8 resultados para Mobilidade - Áreas urbanas - Sustentabilidade
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar variáveis físicas das bacias do rio Murucutu e rio Aurá (BHMA) usando geotecnologias para subsidiar o uso e a conservação desses recursos hídricos. Foi utilizada imagem do ?Shuttle Radar Topography Mission? (SRTM) na modelagem e identificação de características físicas, bem como o uso de sistema geográfico de informação (SIG), técnicas de geoprocessamento, quantificação de áreas das bacias, redes de drenagens, hierarquias fluviais, área de influência de nascentes. As análises dos dados foram realizadas na ferramenta Q.Gis 2.8, versão ?Wien?, integradas ao programa ?Terrain Analysis Using Digital Elevation Models? (TauDEM). Os resultados evidenciaram que as bacias do rio Murucutu e do rio Aurá possuem 37% de área antropizadas. A bacia do rio Aurá possui maior cobertura florestal do que a bacia do rio Murucutu. A ordem hierárquica do rio Aurá é de 5°ordem e do Murucutu é de 4ºordem, evidenciando que o Aurá é mais extenso com maior ramificação dos canais em relação ao Murucutu. 34% das nascentes estão em áreas urbanas na bacia do rio Murucutu. Conclui-se que com a análise melhora-se o entendimento dos elementos físicos, em especial ligados à hidrografia como também, desenvolve-se um produto de importância substancial para estudos morfométricos, principalmente para subsidiar o gerenciamento e outorgas do direito de uso prioritários da água, controle de enchentes, potencial de abastecimento hídrico, vulnerabilidade ao processo erosivo, dinâmica de transporte de poluentes, principais vias de contaminação hídrica, entre outras aplicações diretas.
Resumo:
Neste estudo foram empregados sistemas de informações geográficas e técnicas de sensoriamento remoto para investigar o efeito do uso e cobertura do solo sobre a temperatura da superfície do solo (TSS) nos anos de 1985, 1990, 1995, 1999, 2002 e 2011, na bacia do Rio Corumbataí (BRC), SP. O padrão espacial da TSS foi derivado de imagens do satélite Landsat, por meio da banda termal do sensor TM. Estudou-se a relação entre os índices NDVI, NDBI, MI e da altitude com a TSS. A TSS da BRC foi crescente até o ano de 1999 e reduziu até o ano de 2011. O padrão espacial da TSS foi influenciado pelo uso e cobertura do solo. Houve correlação negativa da TSS com o NDVI e MI e positiva com o NDBI. Áreas de pastagem e áreas de cana-de-açúcar colhidas podem atingir TSS superiores às áreas urbanas, dependendo das condições de umidade do ambiente. Conclui-se que os dados do TM/Landsat associados aos dados coletados em campo, apresentam potencial para identificação de padrões térmico-hídricos em estudos de bacias hidrográficas.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo a realização de um diagnóstico da fragilidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Almada, Bahia, Brasil. Para tanto, foi realizada a caracterização da área de estudo, com base em dados primários e pré-existentes; elaboração do mapa de solo - a partir da interpretação da paisagem e de sessenta perfis de solo distribuídos na bacia, além de análises físicas e químicas em trinta perfis e análises mineralógicas em amostras representativas; determinação do grau de fragilidade ambiental. O mapa de fragilidade ambiental foi obtido a partir da integração das características climática, substrato rochoso, declividade, solo e uso e ocupação do solo, por meio de álgebra de mapas em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG) na escala de 1:100.000, sendo classificado em cinco graus de fragilidade, assim identificadas: muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto. As maiores fragilidade incluem as áreas urbanas, os sedimentos arenosos expostos na zona de praia, manguezais e bolsões degradados da planície costeira localizados na porção leste e as áreas de pastagem e solo exposto nas porções oeste da bacia. Nas classes que apresentaram fragilidade baixa estão incluídos as rochas do embasamento cristalino, recobertas pela floresta de mata atlântica e da cabruca.
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Este trabalho analisou o processo de conservação dos recursos naturais na Amazônia Paraense por agricultores familiares que produzem em sistemas agroflorestais. Estudou-se a realidade produtiva de 18 famílias que possuem SAFs, por meio da aplicação de um questionário de caracterização dos seus agroecossistemas. Na comunidade Santa Luzia mantêm-se consideravelmente a vegetação natural devido o processo de aumento da implantação de SAFs, em que 94,4% das famílias que tem SAFs possuem áreas de reserva legal. Sistemas agroflorestais devem ser indicados para comunidades rurais da Amazônia para reduzir desmatamentos e queimadas durante o desenvolvimento de atividades agrícolas e florestais.
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Ao longo da última década, entidades de pesquisa vêm desenvolvendo tecnologias que promovam o aumento da produção animal nos sistemas silvipastoris tradicionais característicos do Planalto Norte Catarinense, localmente denominados de caívas. As caívas são áreas de remanescentes de Floresta Ombrófila Mista (FOM) com tamanhos variados, historicamente manejados para extração de erva-mate e manutenção de rebanhos animais. Desempenham importante papel na preservação dessa formação florestal, bem como na conectividade de áreas florestais. Dessa forma, as caívas apresentam potencial para atender às premissas do Programa de Corredores Ecológicos em SC, cujo objetivo é contribuir na conservação da biodiversidade, restaurando a conectividade da paisagem por meio do desenvolvimento de práticas de baixo impacto nestas áreas. No entanto, ainda há poucas tecnologias viáveis para uso econômico em remanescentes de FOM. A existência das caívas como sistemas tradicionais de uso das florestas precisa ser melhor compreendida e valorizada, bem como necessita que sejam geradas tecnologias adaptadas a esse sistema. O manejo tradicional das caívas tem sido constantemente ameaçado, em função da baixa geração de renda. A melhoria das caívas para produção animal tem se caracterizado como uma alternativa promissora, embora a legislação apresente restrições ao uso de animais em remanescentes florestais. Por outro lado, há de se considerar que as caívas só existem em função de seu histórico de uso múltiplo, associando produção de erva-mate, pinhão, frutas nativas e a criação animal. Este trabalho busca contextualizar os principais avanços tecnológicos gerados para manejo animal nas caívas e como sua adoção pode contribuir para a sustentabilidade das mesmas, bem como para o sucesso na implantação de Corredores Ecológicos.
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Foi avaliado o efeito do manejo do solo em algumas propriedades físicas em áreas de agricultura extensiva de produção de grãos com sistema plantio direto, comparadas com áreas de vegetação nativa de cerrados. O trabalho foi realizado na Fazenda Alvorada em Luís Eduardo Magalhães, Região Oeste do Estado da Bahia. O solo da área de estudo foi classificado como Latossolo Amarelo Distrófico textura média. Selecionou-se para o presente estudo dois usos do solo, um com Cerrado (como referência de qualidade do solo) e a outra com plantio direto há quatro anos, e com rotação recente milho/soja. A amostragem do solo foi realizada em janeiro de 2007, com três repetições em pontos escolhidos ao acaso. Foram coletadas nas duas áreas em estudo, amostras nas profundidades de: 0-10 cm, 10-20 cm, 20-30 cm e 30-40 cm. Amostras indeformadas com anel volumétrico foram coletadas para determinação da densidade do solo, da densidade das partículas e porosidade total, conforme Embrapa (1997). Além disso, no campo foi determinada a resistência a penetração utilizando um penetrográfo com mecanismo registrador. A avaliação dos resultados permitiu concluir que: O solo apresenta adensamento natural, mas que foi intensificado pelo uso; As propriedades físicas estudadas, densidade do solo, porosidade total e resistência a penetração foram influenciadas pelo plantio direto, e foram indicadores físicos sensíveis aos efeitos do plantio direto na qualidade do solo em relação ao Cerrado.
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A avaliação da qualidade do solo é uma importante estratégia, pois permite aos produtores direcionar técnicas agrícolas para melhorias constantes visando estabelecer e manter produtividades adequadas ao equilíbrio de um sistema auto-sustentável. Este trabalho avaliou o impacto ambiental das atividades rurais através do sistema APOIA-NovoRural, bem como a influência de diferentes sistemas de produção de cana-de-açúcar na qualidade do solo, através de atributos físicos, químicos e bioquímicos. Selecionou-se seis propriedades de cultivo de cana-de-açúcar para produção de cachaça, nos municípios de Piracicaba, Socorro, Jaguariúna, Holambra e Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. Em cada propriedade estudou-se dois tratamentos, solo cultivado com cana-de-açúcar sob sistema orgânico ou convencional e, solo sob mata nativa, tomado como referência. O APOIA-NovoRural indicou melhor performance ambiental no sistema orgânico em relação ao convencional, destacando-se as características da ecologia da paisagem e gestão e administração das propriedades. A maioria dos atributos indicou que o manejo realizado nas áreas sob cultivo orgânico contribuiu para a manutenção da qualidade do solo. Entre eles os parâmetros estabilidade de agregados (Ea), matéria orgânica (MO), desidrogenase (Des), polissacarídeo (Poli) e biomassa microbiana (Bm) destacam-se como sensíveis para indicar modificações no ecossistema. Os valores isolados não servem como indicadores precisos e confiáveis das condições do solo, no entanto, quando avaliados em conjunto, via Análise de Componentes Principais (ACP), mostram-se sensíveis para captar as alterações ocorridas no ambiente devido às diferentes formas de uso do solo. Assim, os atributos selecionados podem fornecer subsídios para o planejamento do uso correto da terra.
Resumo:
Uma das principais razões da fragilidade dos agroecossistemas, especialmente os de grande escala, como o ?soybean belt?, o ?corn belt?, nos Estados Unidos e as enormes áreas cultivadas, com cana?de?açúcar, milho, pastagens, soja e trigo e outras culturas no Brasil, com alto nível de especialização, é a sua baixa complexidade biológica resultante do pequeno número de espécies da flora e da fauna que os constituem. Ecossistemas naturais como florestas tropicais ou subtropicais, savanas e cerrados, abrigam um grande número de espécies animais e vegetais e, portanto, são possuidores de um alto nível de biodiversidade. Esta biodiversidade significa complexidade biológica, que, por sua vez, constitui um dos principais elementos amortecedores e suavizadores dos impactos resultantes da variabilidade climática, especialmente de origem hídrica, e da ocorrência de surtos de doenças e pragas que ameaçam os componentes animais e vegetais destes ecossistemas naturais.