6 resultados para Agricultura familiar - Minas Gerais
em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica
Resumo:
Este artigo enfoca o trabalho feminino em comunidades rurais quilombolas nos municípios de Minas Novas e Chapada do Norte, Vale do Jequitinhonha-MG/BR, destacando a rotina de serviços na roça, em casa e em hortos domésticos. Noções teóricas sobre comunidades e metodologia qualitativa como instrumento de coleta de informações privilegiam a oralidade como forma de entendimento dos objetivos propostos. Busca-se analisar a identidade e o papel da mulher na manutenção das tradições culturais quilombolas, na preservação de sementes crioulas para os cultivos de alimentos e no mantenimento da sabedoria tradicional camponesa sobre a medicina popular. Observou-se que tem ocorrido um expressivo crescimento no fluxo de mulheres migrando para a colheita de café em outros estados do Brasil, contribuindo para o sobretrabalho e ameaça à manutenção da cultura e dos plantios nas roças e quintais. Percebeu-se que além da seca que afeta a produção agrícola nas comunidades e impulsiona o êxodo rural, a nova forma de migração sazonal camponesa, incluindo agora as mulheres, também tem se tornado um grande entrave à agregação da família. O trabalho feminino, entretanto, ainda preserva os laços de solidariedade típicos de sociedades afrodescendentes, contribuindo para a agregação da família e continuidade das raízes culturais da comunidade.
Resumo:
Este artigo focaliza a pesquisa realizada no território do Alto Jequitinhonha, nos municípios de Minas Novas Chapada do Norte e Capelinha –Minas Gerais/Brasil.Os objetivos buscam discussões recentes de conformações sociais, culturais e econômicas resultantes de produções alternativas artesanais e tradicionais de agricultores familiares e territórios camponesas quilombolas que, por meios associativos de produção de alimentos buscam melhoria de qualidade de vida do agricultor camponês. O estudo possui como base teórica principal, os processos de Desenvolvimento Rural Local e territorialização do capital social, analisados por meio da interconexão com a Geografia Cultural, que têm levado ao entendimento de relações socioeconômicas, culturais e ambientais em espaços rurais de comunidades camponesas. A territorialidade camponesa é aqui considerada como uma componente geográfica chave para a compreensão das conexões existentes entre espaço e sociedade. As noções de território e de sustentabilidade englobam os aspectos ambientais, os fatores sociais, econômicos e culturais buscando qualidade de vida da população das comunidades rurais. Os resultados indicam a diversidade de produção agrícola, do campesinato afrodescendente e de agricultores familiares modernos com produção cafeeira.
Resumo:
Objeto de reflexão: A dimensão da dinâmica natural, seus limites e potencialidades, e sua interação com a reprodução dos sistemas agrícolas da agricultura familiar.Situação empírica: A proposta desta pesquisa foi de investigar, por meio da análise integrada da paisagem, a dimensão da dinâmica natural, seus limites e suas potencialidades, na reprodução dos sistemas agrícolas da agricultura familiar em três comunidades rurais da região metropolitana de Curitiba (RMC-PR), a despeito das demais lógicas de desenvolvimento. Este estudo foi desenvolvido em três comunidades rurais de agricultores familiares: Mergulhão, em São José dos Pinhais, Santo Amaro, em Mandirituba, e Postinho, em Tijucas do Sul; todos municípios da região metropolitana de Curitiba (RMC - PR), no período de 2002-2006. O trabalho de campo aconteceu de outubro de 2003 a outubro de 2004 nas três comunidades selecionadas, para o levantamento de dados empíricos e averiguação dos dados secundários utilizados. Para analisar a complexidade dessas interações e lógicas na pesquisa interdisciplinar, elegeu-se uma abordagem teórico-metodológica que contemplou a integração das variáveis “naturais” e “sociais. Os resultados foram espacializados em cartas e no quadro analítico das práticas agrícolas avaliando-se o “grau de coerência” dos sistemas agrícolas, a “matrização” da base natural, as relações com o potencial ecológico e as formas de gestão dos solos para cada comunidade (Sautter e Pélissier, 1960). Concluiu-se que a dinâmica natural, suas fragilidades - potencial e emergente, é, ainda assim, expressiva na reprodução dos sistemas agrícolas familiares, para além das dimensões sócio-culturais e econômicas, certamente presentes na paisagem.
Resumo:
Um dos principais desafios deste século é estabelecer o desenvolvimento de uma sociedade sustentável na qual os recursos naturais sejam usados racionalmente e a ação antrópica sobre o meio seja reduzida. O Assentamento Paciência, localizado no município de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, possui características geográficas interessantes que nos permitem pensar a Educação Ambiental em um âmbito local. Composto por 26 famílias que sobrevivem basicamente da agricultura familiar de hortifrutigranjeiros, o assentamento possui deficiências na preservação de seus recursos naturais e com isso, a Educação Ambiental é um fator importante para que a comunidade entenda a dinâmica natural do meio e aprenda a preservá-lo. As bases metodológicas para este estudo partiram da visão da Ecopedagogia que, segundo Gadotti (2000), propõe a aprendizagem a partir da vida cotidiana e com isto a promoção de um ponto de vista ecológico que tem o desafio permanente de se reconstituir. Com isso, nos procedimentos metodológicos desta pesquisa procuramos a inserção e a participação da comunidade na busca da sustentabilidade e para isso, a Educação Ambiental, através de palestras e oficinas, resulta na formação do sujeito ecológico e na conscientização voltada para a preservação dos recursos naturais do assentamento, propiciando a possibilidade de um desenvolvimento sustentável.
Resumo:
A atual configuração da agricultura familiar dentro do perímetro do Projeto Jaíba é resultado de uma política desenvolvimentista pensada e implantada sem a participação popular. Tal configuração se apresenta com serias distorções levando o agricultor familiar ao endividamento e uma postura passiva com relação à organização social, ficando assim afastado das instancias decisórias. Este fato foi determinante para uma conjuntura onde o insucesso e o abandono estão presentes ,ainda que uma extraordinária estrutura tenha sido implantada nesta área.Este trabalho propõe a análise da agricultura familiar no projeto Jaíba a partir de um estudo sobre a atual paisagem da área destinada ao pequeno produtor. Para tanto, utilizamos como metodologia uma revisão bibliográfica, bem como a visita in locus para melhor analisar o projeto e entrevistas semi-estruturadas. Inicialmente foi feito um levantamento histórico da implantação do projeto na região semi-árida do Norte de Minas. Posteriormente, foram feitas comparações entre os dados colhidos em campo por meio de pesquisa qualitativa, com as teorias apresentadas por diversos autores que trabalham nesta linha de pesquisa. Os resultados desta análise já nos permitem algumas conclusões. A pesquisa atualmente encontra-se em andamento.
Resumo:
A chegada da agricultura moderna na bacia do alto curso do Rio Uberabinha após a década de 1970 e o crescimento desordenado das cidades na região do Triângulo Mineiro são os principais responsáveis pelas alterações no uso e ocupação do solo, com reflexos nas dinâmicas hídricas superficiais e subsuperficiais e, possivelmente, trazendo conseqüências negativas para a recarga da sua zona saturada freática. A pesquisa tem buscado o entendimento da dinâmica da paisagem, na bacia do alto curso do Rio Uberabinha, dando ênfase aos recursos hídricos. O objetivo principal é compreender a dinâmica hídrica superficial e subsuperficial e sua relação com uso e ocupação do solo. Para a compreensão da dinâmica hidrológica, a bacia foi considerada como um sistema integrado em relações condicionadas por diversos componentes como: a dinâmica climática, a estrutura geológica, a estrutura pedológica, os aspectos geomorfológicos e as ações antrópicas. Nesta pesquisa, pelo seu caráter geográfico, optou-se pelos métodos propostos por Ab’Sáber 1969 e Libault 1971 adaptados aos objetivos propostos. Estão sendo pesquisados e quantificados os processos que interferem na dinâmica hídrica da área. A partir dos resultados obtidos, serão elaboradas alternativas e propostas para a utilização dos recursos hídricos na bacia do Alto Uberabinha com o intuito de promover a otimização da recarga dos aqüíferos locais e regionais.