20 resultados para Avaliação em Enfermagem

em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra


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Sob proposta do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior integrei a Comissão de Avaliação Externa da Área de Enfermagem da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) dos cursos de ensino superior politécnico da área da Enfermagem. Procedi à avaliação dos seguintes Cursos: Escola Superior De Enfermagem De Lisboa - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior De Saúde Da Guarda do Instituto Politécnico Da Guarda; Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria; Escola Superior Politécnica De Saúde do Porto - Universidade Católica Portuguesa - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior Politécnica De Saúde de Lisboa - Universidade Católica Portuguesa - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior De Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico De Castelo Branco - Curso de Licenciatura em Enfermagem e Curso de Mestrado em Cuidados Paliativos; Escola Superior De Saúde De Portalegre Do Instituto Politécnico De Portalegre - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior De Saúde De Viseu Do Instituto Politécnico De Viseu - Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria; Escola Superior De Enfermagem Do Porto - Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria.

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No âmbito de um Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem e no início da Unidade Curricular (UC) de "Formação para a Prática Especializada", entendeu-se que a participação dos formandos na construção da UC era crucial, que os conhecimentos, a experiência prática e as experiências formativas prévias eram nucleares para o início do percurso formativo. A (trans)formação dos profissionais de enfermagem através de formas plurais de pensar, de sentir e de agir permite iniciar um percurso onde o enfermeiro tem que romper com o conformismo, tem que "... desassossegar a pacatez pessoal, interpessoal e institucional" (Ferreira, 2007, p.21). Objetivos: identificar situações significativas de aprendizagem em contextos de trabalho; identificar conceitos estruturantes; (re)definir as estratégias de formação. Estudo descritivo de natureza qualitativa. Análise de narrativas em texto livre a partir de um mote inicial "Descreva uma situação do seu contexto de trabalho que tenha considerado como formativa e significativa para si". Participaram 25 enfermeiros que iniciaram o seu percurso formativo de especialização em Enfermagem. Foram identificadas situações de aprendizagem através de: atividades expostas e atividades mentais. Agruparam-se em três categorias: aprendizagens através de processos colaborativos; através da execução do trabalho e através de fontes de conhecimento (Walden & Bryan, 2011). Os conceitos que emergiram com maior expressão foram: reflexão; experiência; conhecimento; avaliação; comunicação; mudança e relação interpessoal. Assim, foram (re)definidas as estratégias de formação no início de um percurso formativo a partir das situações significativas de aprendizagem vividas nos contextos de trabalho e os enfermeiros reconheceram-se como parte integrante do mesmo.

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Os contextos clínicos são considerados, não só como geradores de cuidados, mas como espaços formativos de eleição, essenciais para o desenvolvimento profissional dos enfermeiros. Uma forma de melhorar a sua aprendizagem é torná-los conscientes dos seus estilos de aprendizagem. De forma a contribuir para construção futura de um instrumento, partindo da definição de estilos de aprendizagem de Berings (2006), procurou-se identificar as atividades de aprendizagem dos enfermeiros nos contextos de trabalho nos domínios da enfermagem definidos por Benner (2001). Foi desenvolvido um estudo multi-caso em 4 (quatro) serviços de um Centro Hospitalar em Coimbra. A colheita de dados envolveu um questionário de caracterização sóciodemográfica e profissional; entrevistas informais e 4 (quatro) grupos focais com um total de 19 (dezanove) participantes. Foram identificadas dezoito atividades de aprendizagem que se agrupam em três categorias (Walden & Bryan,2011): Aprendizagens através de processos colaborativos; aprendizagens através da execução do trabalho e aprendizagens através de fontes de conhecimento. As atividades de aprendizagem são, sobretudo, atividades expostas, passíveis de serem observadas. A única atividade mental é a reflexão. A aprendizagem pelo questionamento é transversal a todos os domínios de Benner. Outras atividades surgem apenas num domínio e há domínios que têm cerca de dez atividades. O conhecimento destas atividades poderá tornar as instituições mais despertas para as aprendizagens desenvolvidas pelos enfermeiros e servir de base para a construção de um instrumento de modo a avaliar os estilos de aprendizagem dos enfermeiros nos contextos de trabalho.

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As atividades de aprendizagem nos contextos clínicos são essenciais para o desenvolvimento profissional dos enfermeiros. Num Curso de Mestrado em Enfermagem entendeu-se que os conhecimentos, a prática e as experiências formativas prévias eram nucleares para o início do percurso formativo. No âmbito da Unidade Curricular de "Formação para a Prática Especializada", pretendeu-se: Identificar atividades de aprendizagem em contextos clínicos; identificar conceitos estruturantes; (re)definir as estratégias de formação. Estudo descritivo de natureza qualitativa. Análise de narrativas reflexivas em texto livre a partir de um mote inicial "Descreva uma situação do seu contexto de trabalho que tenha considerado como formativa e significativa para si". Participaram 30 enfermeiros que iniciaram o seu percurso formativo de especialização em Enfermagem Médico- Cirúrgica. Nas narrativas reflexivas produzidas pelos enfermeiros foram identificadas atividades de aprendizagem através de: atividades expostas e atividades mentais, tanto de natureza intrapessoal como interpessoal. Agruparam-se em três categorias: aprendizagens através de processos colaborativos; através da execução do trabalho e através de fontes de conhecimento (Walden & Bryan, 2011). Os conceitos que emergiram com maior expressão foram: reflexão; experiência; conhecimento; avaliação; comunicação; mudança e relação interpessoal. A partir desta estratégia pedagógica, foram (re)definidas as estratégias de formação no início de um percurso formativo com base nas situações significativas de aprendizagem vividas nos contextos clínicos e os enfermeiros reconheceram-se como parte integrante do mesmo.

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Nos últimos dois anos letivos o Conselho Pedagógico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) implementou um Programa de integração de estudantes do 1º ciclo de estudos em Enfermagem, tendo como objetivos promover a sua integração na ESEnfC, seu funcionamento e serviços, contribuir para a integração na vida académica e comunidade educativa, facilitar a interação com professores, outros estudantes e funcionários. Em parceria com a coordenação do 1º ano, organizaram-se e dinamizaram-se 3 dias de atividades na primeira semana do ano letivo, sob o lema "À descoberta da ESEnfC à luz dos seus valores matriciais" em setembro de 2013 e "À descoberta da ESEnfC à luz dos seus Projetos" em setembro de 2014. Abrangeram-se cerca de 320 estudantes (2013 e 2014) e envolveram-se professores (32/2013; 36/2014) e estudantes (30/2013; 30/2014) de referência, estruturas estudantis (Associação Estudantes, Comissão Praxe e Tuna), Unidades Diferenciadas, Gabinetes e Serviços (e.g. Gabinete Apoio Projetos, Conselho Qualidade e Avaliação, Unidade Investigação). Metodologicamente organizaram-se grupos de 15 estudantes do 1º ano orientados respetivamente por 2 professores e 2 estudantes nas sessões de acolhimento com os presidentes dos órgãos, nas visitas aos 3 polos e aos principais pontos estratégicos (e.g. Centro Simulação, Biblioteca) e nas atividades integrativas. Em 2013 propôs-se a realização de sessões de brainstorming, atribuindo a cada grupo um valor matricial da ESEnfC, que resultou numa síntese reflexiva e 'nuvem de palavras' por grupo e apresentada em plenário. Em 2014, a cada grupo foi apresentado um Projeto da ESEnfC propondo-se a construção de cartaz digital representativo e respetiva síntese reflexiva, com apresentação em plenário. Dos estudos de opinião (inicial em setembro e de impacto em fevereiro) realizados pelo Conselho Qualidade e Avaliação, em 2013 e 2014, a satisfação dos estudantes (expressa numa escala de Muito Baixo a Muito Elevado) situa-se sobretudo nos níveis Elevado e Muito Elevado relativamente ao Programa e ao seu contributo na integração à Escola, ensino superior e novo ambiente, facilitando a interação, comunicação e relação entre estudantes e comunidade escolar. No estudo inicial 80% dos estudantes atribuíram Muita Importância a este tipo de atividades e 90% dos estudantes gostaria de participar futuramente no Programa. Registou-se a sugestão de melhoria futura na integração dos estudantes da 2ª e 3ª fase de colocação no ensino superior. Ressalta a importância que este Programa assume na integração dos estudantes no Ensino Superior, na ESEnfC e na prossecução dos objetivos estratégicos propostos de promover um ambiente institucional de proximidade e de trabalho colaborativo de toda a comunidade educativa, envolvendo estudantes, docentes e funcionários não docentes.

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Uma grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a uma intervenção cirúrgica, que representa um acontecimento crítico na vida da pessoa doente e dos seus familiares. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área que é caracterizada por uma elevada subjetividade, decorrente das diferenças individuais de cada pessoa, de modo a auxiliar os enfermeiros a encontrar estratégias para a avaliação da ansiedade, a fim de definir modos de atuação baseados na evidência científica. Este estudo visa avaliar a ansiedade pré-operatória dos doentes propostos para cirurgia programada; avaliar a informação que os doentes têm acerca do ato anestésico-cirúrgico, no pré-operatório de uma cirurgia programada; analisar se algumas variáveis sociodemográficas influenciam a ansiedade pré-operatória dos doentes propostos para cirurgia programada; analisar a relação entre a informação acerca do ato anestésico-cirúrgico e a ansiedade pré-operatória manifestada pelos doentes propostos para cirurgia programada. Desenvolveu-se um estudo quantitativo, descritivo-correlacional. A colheita de dados foi realizada através da aplicação de um questionário (constituído por 3 partes) no pré-operatório de doentes propostos para cirurgia programada (Cirurgia geral, Ortopedia, Ginecologia e Urologia), num hospital central da região centro, entre Setembro e Novembro de 2015. Construiu-se uma Escala de Informação Pré-Operatória e efetuou-se a sua análise fatorial, resultando a sua divisão em 2 fatores. Os dados obtidos foram analisados com recurso ao programa estatístico SPSS, versão 22.0. Foi salvaguardada a livre participação e a confidencialidade dos dados. A amostra do estudo é constituída por 200 doentes, sendo 45,5% do sexo masculino e 54,5% do sexo feminino, e em que 77,5% já tinha experiências cirúrgicas anteriores. Quanto à origem da informação que detinham acerca do ato anestésico-cirúrgico, 59,5% referiu o profissional de saúde. Os resultados mostram que os doentes percecionam como estando melhor informados acerca dos aspetos organizacionais e logísticos comparativamente ao que toca aos cuidados de enfermagem. Quanto ao nível de ansiedade pré-operatória, os doentes deste estudo apresentam baixos níveis de ansiedade, encontrando-se diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) em função do sexo, o que vai de encontro aos resultados de outros estudos. Por outro lado, a informação pré-operatória parece estar relacionada de forma significativa com o número de elementos do agregado familiar e com o tempo em lista de espera (p < 0,05). A complexidade inerente ao ato anestésico-cirúrgico, aliada à elevada subjectividade decorrente das diferenças individuais, é potenciadora de um desequilíbrio físico-emocional no período pré-operatório, enfatizando as necessidades psicológicas de cada um. Relativamente à informação pré-operatória, os resultados obtidos permitem concluir que os enfermeiros devem investir em áreas autónomas da profissão, nomeadamente no fornecimento de informações acerca dos cuidados de enfermagem que serão prestados ao longo de todo o período perioperatório, nomeadamente através da criação de uma consulta de enfermagem, a acontecer antes da admissão do doente. Sugerimos uma intervenção estruturada, exequível, objetiva e individualizada.

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Grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a cirurgia. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área, de modo a que os enfermeiros encontrem estratégias para a avaliação da ansiedade, a fim de definir formas de atuação baseadas na evidência científica (Alanazi, 2014; Bailey, 2010). Os objetivos do estudo foram: avaliar a ansiedade pré-operatória e a informação que os doentes têm acerca do ato anestésico-cirúrgico, no pré-operatório de cirurgia programada; analisar se algumas variáveis sociodemográficas influenciam a ansiedade; analisar a relação entre a informação acerca do ato anestésico-cirúrgico e a ansiedade pré-operatória. Estudo quantitativo, descritivo-correlacional. A colheita de dados realizou-se através de um questionário (composto por 3 partes) no pré-operatório de 200 doentes propostos para cirurgia programada (Daniel, 1996). Construiu-se uma Escala de Informação Pré-Operatória e efetuou-se a sua análise fatorial. Foi salvaguardada a livre participação e a confidencialidade dos dados. Os doentes em estudo apresentaram níveis médios de ansiedade, encontrando-se diferenças estatisticamente significativas em função do sexo (Mitchell, 2012). A informação pré-operatória revelou estar relacionada significativamente com o número de elementos do agregado familiar e com o tempo em lista de espera. Quanto à origem da informação que possuíam acerca do ato anestésico-cirúrgico, 59,5% referiu o profissional de saúde. Os resultados mostram que os doentes percecionam como estando melhor informados acerca dos aspetos organizacionais e logísticos comparativamente aos cuidados de enfermagem. Relativamente à informação pré-operatória, os resultados obtidos permitem concluir que os enfermeiros devem investir em áreas autónomas da profissão, nomeadamente no fornecimento de informações acerca dos cuidados de enfermagem que serão prestados ao longo de todo o período perioperatório, nomeadamente através da criação de uma consulta de enfermagem, a acontecer antes da admissão do doente. Sugerimos uma intervenção estruturada, exequível, objetiva e individualizada.

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Embora com tendência para melhorias, a prática dos cuidados continua a demonstrar que a avaliação da dor é uma actividade ignorada, esquecida ou realizada de forma pouco fidedigna (precisa).3 Esta prática compromete seriamente a qualidade dos cuidados, na medida em que a eficaz prevenção e o tratamento da dor carece de uma avaliação segura e exacta. A não satisfação desta condição é como conduzir um carro em dia de nevoeiro onde o perigo espreita a qualquer momento. Avaliar um fenómeno complexo e subjectivo como é a dor não é tarefa fácil. Contudo, o conhecimento adquirido nesta área permite aos profissionais de saúde o reconhecimento das dificuldades inerentes a esta actividade e oferece soluções viáveis para a sua resolução. Desde 1989 que a avaliação da intensidade da dor como 5º sinal vital é recomendada.3 Os esforços desenvolvidos para a sua implementação na prática dos cuidados em Portugal não se têm revelado tarefa fácil. O desenvolvimento de mais uma tarefa (avaliação e registo da intensidade da dor), as dificuldades na sua execução com especial relevo no grupo pediátrico, geriátrico, com multideficiência e em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) têm ditado o insucesso. As razões que justificam esta Unidade Curricular resultam do facto de se reconhecer que a avaliação da dor é das actividades mais complexas que os Enfermeiros desempenham e a falta de formação existente nesta área. Com este manual pretendemos que os formandos possam desenvolver as suas capacidades de: argumentar criticamente mitos e crenças relacionadas com a avaliação da dor; elaborar uma história de dor; avaliar a intensidade da dor na pessoa de acordo com o seu contexto clínico; analisar a utilidade da aplicação de escalas de avaliação de dor e o registo da sua intensidade; interpretar as propriedades psicométricas e utilidade clínica de alguns instrumentos de dor; elaborar protocolos de implementação da avaliação da intensidade da dor como 5º sinal vital.

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Filme de situações clinicas de crianças para avaliação da dor

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Por serem diversas as situações clínicas em que existe impossibilidade de autoavaliação da dor pela criança, é relevante saber se avaliação da dor por parte dos pais/ acompanhante significativo e enfermeiros se aproxima do autorrelato da criança. A amostra contempla díades de 64 participantes: crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 17 anos (inclusive), que se encontravam internadas ou recorreram aos Serviços da SANFIL, pais/ acompanhante significativo das crianças e enfermeiros responsáveis pelos cuidados de enfermagem às crianças. O objetivo consistiu na avaliaçãoda correlação entre a avaliação da intensidade da dor relatada pela criança, pais/ acompanhante significativo e enfermeiros. Metodologicamente, tratou-se de um estudo descritivo correlacional, transversal, em que a avaliação da dor foi realizada com as escalas EVA e FLACC. Para análise da correlação entre a avaliação da dor da criança, pais/ acompanhante significativo e enfermeiros, recorreu-se ao coeficiente de correlação de Spearman. Na concordância entre as crianças, pais/ acompanhante significativo e enfermeiros utilizou-se a correlação intra-classe (ICC, com intervalo de confiança a 95%). Verificou-se uma associaçãopositiva moderada, entre a avaliação da intensidade da dor das crianças, pais/ acompanhante significativo e enfermeiros, sendo que os valores mais elevados de correlação ocorreram entre as crianças e os pais/ acompanhante significativo, e os mais baixos entre as crianças e os enfermeiros. A concordância entre a avaliação da dor pelas crianças, pais/ acompanhante significativo e enfermeiros foi excelente. Quando comparadas entre pares de observadores, a melhor posição de concordância verificou-se entre as crianças e os pais/ acompanhante significativo e a pior posição de concordância entre as crianças e os enfermeiros. Concluiu-se que a avaliação da dor das crianças se associa com a dos pais e enfermeiros, no entanto são os pais/ acompanhante significativo quem mais se aproximam da sua avaliação. Estes dados alertam-nos para o papel que os pais podem desempenhar na avaliação da dor da criança, quando ensinados para tal.

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A satisfação profissional (SP) tem assumido uma importância crescente, sendo um indicador de avaliação permanente de qualidade e auxiliador nas políticas de recursos humanos nas instituições de saúde. Na enfermagem, esta variável apropria características peculiares pela especificidade e exigências da profissão. A segurança do doente (SD) é simultaneamente, indicador de desempenho, elemento central na qualidade em saúde e um desígnio fundamental dos profissionais de saúde. O risco de ocorrência de eventos adversos associados às práticas de enfermagem (EAAPE) é uma constante dentro das organizações, existindo diversos fatores que o potenciam. No contexto atual, o aumento da carga horária semanal e a consequente diminuição dos períodos de descanso e lazer, poderão implicar menor SP e consequentemente, diminuir a resistência dos Enfermeiros aos fatores potenciadores de ocorrência de EA, contribuindo negativamente para a qualidade dos cuidados prestados. Desta problematização resultaram duas questões orientadoras do estudo: a SP dos enfermeiros e os EAAPE estão relacionados com as variáveis socioprofissionais?; existe relação entre a SP dos enfermeiros e os EAAPE? No sentido de lhes dar resposta, foi conduzido um estudo de âmbito nacional, com abordagem quantitativa e caráter descritivo e correlacional. Através da recolha de dados online, pela disponibilização de um formulário de autopreenchimento em diferentes redes sociais e pela própria Ordem dos Enfermeiros, maximizou-se a probabilidade de aumentar o número de participantes no estudo a exercer funções em Portugal, constituindo-se uma amostra de 1102 enfermeiros. Os resultados encontrados evidenciaram um nível global baixo de SP dos enfermeiros portugueses (X=2,88; DP=0,51), influenciado pela categoria profissional, número de dias de folga/semanal e tempo de exercício profissional. Relativamente aos EAAPE, existe relação na perceção das práticas profissionais com o tipo de categoria profissional, tipo de relação laboral e tempo de exercício profissional; e associação na perceção dos resultados (risco e ocorrência de EAs) com o tipo de relação laboral, carga horária/semanal e tempo de exercício profissional. Os profissionais mais satisfeitos evidenciam desenvolver melhores práticas de enfermagem (r=0,35; p=0,00). Por outro lado, o nível de SP dos enfermeiros correlaciona-se negativamente com o risco e ocorrência de EA (r=-0,30; p=0,00).

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O aumento considerável da esperança de vida, o prolongamento de algumas doenças crónicas e incapacitantes levaram ao aumento de pessoas com doença em fase terminal de vida. Assim, cabe aos Enfermeiros darem resposta às mudanças e tendências da população que cuidam, mantendo a sua excelência de cuidados (Watson, 2002). Neste contexto, projecta-se um trabalho de investigação cujo objectivo fulcral visa aprofundar o conhecimento de alguns factores/variáveis que podem influenciar a qualidade dos cuidados de saúde na generalidade e, em particular, no exercício da profissão de Enfermagem, perspectivado por Pessoas em Fim de Vida, através da investigação quantitativa (descritiva-correlacional). A amostragem não probabilística e acidental foi o procedimento de selecção para a realização do estudo. A amostra é constituída por Pessoas em Fim de Vida, internados numa unidade de cuidados paliativos ? da região centro, há pelo menos uma semana. Considerando os objectivos do estudo optou-se pelo uso de um questionário. O instrumento de recolha de informação utilizado para as Pessoas em Fim de Vida divide-se por: uma primeira parte onde se apresentam as questões de caracterização sóciodemográfica dos inquiridos; uma segunda parte composta pelas escalas (SUCEH21 ? Satisfação dos utentes com os Cuidados de Enfermagem; Avaliação da Qualidade Hospitalar (IAQH); Escala de Vinculação do Adulto). Num período de tempo de 3 meses, dos 47 inquiridos, internados há mais de uma semana, numa Unidade de Cuidados Paliativos, constatou-se que metade dos elementos da amostra tinham, pelo menos, 65 anos. Verificou-se ainda que, tendem a avaliar pior a Qualidade Hospitalar ao nível do Pessoal de Enfermagem. Verificou-se que, a Pessoa em Fim de Vida com padrão de Vinculação Ansiosa mais acentuado tendem a revelar menor Satisfação com os Cuidados de Enfermagem e a fazer uma avaliação menos positiva da Qualidade Hospitalar. Por outro lado, com padrões de Vinculação Segura ou Evitante mais acentuados tendem a estar mais satisfeitos com os Cuidados de Enfermagem e a avaliar melhor a Qualidade Hospitalar. Os utentes mais satisfeitos com os Cuidados de Enfermagem tendem a fazer uma melhor Avaliação da Qualidade Hospitalar. Importante referir que, esta tendência se inverte na dimensão referente à Avaliação da Qualidade da Alta, ou seja, nesta dimensão os doentes mais satisfeitos com os Cuidados de Enfermagem tendem a avaliar de forma menos positiva a Qualidade da Alta Hospitalar. Constatou-se que, os utentes que tinham Visita de Referência tenderam a evidenciar maior Satisfação com os Cuidados de Enfermagem e melhor Qualidade de Cuidados de Saúde. Após submissão dos resultados, considera-se que os objectivos propostos inerentes à realização do presente trabalho de investigação foram cumpridos, sendo que os resultados e as conclusões obtidas permitem-nos perspectivar a continuação de estudos destas temáticas, na área de Cuidados Paliativos. Assim, a realização desta dissertação permitiu aprender e fazer investigação em Enfermagem, por outro lado trouxe inúmeras mais-valias no desenvolvimento dos conhecimentos específicos da ciência, numa área específica dos cuidados, para o aumento da qualidade de vida da Pessoa em Fim de Vida.

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Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a mais importante causa de mortalidade em Portugal, pelo que é uma área de intervenção prioritária (Direção-Geral da Saúde [DGS], 2014). Sendo uma doença que se carateriza por estar associada ao estilo de vida, existe um enorme potencial de intervenção para os enfermeiros, enquanto agentes promotores de estilos de vida saudáveis, atuando na sua promoção e prevenção da doença. Apesar da evolução nos tratamentos, as taxas de mortalidade, EAM e reinternamento de doentes com Síndrome Coronária Aguda (SCA) continuam altas (European Society of Cardiology [ESC], 2011). Para além disso, uma vez instalada a DCV, continua a ser imperioso o controlo dos fatores de risco cardiovasculares (obesidade, tabagismo, sedentarismo, diabetes e hipertensão), assim como a adesão à terapêutica, uma vez que na prática tem-se verificado que os doentes frequentemente não aderem à terapêutica, mantendo comportamentos de risco cardiovascular. Nesse sentido, evidencia-se a pertinência do acompanhamento de enfermagem para fomentar o controlo dos fatores de risco, através de um estilo de vida saudável e da adesão ao regime terapêutico proposto. Objetivo(s): O objetivo geral desta investigação foi analisar os efeitos de um programa de ensino estruturado de prevenção secundária da DCV, nos doentes a quem foi diagnosticada SCA; e o objetivo específico, analisar a influência do programa de ensino sobre o índice de massa corporal (IMC), perímetro abdominal (PA), tensão arterial (TA), frequência cardíaca (FC), glicemia capilar, colesterol total (CT), adesão à terapêutica farmacológica, capacidade de autocuidado terapêutico, literacia acerca da sua situação clínica e estilo de vida. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, longitudinal, randomizado, do tipo experimental, "antes-após", com grupo testemunho. Utilizou-se um método de amostragem probabilístico: a amostragem aleatória simples. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente pelos grupos, sendo que o grupo experimental (GE) foi acompanhado durante 6 meses, com uma consulta de enfermagem mensal. Existiram duas avaliações em cada grupo: no início, antes do programa de consultas e no final. Utilizaram-se vários instrumentos de colheita de dados: questionário de caraterização sociodemográfica, Medida de Adesão aos Tratamentos, Instrumento de Autocuidado Terapêutico, Teste de Batalla, conjunto de questões verdadeiro/falso e Questionário Estilo de Vida Fantástico. A amostra é constituída por 24 participantes, 13 no GE e 11 no grupo de controlo (GC). Resultados: Procurou-se assegurar a homogeneidade dos grupos em termos sociodemográficos, sendo que existiam 72,73% de homens e 27,27% de mulheres no GC e 69,23% de homens e 30,77% de mulheres no GE. Quanto à idade, a média no GE era 68,08 anos (s 11,74) e no GC 67,55 (s 10,24) anos. Verificou-se um predomínio dos doentes casados/união de facto (63,64% no GC e 61,54% no GE) e a maioria dos doentes vivia com familiares (72,73% no GC e 76,92%). Relativamente ao nível de escolaridade, verificou-se que a maioria dos doentes apresentava até o 1º ciclo de ensino básico (45,45% no GC 45 e 46,15% no GE). Quanto à situação profissional, a maioria dos doentes pertencia à categoria de reformados (72,73% no GC e 61,55% no GE). Verificou-se uma elevada prevalência de fatores de risco cardiovasculares nos grupos, nomeadamente hipertensão (92,31% no GE e 81,81% no GC), dislipidémia (84,62% no GE e 81,81% no GC), diabetes (46,15% no GE e 27,27% no GC), excesso de peso (69,23% no GE e 90,9% no GC), história familiar (38,46% no GE e 54,55% no GC) e tabagismo (15,38% no GE). O acompanhamento dos doentes do GE com uma consulta de enfermagem por mês, durante 6 meses, terá contribuído para a redução do IMC e do PA. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas, entre os grupos, no que respeita à influência do programa de ensino estruturado de prevenção secundária da DCV, no controlo da TA, FC, glicemia capilar e CT, na melhoria do estilo de vida, na adesão à terapêutica farmacológica, na capacidade de autocuidado terapêutico nem na literacia acerca da sua situação clínica. Verificou-se, no GE, um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas da avaliação inicial para a avaliação final. Houve ainda um aumento estatisticamente significativo do score de estilo de vida, de adesão à terapêutica farmacológica, de capacidade de autocuidado terapêutico e literacia acerca da sua situação clínica, no GE. Não se verificou influência do programa de ensino estruturado na evolução do GE quanto à FC e CT. Discussão: No que se refere às caraterísticas da amostra, os dados encontrados vão de encontro às caraterísticas da própria DCV aterosclerótica, que possui uma origem multifatorial, afetando maioritariamente homens e cuja incidência aumenta com a idade. Relativamente ao sexo, os dados são concordantes com os apresentados por Ijzelenberg et al. (2012) e Eshah (2013), já na idade, os estudos referidos apresentam uma média etária inferior à da presente investigação. Verificou-se ainda uma maior prevalência de doentes casados/união de facto, que residem com familiares, factos concordantes entre si e com os resultados apresentados em vários estudos (Holmes-Rovner et al., 2008, Ijzelenberg et al., 2012; Eshah, 2013). Neste estudo, por se tratar de prevenção secundária da DCV, todos os elementos da amostra já tinham apresentado pelo menos um evento cardiovascular, pelo que se trata de uma amostra com elevada prevalência de fatores de risco. De notar que os doentes do GC apresentavam valores mais elevados relativamente à obesidade e história familiar de doença cardíaca. Esta elevada prevalência de fatores de risco cardiovasculares é concordante com a apresentada nos estudos de Holmes-Rovner et al. (2008) e Eshah (2013). No sentido de averiguar se os doentes que seguiram um programa de ensino estruturado de prevenção secundária da DCV, apresentavam valores mais baixos de IMC e PA, do que aqueles que não seguiram o referido programa, verificou-se que o acompanhamento dos doentes do GE contribuiu para a redução do IMC e do PA. Estes resultados vão de encontro ao que é referido por vários autores, nomeadamente Ijzelenberg et al. (2012) que verificaram que os doentes do GE, que foram acompanhados durante 6 meses, com o objetivo foi modificar fatores de risco cardiovasculares associados ao estilo de vida, apresentaram uma redução significativa do peso, IMC e PA. Tendo sido verificada a existência de diferenças com significado estatístico, entre o GE e o GC, para o IMC e o PA após os 6 meses de acompanhamento, seria expectável que houvesse impacto no controlo da TA, glicemia capilar e CT, contudo tal não se verificou no presente estudo, provavelmente devido à reduzida dimensão da amostra e às diferenças clínicas que se verificaram entre os grupos, sobretudo quanto à presença de HTA e diabetes. No estudo desenvolvido por Ijzelenberg et al. (2012), verificaram que não existia diferença estatisticamente significativa entre os grupos, tanto na TA e CT, como na hemoglobina glicada, aos 3 e 6 meses. Por outro lado, existem estudos onde se verificou uma redução significativa do CT. É sabido que a DCV possui uma componente significativa associada ao estilo de vida, e como tal, potencialmente modificável. Contudo, também é conhecida a dificuldade que existe em modificar comportamentos. Eshah (2013), evidencia o papel da educação para a saúde na adoção de um estilo de vida mais saudável, que consequentemente conduz a um impacto positivo na saúde dos doentes, ajudando-os a prevenir novos eventos cardíacos. Também Ijzelenberg et al. (2012) com a sua intervenção compreensiva do estilo de vida, verificaram que, para além da redução do peso, IMC e PA no GE, também existiu um aumento significativo da atividade física. No entanto, no mesmo estudo, não se verificaram diferenças relativamente à alteração de hábitos alimentares e hábitos tabágicos. O estilo de vida engloba diversos domínios, pelo que provavelmente cada um deles exigirá uma intervenção específica e direcionada. Tal como o estilo de vida, também a adesão à terapêutica é um fenómeno multifatorial, pelo que os resultados encontrados nos estudos analisados também não são concordantes entre si. Num estudo realizado por Holmes-Rovner et al. (2008), em que foi feito o acompanhamento com 6 sessões de aconselhamento telefónico, efetuadas por enfermeiros, em doentes após SCA, não foi possível encontrar diferenças quanto ao uso de medicação entre os GE e GC, tal como sucedeu na presente investigação. É referido por alguns autores que doentes com melhor apoio social, com consultas com frequência inferior a 3 e 6 meses e com mais conhecimentos acerca da sua situação de saúde, apresentam melhor adesão à terapêutica. Relativamente à capacidade de autocuidado, esta relaciona-se com a literacia que a pessoa possui acerca da sua situação clínica, nomeadamente no que se refere à identificação de sinais e sintomas e formas de controlo, tornando o doente mais apto para o seu autocuidado. À semelhança do sucedido em outros estudos, na presente investigação foi possível obter resultados positivos ao nível da prevenção secundária da DCV, através do contributo que a literacia pode trazer para o controlo de fatores de risco cardiovasculares, melhoria do estilo de vida, adesão à terapêutica farmacológica e capacidade de autocuidado terapêutico. Apesar de continuar indeterminada a combinação ótima de intervenções, incluindo o conteúdo, modo de aplicação, frequência e duração, uma intervenção mais intensiva, com consultas mais frequentes, contribui para melhorar o controlo de fatores de risco (ESC, 2012). Eshah (2013) referindo vários estudos realizados, afirma que a educação para a saúde contribui para modificar comportamentos de saúde e melhorar o conhecimento dos doentes. Neste sentido, os resultados obtidos no presente estudo são congruentes entre si, uma vez que, com a melhoria da literacia, terá sido possível contribuir também para a melhoria do estilo de vida e, consequentemente, IMC e PA mais adequados. Conclusão: Os resultados desta investigação levam a concluir que a implementação de um programa estruturado de ensino em doentes após SCA, parece constituir uma boa metodologia na melhoria do IMC, PA, estilo de vida, adesão à terapêutica farmacológica, capacidade de autocuidado terapêutico e literacia acerca da sua situação clínica. Apesar de não existirem diferenças estatisticamente significativas, verificou-se que no GE existiu um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas. O programa não influenciou o controlo da FC nem do CT. Consideram-se como principais limitações deste estudo a reduzida dimensão da amostra; o facto dos doentes que aceitaram participar no estudo poderem estar mais predispostos para alterações comportamentais do que os que recusaram e ter havido muitos doentes que recusaram participar ou que não foi possível contactar. De referir ainda, a dificuldade em garantir a homogeneidade da amostra em termos clínicos, a toma e eventuais ajustes de medicação e a existência de outros eventos agudos. Por fim, importa ressalvar a fragilidade implicada pela utilização das questões verdadeiro/falso para avaliação da literacia acerca da DCV aterosclerótica, por se tratar de um instrumento construído pela investigadora, embora recorrendo à literatura e à opinião de peritos, mas que não se encontra validado. Espera-se com esta investigação alertar para o papel preponderante dos enfermeiros no âmbito da educação para a saúde e o seu impacto na prevenção secundária da DCV.

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Durante o internamento da pessoa em situação critica em unidades de cuidados intensivos (UCI) os despertares frequentes e a falta de estádios de sono reparadores, prejudicam a sua recuperação. O envolvimento dos profissionais de enfermagem, proporcionando intervenções promotoras de um período de sono em quantidade e qualidade adequadas, é fundamental para uma correta recuperação e manutenção da sua saúde física e emocional. São objetivos da investigação - identificar os fatores perturbadores do ciclo de sono na pessoa internada numa UCI; avaliar a perceção, da pessoa internada numa UCI, sobre a qualidade e quantidade do seu ciclo de sono, assim como a do enfermeiro que a cuidou; intervir, pela sensibilização da equipa, com vista à promoção do sono do doente internado numa UCI; analisar o impacto de uma atividade formativa, desenvolvida no seio da equipa de enfermagem, sobre a perceção da qualidade e quantidade de sono da pessoa internada numa UCI. Investigação com uma abordagem de natureza quantitativa do tipo pré-experimental. O sono da pessoa internada na UCI é avaliado quanto á sua qualidade e quantidade pelos doentes e pelos enfermeiros através da aplicação do Richards-Campbell Sleep Questionnaire (RCSQ). A colheita de dados ocorreu em dois momentos, antes e após uma atividade de formação com a equipa de enfermagem donde emergiram alterações a implementar na prestação de cuidados. A amostra foi definida em número de observações, consistindo em 60 observações dos doentes e 60 dos enfermeiros em cada um dos momentos. Em ambos os momentos, os doentes percecionam uma razoável qualidade de sono (RCSQ - 64.30; 66.80) enquanto, os enfermeiros percecionam uma boa qualidade (RCSQ - 71.00; 71.70) de sono do doente. As estratégias promotoras do sono implementadas acarretaram diferenças significativas ao nível do ruido na unidade, traduzindo-se em noites mais silenciosas. Os doentes identificam o ruído como o fator mais perturbador da qualidade de sono. Os enfermeiros avaliam mais positivamente a qualidade do sono das pessoas que cuidam do que os próprios. O conhecimento por parte da equipa de enfermagem, da avaliação que o doente crítico faz sobre a qualidade do sono e, o confronto com a avaliação que realiza, permitiu um espelhamento da sua práxis e conduziu à implementação de estratégias promotoras do sono e à melhoria do ambiente da UCI pela redução do nível do ruido.

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O interesse pelos registos produzidos pelos enfermeiros remonta ao tempo de Florence Nightingale, mantendo-se constante na profissão até aos dias de hoje por ainda ser considerado um ponto crítico da enfermagem, apesar dos imensos esforços despendidos para a sua melhoria. Contribuir para o progresso desta área da profissão, esteve na génese desta investigação, a qual se desenvolveu num contexto de sala de emergência, onde os registos são determinantes da continuidade dos cuidados à pessoa em situação crítica, da sua segurança e efetividade. A realização deste estudo teve lugar na Sala de Emergência do Serviço de Urgência de um Hospital Distrital da Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, com os objetivos de: analisar os registos de enfermagem realizados nesse contexto; identificar o tipo de registos de enfermagem que poderão evidenciar os resultados das intervenções de enfermagem em sala de emergência; identificar uma metodologia de elaboração de registos em sala de emergência que, na perspetiva dos enfermeiros daquele contexto, permita uma melhor continuidade de cuidados; contribuir para o desenvolvimento e implementação de um guia estruturado de registos de enfermagem. Optou-se por uma abordagem de enfase qualitativa, através do estudo de caso, baseado em Yin (2010). Foi um estudo desenvolvido em duas etapas distintas, cuja estratégia de recolha de informação englobou a análise documental (209 processos) e a realização de um grupo de foco com 7 enfermeiros, selecionados de acordo com o método de amostragem intencional de informantes estratégicos escolhidos por especialistas. A análise da informação recolhida foi desenvolvida de acordo com a técnica de análise de conteúdo definida por Bardin (2011). Todos os procedimentos formais e éticos inerentes ao estudo foram considerados. Os resultados anunciam que o grande volume de cuidados de enfermagem exigidos pela pessoa em situação crítica em sala de emergência têm fraca visibilidade nos registos elaborados pelos enfermeiros. Indicam ainda que, embora os registos produzidos neste contexto sejam facilmente integrados numa estrutura metodológica assente em prioridades de avaliação, sustentadas na metodologia do trauma do American College of Surgeons e da Emergency Nurses Association, e nas etapas do Processo de Enfermagem, o modo como se apresentam é desorganizado e não permite demonstrar a utilização destas duas metodologias no processo de cuidados dos enfermeiros e na produção de informação em sala de emergência. Através do contributo dos enfermeiros participantes percebeu-se que a utilização de uma metodologia de produção de informação em sala de emergência assente num guia estruturante dos registos, baseado nas metodologias do trauma e do processo de enfermagem, poderá facilitar a sua realização e possibilitar uma melhor continuidade dos cuidados, refletir a sua qualidade e dar visibilidade aos cuidados prestados à pessoa em situação crítica. Espera-se, com a concretização deste estudo, contribuir para a melhoria dos registos de enfermagem em contexto de prestação de cuidados à pessoa em situação crítica em sala de emergência, através da reflexão sobre esta problemática na prática e da implementação de estratégias que orientem e simplifiquem a elaboração dos registos.