3 resultados para elementos potencialmente tóxicos
Resumo:
O setor de construção civil enfrenta sérios problemas quanto à disposição de resíduos, uma vez que gera grandes quantidades ao longo do processo de execução das obras ou devido ao desmonte de construções já existentes. A disposição inadequada desses resíduos pode provocar sérios danos ambientais, tais como degradação do solo e recursos hídricos. Uma opção interessante pode ser seu uso agrícola, entretanto existem poucos estudos sobre o tema. Assim, o presente estudo visou caracterizar resíduos da construção civil e avaliar seu efeito sobre alguns atributos do solo. Para tal, foram realizadas análises de pH, teor de macro e micronutrientes e de elementos potencialmente tóxicos. Os resultados indicaram que os resíduos não poderiam ser utilizados como fonte de nutrientes e que também não apresentavam limitações quanto à presença de elementos potencialmente tóxicos. Os altos valores de pH encontrados indicaram potencial dos resíduos em alcalinizar do solo, o que foi confirmado no ensaio em vasos. Também se constatou que os resíduos provocaram aumento da CTC. Assim, concluiu-se que é viável utilizar esses resíduos da construção civil em solos agrícolas, embora mais avaliações ainda devam ser realizadas.
Resumo:
O porquê do uso agronõmico do composto de lixo. Critérios de aplicação e de manejo do composto. Efeitos sobre as propriedades do solo. Capacidade de troca catiônica (CTC). rEAÇÃO DO SOLO. Nutrientes. Relação C/N. Nitrogênio. Fósforo. Potássio, cálcio, magnésio e sódio. Enxofre e micronutrientes. Salinidade e sociedade. Elementos inorgânicos potencialmente tóxicos. Efeitos sobre as plantas.
Resumo:
A utilização de lodo de esgoto na agricultura traz o benefício da reciclagem da energia (representada pela matéria orgânica) e dos nutrientes nele contidos, em especial o nitrogênio, pelo seu valor econômico. E traz como riscos a possibilidade de contaminação ambiental com nitrato, metais pesados e, ou produtos orgânicos tóxicos. Em solos com pH próximos à neutralidade a solubilidade de elementos tóxicos às plantas ou aos animais é baixa, e ocorrem condições biológicas favoráveis à decomposição do resíduo. No entanto, a mineralização dos lodos de esgoto induz à acidificação do solo, devido principalmente à formação de ácidos orgânicos e à ocorrência de reações de nitrificação. Por estas razões a acidez deve ser monitorada, com o objetivo de verificar quando é necessária a calagem. Considerando-se estes aspectos, apresentam-se neste trabalho dados de pH de experimento conduzido em campo, com duas aplicações sucessivas de lodo de esgoto, em dois cultivos de milho. Avaliaram-se duas doses do resíduo, um de origem urbana e outro de origem urbano-industrial. A quantidade de lodo a aplicar foi calculada em função do N potencialmente disponível às plantas e da recomendação agronômica de adubação nitrogenada para milho, critério utilizado por órgãos ambientais para evitar lixiviação de nitrato no perfil do solo; estudando-se também o dobro dessa dose. Os resultados evidenciaram diferentes potenciais de acidificação para os dois lodos de esgoto. Na primeira aplicação, o lodo de esgoto urbano acidificou o solo na dose recomendada (1N) e na dose 2N; o lodo de esgoto urbano-industrial acidificou o solo somente na dose 2N. A reaplicação dos dois lodos acidificou o solo, tanto na dose recomendada quanto no dobro da mesma. Verificou-se, assim, que o potencial acidificante do lodo de Franca pode ser um fator mais restritivo que o teor de N quando se calculam doses ambientalmente seguras a aplicar em solos.