2 resultados para ancestrais

em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica


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As comunidades quilombolas no Brasil enfrentam diversos obstáculos na garantia de seus direitos aos seus territórios ancestrais e neste contexto de lutas identidades político/culturais são criadas ou recriadas. O processo de territorializar-se ou reterritorializar-se impõe a construção de identidades políticas e culturais que entram em conflito com as territorialidades impostas e identidades estabelecidas e, em geral, dominantes no tempo e no espaço. A recriação  de histórias narradas e recuperadas na bibliografia e em campo remete não só às relações identitárias com o território, remete principalmente a uma doprofunda de perceber-se marginalizado pela história construída pelos dominadores. Desta forma, a memória  reelaborada, reinventada num patamar de liberdade e luta organizada por seus territórios orienta a conformação de novas identidades, como a de quilombola. Assim, esta pesquisa parte dos relatos orais de populações quilombolas para entender as relações existentes entre memória, território e identidade quilombola.

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A Constituição do Equador de 2008 foi a primeira na América Latina a reconhecer três princípios reivindicados pelo movimento indígena como condições básicas para a refundação do Estado em termos etnicamente mais justos: a plurinacionalidade, o paradigma do Buen Vivir como princípio do Estado e a natureza como sujeito de direitos. Originados na cosmovisão indígena, estes princípios fundadores se contrapõem claramente às idéias de progresso, desenvolvimento e crescimento econômico que vinham pautando a economia equatoriana, baseada principalmente na exploração petroleira. A partir da mudança constitucional, instaura-se uma situação de tensões territoriais, já que a maior parte dos chamados recursos naturais encontra-se em territórios ancestrais, reivindicados pelas nacionalidades indígenas. A sobreposição de lógicas territoriais completamente distintas é, na realidade, um conflito entre visões de mundo, nas quais se inclui a forma com que cada sociedade significa e se apropria da natureza. O presente trabalho, parte de uma dissertação de mestrado em construção, aborda as tensões territoriais decorrentes do processo de refundação do Estado equatoriano a partir de uma análise das diferentes visões de natureza que moldam as propostas em disputa – a hegemônica e a do movimento indígena -, entendendo que a maneira de significar a natureza é um dos componentes que dá forma às distintas territorialidades em tensão.