2 resultados para Percepção do risco

em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica


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Nas últimas duas décadas a temática ambiental adquiriu corpo no Brasil e, ainda que em descompasso com relação aos Estados Unidos da América e Europa, trouxe a necessidade de análises intersetoriais e interdisciplinares dos problemas derivados da ação antrópica. Uma das facetas desta ascensão temática à agenda política do país foi a elaboração da Política Nacional de Defesa Civil (Resolução CONDEC n.º 2, de 12 de dezembro de 1994) e do Sistema Nacional de Defesa Civil, o SINDEC (através do Decreto Federal nº. 5.376 de 17 de fevereiro de 2005). Ao lado de determinados alarmismos, e em um cenário dominado por incertezas (ou certezas probabilísticas), as ações da Defesa Civil deveriam se pautar por um pragmatismo responsável. O vasto campo de sua atuação previu, através da Classificação e da Codificação de Desastres (CODAR), os desastres naturais ligados a sismologia e os desastres mistos ligados a sismicidade induzida. Tais eventos, e suas referências, sempre constituíram uma espécie de literatura cinzenta em se tratando de um país “isento de terremotos”. Para confrontar a percepção de risco dos estudantes de Geografia com as evidências dos principais centros de pesquisas sísmicas, aplicamos um questionário por correio eletrônico aos discentes das principais faculdades de Geografia do país.

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O objetivo deste estudo é discutir a percepção geográfica dos riscos da natureza nas megacidades de paises pobres, onde tem sido considerável a ocorrência de catástrofes. A maior parte dos riscos da natureza apresenta característica comuns: os prejuízos crescentes e as catástrofes aumentam, mas o ajustamento aos custos apresenta características diferentes nas diversas partes do mundo. Se as pessoas sabem que determinada área é sujeita a riscos por que continuam a habitar esses locais? Sabe-se que as pessoas, ao se instalarem em áreas se risco, colocam-se a mercê do acaso, estão incertas quanto à ocorrência ou não do risco e sempre permanecem despreparadas para recebê-lo, Apoiada nas poucas informações disponíveis, essas pessoas deixam de colocar em prática os planos de emergência que poderiam minimizar os impactos sofridos. Tal pressuposto conduz à necessidade de se conhecer os limiares de tolerância dos moradores das áreas de risco. Muitas sociedades sobrevivem e chagam a prosperar nas áreas de risco. Isto se torna possível graças à capacidade delas enfrentarem o problema mediante adaptação e ajustamento.