6 resultados para Interdependência entre projeto e obra
em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica
Resumo:
Consoante Moraes (2009), o sertão não é um lugar (materialidade terrestre localizável, passível de ser delimitada e cartografada), mas uma condição (um qualificativo básico imposto, implicando no processo de valoração de determinadas condições locacionais): inerente a ele notam-se, ao longo da história, diferentes discursos valorativos referentes ao espaço (ideologias geográficas), em geral, mas não necessariamente, negativos. Assim, nada ingênuo, o sertão designa, portanto, um qualificativo dos lugares, sempre acompanhado de projetos (povoador, civilizador, modernizador), com vistas à incorporação na economia nacional. Destarte, pautado nos referenciais da História do Pensamento Geográfico e da Geografia Histórica, o objetivo do presente trabalho será analisar como a ideia de sertão é construída discursivamente ao longo de diversas obras da literatura brasileira – considerando os literatos como intelectuais e indivíduos expressivos (GOLDMANN, 1979) –, relacionando-a com os projetos de formação e modernização do território, em vários períodos históricos.
Resumo:
Esta produção textual tem como objetivo apresentar o projeto de pesquisa em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Paraná, Brasil, em nível de doutorado, o qual envolve em sua abordagem as áreas de geografia, de turismo e a teoria das representações sociais. Através de uma abordagem metodológica que se utiliza de alguns aspectos da dialética enquanto método e de alguns princípios da teoria das representações sociais, utiliza como metodologia a aplicação de roteiro estruturado de entrevista e questionário. Este projeto de pesquisa se desenvolve no município da Lapa-PR, Brasil, e encontra-se em sua fase final. Os resultados almejados por este projeto envolvem a compreensão do espaço e do espaço turístico enquanto espaço social.
Resumo:
A organização de sistemas municipais de coleta seletiva, com a inclusão de catadores(as) tem se ampliado, nas últimas décadas. Na Região Metropolitana de São Paulo, BR, a coleta seletiva tem apoiadores, mas há muito a realizar com as equipes técnicas de governo e, imprescindivelmente para a gestão participativa, com os catadores(as), seu fortalecimento, qualificação e “empoderamento”. O objetivo desta pesquisa participativa, desenvolvida no interior do Projeto Gestão Participativa de Resíduos Sólidos (PGPRS- convênio inter universidades - Brasil. Canadá) prevê ações educativas, a sistematização e análise dessas ações, com o pressuposto básico do cooperativismo, visando ampliar a autonomia, a identidade ética, saúde, auto estima e a busca de soluções concretas para a comercialização em rede dos resíduos e a inclusão dos catadores(as) nas políticas públicas. A pesquisa enfrenta desafios, pois os envolvidos são pessoas extremamente sofridas, da camada mais espoliada da pirâmide social, que têm como modelo (valores e relações interpessoais) do modo capitalista de produção, onde a hierarquia e a competição predominam, antagonicamente ao cooperativismo, exigência fundamental na construção de outra lógica. A preocupação atual do Projeto é o entendimento da Nova Lei da Coleta Seletiva, aprovada em 2010.
Resumo:
A atual configuração da agricultura familiar dentro do perímetro do Projeto Jaíba é resultado de uma política desenvolvimentista pensada e implantada sem a participação popular. Tal configuração se apresenta com serias distorções levando o agricultor familiar ao endividamento e uma postura passiva com relação à organização social, ficando assim afastado das instancias decisórias. Este fato foi determinante para uma conjuntura onde o insucesso e o abandono estão presentes ,ainda que uma extraordinária estrutura tenha sido implantada nesta área.Este trabalho propõe a análise da agricultura familiar no projeto Jaíba a partir de um estudo sobre a atual paisagem da área destinada ao pequeno produtor. Para tanto, utilizamos como metodologia uma revisão bibliográfica, bem como a visita in locus para melhor analisar o projeto e entrevistas semi-estruturadas. Inicialmente foi feito um levantamento histórico da implantação do projeto na região semi-árida do Norte de Minas. Posteriormente, foram feitas comparações entre os dados colhidos em campo por meio de pesquisa qualitativa, com as teorias apresentadas por diversos autores que trabalham nesta linha de pesquisa. Os resultados desta análise já nos permitem algumas conclusões. A pesquisa atualmente encontra-se em andamento.
Resumo:
Educação vai além de promover a instrução dos alunos, ultrapassa fronteiras conteudistas e promove mudanças comportamentais a partir das práticas vivenciadas no dia a dia. É dentro dessa concepção que se estrutura o Projeto Virtudes, desenvolvido pelo Bom Jesus, numa perspectiva de proporcionar ações que valorizem a formação moral dos estudantes inseridos no ambiente da escola. Para o desenvolvimento dessas atividades, os educadores são orientados a conhecer e reconhecer a virtude de cada turma como norteadora de suas práticas pedagógicas em sala de aula. Na Geografia, considerando as virtudes Sabedoria, Solidariedade, Diálogo e Disciplina, respectivamente do 6ª, 7ª, 8ª e 9ª ano, procurou-se criar atividades que pudessem contribuir para o desenvolvimento cognitivo e social sem privá-los dos conteúdos necessários para sua formação enquanto estudante daquela turma. A partir das técnicas utilizadas foi possível presenciar um crescimento exponencial considerando as necessidades de cada ação promovida, uma vez que procurou-se explorar diversas características individuais e coletivas dentro do espaço escolar. Assim, percebe-se que não são novas formas de educar necessárias, mas sim o resgate dos valores éticos e morais que devem ser encarados como base para a formação de uma sociedade mais consciente e cidadã, comprometida com a valorização da vida.
Resumo:
A Geografia Escolar constitui-se em amplo espaço de reflexão nos últimos anos; caminhos são trilhados e representam diferentes projetos pedagógicos para as escolas. Antigas questões são fontes de debates: o que ensinar nos diferentes anos que formam a educação básica? De onde partir? Quais conceitos e categorias geográficas são pertinentes em cada momento? O que significa realidade mais próxima dos educandos? Como lidar com as diferentes escalas espaciais? Como fica a dicotomia entre as dimensões físicas e humanas nos processos de produção do espaço geográfico? Frente a isso, em 2010, constituiu-se um grupo de professores de Geografia dos diferentes níveis de ensino na Secretaria de Educação de Juiz de Fora, com o intuito de debater e propor um projeto a ser ponto de partida para um núcleo comum na condução de um trabalho direcionado para o conhecimento da Geografia nas escolas de Educação Básica. Na tentativa de subsidiar a sistematização de um projeto conjunto, calcado no principio de que uma escola se forma no coletivo, organizou-se um primeiro documento a ser apresentado às escolas, para ser debatido e transformado num texto escrito a várias mãos, onde estejam resguardadas as diversas vozes que constituem a comunidade geográfica escolar dessa cidade.