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Comportamento vegetativo de clones de cajazeira com sete anos de cultivo na Chapada do Apodi, Ceará.
Resumo:
A cajazeira (Spondias mombin L.) pertence à família Anacardiaceae. É uma espécie selvagem, sendo a exploração de seus frutos extrativista. Pelas descrições de Harlan (1975), a espécie é classificada como encorajada, ou seja, é disseminada, colhida e selecionada sem nenhum plantio de sementes. Mesmo assim, tem considerável importância socioeconômica para as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Para o seu cultivo comercial, os fatores mais limitantes são o alto porte e a longa fase juvenil das plantas obtidas de sementes (VILLACHICA, 1996) e a falta de clones recomendados para cultivo (Souza et al, 2006). Os clones enxertados são influenciados por porta-enxertos, clones copa, técnicas de cultivo, condições edafoclimáticas, ecológicas e pelas interações entre esses fatores, que afetam diretamente o comportamento fenotípico e produtivo do clone (HARTMANN et al, 2002). Clones de cajazeira enxertados sobre cajazeira, cultivados no sul da Bahia, apresentaram no terceiro ano de cultivo, alto porte, com altura média de 4,46 m (LEITE; MARTINS; RAMOS, 2003). Em Pacajus-CE, clones de cajazeira enxertados sobre umbuzeiro também tiveram porte alto, troncos monopodias, com haste única e tendência a formar copas altas (SOUZA e BLEICHER, 2002). Para caracterizar o crescimento vegetativo, avaliaram-se a altura de planta e perímetros dos caules do porta-enxerto e do enxerto dos clones de cajazeira enxertados sobre porta- enxertos de pé franco de umbuzeiro e da própria cajazeira.
Resumo:
A Amazônia se constitui enorme fonte de biodiversidade não utilizada pela humanidade. Um exemplo desta biodiversidade é o camucamuzeiro (Myrciaria dubia (H.B.K.) Mc Vaugh), que atualmente desperta grande interesse devido ao potencial de produção de frutos com alto teor de ácido ascórbico, quantidade esta que varia de 2 400 a 3 000 mg/100g de mesocarpo a ate 5 000 mg /100g de casca. O trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho vegetativo de 11 acessos coletados em populações naturais e cultivados em terra firme. Os acessos foram coletados no rio Solimões e plantados em Campo Experimental da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, Para, em Latossolo Amarelo textura média, delineamento em blocos ao acaso com duas repetições. As unidades experimentais foram constituídas de cinco planta úteis e competitivas, plantadas em espaçamento de 4m x 4m, com bordadura simples nas extremidades. Foram avaliados dados de altura da planta, diâmetro do caule principal a 60 cm do solo, número de caules, comprimento e largura da folha e área foliar. Detectaram-se diferenças significativas (p<0,05) para diâmetro do caule e comprimento da folha, e altamente significativas (p<0,01) para número de caules, largura da folha e área foliar, indicando que estes são caracteres capazes de discriminar esses acessos. Os resultados demonstraram que é possível cultivar camucamuzeiro em terra firme e que o acesso Solimões 1012 apresentou melhor desempenho nas condições estudadas. Conclui-se que a população Solimões 1012 poderá ser utilizada quando da implantação de pomares de camucamuzeiro.
Resumo:
Ação alelopática da leguminosa Canavalia ensiformis (feijão de porco) já é praticada em campo semeado com essa leguminosa. Tentativa de esclarecer o modo de ação, levou a testar as partes, raízes, caules, folhas moídas misturadas a terra, plantando-se em seguida os tubérculos de Cyperus rotundus L. em ambiente de laboratório ou em casa de vegetação. Utilizando copos plásticos com capacidade de 160ml, terra argilosa misturada com quantidades diferentes das partes acima citadas, não revelaram qualquer ação sobre a capacidade de brotação dos tubérculos do Cyperus. Utilizando o mesmo método com vagens secas do feijão de porco, e separadamente com sementes, foi possível observar pequena ação da vagem seca, e pronunciada ação das sementes moídas, observou que quantidades menores que 10g pouco afetavam a brotação. Todavia a partir de 15 g de sementes moídas, misturadas em copo plástico contendo 160 de terra argilosa demonstraram a ação inibitória de brotação dos tubérculos de Cyperus. Foram conduzidos 7 ensaios nos quais procurou-se adicionar a terra argilosa diferentes quantidades da semente moída, encontrando-se os resultados: nas doses de 5 a 7,5g houve redução de 47% de brotação; de 10 a 15g a redução dos tubérculos; com a aplicação de maior dose houve total inibição da brotação dos tubérculos do C. rotundus. O trabalho visa esclarecer qual o elemento contido na planta do feijão de porco que provoca redução sensível da populacao da invasora.