11 resultados para Acidentes vasculares cerebrais Prevenção

em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra


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Foi avaliada a ideao suicida entre trabalhadoras dos exo. a existncia de episdios de vitimao fsica, de vitimao sexual, de consumo de drogas nos ltimos 30 dias e da existncia de um diagnstico de sade mental esto relacionados com u nvel superior de ideao suicida.

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Este manual pretende agregar um conjunto de informao necessria ao enfermeiro para cuidar da criana em situaes de emergncia e sua famlia para que desenvolvam capacidades na: • identificao de crianas gravemente doentes ou com potencial ameaa vida; • tomada de decises conducentes prevenção da PCR; • reanimao de uma criana em situao de PCR, atravs de medidas bsicas e avanadas; • organizao dos recursos necessrios na reanimao; • preparao e administrao de medicamentos; • garantia e manuteno de acessos vasculares; • prestao de cuidados ps-reanimao; • transporte e mobilizaes da criana Tem como principal finalidade servir como texto de apoio formao desenvolvida em simulao tendo como base orientadora as guidelines do Conselho Europeu de Ressuscitao dando particular ateno s especificidades anatmicas e fisiolgicas peditricas e funes do enfermeiro.

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Introduo: As doenas cardiovasculares (DCV) so a mais importante causa de mortalidade em Portugal, pelo que uma rea de interveno prioritria (Direo-Geral da Sade [DGS], 2014). Sendo uma doena que se carateriza por estar associada ao estilo de vida, existe um enorme potencial de interveno para os enfermeiros, enquanto agentes promotores de estilos de vida saudveis, atuando na sua promoo e prevenção da doena. Apesar da evoluo nos tratamentos, as taxas de mortalidade, EAM e reinternamento de doentes com Sndrome Coronria Aguda (SCA) continuam altas (European Society of Cardiology [ESC], 2011). Para alm disso, uma vez instalada a DCV, continua a ser imperioso o controlo dos fatores de risco cardiovasculares (obesidade, tabagismo, sedentarismo, diabetes e hipertenso), assim como a adeso teraputica, uma vez que na prtica tem-se verificado que os doentes frequentemente no aderem teraputica, mantendo comportamentos de risco cardiovascular. Nesse sentido, evidencia-se a pertinncia do acompanhamento de enfermagem para fomentar o controlo dos fatores de risco, atravs de um estilo de vida saudvel e da adeso ao regime teraputico proposto. Objetivo(s): O objetivo geral desta investigao foi analisar os efeitos de um programa de ensino estruturado de prevenção secundria da DCV, nos doentes a quem foi diagnosticada SCA; e o objetivo especfico, analisar a influncia do programa de ensino sobre o ndice de massa corporal (IMC), permetro abdominal (PA), tenso arterial (TA), frequncia cardaca (FC), glicemia capilar, colesterol total (CT), adeso teraputica farmacolgica, capacidade de autocuidado teraputico, literacia acerca da sua situao clnica e estilo de vida. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, longitudinal, randomizado, do tipo experimental, "antes-aps", com grupo testemunho. Utilizou-se um mtodo de amostragem probabilstico: a amostragem aleatria simples. Os participantes foram distribudos aleatoriamente pelos grupos, sendo que o grupo experimental (GE) foi acompanhado durante 6 meses, com uma consulta de enfermagem mensal. Existiram duas avaliaes em cada grupo: no incio, antes do programa de consultas e no final. Utilizaram-se vrios instrumentos de colheita de dados: questionrio de caraterizao sociodemogrfica, Medida de Adeso aos Tratamentos, Instrumento de Autocuidado Teraputico, Teste de Batalla, conjunto de questes verdadeiro/falso e Questionrio Estilo de Vida Fantstico. A amostra constituda por 24 participantes, 13 no GE e 11 no grupo de controlo (GC). Resultados: Procurou-se assegurar a homogeneidade dos grupos em termos sociodemogrficos, sendo que existiam 72,73% de homens e 27,27% de mulheres no GC e 69,23% de homens e 30,77% de mulheres no GE. Quanto idade, a mdia no GE era 68,08 anos (s 11,74) e no GC 67,55 (s 10,24) anos. Verificou-se um predomnio dos doentes casados/unio de facto (63,64% no GC e 61,54% no GE) e a maioria dos doentes vivia com familiares (72,73% no GC e 76,92%). Relativamente ao nvel de escolaridade, verificou-se que a maioria dos doentes apresentava at o 1 ciclo de ensino bsico (45,45% no GC 45 e 46,15% no GE). Quanto situao profissional, a maioria dos doentes pertencia categoria de reformados (72,73% no GC e 61,55% no GE). Verificou-se uma elevada prevalncia de fatores de risco cardiovasculares nos grupos, nomeadamente hipertenso (92,31% no GE e 81,81% no GC), dislipidmia (84,62% no GE e 81,81% no GC), diabetes (46,15% no GE e 27,27% no GC), excesso de peso (69,23% no GE e 90,9% no GC), histria familiar (38,46% no GE e 54,55% no GC) e tabagismo (15,38% no GE). O acompanhamento dos doentes do GE com uma consulta de enfermagem por ms, durante 6 meses, ter contribudo para a reduo do IMC e do PA. No se verificaram diferenas estatisticamente significativas, entre os grupos, no que respeita influncia do programa de ensino estruturado de prevenção secundria da DCV, no controlo da TA, FC, glicemia capilar e CT, na melhoria do estilo de vida, na adeso teraputica farmacolgica, na capacidade de autocuidado teraputico nem na literacia acerca da sua situao clnica. Verificou-se, no GE, um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas da avaliao inicial para a avaliao final. Houve ainda um aumento estatisticamente significativo do score de estilo de vida, de adeso teraputica farmacolgica, de capacidade de autocuidado teraputico e literacia acerca da sua situao clnica, no GE. No se verificou influncia do programa de ensino estruturado na evoluo do GE quanto FC e CT. Discusso: No que se refere s caratersticas da amostra, os dados encontrados vo de encontro s caratersticas da prpria DCV aterosclertica, que possui uma origem multifatorial, afetando maioritariamente homens e cuja incidncia aumenta com a idade. Relativamente ao sexo, os dados so concordantes com os apresentados por Ijzelenberg et al. (2012) e Eshah (2013), j na idade, os estudos referidos apresentam uma mdia etria inferior da presente investigao. Verificou-se ainda uma maior prevalncia de doentes casados/unio de facto, que residem com familiares, factos concordantes entre si e com os resultados apresentados em vrios estudos (Holmes-Rovner et al., 2008, Ijzelenberg et al., 2012; Eshah, 2013). Neste estudo, por se tratar de prevenção secundria da DCV, todos os elementos da amostra j tinham apresentado pelo menos um evento cardiovascular, pelo que se trata de uma amostra com elevada prevalncia de fatores de risco. De notar que os doentes do GC apresentavam valores mais elevados relativamente obesidade e histria familiar de doena cardaca. Esta elevada prevalncia de fatores de risco cardiovasculares concordante com a apresentada nos estudos de Holmes-Rovner et al. (2008) e Eshah (2013). No sentido de averiguar se os doentes que seguiram um programa de ensino estruturado de prevenção secundria da DCV, apresentavam valores mais baixos de IMC e PA, do que aqueles que no seguiram o referido programa, verificou-se que o acompanhamento dos doentes do GE contribuiu para a reduo do IMC e do PA. Estes resultados vo de encontro ao que referido por vrios autores, nomeadamente Ijzelenberg et al. (2012) que verificaram que os doentes do GE, que foram acompanhados durante 6 meses, com o objetivo foi modificar fatores de risco cardiovasculares associados ao estilo de vida, apresentaram uma reduo significativa do peso, IMC e PA. Tendo sido verificada a existncia de diferenas com significado estatstico, entre o GE e o GC, para o IMC e o PA aps os 6 meses de acompanhamento, seria expectvel que houvesse impacto no controlo da TA, glicemia capilar e CT, contudo tal no se verificou no presente estudo, provavelmente devido reduzida dimenso da amostra e s diferenas clnicas que se verificaram entre os grupos, sobretudo quanto presena de HTA e diabetes. No estudo desenvolvido por Ijzelenberg et al. (2012), verificaram que no existia diferena estatisticamente significativa entre os grupos, tanto na TA e CT, como na hemoglobina glicada, aos 3 e 6 meses. Por outro lado, existem estudos onde se verificou uma reduo significativa do CT. sabido que a DCV possui uma componente significativa associada ao estilo de vida, e como tal, potencialmente modificvel. Contudo, tambm conhecida a dificuldade que existe em modificar comportamentos. Eshah (2013), evidencia o papel da educao para a sade na adoo de um estilo de vida mais saudvel, que consequentemente conduz a um impacto positivo na sade dos doentes, ajudando-os a prevenir novos eventos cardacos. Tambm Ijzelenberg et al. (2012) com a sua interveno compreensiva do estilo de vida, verificaram que, para alm da reduo do peso, IMC e PA no GE, tambm existiu um aumento significativo da atividade fsica. No entanto, no mesmo estudo, no se verificaram diferenas relativamente alterao de hbitos alimentares e hbitos tabgicos. O estilo de vida engloba diversos domnios, pelo que provavelmente cada um deles exigir uma interveno especfica e direcionada. Tal como o estilo de vida, tambm a adeso teraputica um fenmeno multifatorial, pelo que os resultados encontrados nos estudos analisados tambm no so concordantes entre si. Num estudo realizado por Holmes-Rovner et al. (2008), em que foi feito o acompanhamento com 6 sesses de aconselhamento telefnico, efetuadas por enfermeiros, em doentes aps SCA, no foi possvel encontrar diferenas quanto ao uso de medicao entre os GE e GC, tal como sucedeu na presente investigao. referido por alguns autores que doentes com melhor apoio social, com consultas com frequncia inferior a 3 e 6 meses e com mais conhecimentos acerca da sua situao de sade, apresentam melhor adeso teraputica. Relativamente capacidade de autocuidado, esta relaciona-se com a literacia que a pessoa possui acerca da sua situao clnica, nomeadamente no que se refere identificao de sinais e sintomas e formas de controlo, tornando o doente mais apto para o seu autocuidado. semelhana do sucedido em outros estudos, na presente investigao foi possvel obter resultados positivos ao nvel da prevenção secundria da DCV, atravs do contributo que a literacia pode trazer para o controlo de fatores de risco cardiovasculares, melhoria do estilo de vida, adeso teraputica farmacolgica e capacidade de autocuidado teraputico. Apesar de continuar indeterminada a combinao tima de intervenes, incluindo o contedo, modo de aplicao, frequncia e durao, uma interveno mais intensiva, com consultas mais frequentes, contribui para melhorar o controlo de fatores de risco (ESC, 2012). Eshah (2013) referindo vrios estudos realizados, afirma que a educao para a sade contribui para modificar comportamentos de sade e melhorar o conhecimento dos doentes. Neste sentido, os resultados obtidos no presente estudo so congruentes entre si, uma vez que, com a melhoria da literacia, ter sido possvel contribuir tambm para a melhoria do estilo de vida e, consequentemente, IMC e PA mais adequados. Concluso: Os resultados desta investigao levam a concluir que a implementao de um programa estruturado de ensino em doentes aps SCA, parece constituir uma boa metodologia na melhoria do IMC, PA, estilo de vida, adeso teraputica farmacolgica, capacidade de autocuidado teraputico e literacia acerca da sua situao clnica. Apesar de no existirem diferenas estatisticamente significativas, verificou-se que no GE existiu um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas. O programa no influenciou o controlo da FC nem do CT. Consideram-se como principais limitaes deste estudo a reduzida dimenso da amostra; o facto dos doentes que aceitaram participar no estudo poderem estar mais predispostos para alteraes comportamentais do que os que recusaram e ter havido muitos doentes que recusaram participar ou que no foi possvel contactar. De referir ainda, a dificuldade em garantir a homogeneidade da amostra em termos clnicos, a toma e eventuais ajustes de medicao e a existncia de outros eventos agudos. Por fim, importa ressalvar a fragilidade implicada pela utilizao das questes verdadeiro/falso para avaliao da literacia acerca da DCV aterosclertica, por se tratar de um instrumento construdo pela investigadora, embora recorrendo literatura e opinio de peritos, mas que no se encontra validado. Espera-se com esta investigao alertar para o papel preponderante dos enfermeiros no mbito da educao para a sade e o seu impacto na prevenção secundria da DCV.

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A flebite uma complicao com elevada taxa de incidncia hospitalar (Mangerote et al., 2011; Urbanetto et al., 2011; Intravenous Nurses Society, 2011). As suas consequncias so graves para a sade da pessoa, implicando ainda custos econmicos acrescidos. Apesar do conhecimento disponvel sobre os vrios fatores de risco e sobre as boas prticas recomendadas na preveo da infeo associada ao cateter venoso, reconhece-se que os resultados tardam em melhorar e se constituem como um desafio para os enfermeiros, Como principais objetivos definiram-se: identificar a percentagem de flebites na venopuno perifrica nos doentes internados num servio de rea mdica de um hospital central e analisar alguns fatores de risco de flebite. Desenvolveu-se um estudo observacional, descritivo-correlacional. Os dados recolhidos durante 76 dias, atravs de uma grelha de observao incluram, entre outras variveis, as relacionadas com o doente (gnero e idade), com a medicao (antibioterapia, teraputica de manuteno e polimedicao) e com os cuidados de enfermagem na insero e otimizao do CVP (calibre, local, higienizao das mos do enfermeiro, desinfetante da pele, fixao, tempo de permanncia). Incluram-se 175 CVP (em 75 doentes), cujos critrios principais foi terem sido introduzidos apenas no servio de internamento, em doentes adultos. Verificou-se uma taxa de flebite de 37,4% (Grau I - 6,7%; Grau II - 17,9%; Grau III - 9,7%; Grau IV - 3,1%). A anlise das variveis em estudo permitiu identificar a coexistncia de vrios fatores de risco, no entanto apenas o tipo de desinfetante do local a puncionar revelou correlao estatisticamente significativa com o desenvolvimento de flebite (menor taxa com lcool 70% do que com Clorohexidina 2%). Os resultados deste estudo, fornecem bases para a reflexo sobre os fatores de risco modificaveis, contribuindo para a promoo de estratgias e medidas de melhoria da taxa de flebite.

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Foram abordados no painel aspetos referentes ao papel de diferentes profissionais na prevenção da DCV. A importncia de um trabalho interdisciplinar em cuidados de sade primrios.

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O envelhecimento carateriza-se pelo declnio das capacidades fsicas e cognitivas aumentando a suscetibilidade do idoso dependncia. Este fator, juntamente com as alteraes fisiolgicas da pele potenciam o aparecimento de quebras cutneas. Estas feridas so frequentes nos idosos e muitas vezes esto relacionadas com a forma como so cuidados. O cuidar em humanitude uma filosofia prtica de cuidados que proscreve intervenes em fora. Este estudo pretende identificar e analisar as evidncias cientficas, atualmente existentes, relacionadas com o contributo de cuidar em humanitude na reduo da agitao das pessoas cuidadas, bem como na prevenção de quebras cutneas no idoso dependente. A metodologia utilizada teve por base uma Reviso Integrativa da Literatura, cuja finalidade consistiu em responder questo de investigao: "Qual o contributo de cuidar com Humanitude na prevenção de quebras cutneas nas pessoas idosas dependentes com demncia? Os resultados evidenciam que a aplicao da Metodologia de Cuidar Humanitude, por utilizar tcnicas suaves no cuidar a pessoa, demonstra particular efetividade em idosos dependentes, reduzindo os comportamentos de agitao patolgica e oposio/recusa aos cuidados, prevenindo as foras de cisalhamento, frico e contuso na pele.

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Nem todas as infees associadas aos cuidados de sade so evitveis, todavia, uma proporo significativa pode ser prevenida se conseguirmos envolver os profissionais de sade na adoo de boas prticas no contexto da prevenção e controlo de infeo, nomeadamente as precaues padro. No obstante, reconhece-se que ainda permanece como um desafio a identificao de mecanismos promotores da adeso dos profissionais s prticas recomendadas, apesar da evidncia cientfica (Costa, Noriega & Fonseca, 2010). Considerando a importncia da adeso dos enfermeiros s precaues padro, pretendeu-se identificar o estado da arte numa unidade de sade, os fatores que a influenciam e em que medida se adequa s necessidades e expectativas dos profissionais a formao desenvolvida. Objetivos Identificar os ndices de adeso dos enfermeiros s prticas de prevenção e controlo de infeo luz das precaues padro; Identificar fatores que influenciam a adeso s boas prticas no contexto da prevenção e controlo de infeo; Identificar a adequao s expectativas e necessidades dos profissionais, do programa formativo desenvolvido. Metodologia Este estudo quali-quantitativo, desenvolvido sob o mtodo da investigao-ao privilegiou a presena do investigador no contexto. Comemos pelo diagnstico de situao, cruzando informao decorrente da observao e conversas informais com os enfermeiros dos servios de internamento, com a taxa de formao em prevenção e controlo de infeo (27,7% a 31 de Dezembro de 2009). Segundo o Departamento de Formao Contnua, esta ao tinha pendente mais de 100 inscries de enfermeiros. Em resposta s necessidades de formao manifestas pelos profissionais, durante o ano de 2010 desenvolvemos seis aes de formao subordinadas ao tema "Prevenção e Controlo de Infeo". Em Dezembro de 2010, a taxa de formao de enfermeiros em prevenção e controlo de infeo passou a ser de 61,88%. No plano formativo desenvolvido privilegimos a metodologia ativa e introduzimos trs workshops, subordinados ao tema da Higiene das Mos, Mscaras e Respiradores e Luvas. Sendo o pblico-alvo os enfermeiros dos servios de internamento, seguiu-se a colheita de dados, com recurso observao participante e entrevista semi-estruturada. Os dados obtidos foram tratados manualmente. Apresentao e Discusso Os ndices de adeso dos enfermeiros s precaues padro foram categorizados de acordo com a seguinte escala: adeso insatisfatria - 0% a 25%; razovel - 26% a 50%; satisfatria - 51% a 75%; muito satisfatria - 76% a 100%. No que respeita higiene das mos, o ndice global de adeso foi de 18%, com diferenas significativas entre os vrios momentos. Esta prtica foi insatisfatria nos momentos "antes do contacto com o doente", "aps o contacto com o ambiente do doente" e "antes de procedimentos asspticos ou limpos". No momento "aps o risco de contacto com fluidos orgnicos" foi evidenciado o melhor ndice de adeso (41%). semelhana do estudo de Randle, Arthur & Vaughan (2010), este momento o que evidencia maior adeso por parte dos profissionais, sendo explicado em funo da maior perceo do risco de exposio a fluidos orgnicos. No decorrer das entrevistas aos enfermeiros, os profissionais associam a baixa adeso em relao higiene das mos carncia de estruturas adequadas (disponibilidade de lavatrios e localizao dos dispensadores de soluto alcolico, percebidos como insuficientes), o excesso de trabalho e a formao dos profissionais, mas no sobre a sua prpria perceo do risco. O uso de luvas tem sido identificado como fator de no adeso higiene das mos em virtude do sentimento de falsa segurana que induz nos profissionais (Pittet, 2000; De Wandel, Maes,Labreau, Vereecken & Blot,2010). No contexto observado, este tambm poder ser um fator com influncia negativa, em particular no momento "antes do contacto com o doente", uma vez que em 43% das situaes observadas os enfermeiros usaram luvas. Em relao ao EPI, o ndice de adeso foi de aproximadamente 56% (74% no uso de luvas, 43% nas mscaras e respiradores, 54% nas batas e aventais), indiciando tendncia para a correta utilizao das luvas. Contudo, este EPI tambm sobre utilizado, nomeadamente em procedimentos que no implicam o seu uso (avaliao de tenso arterial ou o manuseamento de roupa limpa). Por outro lado, observou-se que os enfermeiros no usaram luvas na maioria dos procedimentos de colheita de sangue. A conformidade de adeso s boas prticas na utilizao de material corto-perfurante foi de aproximadamente 83%, assim como para a colocao de doentes. Nas medidas de controlo ambiental, o ndice de adeso foi de aproximadamente 67% ( gesto de derrames ou salpicos de matria orgnica 32%, gesto de resduos hospitalares foi de 70%, cuidados com a roupa hospitalar aproximadamente 100%, transporte de doentes 63% e controlo de visitas com 75%). Apesar de nas entrevistas os enfermeiros identificarem a importncia da prevenção e controlo de infeo para a segurana do doente, na observao das prticas evidenciou-se um cuidado maior na adeso s recomendaes que nos protegem da exposio a fluidos orgnicos, e uma menor perceo do risco em procedimentos que efetivamente protegem o outro, tais como: a higiene das mos antes de procedimentos assticos ou limpos, luvas mudadas entre procedimentos no mesmo doente, o uso de mscara em procedimentos que exigem assepsia. Nos cuidados no manuseamento e acondicionamento de corto-perfurantes verificmos a total adeso dos profissionais nos padres "os profissionais no passam de mo em mo corto-perfurantes" e "os profissionais acondicionam todos os corto-perfurantes em contentores rgidos". No obstante, quando o contentor no se encontra na zona da prestao de cuidados, frequentemente os enfermeiros transportam o picante nas mos para o contentor, habitualmente localizado nas salas de medicao. No que respeita colocao de doentes, a adeso foi muito satisfatria, sendo cumpridas as medidas de isolamento dos doentes com infeo identificada por microrganismo multirresistente. De certa forma, com este cuidado associa-se tambm o bom nvel de adeso em relao restrio de visitas. Na gesto de derrames de matria orgnica, os enfermeiros, delegam nos assistentes operacionais. Porm, enquanto responsvel pela segurana do ambiente do doente, o enfermeiro dever assumir um papel de orientador nesta prtica. Nos cuidados com o acondicionamento de resduos hospitalares a avaliao global do nvel de adeso dos profissionais bom, no obstante, gostaramos de relembrar que a conformidade com o preconizado implicaria a sua triagem junto ao local de produo. A no adeso observada no que respeita s medidas de higiene respiratria/etiqueta da tosse, um conjunto de medidas simples e que fazem uma significativa diferena na transmisso da infeo respiratria, merece particular ateno e investimento. De entre os fatores identificados pelos enfermeiros com influncia na adeso s precaues padro, esto as crenas pessoais, a formao, o excesso de trabalho e fatores estruturais. O excesso de trabalho foi o fator mais referido pelos enfermeiros como influenciador na adeso s prticas, numa perspetiva limitativa. As dinmicas de trabalho tm-se revelado como uma importante barreira a esta adeso, bem como as limitaes estruturais da organizao. Finalmente, no que respeita formao desenvolvida, os aspetos mais valorizados na experincia formativa dos profissionais foram as mesas de trabalho e as visitas do enfermeiro de controlo de infeo, percebidas como um complemento formao. Apesar de as entrevistas evidenciarem um reflexo positivo da formao desenvolvida, quer seja na sensibilizao dos profissionais para a prevenção e controlo de infeo, quer seja pelas mudanas nas prticas ou atitudes, os profissionais referiram a formao in loco e a continuidade do plano formativo como oportunidades de melhoria. O estudo de Alves, Duartes, Paula, Moraes, & Coutinho (2007), corrobora a ideia que os comportamentos e atitudes dos profissionais no so compatveis com o conhecimento que os profissionais possuem. Tal poder ser reflexo de falhas no processo de formao dos profissionais que se agravam com as limitaes de ordem estrutural e logstica das unidades de sade a que pertencem. Concluso Pese embora uma adeso satisfatria dos enfermeiros s precaues padro, e um processo de formao referido como importante e necessrio, emerge a imprescindibilidade do desenvolvimento de novas estratgias. Promover informao de retorno aos profissionais acerca das prticas, adequar as estruturas e repensar estratgias formativas que estimulem a adeso s boas prticas e melhorar/desenvolver a cultura de prevenção, sob pena de compromisso da segurana do doente e do profissional.

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Introduo Nas ltimas dcadas tem-se assistido a uma vertiginosa evoluo tecnolgica, particularmente na rea da sade, proporcionando ganhos em sade e aumentando as expectativas dos utilizadores dos cuidados de sade. Na complexa interao Homem e tecnologia que ocorre durante a prestao de cuidados existe o risco associado, que poder levar ocorrncia de erros em sade e, neste caso, os cuidados de sade no s no traro os esperados benefcios para o doente como podero provocar o dano Fragata e Martins (2004). Assim, o tema da segurana dos doentes, principalmente o erro em sade, ganha importncia dentro do sector da sade. O erro relacionado com a medicao, considerado uma das principais causas de morte e incapacidade, falecendo mais pessoas devido a erros de medicao do que a acidentes de trabalho (Khon, Corrigan e Donaldson, 2000). Embora a gesto da medicao envolva mltiplos profissionais, os enfermeiros assumem, neste contexto, um papel central na promoo da segurana dos doentes, quer na deteo de falhas ocorridas anteriormente com o doente, quer na prevenção de falhas durante as fases do processo em que intervm diretamente (Catela, 2008). No sentido de reduzir os eventos adversos relacionados com a medicao essencial adotar uma postura de compreenso do erro, dos fatores precipitantes e circunstanciais do mesmo. Esta postura ser o primeiro passo para sua prevenção. Porm, reconhece-se que existe subnotificao dos eventos adversos, nomeadamente os relacionados com a medicao, o que tem dificultado o conhecimento desta realidade. Objetivos O estudo prope-se concretizar os seguintes objetivos gerais: compreender as circunstncias associadas ao erro de medicao e sensibilizar a equipa de enfermagem para a importncia do relato do erro de medicao. Dos objetivos gerais emergiram os seguintes objetivos especficos: identificar os diferentes tipos de erro de medicao; identificar o impacto do erro no doente, na organizao e no profissional; identificar o contexto da sua ocorrncia (profissionais envolvidos e momento do dia); identificar as fases do processo em que ocorrem os erros de medicao; compreender as causas precipitantes do erro de medicao (falhas humanas ou falhas sistmicas); identificar as medidas de mitigao de dano realizadas pelos profissionais; identificar as medidas preventivas propostas pelos profissionais; verificar se ocorreu a notificao do erro e analisar os fatores que dificultam ou facilitam a deciso de notificar o erro Metodologia O presente estudo procura dar resposta questo de investigao "Quais as circunstncias que envolvem a ocorrncia dos erros de medicao, vivenciados pelos enfermeiros, num servio de internamento de um hospital central?" Nesse sentido desenhou-se um estudo transversal, descritivo, exploratrio, numa abordagem qualitativa, que permita a compreenso do fenmeno. Foram convidados a participar no estudo os enfermeiros que trabalham num servio de internamento do Hospital Central. Cumpridos os critrios de incluso, aceitaram participar onze informantes. Optou-se pela tcnica de entrevista semi-estruturada. O participante foi convidado a relatar uma situao de erro de medicao vivenciado ou observado. A fim de facilitar o relato dos participantes, o guio de entrevista seguiu omodelo Patient Safety Event Taxonomy (PSET) da Join Commission Accreditation Health Organization (JCAHO), adaptado por Castilho e Parreira (2012) para o estudo de eventos relacionados com a prtica de enfermagem, permitindo organizar a informao em torno de cinco eixos temticos: tipo de evento, impacto, domnio, causa, mitigao e prevenção do dano e notificao. Resultados/Discusso Os enfermeiros relatam essencialmente situaes incidentes com a medicao vivenciados por si e reconhecem situaes near miss como precursor de um possvel evento adverso. Os eventos adversos ocorrem principalmente na fase de administrao e envolvem principalmente situaes de troca de doentes. No que concerne ao impacto que estes eventos adversos podem provocar no doente verifica-se que existe uma tendncia geral para a sua desvalorizao, considerando os profissionais que no houve impacto negativo ou este foi mnimo. Associam este resultado ao predomnio de medicao oral. Relativamente ao impacto para o Organizao, identificamos uma tendncia de no valorizao, no entanto alguns enfermeiros identificam os gastos materiais, em recursos humanos (novas preparaes e aumento da vigilncia) e na imagem, quer junto do doente quer da famlia. Nas consequncias para o enfermeiro valorizam sobretudo o impacto negativo (culpa, vergonha, ansiedade), identificando tambm a oportunidade de aprendizagem. A anlise das causas permite evidenciar que os erros acontecem em resultado do entrelaar de vrios fatores humanos e sistmicos que contribuem para a sua ocorrncia. As pessoas falham: violam mtodos de trabalho preconizados e regras de segurana que conhecem, esquecem-se, enganam-se e confundem-se. As situaes de erro so justificadas pelos enfermeiros pela existncia de um ambiente que propiciador da ocorrncia destas situaes, que favorece a distrao, a desconcentrao e promove a violao do mtodo individual de trabalho, numa tentativa de contornar o elevado volume de trabalho a fim de dar resposta em tempo til s necessidades dos doentes. Os enfermeiros, quando referiram como causa uma distrao, na sua maioria souberam atribuir a causa dessa mesma distrao e no a aceitaram apenas por si s. Foram identificados como fatores que dificultam o trabalho dos enfermeiros e potenciam a ocorrncia do erro, o elevado volume de trabalho, as mltiplas interrupes a que so sujeitos aquando da preparao e administrao de frmacos, a confuso, a agitao e elevado nmero de pessoas (utentes e visitas) a circular no servio e na zona de preparao de frmacos aquando da preparao, a ausncia de material atualizado e ajustado a uma preparao e administrao segura e condies arquitetnicas da zona de preparao pouco adequadas, Foram ainda, referidas a inadequao do aplicativo informtico, o sistema de registo de medicao no dispe de mecanismos seguros para evitar os erros e o facto de nem todos as camas disporem de rampas de oxignio. Ainda que os enfermeiros tenham identificado falhas humanas e sistmicas na ocorrncia do erro, defenderam que na sua maioria so propiciadas por um sistema frgil e propiciador dessas mesmas falhas. Os enfermeiros vivenciam o erro com responsabilidade, adotando de imediato estratgias de reduo do dano, nomeadamente aumentando a vigilncia, a certificao de ausncia de alergia e aumento da pesquisa sobre ao frmaco A oportunidade de refletir sobre as circunstncias que envolveram o erro de medicao deu origem a vrias sugestes de melhoria no servio, nomeadamente o aumento da dotao de profissionais, a existncia de um armrio com sistema de unidose, o cumprimento do mtodo individual de trabalho em especial no que concerne gesto do medicamento, a otimizao do aplicativo informtico de gesto do medicamento, a otimizao na identificao do doente em cada unidade, maior concentrao aquando da preparao e administrao dos medicamentos, a existncia de um espao fsico exclusivo para a preparao da medicao, a existncia de rampas de oxignio em todas as unidades e a criao de momentos de partilha em equipa a fim de estimular a aprendizagem com erro. Os profissionais reconhecem importncia da notificao e da aprendizagem com o erro, sobretudo nos casos graves. Identificam como fatores que e contribuem para a no notificao, o medo de penalizao, assim como, o desconhecimento da forma como proceder para notificar o evento adverso. Perante tais achados sugere-se, tal como preconiza Chiang, Hui-Ying e Pepper (2006), que ser importante trabalhar juntamente com estes enfermeiros no sentido de os formar e informar sobre onde e como notificar, reforar a extrema importncia de notificar desmitificando o receio da punio individual, estimulando a cultura de aprendizagem com o erro em detrimento de uma culpabilizao individual. Concluso A segurana do doente apresenta-se como uma questo incontornvel da qualidade em sade, reconhecendo-se, que apesar dos avanos tecnolgicos e cientficos, continuam a ocorrer erros nas prticas profissionais, nomeadamente erros de medicao, suscetveis de causar dano ao doente. Os profissionais reconhecem que este so frequentemente evitveis, identificam diferentes fatores humanos e sistmicos que intervm na sua ocorrncia. Os enfermeiros apresentaram como medidas preventivas de erros o aumento da dotao de profissionais, a existncia de um armrio com sistema de unidose, o cumprimento do mtodo individual de trabalho, em especial no que concerne gesto do medicamento, a otimizao do aplicativo informtico de gesto do medicamento, a otimizao na identificao do doente em cada unidade, maior concentrao aquando da preparao e administrao dos medicamentos, a existncia de um espao fsico exclusivo para a preparao da medicao, a existncia de rampas de oxignio em todas as unidades e a criao de momentos de partilha em equipa a fim de estimular a aprendizagem com erro. Os resultados desta investigao foram apresentados e discutidos em equipa sendo assim criado um espao de reflexo. Espera-se com este trabalho estimular a reflexo em equipa sobre esta temtica, contribuir para a reduo do erro de medicao e fomentar uma cultura de notificao de eventos adversos. fundamental incutir nos profissionais e nas organizaes uma verdadeira cultura de segurana, que proceda gesto do risco clnico.. Tal como Fragata (2010), consideramos que a segurana dos doentes ser tanto mais eficaz quanto mais robusto for o sistema.

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Introduo Os maus tratos e violncia sobre crianas e jovens so um problema civilizacional, estando associados a mltiplos de fatores ambientais e familiares. Agir profissionalmente neste contexto requer o desenvolvimento de programas efetivos. A visita domiciliria uma interveno que potencia o estabelecimento de relaes confiveis e prximas entre profissionais de sade, famlias, e comunidade (Barlow, Davis, Jarret, Mclntosh, Mockford, & Stewart-Brown, 2006), no entanto as evidncias sobre a sua efetividade como programa preventivo nesta rea no so ainda suficientemente fortes. Objetivos A visita domiciliar uma interveno realizada por enfermeiros. No entanto, carece ainda de evidncia acerca dos seus benefcios, na prevenção da violncia e maus tratos, ou reduzir a sua reincidncia, sobre crianas e jovens. Neste contexto, o objetivo central desta investigao consistiu em identificar evidncias de efetividade da visita domiciliria na prevenção ou reincidncia dos maus tratos sobre crianas e jovens. Metodologia Procedemos a uma reviso integrativa da literatura. Com a expresso de pesquisa Child* AND Neglect* AND Home visiting program* AND Effectiveness*, selecionmos as bases de dados online: Medline; Cinahl; MedicLatina; Academic Search Complete. Atravs da estratgia PICO, definimos critrios de incluso e excluso dos artigos. Inclumos: Participantes - grvidas e pais de crianas at aos cinco anos de idade. Intervenes - a visita domiciliria. Comparaes - entre os participantes que receberam visitas domicilirias e participantes que receberam os cuidados habituais. Outcomes - Elementos caraterizadores de efetividada da vista. Resultados Como principais elementos de caraterizadores da efetividade da visita retivemos os seguintes: - Geralmente os programas de visita domiciliria so mais efetivos na prevenção de comportamentos abusivos do que na sua correo. - Maior prevalncia de comportamentos parentais positivos, mais desenvolvimento de vnculo afetivo familiar e maior capacitao parental. - Maior potencial de ajustamento e recurso a estratgias de coping em situaes genericamente potenciadoras de stress. Nestas salientam-se os efeitos significativamente mais positivos nas famlias com problemas socioeconmicos e pais com bebs prematuros. - Identificao precoce de situaes de vulnerabilidade, potenciadoras de violncia, especialmente se realizadas no perodo pr-natal. - Ao nvel da reincidncia dos maus tratos evidenciado, no curto prazo, uma reduo significativa do nmero de agresses fsicas e de negligncia. - A efetividade maior em mes jovens e primparas, quando comparadas com mes multparas, visto o seu comportamento poder tornar-se mais flexvel, plstico e ajustado. - H necessidade deste programas terem continuidade, refletindo custos elevados. Concluses Os programas de visita domiciliria tm efetividade em algumas situaes. No entanto, se a promoo do papel parental efetiva, as vantagens podem ser de curto prazo, exigindo continuidade nos programas. Beneficiam particularmente famlias com desvantagens comparativas, em situaes de risco socioeconmico, e vulnerabilidades diversas. A visita pr-natal realizada por enfermeiros especialmente til e preventiva em mes jovens e primparas. No entanto, h dvidas sobre o custo-benefcio de alguns programas, obrigando a desenho suficientemente personalizados, tendo em ateno as diferenas de contexto, cultura, valores, crenas, e amplitude de fatores interferentes no funcionamento de cada famlia.

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Introduo Os maus tratos e violncia sobre crianas e jovens so um problema civilizacional, estando associados a mltiplos de fatores ambientais e familiares. Agir profissionalmente neste contexto requer o desenvolvimento de programas efetivos. A visita domiciliria uma interveno que potencia o estabelecimento de relaes confiveis e prximas entre profissionais de sade, famlias, e comunidade (Barlow, Davis, Jarret, Mclntosh, Mockford, & Stewart-Brown, 2006), no entanto as evidncias sobre a sua efetividade como programa preventivo nesta rea no so ainda suficientemente fortes. Objetivos A visita domiciliar uma interveno realizada por enfermeiros. No entanto, carece ainda de evidncia acerca dos seus benefcios, na prevenção da violncia e maus tratos, ou reduzir a sua reincidncia, sobre crianas e jovens. Neste contexto, o objetivo central desta investigao consistiu em identificar evidncias de efetividade da visita domiciliria na prevenção ou reincidncia dos maus tratos sobre crianas e jovens. Metodologia Procedemos a uma reviso integrativa da literatura. Com a expresso de pesquisa Child* AND Neglect* AND Home visiting program* AND Effectiveness*, selecionmos as bases de dados online: Medline; Cinahl; MedicLatina; Academic Search Complete. Atravs da estratgia PICO, definimos critrios de incluso e excluso dos artigos. Inclumos: Participantes - grvidas e pais de crianas at aos cinco anos de idade. Intervenes - a visita domiciliria. Comparaes - entre os participantes que receberam visitas domicilirias e participantes que receberam os cuidados habituais. Outcomes - Elementos caraterizadores de efetividada da vista. Resultados Como principais elementos de caraterizadores da efetividade da visita retivemos os seguintes: - Geralmente os programas de visita domiciliria so mais efetivos na prevenção de comportamentos abusivos do que na sua correo. - Maior prevalncia de comportamentos parentais positivos, mais desenvolvimento de vnculo afetivo familiar e maior capacitao parental. - Maior potencial de ajustamento e recurso a estratgias de coping em situaes genericamente potenciadoras de stress. Nestas salientam-se os efeitos significativamente mais positivos nas famlias com problemas socioeconmicos e pais com bebs prematuros. - Identificao precoce de situaes de vulnerabilidade, potenciadoras de violncia, especialmente se realizadas no perodo pr-natal. - Ao nvel da reincidncia dos maus tratos evidenciado, no curto prazo, uma reduo significativa do nmero de agresses fsicas e de negligncia. - A efetividade maior em mes jovens e primparas, quando comparadas com mes multparas, visto o seu comportamento poder tornar-se mais flexvel, plstico e ajustado. - H necessidade deste programas terem continuidade, refletindo custos elevados. Concluses Os programas de visita domiciliria tm efetividade em algumas situaes. No entanto, se a promoo do papel parental efetiva, as vantagens podem ser de curto prazo, exigindo continuidade nos programas. Beneficiam particularmente famlias com desvantagens comparativas, em situaes de risco socioeconmico, e vulnerabilidades diversas. A visita pr-natal realizada por enfermeiros especialmente til e preventiva em mes jovens e primparas. No entanto, h dvidas sobre o custo-benefcio de alguns programas, obrigando a desenho suficientemente personalizados, tendo em ateno as diferenas de contexto, cultura, valores, crenas, e amplitude de fatores interferentes no funcionamento de cada famlia.