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em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Resumo:
Introdução: Os sistemas de saúde estão a enfrentar uma realidade de radical intensidade biotecnológica, em que a digitalização ocupa um lugar central na prestação de cuidados. A inovação tecnológica e a cyborguização do humano devem traduzir-se em novos conceitos do cuidar, em que a ontologia cyborg tem um lugar central. Objectivos: Através de um enquadramento conceptual e tendo em conta os referentes teóricos da enfermagem sobre o cuidar, pretende-se estruturar uma análise epistemológica sobre a tecnologia, a ontologia cyborg e novos conceitos de "Cuidar em Enfermagem Metodologia: Revisão integrada de literatura, análise reflexiva e conceptual de quadros teóricos referenciais em enfermagem. Resultados: A investigação recente neste domínio baseia-se num pressuposto essencialista que remete para uma determinada conceção de "Tecnologia" enquanto aparato instrumental redutor, numa abordagem epistemológica positivista e mecanicista da tecnociência. As tecnologias de ponta aplicadas à enfermagem (onde se incluem as tecnologias de informação, plataformas digitais informáticas, sistemas de e-health, tele-enfermagem) são consideradas nesta perspetiva pragmática, como algo neutro, preexistente, uma mera ferramenta ou utensílio facilitador ao dispor dos enfermeiros. A análise dos discursos científicos assim construídos revela a adoção de uma visão instrumental da tecnologia. Afirma-se a clivagem entre pessoas e máquinas, a absoluta distinção entre tecnologia e a condição humana, num hiato entre objetos "técnicos" e objectos "naturais". Conclusões: A clivagem dicotómica entre "Tecnologia" e "Cuidado centrado na Pessoa" é artificial, fragmentária e contraria uma conceção integradora do cuidar. A dimensão estética no cuidar em enfermagem pressupõe a plena assunção da ontologia Cyborg. A conceção de uma "tecnologia encarnada" permite integrar na relação do cuidado uma hermenêutica do descentramento, incorporando, nos fenómenos alvo da intervenção de enfermagem, as paisagens relacionais, no sentido de relationscapes de Erin Manning (2013), onde os processos tecnológicos de saúde e doença e os cuidados são efetivamente vividos.
Resumo:
Antecedentes/Objetivos: Os profissionais dos Cuidados de Saúde Primários, primeira linha de entrada no sistema de saúde, lidam diariamente com situações de risco psicossocial presentes nas famílias. Pela sua proximidade, são também os que melhor conhecem o contexto comunitário onde estas famílias se inserem e os recursos da comunidade determinantes na resposta às diversas situações. O enfermeiro encontra-se numa posição privilegiada de interação com a família e os restantes membros da equipa de saúde, podendo assim detetar precocemente situações de risco e sinais de maus tratos. No entanto, tendo em conta a complexidade inerente aos conceitos de risco e perigo nem sempre as situações de maus tratos são facilmente detetáveis pretendemos com esta investigação. Os objetivos desta investigação são: Diagnosticar que conhecimentos têm os enfermeiros do ACES Baixo Mondego na identificação, sinalização, acompanhamento e encaminhamento da criança e jovem vítima de maus tratos e ainda identificar a utilização de orientações técnicas e do cumprimento da legislação em vigor. Métodos: Estudo quantitativo, exploratório e descritivo de diagnóstico, com recurso a um questionário enviado on-line para todos os enfermeiros do ACES Baixo Mondego. Amostra constituída por 99 enfermeiros. Colheita de dados efetuada de fevereiro a maio de 2013. Resultados: No exercício da profissão, 97% dos enfermeiros refere ter contato com famílias com crianças/ jovens, mas os resultados permitem-nos referir que a maioria não tem conhecimentos adequados para identificação, sinalização, acompanhamento e encaminhamento de uma criança e jovem vítima de maus tratos. Apenas 59% refere conhecer a Lei de proteção de crianças e jovens em perigo e 50% Conhece o Guia Prático de Abordagem e Diagnóstico e Intervenção de Maus Tratos em Crianças e Jovens da Direção Geral de Saúde. Através da análise de um conjunto de 34 questões relacionadas com identificação, sinalização, acompanhamento e encaminhamento da criança e jovem vítima de maus tratos, maioria (52%) dos enfermeiros revelou desconhecimento, respondendo erradamente. Conclusões: Os enfermeiros de cuidados de saúde primários tem contato com crianças e jovens no exercício da sua profissão. A maioria desconhece os referencias para uma boa prática. Os conhecimentos avaliados apresentam-se insuficientes, pelo que propomos formação especifica na identificação, sinalização, acompanhamento e encaminhamento da criança e jovem vítima de maus tratos.
Resumo:
Introdução: Os sistemas de saúde estão a enfrentar uma realidade de radical intensidade biotecnológica, em que a digitalização ocupa um lugar central na prestação de cuidados. A inovação tecnológica e a cyborguização do humano devem traduzir-se em novos conceitos do cuidar, em que a ontologia cyborg tem um lugar central. Objectivos: Através de um enquadramento conceptual e tendo em conta os referentes teóricos da enfermagem sobre o cuidar, pretende-se estruturar uma análise epistemológica sobre a tecnologia, a ontologia cyborg e novos conceitos de "Cuidar em Enfermagem Metodologia: Revisão integrada de literatura, análise reflexiva e conceptual de quadros teóricos referenciais em enfermagem. Resultados: A investigação recente neste domínio baseia-se num pressuposto essencialista que remete para uma determinada conceção de "Tecnologia" enquanto aparato instrumental redutor, numa abordagem epistemológica positivista e mecanicista da tecnociência. As tecnologias de ponta aplicadas à enfermagem (onde se incluem as tecnologias de informação, plataformas digitais informáticas, sistemas de e-health, tele-enfermagem) são consideradas nesta perspetiva pragmática, como algo neutro, preexistente, uma mera ferramenta ou utensílio facilitador ao dispor dos enfermeiros. A análise dos discursos científicos assim construídos revela a adoção de uma visão instrumental da tecnologia. Afirma-se a clivagem entre pessoas e máquinas, a absoluta distinção entre tecnologia e a condição humana, num hiato entre objetos "técnicos" e objectos "naturais". Conclusões: A clivagem dicotómica entre "Tecnologia" e "Cuidado centrado na Pessoa" é artificial, fragmentária e contraria uma conceção integradora do cuidar. A dimensão estética no cuidar em enfermagem pressupõe a plena assunção da ontologia Cyborg. A conceção de uma "tecnologia encarnada" permite integrar na relação do cuidado uma hermenêutica do descentramento, incorporando, nos fenómenos alvo da intervenção de enfermagem, as paisagens relacionais, no sentido de relationscapes de Erin Manning (2013), onde os processos tecnológicos de saúde e doença e os cuidados são efetivamente vividos.
Resumo:
Enquadramento: A diabetes mellitus tipo 1 (DM 1) é uma doença cada vez mais prevalente na adolescência. O controlo da doença no âmbito do autocuidado revela-se de grande valor na conquista da autonomia dos adolescentes e na diminuição dos riscos associados. Objectivos: Analisar o conhecimento dos adolescentes diabéticos acerca da doença e dos cuidados; verificar a relação do conhecimento dos adolescentes com DM1 acerca da doença e dos cuidados com a idade e o sexo. Metodologia: Estudo descritivo-analítico e transversal. Participaram 51 adolescentes com idades entre os 12 e os 18 anos, seguidos em consultas de diabetologia de hospitais da zona centro de Portugal, tendo-se aplicado um teste de conhecimentos. Resultados: Relativamente ao conhecimento, no global e em 3 das 5 dimensões, a maioria dos adolescentes demonstrou conhecimento de nível bom, todavia foram identificados conceitos erróneos tendo-se registado adolescentes com baixo nível de conhecimentos. Verificam-se correlações positivas do conhecimento com a idade dos adolescentes. Conclusão: É importante corrigir os conceitos erróneos e identificar os adolescentes com conhecimento insuficiente, para uma intervenção dirigida.