3 resultados para Distribuição de Produtos
Resumo:
O crescimento na produção de alimentos agroecológicos no Brasil e no mundo tem sido provocado por fatores chaves como, demanda dos consumidores urbanos e a crescente consciência da sociedade sobre os problemas ambientais decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais, e em especial pelas preocupações dos indivíduos com a saúde. A tendência atual para o produto agroecológico em termos de mercado é de ampliar as vendas e a distribuição deixando de atender somente o mercado de nicho direcionando a produção para diversos mercados. Atualmente os produtos agroecológicos podem ser encontrados tanto em lojas secundárias, feiras livres, supermercados como até podem ser recebidos em cestas a domicilio, ou seja, as vendas podem atingir o mercado de massa. O conhecimento da diversidade dos sistemas de produção e do consumidor de produtos agroecológicos é de fundamental importância para o estabelecimento de políticas públicas de fortalecimento da produção e do consumo. Com parte de tal objetivo os consumidores da feira de agricultores orgânicos de Rio Branco, Acre, foram entrevistados no segundo semestre de 2007. Foram analisados diversos aspectos socioeconômicos e culturais dos entrevistados. Os resultados foram analisados e permitem concluir que o consumidor das feiras de Rio Branco é casado, assíduo, bem informado sobre causas ambientais e sobre a origem dos produtos, apresenta meia idade de ambos os sexos, nível elevado de escolaridade, adquirem os produtos na feira porque acreditam que os alimentos são saudáveis, mais baratos na feira e mantém certa relação com o agricultor e apresentam hábitos diversificados de consumo. A venda direta é o mais importante instrumento econômico dentro do arranjo produtivo de produtos orgânicos em Rio Branco, permitindo garantia de renda ao agricultor eliminando intermediários e garante estabelecimento de relações de confiança, rastreabilidade do produto, via ligação agricultor-consumidor. Os incentivos governamentais no transporte e concessão do ponto de venda privilegiado associados à fidelidade dos consumidores são fatores essenciais de sucesso da feira em dez de existência. Os dados desta pesquisa mostraram que os produtos comercializados não recebem remuneração maior que os convencionais por serem agroecológicos, embora a maioria dos consumidores seja uma elite intelectual e econômica.
Resumo:
Para este estudo, realizou-se o inventário florestal amostral de seis lotes, em um total de 18 parcelas permanentes na Comunidade Santo Antônio, localizado a altura do km 124, município de Mojuí dos Campos-PA. Na área são praticadas atividades de manejo com a exploração florestal em parceria empresa-comunidade e a produção e comercialização de produtos florestais nãomadeireiros (PFNM). Após o procedimento experimental em campo, levantamento das informações e processamento dos dados foram realizadas inferências quantitativas para avaliar a estrutura diamétrica arbórea nos diferentes lotes amostrados. As árvores foram agrupadas em seis intervalos de classes diamétricas com amplitude de 10 cm. Constatou-se que a distribuição diamétrica da comunidade arbórea foi tipo exponencial negativa, que mais de 60% dos indivíduos está na primeira classe, para árvores menores de DAP <20 cm. Conclui-se que e ocorre alta similaridade na distribuição dos indivíduos nas classes diamétricas entre os lotes.
Resumo:
O café é um produto de relevância histórica no Brasil e mantém posição de destaque em relação à produção mundial. Em 2013, o país foi responsável por 34% do total produzido no mundo (segundo dados da Conab) e o Espírito Santo, com cerca de 700 mil toneladas (24%), foi o segundo maior produtor nacional e liderou a produção do café conilon (76%). Nosso objetivo neste estudo foi caracterizar territorialmente a produção do café nesse estado a partir de uma análise integrada de dados. Dos 78 municípios capixabas, apenas 2 não produzem café (Vitória e Marataízes) e 28 contribuem com 75% do total produzido (Pesquisa Agropecuária Municipal/IBGE). Observa-se uma regionalização da produção: as áreas cultivadas com café conilon concentram-se no norte e a produção de café arábica concentra-se no sul do estado, em regiões com altitude superior a 400 m. A importância do café para o estado também foi retratada em termos econômicos. Dos 53 produtos da agropecuária analisados na média trienal 2006-2008, o café contribuiu, sozinho, com 47% do valor total da produção. Considerando apenas o valor total de produção de café (R$ 2,7 bilhões), a variedade conilon contribuiu, em 2013, com 70% frente aos 30% do café arábica. O café apresenta fluxos de escoamento distintos, embora o principal destino seja Vitória. Outro destino recorrente de conilon é Colatina (ES), onde há grande oferta de armazenagem. Já os produtores de arábica escoam uma parte significativa de sua produção para Minas Gerais, principal centro produtor de café do Brasil atualmente.