respostas existentes para o fenmeno da VRI que se tem centrado sobretudo na vtima. Palavras-chave1: Intimate partner violence; Adolescent; Palavras Chave2: Primary Prevention; Health Promotion; Palavras-chave3: School Nursing. Referncias bibliogrficas 1 (max. 4 - Norma APA): Organiacin Mundial de la Salud. (2011). Prevencin de la violncia sexual y violncia infligida por la pareja contra las mujeres: Qu hacer y cmo obtener evidencias. Organizacin Mundial de la Salud y Escuela de Higiene y Medicina Tropical de Londres.Comisin para la Investigacin de Malos Tratos a Mujeres. (2005). Qu hacer si mi hija h sido maltratada? Madrid: Comisin para la Investigacin de Malos Tratos a Mujeres.

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Resumo As doenças cardiovasculares so a principal causa de mortalidade em Portugal e a sua incidncia e prevalncia tem vindo a aumentar na mulher. Um dos seus principais fatores de risco a HTA, um problema invisvel e silencioso. A preveno a estratgia chave na reduo da sua incidncia. Realizamos um estudo quantitativo, exploratrio e descritivo-correlacional com objetivo de descrever os fatores preditores para o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. A amostra constituda por 406 mulheres dos 20 aos 69 anos, residentes na regio centro. O instrumento de recolha de dados envolve: Caracterizao sociodemogrfica; avaliao antropomtrica; clculo do risco de HTA; escala de hbitos alimentares e teste de batalha. Verificamos que as mulheres apresentam um risco significativo de desenvolver Hipertenso Arterial a 1, 2 e 4 anos. As com mais idade, vivas ou casadas, residentes em meio rural, inativas profissionalmente, fumadoras e com conhecimento sobre a HTA, so as que apresentam maior risco. Contrariamente, as com peso normal ou baixo peso, composio corporal ectomorfa e TA ptima ou normal, revelaram baixo risco. No se verificou evidncia estatstica de que os Hbitos Alimentares influenciam o risco. Conclumos que a idade, escolaridade, estado civil, o emprego, o IMC e Tenso Arterial acima de valores normais so os principais fatores preditores para o desenvolvimento de HTA. Este estudo contribuir para identificar e compreender os fatores de risco da HTA a 1,2 e 4 anos, constituindo uma mais-valia para a preveno e reduo da sua incidncia e desenvolver novas estratgias teraputicas.

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INTRODUO: Consciencializar a populao para Estilos de Vida Saudveis (EVS) cada vez mais importante, podendo prevenir Doenças Cardiovasculares (DCV's) que so a principal causa de morte para toda a populao Portuguesa. Cabe aos enfermeiros, enquanto agentes de educao em sade, promover EVS e prevenir e controlar DCV's. OBJETIVOS: Caracterizar o perfil de Estilos de Vida (EV) e o perfil scio-demogrfico; Identificar fatores de risco atravs da avaliao dos resultados de parmetros clnicos; Analisar relaes estatisticamente significativas; Promover comportamentos promotores da sade EVS. METODOLOGIA: Foi aplicado um instrumento de recolha de informao composto por uma caracterizao scio-demogrfica; antecedentes pessoais, avaliao de determinados parmetros clnicos e aplicao da escala SCORE. DISCUSSO/RESULTADOS: Os participantes maioritariamente vivem no meio urbano (53,8%) e 53,2% no possui habilitaes literrias ou tem apenas o ensino bsico ou secundrio, e 46,2 % possui a licenciatura. Dos participantes em estudo, cerca de 53,8% no possui colesterol de risco, no entanto 25% dos participantes possui o risco elevado de colesterolmia. Em relao ao IMC cerca de 55,8% encontra-se em sobrepeso, obesidade de grau I e II, enquanto que 44,2% possui um peso normal. A mdia do IMC de 26,62%. Quanto ao permetro abdominal 69,2% possui risco aumentado e muito aumentado, enquanto que apenas 30,8% no possui qualquer risco, dentro dos parmetros normais. Dos participantes no estudo a maioria no tem diabetes (86,5%) e no so hipertensos (59,68%), apresentando um valor mdio de glicemia de 111,96mg/dL, e um valor mdio de tenso arterial de TAS de 134,88mmHG e de TAD de 78,87mmHg. A nvel do score da escala SCRE obtivemos uma mdia de 3,85%. Foram encontradas correlaes significativas entre: EV e TA; IMC e PA, TA e Glicmia. Estes resultados evidenciam que a populao alvo encontra-se com um score de 3,85% correspondendo a um risco cardiovascular moderado. Assim, devemos continuar a investir na interveno de Enfermagem, a nvel de sensibilizaes/rastreios com consulta de enfermagem para a comunidade, no sentido de promover a sade e prevenir o agravamento da doena, com o intuito de aumentar a qualidade de vida destas pessoas, com base nas orientaes cientficas das instituies nacionais e internacionais.

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Introduo: As doenças cardiovasculares so a principal cauda de mortalidade em Portugal e na maioria dos pases desenvolvidos. Uma reflexo sobre esta temtica entra em acordo com a perspetiva de Ski et al. (2011); Shirato e Swan (2010) e Fogel e Wood (2008), em que estudo das doenças cardiovasculares durante muito tempo, foi mais direcionado para o homem, pelo que a investigao no gnero feminino se revela recente e ainda com algumas fragilidades. De acordo com WHO (2011), h evidncias de que a mesma subdetectada em mulheres e que h atrasos no diagnstico e tratamento invasivo em relao aos homens. Neste domnio, imprescindvel um olhar mais atento e com uma perspetiva mais complexa sobre a mulher. A reforar a pertinncia de um estudo sobre a mulher neste domnio, Ferreira (2012), num estudo sobre a evoluo temporal dos fatores de risco cardiovascular na populao portuguesa, revela a presena de desigualdades de gnero, evidenciando que a mulher representa uma tendncia crescente para a sua prevalncia. Por sua vez, WHO (2013) evidencia um dos principais fatores de risco para a doena cardiovascular a hipertenso, que assume um lugar de destaque, uma vez que j afeta um bilho de pessoas em todo o mundo, sendo mesmo considerada como um assassino invisvel e silencioso que raramente causa sintomas. Objetivos Conhecer e analisar o risco a curto prazo de Hipertenso Arterial das mulheres para 1, 2 e 4 anos; Analisar fatores sociodemogrficos e correlacion-los com o risco de com o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Analisar os hbitos alimentares, perfil antropomtrico e somatotipo das mulheres e correlacionar com o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Comparar o risco de hipertenso arterial na mulher da regio centro entre o meio rural e urbano. Analisar o nvel de conhecimento sobre a hipertenso arterial e correlacionar com o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Metodologia Estudo quantitativo, exploratrio e descritivo-correlacional com objetivo de descrever os fatores preditores para o risco de desenvolver HTA a 1, 2 e 4 anos. A amostra constituda por 406 mulheres dos 20 aos 69 anos, residentes na regio centro. Instrumento de recolha de dados: Caracterizao sociodemogrfica; avaliao antropomtrica (inclui 17 medies divididas em cinco categorias: medidas bsicas (peso e altura), pregas cutneas, permetros, larguras e dimetros, o registo destas avaliaes, permite a aplicao de diferentes equaes que determinam, entre outros, a composio corporal e o somatotipo); clculo do risco de HTA; escala de hbitos alimentares e teste de batalha. O tratamento estatstico foi realizado informaticamente com o programa de SPSS (Statistical Package for the Social Science) verso 2.0. O tamanho da amostra foi efetuada atravs do clculo da OpenEpi, que um programa gratuito e de cdigo aberto para estatsticas epidemiolgicas para a Sade Pblica, encontrando-se acessvel no site: http://www.openepi.com/v37/Menu/OE_Menu.htm. Foi utilizada a verso 3.01, atualizada em 6/04/2013. De acordo com dados do INE, na regio centro residem 767583 mulheres entre os grupos etrios 20-69 anos de idade, no ano de 2012 (ltimo ano com dados publicados). Assim, o tamanho da amostra com um intervalo de confiana de 95%, no pode ser inferior a 384 mulheres. Procedimentos ticos: Comisso tica da ESEnfC; Consentimento informado e esclarecido a todas as participantes e s instituies/locais de recolha de informao. Resultados: A amostra constituda por 406 mulheres residentes na regio centro, que apresentam uma idade mnima de 20 anos e mxima de 69, mdia de 42,3 anos. Nvel de escolaridade, das 406 mulheres da amostra,15,8 % possuem o 1 ciclo, 12,6% o 2 ciclo, 17,2% 3 ciclo, 34,2%, o nvel secundrio, 1,7% Bacharelato,15,3% Licenciatura, 2,5% Mestrado e 0,7 % Doutoramento. Maioritariamente so casadas (57,9%), seguidamente solteiras (20,4%), divorciadas (10,8%), em unio de facto (5,7 %) e, por fim, vivas (5,2%), sendo que 200 mulheres residem em meio rural e 206 mulheres em meio urbano. Nas classes de ndice de Massa Corporal (IMC), verifica-se que 1,7 % das mulheres tm baixo peso, 42,4 % apresentam peso normal, 35,5 % tm sobrepeso, 13,3 % Obesidade grau I, 5,9% Obesidade grau II e 1,2% Obesidade grau III. Assim 55,9% das mulheres apresentam elevado IMC, o que revela peso superior ao normal, sendo que 50,5% tendem a ser endomorfas, 45,5 % mesomorfas e apenas 3% tendem a ser ectomorfas. 43,6% das mulheres da regio centro apresentam Tenso Arterial(TA) tima, 30,3 % TA dentro de parmetros normais, 13,79% com a classificao Normal Alta, 9,61% HTA nvel I, 2,27% % HTA nvel II e 0,5 % HTA nvel III. 45,81% no tm Ascendentes diretos com HTA, 39,41% um e 14,78% dois ascendentes diretos com HTA. De uma forma mais pormenorizada, observmos que na realidade mais de metade da amostra, nomeadamente 54,14 % das mulheres apresenta um ou dois ascendentes diretos com HTA. Relativamente ao risco de desenvolver HTA a 1 ano, constata-se que 88,2 % das mulheres apresenta de 0 - 25 % de risco, e contrariamente, apenas 4,9 % apresentam de 75- 100% de risco. Contudo, no que refere ao risco de desenvolver HTA em 4 anos; 66,5 % das mulheres apresentam de 0- 25% de risco e 11,6% apresentam de 75-100% de risco. Analisaram-se as respostas do teste de Batalha - conhecimento sobre a doena, verifica-se que apenas 49,5 % da totalidade da amostra responderam acertadamente s trs questes, pelo que podemos inferir que nvel de conhecimento sobre a HTA baixo. 37,4% respondeu acertadamente a duas questes, 10,6% a uma questo, e apenas 2,5% no conseguiu cumprir o teste, apresentando zero respostas certas. Os resultados relativos aos hbitos alimentares das mulheres da regio centro, de acordo a aplicao da Escala de hbitos alimentares, podemos verificar que a mdia foi 97,57, sendo de salientar que o valor da escala mais baixo encontrado foi de 58 e mximo 140. Importa ainda evidenciar que nenhuma mulher atingiu o score mximo. Considera-se que quanto mais elevada for a pontuao mdia de todos os itens, mais adequados sero os hbitos alimentares. Nesta conformidade, e considerando que a escala tem valores entre o e 180, podemos inferir que as mulheres constituintes da amostra apresentam hbitos alimentares so pouco satisfatrios. Discusso / Concluses A realizao desta investigao permitiu-nos concluir que as mulheres da regio centro de Portugal apresentam um significativo risco de desenvolver Hipertenso Arterial a 1, 2 e 4 anos, existindo um conjunto de fatores que influencia positiva ou negativamente este resultado. Deste modo, constatamos que as mulheres com mais idade, vivas ou casadas, residentes em meio rural, inativas profissionalmente, fumadoras e com conhecimento sobre a HTA, so as que apresentam maior risco de Desenvolver HTA a 1, 2 e 4 anos. Contrariamente, as mulheres com peso normal ou baixo peso, de composio corporal com tendncia a ser mais ectomorfa e com TA ptima ou normal, revelaram baixo risco de desenvolver HTA a 1, 2 e 4 anos. Apesar de os hbitos alimentares serem pouco satisfatrios, no se verificou evidncia estatsticas de que os mesmos influenciam o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Verificamos na anlise inferencial que, a idade, escolaridade, o emprego, o IMC e a Classificao de Tenso Arterial so os principais fatores preditores para o desenvolvimento de HTA. Nesta acepo, conclumos que este estudo um excelente contributo para a efetividade de estratgias de preveno, desde o planeamento at fase de implementao, na medida em que permite identificar fatores preditivos e definir grupos de risco para o desenvolvimento HTA. Consideramos por isso que os nossos resultados so satisfatrios e coadjuvantes com as metas lanadas pela WHO (2013), para atingir at 2025 nomeadamente: reduo de 25% nas taxas de mortalidade global por doenças cardiovasculares e reduo de 25% na prevalncia de presso arterial elevada na populao. Conclumos assim, semelhana da opinio de Marques e Serra (2012) que urgente e necessrio identificar subgrupos de risco e aplicar scores de risco para melhor deciso das necessidades de interveno. Por outro lado, identificar e compreender quais os fatores de risco que influenciam o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos, com certeza uma mais-valia para as etapas de preveno e reduo da incidncia de HTA.

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As doenças cardiovasculares (DCV), especificamente o enfarte agudo do miocrdio (EAM) so a primeira causa de morte no mundo. Em Portugal, a taxa de mortalidade por EAM tem vindo a diminuir. Contudo, este provoca ainda alteraes significativas na qualidade de vida da pessoa, no seu autocuidado, na sua vida familiar, profissional e social, associando-se ainda a elevada morbilidade. importante perceber como se processa a transio sade-doena nestas pessoas e como os profissionais de sade podem promover um adequado regresso a casa. Como questes de investigao deste estudo delinearam-se as seguintes: Que significados atribuem as pessoas com EAM internadas numa Unidade de Cuidados Intensivos Coronrios (UCIC) sua doena e ao seu internamento? Que dificuldades, medos e angstias sentem estas pessoas antes do regresso a casa? Para responder a estas questes desenvolvemos um estudo qualitativo com abordagem fenomenolgica, com recurso ao modelo de anlise proposto por Giorgi (Giorgi & Sousa, 2010). Participaram oito pessoas submetidas a cateterismo cardaco ps EAM, selecionadas de forma intencional e entrevistadas no mnimo trs meses aps o procedimento. O estudo foi aprovado pela comisso de tica do CHUC (autorizao n. 054-13). Da anlise das entrevistas resultou uma estrutura essencial de trs temas relativos s vivncias: a) do EAM, b) da hospitalizao, c) do regresso a casa. Como constituintes chave no primeiro tema emergiram os sintomas do EAM, desvalorizados inicialmente mas que culminaram numa dor intensa, e ainda os sentimentos, inicialmente de choque e depois outros como o medo da morte. A hospitalizao na UCIC foi vivida com limitaes sentidas pela falta de informao, imobilizao no leito e pela limitao no nmero de visitas permitidas. A valorizao dos profissionais de sade tambm foi muito mencionada, nomeadamente a rapidez de atuao, a competncia e a segurana transmitida. A preparao do regresso a casa foi outro dos constituintes emergentes durante a hospitalizao em que foi patente que nem todos os participantes tiveram a informao que esperavam. O ltimo tema inclui precisamente as alteraes decorrentes do EAM, nomeadamente a modificao dos fatores de risco (stress, alimentao, tabagismo, sedentarismo, adeso teraputica medicamentosa), a transio para a nova situao de sade, caracterizada pela diminuio da capacidade fsica e pelo medo de recidiva. Por fim, os participantes referiram alteraes nas relaes pessoais, designadamente maior preocupao por parte dos outros e revalorizao do valor da vida e das relaes pessoais. Em sntese, verificou-se que o EAM um acontecimento marcante, com todos os participantes a referirem alteraes significativas, nomeadamente na modificao de comportamentos de risco, o que denota um processo de transio. O internamento foi vivido com um perodo de fragilidade em que os profissionais de sade e a famlia desempenharam um papel essencial. A informao transmitida extremamente relevante, sobretudo aquando da preparao para o regresso a casa, havendo ainda possibilidades de melhoria neste mbito.

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A interveno educativa de enfermagem uma estratgia que pode ser til na alterao dos comportamentos de sade da pessoa. O internamento para cirurgia coronria constitui uma oportunidade valiosa para o enfermeiro concretizar essa educao direcionando-a promoo de comportamentos saudveis e preveno secundria da doena coronria e cardiovascular, uma vez que estas continuam a ser a causa de morte mais importante a nvel global. Os quatro principais comportamentos de sade associados aos fatores de risco da doena coronria so a alimentao, a atividade fsica, o consumo de lcool e de tabaco. Desta forma, o objetivo do presente estudo avaliar a influncia da interveno educativa de enfermagem na promoo de comportamentos saudveis da pessoa submetida a cirurgia coronria, nomeadamente ao nvel do comportamento alimentar, atividade fsica, consumo de lcool e tabaco e consequentemente sobre os valores antropomtricos (ndice de massa corporal e permetro da cintura). Nesse sentido desenvolveu-se um estudo quantitativo, longitudinal, do tipo quase experimental, com grupo de controlo. O grupo experimental foi sujeito a interveno educativa personalizada e estruturada, durante o internamento hospitalar, na consulta de acompanhamento de enfermagem (duas a trs semanas aps a cirurgia) e via telefone (dois meses aps a cirurgia). Realizaram-se duas avaliaes em cada grupo: a primeira, antes da cirurgia e a segunda, trs meses aps a cirurgia. Os instrumentos de colheita de dados incluram: o questionrio de caracterizao sociodemogrfica e clnica, a Escala de Hbitos Alimentares, o Questionrio da Atividade Fsica Habitual, o Teste de Identificao das Perturbaes do Consumo de lcool e o Teste de Fagerstrom sobre a Dependncia Tabgica. Os resultados demonstraram que a interveno educativa realizada contribuiu para uma melhoria significativa da atividade fsica no grupo sujeito a interveno. Verificou-se tambm uma melhoria do comportamento alimentar e uma reduo do ndice de massa corporal e do permetro da cintura. Sugerem-se estudos mais alargados e abrangentes na dimenso e tipo de amostra e no tempo de acompanhamento para verificao dos resultados e potenciar o sucesso dos mesmos.

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A interveno educativa de enfermagem uma estratgia que pode ser til na alterao dos comportamentos de sade da pessoa. O internamento para cirurgia coronria constitui uma oportunidade valiosa para o enfermeiro concretizar essa educao direcionando-a promoo de comportamentos saudveis e preveno secundria da doena coronria e cardiovascular, uma vez que estas continuam a ser a causa de morte mais importante a nvel global. Os quatro principais comportamentos de sade associados aos fatores de risco da doena coronria so a alimentao, a atividade fsica, o consumo de lcool e de tabaco. Desta forma, o objetivo do presente estudo avaliar a influncia da interveno educativa de enfermagem na promoo de comportamentos saudveis da pessoa submetida a cirurgia coronria, nomeadamente ao nvel do comportamento alimentar, atividade fsica, consumo de lcool e tabaco e consequentemente sobre os valores antropomtricos (ndice de massa corporal e permetro da cintura). Nesse sentido desenvolveu-se um estudo quantitativo, longitudinal, do tipo quase experimental, com grupo de controlo. O grupo experimental foi sujeito a interveno educativa personalizada e estruturada, durante o internamento hospitalar, na consulta de acompanhamento de enfermagem (duas a trs semanas aps a cirurgia) e via telefone (dois meses aps a cirurgia). Realizaram-se duas avaliaes em cada grupo: a primeira, antes da cirurgia e a segunda, trs meses aps a cirurgia. Os instrumentos de colheita de dados incluram: o questionrio de caraterizao sociodemogrfica e clnica, a Escala de Hbitos Alimentares, o Questionrio da Atividade Fsica Habitual, o Teste de Identificao das Perturbaes do Consumo de lcool e o Teste de Fagerstrom sobre a Dependncia Tabgica. Os resultados demonstraram que a interveno educativa realizada contribuiu para uma melhoria significativa da atividade fsica no grupo sujeito a interveno. Verificou-se tambm uma melhoria do comportamento alimentar e uma reduo do ndice de massa corporal e do permetro da cintura. Sugerem-se estudos mais alargados e abrangentes na dimenso e tipo de amostra e no tempo de acompanhamento para verificao dos resultados e potenciar o sucesso dos mesmos.

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Introduo: As doenças cardiovasculares (DCV) so a mais importante causa de mortalidade em Portugal, pelo que uma rea de interveno prioritria (Direo-Geral da Sade [DGS], 2014). Sendo uma doena que se carateriza por estar associada ao estilo de vida, existe um enorme potencial de interveno para os enfermeiros, enquanto agentes promotores de estilos de vida saudveis, atuando na sua promoo e preveno da doena. Apesar da evoluo nos tratamentos, as taxas de mortalidade, EAM e reinternamento de doentes com Sndrome Coronria Aguda (SCA) continuam altas (European Society of Cardiology [ESC], 2011). Para alm disso, uma vez instalada a DCV, continua a ser imperioso o controlo dos fatores de risco cardiovasculares (obesidade, tabagismo, sedentarismo, diabetes e hipertenso), assim como a adeso teraputica, uma vez que na prtica tem-se verificado que os doentes frequentemente no aderem teraputica, mantendo comportamentos de risco cardiovascular. Nesse sentido, evidencia-se a pertinncia do acompanhamento de enfermagem para fomentar o controlo dos fatores de risco, atravs de um estilo de vida saudvel e da adeso ao regime teraputico proposto. Objetivo(s): O objetivo geral desta investigao foi analisar os efeitos de um programa de ensino estruturado de preveno secundria da DCV, nos doentes a quem foi diagnosticada SCA; e o objetivo especfico, analisar a influncia do programa de ensino sobre o ndice de massa corporal (IMC), permetro abdominal (PA), tenso arterial (TA), frequncia cardaca (FC), glicemia capilar, colesterol total (CT), adeso teraputica farmacolgica, capacidade de autocuidado teraputico, literacia acerca da sua situao clnica e estilo de vida. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, longitudinal, randomizado, do tipo experimental, "antes-aps", com grupo testemunho. Utilizou-se um mtodo de amostragem probabilstico: a amostragem aleatria simples. Os participantes foram distribudos aleatoriamente pelos grupos, sendo que o grupo experimental (GE) foi acompanhado durante 6 meses, com uma consulta de enfermagem mensal. Existiram duas avaliaes em cada grupo: no incio, antes do programa de consultas e no final. Utilizaram-se vrios instrumentos de colheita de dados: questionrio de caraterizao sociodemogrfica, Medida de Adeso aos Tratamentos, Instrumento de Autocuidado Teraputico, Teste de Batalla, conjunto de questes verdadeiro/falso e Questionrio Estilo de Vida Fantstico. A amostra constituda por 24 participantes, 13 no GE e 11 no grupo de controlo (GC). Resultados: Procurou-se assegurar a homogeneidade dos grupos em termos sociodemogrficos, sendo que existiam 72,73% de homens e 27,27% de mulheres no GC e 69,23% de homens e 30,77% de mulheres no GE. Quanto idade, a mdia no GE era 68,08 anos (s 11,74) e no GC 67,55 (s 10,24) anos. Verificou-se um predomnio dos doentes casados/unio de facto (63,64% no GC e 61,54% no GE) e a maioria dos doentes vivia com familiares (72,73% no GC e 76,92%). Relativamente ao nvel de escolaridade, verificou-se que a maioria dos doentes apresentava at o 1 ciclo de ensino bsico (45,45% no GC 45 e 46,15% no GE). Quanto situao profissional, a maioria dos doentes pertencia categoria de reformados (72,73% no GC e 61,55% no GE). Verificou-se uma elevada prevalncia de fatores de risco cardiovasculares nos grupos, nomeadamente hipertenso (92,31% no GE e 81,81% no GC), dislipidmia (84,62% no GE e 81,81% no GC), diabetes (46,15% no GE e 27,27% no GC), excesso de peso (69,23% no GE e 90,9% no GC), histria familiar (38,46% no GE e 54,55% no GC) e tabagismo (15,38% no GE). O acompanhamento dos doentes do GE com uma consulta de enfermagem por ms, durante 6 meses, ter contribudo para a reduo do IMC e do PA. No se verificaram diferenas estatisticamente significativas, entre os grupos, no que respeita influncia do programa de ensino estruturado de preveno secundria da DCV, no controlo da TA, FC, glicemia capilar e CT, na melhoria do estilo de vida, na adeso teraputica farmacolgica, na capacidade de autocuidado teraputico nem na literacia acerca da sua situao clnica. Verificou-se, no GE, um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas da avaliao inicial para a avaliao final. Houve ainda um aumento estatisticamente significativo do score de estilo de vida, de adeso teraputica farmacolgica, de capacidade de autocuidado teraputico e literacia acerca da sua situao clnica, no GE. No se verificou influncia do programa de ensino estruturado na evoluo do GE quanto FC e CT. Discusso: No que se refere s caratersticas da amostra, os dados encontrados vo de encontro s caratersticas da prpria DCV aterosclertica, que possui uma origem multifatorial, afetando maioritariamente homens e cuja incidncia aumenta com a idade. Relativamente ao sexo, os dados so concordantes com os apresentados por Ijzelenberg et al. (2012) e Eshah (2013), j na idade, os estudos referidos apresentam uma mdia etria inferior da presente investigao. Verificou-se ainda uma maior prevalncia de doentes casados/unio de facto, que residem com familiares, factos concordantes entre si e com os resultados apresentados em vrios estudos (Holmes-Rovner et al., 2008, Ijzelenberg et al., 2012; Eshah, 2013). Neste estudo, por se tratar de preveno secundria da DCV, todos os elementos da amostra j tinham apresentado pelo menos um evento cardiovascular, pelo que se trata de uma amostra com elevada prevalncia de fatores de risco. De notar que os doentes do GC apresentavam valores mais elevados relativamente obesidade e histria familiar de doena cardaca. Esta elevada prevalncia de fatores de risco cardiovasculares concordante com a apresentada nos estudos de Holmes-Rovner et al. (2008) e Eshah (2013). No sentido de averiguar se os doentes que seguiram um programa de ensino estruturado de preveno secundria da DCV, apresentavam valores mais baixos de IMC e PA, do que aqueles que no seguiram o referido programa, verificou-se que o acompanhamento dos doentes do GE contribuiu para a reduo do IMC e do PA. Estes resultados vo de encontro ao que referido por vrios autores, nomeadamente Ijzelenberg et al. (2012) que verificaram que os doentes do GE, que foram acompanhados durante 6 meses, com o objetivo foi modificar fatores de risco cardiovasculares associados ao estilo de vida, apresentaram uma reduo significativa do peso, IMC e PA. Tendo sido verificada a existncia de diferenas com significado estatstico, entre o GE e o GC, para o IMC e o PA aps os 6 meses de acompanhamento, seria expectvel que houvesse impacto no controlo da TA, glicemia capilar e CT, contudo tal no se verificou no presente estudo, provavelmente devido reduzida dimenso da amostra e s diferenas clnicas que se verificaram entre os grupos, sobretudo quanto presena de HTA e diabetes. No estudo desenvolvido por Ijzelenberg et al. (2012), verificaram que no existia diferena estatisticamente significativa entre os grupos, tanto na TA e CT, como na hemoglobina glicada, aos 3 e 6 meses. Por outro lado, existem estudos onde se verificou uma reduo significativa do CT. sabido que a DCV possui uma componente significativa associada ao estilo de vida, e como tal, potencialmente modificvel. Contudo, tambm conhecida a dificuldade que existe em modificar comportamentos. Eshah (2013), evidencia o papel da educao para a sade na adoo de um estilo de vida mais saudvel, que consequentemente conduz a um impacto positivo na sade dos doentes, ajudando-os a prevenir novos eventos cardacos. Tambm Ijzelenberg et al. (2012) com a sua interveno compreensiva do estilo de vida, verificaram que, para alm da reduo do peso, IMC e PA no GE, tambm existiu um aumento significativo da atividade fsica. No entanto, no mesmo estudo, no se verificaram diferenas relativamente alterao de hbitos alimentares e hbitos tabgicos. O estilo de vida engloba diversos domnios, pelo que provavelmente cada um deles exigir uma interveno especfica e direcionada. Tal como o estilo de vida, tambm a adeso teraputica um fenmeno multifatorial, pelo que os resultados encontrados nos estudos analisados tambm no so concordantes entre si. Num estudo realizado por Holmes-Rovner et al. (2008), em que foi feito o acompanhamento com 6 sesses de aconselhamento telefnico, efetuadas por enfermeiros, em doentes aps SCA, no foi possvel encontrar diferenas quanto ao uso de medicao entre os GE e GC, tal como sucedeu na presente investigao. referido por alguns autores que doentes com melhor apoio social, com consultas com frequncia inferior a 3 e 6 meses e com mais conhecimentos acerca da sua situao de sade, apresentam melhor adeso teraputica. Relativamente capacidade de autocuidado, esta relaciona-se com a literacia que a pessoa possui acerca da sua situao clnica, nomeadamente no que se refere identificao de sinais e sintomas e formas de controlo, tornando o doente mais apto para o seu autocuidado. semelhana do sucedido em outros estudos, na presente investigao foi possvel obter resultados positivos ao nvel da preveno secundria da DCV, atravs do contributo que a literacia pode trazer para o controlo de fatores de risco cardiovasculares, melhoria do estilo de vida, adeso teraputica farmacolgica e capacidade de autocuidado teraputico. Apesar de continuar indeterminada a combinao tima de intervenes, incluindo o contedo, modo de aplicao, frequncia e durao, uma interveno mais intensiva, com consultas mais frequentes, contribui para melhorar o controlo de fatores de risco (ESC, 2012). Eshah (2013) referindo vrios estudos realizados, afirma que a educao para a sade contribui para modificar comportamentos de sade e melhorar o conhecimento dos doentes. Neste sentido, os resultados obtidos no presente estudo so congruentes entre si, uma vez que, com a melhoria da literacia, ter sido possvel contribuir tambm para a melhoria do estilo de vida e, consequentemente, IMC e PA mais adequados. Concluso: Os resultados desta investigao levam a concluir que a implementao de um programa estruturado de ensino em doentes aps SCA, parece constituir uma boa metodologia na melhoria do IMC, PA, estilo de vida, adeso teraputica farmacolgica, capacidade de autocuidado teraputico e literacia acerca da sua situao clnica. Apesar de no existirem diferenas estatisticamente significativas, verificou-se que no GE existiu um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas. O programa no influenciou o controlo da FC nem do CT. Consideram-se como principais limitaes deste estudo a reduzida dimenso da amostra; o facto dos doentes que aceitaram participar no estudo poderem estar mais predispostos para alteraes comportamentais do que os que recusaram e ter havido muitos doentes que recusaram participar ou que no foi possvel contactar. De referir ainda, a dificuldade em garantir a homogeneidade da amostra em termos clnicos, a toma e eventuais ajustes de medicao e a existncia de outros eventos agudos. Por fim, importa ressalvar a fragilidade implicada pela utilizao das questes verdadeiro/falso para avaliao da literacia acerca da DCV aterosclertica, por se tratar de um instrumento construdo pela investigadora, embora recorrendo literatura e opinio de peritos, mas que no se encontra validado. Espera-se com esta investigao alertar para o papel preponderante dos enfermeiros no mbito da educao para a sade e o seu impacto na preveno secundria da DCV.

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Resumo:

Introduo: A hipertenso arterial (HTA) surge como uma problemtica atual, resultante do estilo de vida e condies sociais existentes no mundo moderno. Esta encerra em si um elevado custo social na sade devido s co morbilidades associadas, tais como as doenças cerebrovasculares, patologias cardacas e complicaes renais que conduzem incapacidade e morbidade. De acordo com o estudo efetuado pela Sociedade Portuguesa de Hipertenso (2014) a HTA uma doena que acomete 42,2% dos portugueses, sendo que a maior parte so pessoas em idade economicamente ativa, aumentando consideravelmente os custos sociais por invalidez e absentismo laboral (Carrilho e Patrcio, 2008). A discusso da problemtica entre a hipertenso arterial versus qualidade de vida mantm-se e continua estreitamente associada qualidade dos cuidados de enfermagem, no que respeita ao controlo e gesto desta doena crnica (Erikson [et al]., 2004; Kiran [et al.], 2010, Saboya [et al.],2010). Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), os fatores de risco etiologicamente associados doena crnica advm do estilo de vida, geradas atravs das opes individuais ao longo do ciclo vital (Direo Geral de Sade, 2003). Nesta medida, intervir sobre estes determinantes surge como uma estratgia de sade fundamental, que permitir obter ganhos significativos, quer na reduo da prevalncia de doenças crnicas, quer nos custos econmicos sociais e individuais que lhe esto associados. Entenda-se como estilo de vida, o conjunto de hbitos e comportamentos de resposta s situaes do dia-a-dia, aprendidos atravs do processo de socializao e constantemente reinterpretados e testados ao longo do ciclo de vida e em diferentes situaes sociais (Idem). Objetivos Caracterizar o perfil da populao hipertensa inscrita na Consulta do Hipertenso da Consulta Externa do Servio de Cardiologia de um centro hospitalar central segundo as variveis sociodemogrficas, clnicas, estilo de vida e perceo da qualidade de vida; Compreender a relao entre o estilo de vida e a perceo da qualidade de vida; Analisar as dimenses da qualidade de vida e estilo de vida mais afetadas e correlacion-las entre si; Validar culturalmente o instrumento de medida Mini Questionrio da Qualidade de Vida na Hipertenso Arterial (MINICHAL), para a populao portuguesa. Metodologia Foi efetuado um estudo descritivo, analtico de corte transversal e abordagem quantitativa com a utilizao do instrumento especfico de avaliao de qualidade de vida (Mini Questionrio da Qualidade de Vida em Hipertenso - MINICHAL) e estilo de vida (Estilo de Vida Fantstico de McMaster University). Para a recolha de dados utilizou-se um instrumento com duas partes, sendo uma a caracterizao sociodemogrfica e clnica dos sujeitos e a outra composta pelas duas escalas supra referidas. Populao/Amostra: Utentes hipertensos inscritos na Consulta do Hipertenso na Consulta Externa (CE) de um centro hospitalar central. Amostra do tipo no-probabilstica acidental.Critrios de Incluso: Aceitar participar voluntariamente do estudo; Ter mais de 18 anos; Saber ler, escrever e interpretar o texto; Ter condies clnicas e psicolgicas para participar no estudo; Ter o diagnstico clnico de HTA. Procedimentos ticos: Comisso tica da ESEnfC; Comisso tica CHUC/HUC; Consentimento informado e esclarecido. Resultados: Caractersticas da amostra: mdia de 62,7 anos; 50,5% sexo masculino; 61% provenientes do meio rural; Casado (67,6%), vivo (21,9%), solteiro (6,7%) e divorciado (3,8%); 42,9% possuem o quarto ano de escolaridade, 14,3% licenciatura, 10,5% o 12ano de escolaridade, 8,6% sem habilitao; 49,5% dos indivduos inativos. Caracterizao clnica da amostra: Mdia da PA normal alta (Sociedade Portuguesa de Cardiologia, 2007), 58 com patologia associada: 11,4% diabetes mellitus, 7,6% problemas sseos; 6,7% dislipidmia, 4,8% antecedentes de AVC, 3,8% neoplasias, 2,9% patologia endcrina, 2,9% SAOS, 1,9% miocardiopatia dilatada, 1,9% IRC, 1% arritmias, 1% aterosclerose, 1% ICC; 41% score de risco cardiovascular muito alto; periodicidade de avaliao da PA: 34,3% semanalmente, 21% mensalmente, 13,3% diariamente, 12,4% em SOS, 11,4% mais do que um ms entre avaliaes e 7,6% no avalia; Avaliao da PA: 30,5% o prprio, 23,8% pelo enfermeiro, 20% por familiar, 7,6% pelo mdico bem como por ajudantes remunerados, 6,7% por outros sujeitos no identificveis e 3,8% por vizinhos; 88,6% cumpre teraputica anti-hipertensora, contrapondo-se os 6,7% que no tomam. 4,8% so atribudos aos utentes que se esquecem do seu cumprimento; 26,7% referiram ter tido um evento cardaco; 55,2% refere ter necessidade de cuidados mdicos regulares (tratamentos, medicao, anlises) e 6,7% refere ter deixado de comprar medicamentos ou fazer tratamentos mesmo tendo receita mdica; justificaes acerca da no adeso teraputica: financiamento (2,9%), experincias negativas (1,9%), medo (1%) ou desaparecimento dos problemas (1%). Mini Questionrio da Qualidade de Vida em Hipertenso Arterial (MINICHAL): O score total da QV foi em mdia 10,26. Uma vez que para valores aproximados do zero (0) correspondem uma melhor perceo de QV e sendo que o valor mximo do MINICHAL se situa no score 51, podemos evidenciar uma boa perceo de QV para a nossa amostra. Estilo de Vida Fantstico: Mdia de 83,2. Os elementos da amostra situam-se entre um bom estilo de vida proporcionando muitos benefcios para a sade e um excelente estilo de vida, proporcionando uma tima influncia para a sade. Os domnios atividade fsica/associativismo, nutrio, tabaco e comportamentos de sade e sexuais, so aqueles que evidenciaram piores scores e, consequentemente, aqueles que devero ser trabalhados de forma a otimizar o seus estado de sade. Validao MINICHAL: A anlise global evidenciou boa sensibilidade (medidas de tendncia central variam entre 0,2 e 1,019); o valor de significncia do teste de Bartlett mostrou-se menor que 0,0001, o que possibilita confirmar a possibilidade e adequao do mtodo de anlise factorial; a Correlao anti-imagem: podemos verificar que todos os valores de medida de adequao de amostragem (MSA) so superiores a 0,5, o que indica que a anlise pode seguir sem remoo de itens; as Comunalidades associadas a cada varivel so aceitveis; As Matrizes de componentes foram adequadas; revelou boa consistncia interna, revelando um bom alfa de Cronbach (?) para o total dos 10 itens da referida dimenso (?=0,799). Os valores de consistncia interna apresentam um bom alfa de Cronbach (?) para o total das dimenses do MINICHAL (?=0,859). A correlao entre ambas as partes de 0,653 e o coeficiente Spearman Brown revela boa consistncia (0,790), assim como o coeficiente Guttman Split-Half com 0,790. Nesta linha de orientao, o MINICHAL apresenta boa homogeneidade. Na figura seguinte evidenciada a anlise inferencial (fatores preditores para o MINICHAL (estado mental e manifestaes somticas). Discusso / Concluses A qualidade de vida uma conceo subjetiva que sofre influncia de inmeros fatores prprios da existncia humana, sendo que a qualidade de vida relacionada com a sade procura delimitar esses fatores para aqueles mais diretamente ligados condio fsica, psquica e social do indivduo. A medida da qualidade de vida em pessoas com hipertenso, a partir do MINICHAL, corresponde a uma tentativa de avaliao dos principais fatores ligados condio clnica que podem influenciar a sensao de bem-estar, permitindo orientar as intervenes de sade para aspetos que possam impactar positivamente a qualidade de vida. Esta investigao, para alm de ter permitido adaptar e validar um questionrio, possibilitou averiguar e analisar a perceo da qualidade de vida relacionada com o estilo de vida, chegando-se s seguintes concluses: a perceo da qualidade de vida influenciada positivamente com estilos de vida salutares nomeadamente nas dimenses relacionadas com o apoio social (famlia e amigos); repouso e evico de stress; anlise positiva sobre si e sobre a sua vida (introspeo); comportamentos de sade e sexuais responsveis. Por outro lado, evidencimos que o tabagismo e o consumo de lcool tiveram uma relao direta com a perceo da qualidade de vida, ou seja, indivduos com referncia a consumo de substncias referiram melhor perceo de qualidade de vida. Esta ocorrncia pode ser sugerida pelo facto de que tais hbitos propiciam gratificao emocional, de modo que o indivduo busca alvio da angstia atravs de substitutos que proporcionam satisfao. Uma vez que a populao estudada se insere numa consulta de hipertenso onde os utentes tm a sua situao clnica monitorizada e, dado que estes apresentam globalmente uma boa perceo de qualidade de vida e estilos de vida adequados, leva-nos a considerar que tal facto se pode dever precisamente especificidade do acompanhamento efetuado pela equipa multidisciplinar.