5 resultados para Nelson Corrêa Monteiro
em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica
Resumo:
A geografia crítica encontrou em Nelson Werneck Sodré uma de suas primeiras expressões. No final da década de 1970, quando a Geografia brasileira, especialmente a acadêmica era dominada pela “Escola” francesa e quando o neopositivismo já grassava no campo do planejamento econômico-territorial, este autor aparece como um dos pioneiros a exigir a reflexão crítica do fazer geográfico. Este trabalho procura resgatar o papel político cumprido por “Introdução à Geografia: Geografia e Ideologia” em relação ao movimento crítico que ganhou maior força nos anos de 1980-90. Sua crítica recai diretamente sobre a Geografia enquanto instrumento geopolítico primordial dos países centrais, numa construção que a coloca como um dos principais veículos da colonização e, portanto, do imperialismo. O método geográfico é acusado e deslindado na exposição da obra como o maior responsável pela debilidade da Geografia em assumir seu devido papel no movimento social. A exclusão da abordagem historicizada, teria tornado a Geografia um instrumento do poder imperialista retirando dela o caráter científico e a colocando na condição de ideologia. O movimento crítico alcançou um patamar que começa a requisitar sua devida avaliação e é, nesse sentido, que se desenvolve esta pesquisa que, aqui, expressa parte de seus resultados.
Resumo:
A vegetação apresenta-se em cerca de 70% da superfície terrestre, sendo beneficiada, através da realização de diversos estudos com técnicas de sensoriamento remoto em diversas partes do mundo. Deste modo técnicas de Detecção de Mudança tem sido utilizadas para se avaliar mudanças no espaço temporal de uso e cobertura do solo em diversas áreas. O objetivo principal é a utilização de técnicas de Detecção de Mudança visando avaliar as mudanças no espaço temporal ocorridas no município de Monteiro, estado da Paraíba e a investigação de reflorestamento antigo de algarobeira (Prosopis juliflora S.W. DC) e sua influência na biota local. Como procedimento metodológico utilizou-se imagens do satélite LANDSAT, dos anos de 1987 e 2010, em períodos úmidos, no intuito de verificar as mudanças ocorridas em intervalos de dez anos. Foram realizadas visitas a campo com georreferenciamento de pontos com concentração da algarobeira para dar suporte à parte final da pesquisa que, metodologicamente, diz respeito ao uso da abordagem ecodinâmica de Jean Tricart e assim, poder-se produzir uma análise morfodinâmica e de sustentabilidade que respalde a abordagem sistêmica pensada inicialmente.
Resumo:
O presente artigo se configura como um estudo de caso e apresenta uma discussão a partir da análise do contexto do rápido crescimento do bairro Belvedere III, localizado na cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerias, no Brasil. O bairro que era ocupado por residências unifamiliares se verticalizou a partir da mudança da legislação realizada pelo prefeito Sérgio Ferrara, em 1988 e se tornou alvo de intensa polêmica envolvendo a associação de moradores, a prefeitura e os interesses imobiliários na construção de condomínios verticais destinados a uma camada da população com elevado poder aquisitivo. A análise apresenta discussões sobre a legalidade da verticalização do bairro Belvedere III que vêm sendo apresentadas nas duas últimas décadas, em função da não observação da legislação ambiental vigente, pois o bairro é vizinho à Serra do Curral, uma área de reserva ambiental de grande importância na recarga fluvial do sistema hídrico da região, protegida por diversos instrumentos legais e tombada desde 1960. Instrumentos jurídicos de coerção e de punição só foram acrescidos às leis ambientais na última década, impedindo assim que estas leis retroagissem para sanar os problemas que hoje se apresentam.
Resumo:
Este artigo é resultado de um estudo da ocupação do bairro Belvedere III, através de revisão bibliográfica e documentação fotográfica realizada no local. Instalado em uma área de extrema importância para a manutenção da recarga dos aqüíferos, especialmente da bacia hidrográfica do Córrego do Cercadinho responsável por parte do abastecimento de água na cidade de Belo Horizonte. A análise buscou ressaltar as questões associadas ao trânsito, a contaminação do solo, o clima, bem como medidas que vêm sendo tomadas pelos próprios moradores que apresentam intervenções nas condições ambientais negativas em conseqüência da ocupação desordenada.Assim, no exemplo do Belvedere III mostra-se a relevância do gerenciamento do espaço geográfico pela bacia hidrográfica como unidade de gestão bem como a efetiva aplicação dos instrumentos legais de caráter preservacionista dos bens naturais e da qualidade de vida da população em prol da sustentabilidade.
Resumo:
A geografia crítica encontrou em Nelson Werneck Sodré uma de suas primeiras expressões. No final da década de 1970, quando a Geografia brasileira, especialmente a acadêmica era dominada pela “Escola” francesa e quando o neopositivismo já grassava no campo do planejamento econômico-territorial, este autor aparece como um dos pioneiros a exigir a reflexão crítica do fazer geográfico. Este trabalho procura resgatar o papel político cumprido por “Introdução à Geografia: Geografia e Ideologia” em relação ao movimento crítico que ganhou maior força nos anos de 1980-90. Sua crítica recai diretamente sobre a Geografia enquanto instrumento geopolítico primordial dos países centrais, numa construção que a coloca como um dos principais veículos da colonização e, portanto, do imperialismo. O método geográfico é acusado e deslindado na exposição da obra como o maior responsável pela debilidade da Geografia em assumir seu devido papel no movimento social. A exclusão da abordagem historicizada, teria tornado a Geografia um instrumento do poder imperialista retirando dela o caráter científico e a colocando na condição de ideologia. O movimento crítico alcançou um patamar que começa a requisitar sua devida avaliação e é, nesse sentido, que se desenvolve esta pesquisa que, aqui, expressa parte de seus resultados.