2 resultados para Campo de conhecimento
em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo analisar a contribuição da Geografia, como disciplina escolar, na leitura da realidade no semiárido. Aborda-se no texto um momento de socialização de professores e alunos na escola do Assentamento 25 de Maio, Madalena, Ceará. No diálogo, a escola foi vista como lugar de construção de conhecimentos em conjunto com aprendizagens significativas, e a Geografia como disciplina fundamental na compreensão das relações sociais do semiárido. A análise teve por base a matriz teórica da teoria social e discute a disciplina escolar no interior do movimento contraditório de desenvolvimento de uma educação do campo proposta pelos camponeses. Foi possível identificar que a Geografia tem papel fundamental no debate sobre a organização territorial camponesa e que sua inserção na escola do campo tem acontecido no caminho da proposta dos movimentos camponeses de construção da política educacional para os pobres do campo. Essas são interpretações relevantes na compreensão da realidade que envolve a geografia escolar e a escola do campo, que se encontram no processo de espacialização da luta camponesa no Brasil.
Resumo:
O estudo traz experiências de pesquisa, educação e gestão ambiental com populações caiçaras que habitam as ilhas protegidas do Arquipélago de Ilhabela, e contribui com abordagem acadêmica dos processos participativos para envolvimento de populações tradicionais no planejamento e gestão de áreas protegidas. Utiliza-se referenciais teóricos da geografia e antropologia marítima, planejamento e ordenamento territorial, políticas de áreas protegidas e inserção social; discute-se a metodologia de pesquisa-ação-participativa relacionada à educação popular, e apresenta-se abordagens e ferramentas de pesquisa participativa para o pesquisador trabalhar com comunidades tradicionais. As informações sobre as comunidades estudadas contribuem com a construção da gestão do Parque Estadual de Ilhabela e demonstram que com esse tipo de abordagem é possível obter informações necessárias para discutir temática comunidades tradicionais e unidades de conservação, para pensar o ordenamento ambiental e territorial, além de se configurar como uma maneira de aproximação e troca de informações, que levam à apropriação do conhecimento e inserção social. Porém, o processo de envolvimento de populações locais na gestão de seus lugares ainda é um desafio, exigindo trabalhos complementares que fomentem a participação.