3 resultados para Brasil. [Código eleitoral (1932)]
em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica
Resumo:
A criao e os esforos para manter os peridicos das associaes profissionais e cientficas foram fundamentais para consolidar o processo de formao da cultura tcnica moderna no Brasil, a partir da segunda metade do sculo XIX. Ainda limitadas s dificuldades de circulao e a um reduzido corpo tcnico, essas publicaes configurariam uma arena pblica que incorporou debates nacionais articulados desde ento: necessidade de conhecimento e de integrao do territrio, polticas centrais de circulao e comunicao, entre outros. Nesse contexto, a Revista da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro empenhava-se em desvelar um Brasil pouco conhecido. Compreender o papel desse peridico na construo de um pensamento prprio sobre a regio Nordeste constitui o objetivo deste trabalho. A anlise documental se faz a partir do material publicado entre 1885, ano da sua criao, e 1932, quando divulga artigo emblemtico sobre o tema. Os estudos sobre os ndices pluviomtricos irregulares, a descrio da paisagem fsica e as crnicas de viagem regio proporcionaram novo olhar cujos contornos aprofundam a discusso acerca da conformao da “dimenso tcnica das secas” e permitem o entendimento da formulao dos projetos nacionais (de transformao e controle do territrio) no mbito tcnico-cientfico, na virada para o sculo XX.
Resumo:
Este trabalho foca o problema da dimenso geogrfica da poltica e se insere na corrente que incorpora a democracia agenda da geografia. O seu objetivo duplo: examinar a democracia como problema conceitual e como modelo institucional importante para a geografia poltica e, a partir da territorialidade das instituies polticas brasileiras, apresentar algumas das caractersticas e possibilidades do processo de consolidao da democracia em pases perifricos, marcados por profundas desigualdades sociais e territoriais.
Resumo:
No mbito de um estudo mais abrangente, que procura elaborar um diagnstico referente aos diferentes espaos ocupados pelos agricultores familiares na regio central de Rondnia, ressaltando as caractersticas das territorialidades e da sustentabilidade ambiental que envolvem os referidos produtores, este trabalho busca avaliar os reflexos desse modelo de ocupao territorial no arranjo espacial das reas protegidas do estado de Rondnia. Faremos, aqui, uma primeira aproximao em termos de escala. Nosso foco ser, neste primeiro momento, todo o estado de Rondnia, tanto em termos do contexto geogrfico, como em termos do contexto histrico do arranjo de suas reas protegidas. Rondnia reproduz, em nvel estadual, o macrocosmo da realidade conflituosa decorrente do avano da fronteira de ocupao brasileira na Amaznia. Rondnia integra o assim chamado “Arco de fogo da Amaznia”, aquele cujo nome remete aos incndios decorrentes da derrubada das florestas para a penetrao humana oriunda do centro–sul do Brasil. Para frear este avano em direo rea core da floresta, algumas polticas pblicas voltadas para a criao de Terras Indgenas (TI’s) e Unidades de Conservao (UC’s) tm sido direcionadas no sentido de se formar um cinturo de reas protegidas de modo a funcionar como barreira ao processo de desmatamento. Neste sentido, ao se observar o mapa de uso do solo do estado, nota-se um grande cinturo de reas protegidas envolvendo o eixo de penetrao humana aberto a partir da rodovia BR364. A rapidez com que as levas migratrias passaram a se dirigir quela regio, a partir das polticas de colonizao dos anos 70, marcou a face mais visvel desse modelo predatrio de ocupao. Ao mesmo tempo em que se buscavam meios para promoo deste assdio econmico/populacional, medidas compensatrias, como a criao de uma srie de UC’s no frearam o avano da fronteira de ocupao, fazendo com que o estado de Rondnia seja hoje um dos que apresentam os dados mais preocupantes de desmatamento e de desafetao de UC’s estaduais. Trata-se de um processo que tem descaracterizado o modo original de vida local, mais sustentvel em relao conservao do bioma amaznico. Acreditamos que este modo de vida original pode ser resgatado na medida em que sejam fortalecidas as reas protegidas existentes. Para alm da criao de novas UC’s, ou a demarcao de novas TI’s, tal proteo pode se dar via fortalecimento das UC’s j existentes, nos moldes do grande programa reas Protegidas da Amaznia (ARPA)[1], ou concebendo-se uma poltica de zoneamento que inclua a efetivao da interface, possvel e desejvel, entre tais UC’s, TI’s e as reas de Proteo Permanentes (APP’s) e Reservas Legais (RL’s), nos moldes da proposta de macrozoneamento econmico-ecolgico da Amaznia atualmente em discusso. Com relao s APP’s e RL’s, em que pese a discusso em curso no congresso nacional com vistas eventual reformulao do Cdigo Florestal, elas sero mais efetivas se dialogarem mais intimamente com as prticas agrcolas voltadas para os sistemas agro-florestais (SAF’s) e a agroecologia, ambas mais compatveis com a sustentao ecolgica do bioma amaznico que o modelo de colonizao at ento vigente de desmatamento para abertura de pastagens e/ou grandes cultivos agrcolas. [1] O ARPA um programa do Governo Federal, com durao prevista de dez anos, para expandir, consolidar e manter uma parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservao (SNUC) no Bioma Amaznia, protegendo pelo menos 50 milhes de hectares e promovendo o desenvolvimento sustentvel da regio. (http://www.mma.gov.br/port/sca/arpa)