3 resultados para Comorbilidades
em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Resumo:
O crescente envelhecimento da população, associado ao aparecimento de inúmeras comorbilidades, apresenta repercussões na funcionalidade, mobilidade e autonomia da população. A Osteoartrose (OA), problema músculo-esquelético mais comum, apresenta-se, em Portugal, como principal causa de incapacidade do idoso. Como tentativa de recuperação da funcionalidade e alívio dos sintomas, a Artroplastia Total da Anca (ATA) surge como opção terapêutica elegida. Intervindo na capacitação da pessoa e família, o enfermeiro de reabilitação procura auxiliar na reorganização do seu projeto de saúde, de acordo com as necessidades, decorrentes deste processo de transição, dotando-a de recursos para melhor responder a este desafio. Este estudo tem como objetivo analisar os fatores influenciadores da Capacidade Funcional (CF) nos indivíduos submetidos a ATA após dois meses da alta clínica, enquadrando-se no paradigma da investigação quantitativa, de natureza descritivo correlacional, longitudinal. A amostra, não probabilística, por conveniência, foi constituída por 32 pessoas, entre 44 e 87 anos de idade, internadas no Centro Cirúrgico de Coimbra (Julho a Dezembro de 2015). Na recolha de dados utilizou-se o questionário que incluiu o questionário HOOS LK 2.0, validado para a população portuguesa por Nunes, Cabri e Gil (2009), aplicado em dois momentos (dia de alta clínica e após dois meses), após autorização dos autores e do Conselho Administrativo da Instituição. Todos os participantes consentiram, livre e voluntáriamente, a sua cooperação. Observou-se melhoria da CF no segundo momento, bem como correlação positiva significativa entre o género e as habilitações literárias com a dimensão Atividade Vida Diária e a situação laboral com a dimensão Qualidade Vida. As correlações das restantes variáveis com o questionário HOOS, inclusivé, as sessões de reabilitação, verificaram-se inexistentes. Concluíndo, os resultados observados indicam necessidade de uma intervenção mais cabal, atendendo às características do indivíduo e contexto envolvente, com planificação adequada e avaliação contínua dos cuidados prestados, zelando pela sua máxima independência nas atividades de vida diárias. As competências específicas do Enfermeiro de Reabilitação poderão contribuir para obtenção de mais ganhos na CF. Sugerem-se novos estudos, averiguando o impato da sua intervenção no pré-operatório e no domicílio após ATA e de outras variáveis que poderão intervir na CF destes doentes.
Resumo:
As UPPs são internacionalmente definidas como uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante de uma pressão ou combinação desta com forças de torção. São das complicações mais comuns experienciadas pelos doentes internados, os cirúrgicos são dos mais suscetíveis a desenvolver UPPs. Pretende-se com este estudo saber quais os fatores de risco de desenvolvimento de UPPs no doente cirúrgico, fim de obter respostas formularam-se os seguintes objetivos: Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de UPPs no doente cirúrgico; Analisar os fatores de risco para o desenvolvimento de UPPs no doente cirúrgico; Identificar se existe influência entre os fatores identificados e o desenvolvimento de UPPs no doente cirúrgico; e Identificar a incidência de UPPs em doentes cirúrgicos. Consiste numa investigação quantitativa, de caracter descritivo-exploratório. A colheita de dados foi realizada através da aplicação de um questionário, a uma amostra de 94 doentes, submetidos a cirurgias de média e longa duração. Os resultados obtidos permitiram identificar 3 doentes com UPPs de categoria I: uma no trocânter esquerdo e duas nas cristas ilíacas. Constatou-se que são vários os fatores de risco que terão influenciado o desenvolvimento das feridas: sexo, estado nutricional, comorbilidades, classificação ASA, duração da cirurgia, tipo de cirurgia, posicionamento do doente, dispositivos de posicionamento, anestesia, utilização de manta de aquecimento, hipotensão e imobilidade do doente no pós-operatório. Identificou-se uma taxa de incidência de UPPs de 3,19%, inferior às descritas na literatura. Pretende-se com este estudo um melhoramento na prestação de cuidados de enfermagem com impacto na qualidade dos cuidados e consequentemente ganhos em saúde.
Resumo:
A Diabetes Mellitus é uma doença crónica que interfere em vários aspetos da vida diária da pessoa, podendo afetar a sua Qualidade de Vida, e que pelo aumento da sua incidência e prevalência, representa um problema de Saúde Pública. Surge daí a relevância do seu estudo, tendo como ponto de partida as questões de investigação: "De que forma é que a Diabetes Mellitus interfere na Qualidade de Vida da pessoa?"; "Que intervenções podem ser usadas pelo enfermeiro, na promoção de Qualidade de Vida da pessoa com Diabetes Mellitus?" e como objetivos: Identificar qual a influência da Diabetes Mellitus na Qualidade de Vida da pessoa; Identificar intervenções adotadas pelo enfermeiro, na promoção da Qualidade de Vida na pessoa com Diabetes Mellitus. A pesquisa efetuou-se nas bases de dados Academic Search Complete, CINAHLPlus, MEDLINE, ScienceDirect, SciELO, PubMed e RCAAP, com os descritores "quality of life", "diabetes mellitus", "nursing care", "adult", "qualidade de vida" e "diabetes", e utilizada a estratégia P[I][C]OD, sendo selecionados 12 artigos. Evidenciou-se o impacto negativo da Diabetes Mellitus na Qualidade de Vida da pessoa em várias dimensões, bem como variáveis, comorbilidades e complicações associadas, e intervenções fundamentais para ajudar a pessoa a adotar estratégias eficazes no ajustamento à doença.