22 resultados para (Re)produção espacial
em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica
Resumo:
Nessa busca incessante de compreensão da realidade e de correlação entre os diferentes fenômenos que envolvem a vida em sociedade é que o professor de Geografia tenta reforçar a importância da dimensão espacial nos currículos escolares. Assim, busca-se um ensino de Geografia pautado em elementos teóricos que, em conjunto, possam dotar o aluno de uma competência intelectual capaz de ampliar a sua compreensão da dinâmica do mundo à sua volta. Nesse sentido, este trabalho procurou resgatar o caminho percorrido na construção teórico-metodológica, execução e resultado de um trabalho de campo, desenvolvido na cidade histórica brasileira de Paraty-RJ pelos alunos do 2º Ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação João XXIII/ UFJF/ Brasil e que culminou com a produção, pelos alunos, de um pequeno vídeo documentário. Dessa forma, se o espaço é, a priori, um conceito abstrato, ele ganhou dimensão real e concreta quando da realização deste trabalho, em uma cidade notadamente marcada por morfologias que nos remetem, concomitantemente, ao “antigo e ao moderno”. Partindo de determinadas formas urbanas, mas não nos restringindo a elas, avançamos numa tentativa de melhor compreensão dos complexos e atuais processos de (re) produção urbana, com todas as dinâmicas que a envolvem e sustentam.
Resumo:
A existência de uma classificação para a inserção do Turismo na ciência geográfica é polêmica. Há preocupação pela utilização de termos que segmentem as áreas específicas dentro de uma ciência, caracterizando seu enfoque epistemológico. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo analisar a existência da Geografia do Turismo como área independente dentro da Geografia. Para tanto se utiliza de pesquisa bibliográfica para construir uma abordagem histórica que venha ajudar em uma classificação para uma possível Geografia do Turismo. Desde o século XIX o fenômeno turístico desperta interesse nos geógrafos. A partir dos anos 50 do século XX as teorias do espaço turístico são desenhadas (VERA et. al, 1997). Pode-se destacar a importância da criação do Grupo de Trabalho de Geografia do Turismo, Ócio e Recreação (1972) dentro da União Geográfica Internacional. Essa Geografia estuda a distribuição da atividade turística no espaço, a produção espacial turística e a articulação espacial do sistema turístico com o sistema local (CAZES, 1992). O espaço turístico é a categoria principal de análise e os seus estudos evidenciam a constituição de um caráter interdisciplinar. Pelo andamento das pesquisas e eventos na área, e quantidade de pesquisadores envolvidos com o tema, acredita-se que se pode compreender uma Geografia do Turismo.
Resumo:
Da crescente compressão tempo-espaço, o modelo de urbanização pós-moderno exibe as, cada vez maiores, desigualdades existentes entre os que têm condições e participam dos processos globais e os que estão incluídos de maneira precária dentro da (re)produção do espaço. Estes últimos formam os chamados aglomerados de exclusão, através de processos de des-reterritorializações que podem ser vistos no espaço pela distribuição dos recursos estatais e/ou privados destinados a população do município do Rio de Janeiro, Brasil. Esta cidade, assim como a maioria das metrópoles dos países com capitalismo tardio, mostra imensas desigualdades político, econômicas, sociais e culturais. O objetivo do trabalho é analisar cartograficamente como determinados serviços básicos à população (saúde, educação, segurança, lazer e transporte) se distribuem no espaço de maneira desigual, porém não desordenada. Cabe ressaltar que está cidade estará no centro das atenções mundiais nesta segunda década de século XXI, tanto pelo desenvolvimento estatal brasileiro, quanto pelas realizações dos dois maiores eventos esportivos: a Copa do Mundo e as Olimpíadas, eventos esses que geram grandes transformações no ordenamento urbano municipal. A metodologia empregada se dá pelo uso do geoprocessamento aplicado ao Sistema de Informações Geográficas (GIS), junto aos conceitos de territórios e sua dialética de des-reterritorialização.
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Análise das formas de apropriação do espaço verde urbano: Avaliar como a construção da cidade engloba a paisagem natural e a transforma em um objeto passível de consumo, e através da especulação imobiliária torna-a objeto de desejo remetendo essa parcela do espaço as disposições globalizantes. Metodologia: Caracterização da área: Citação de aspectos físicos, uso e ocupação do solo e localização da área de estudo. Trabalho de campo: Atividades realizadas na área de estudo para retirada de fotografias, e dialogo com populares. Cartografia: Confecção de mapas e análise de mapas já existentes Levantamento bibliográfico: Busca e leitura de livros reportagens e textos que puderam contribuir para o enriquecimento do estudo. Principais contribuições: Nesse sentido, explorar a cidade como um objeto que marca a ruptura entre um passado natural e o presente urbanizado, moderno. A natureza passa a ser modelada de acordo com a natureza humana moderna e na lógica humana. Espera-se contribuir com a discussão sobre a cidade e o seu molde às lógicas consumistas, partindo de um exemplo local pode-se identificar um contexto global.
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Desde la Geografía Humana, este artículo intenta visibilizar la forma en que los distintos agentes y actores locales participan en la producción y construcción de territorios, proceso que se hizo explícito en el contexto chileno post-terremoto a nivel local y regional. Planteamos la posibilidad de una (re)configuración espacial de las zonas más afectadas por el megasismo y tsunami que sacudió a Chile el 27 de febrero de 2010 a partir de una perspectiva local, indagando en el territorio comprendido como escenario de la comunidad, que al mismo tiempo da sustento y contenido a la misma. La ilustración empírica de nuestro estudio la encontramos en el estudio de las redes sociales puestas en marcha a partir de la catástrofe, las que funcionaron como puente entre áreas rurales, urbanas y costeras con el propósito de contribuir a satisfacer necesidades primarias en emergencia. Desde una perspectiva local, grupos de campesinos/as, pescadores artesanales y habitantes de áreas semi-urbanas de la Región del Bio Bío, presentan propuestas de proyectos territorializados que apuestan por la construcción de localidades sustentables económica, social, ambiental y culturalmente. Proyectos relacionados con la agroecología y el turismo agroecológico sirven como herramientas revitalizadoras de la sociedad local de una forma integral, entre otras formas, a través de la creación de nuevos trabajos sustentables. En este contexto, la asociatividad del mundo académico con la sociedad civil organizada, conformarían una alianza estratégica que permitiría el intercambio de conocimientos y saberes, base fundamental del enfoque Investigación-Acción Participativa que sustenta nuestro trabajo.
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Esse trabalho aborda uma discussão teórico-conceitual que busca as bases necessárias ao entendimento da relação sociedade-natureza. Definindo o conceito de espaço e território na Geografia, percebe-se que o segundo é concebido a partir do primeiro. O espaço é formado mediante a produção do homem, o território, quando há relações de poder. Diante dessa análise, ver-se que a sociedade se apropria da natureza através de técnicas, humanizado-a cada vez mais. No entanto, essa apropriação ocorre de forma desigual, regida pelas relações sociais de produção próprias do capitalismo. Embora fundamental no discurso ambiental, a análise das relações de produção é muitas vezes omitida. Como resultado tem-se visões limitadas do processo contraditório de apropriação, focando apenas os efeitos e impactos. Torna-se necessário para a Geografia um enfoque que não isole a sociedade da natureza, bem como as complexidades existente nessa relação.
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ObjetivoObjetivamos mostrar o funcionamento do circuito espacial de produção de confecções na cidade de São Paulo, destacando as conexões e complementaridades entre o circuito superior (grandes empresas varejistas) e o circuito inferior (pequenas oficinas de costura).MétodosUtilizamos os conceitos de circuito espacial de produção e a teoria dos dois circuitos da economia urbana - circuito superior e inferior - para a análise da dinâmica territorial da metrópole de São Paulo. Os circuitos espaciais da produção configuram-se em circuitos da acumulação e estruturam-se a partir de uma atividade produtiva inicial e compreendem uma série de etapas do processo de transformação pelas quais um produto passa até chegar ao consumo final (concepção, produção, distribuição e comércio).33Aportes geográficosA etapa da produção de confecção ainda está altamente concentrada na cidade de São Paulo, especialmente em alguns bairros como Brás e Bom Retiro, havendo uma forte complementaridade entre as grandes empresas do circuito superior – dedicadas às etapas da concepção, marketing, distribuição e comércio – e das pequenas oficinas de costuras do circuito inferior – dedicadas basicamente à costura.
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O município de Sobral, no Estado do Ceará, Brasil, foi selecionado na década de 1990 pela capital industrial nacional para cumprir uma função específica no circuito espacial da produção calçadista. Essa inserção, fruto da reestruturação produtiva e da redefinição da divisão espacial do trabalho por qual passou o setor, no final da década de 1980, incorporou novos municípios no circuito produtivo, em especial do nordeste brasileiro. As transformações decorrentes da apropriação de Sobral para desempenhar uma função na complexa divisão espacial da produção calçadista é o motivo condutor da presente pesquisa, que privilegiará a investigação acerca da sua inserção no circuito espacial da produção calçadista brasileira e a decorrente redefinição da forma-conteúdo do lugar via impacto nos indicadores econômicos, dinamização do mercado de trabalho e o seu rebatimento no espaço urbano sobralense. Como ferramenta metodológica privilegiamos o debate sobre a reestruturação produtiva, espaço e trabalho e para fins de operacionalização da pesquisa recorremos a elaboração de séries históricas com indicadores estatísticos, trabalho de campo para reconhecimento da paisagem, aplicação de questionário e entrevistas com os principais atores sociais envolvidos.
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O município de Sobral, no Estado do Ceará, Brasil, foi selecionado na década de 1990 pela capital industrial nacional para cumprir uma função específica no circuito espacial da produção calçadista. Essa inserção, fruto da reestruturação produtiva e da redefinição da divisão espacial do trabalho por qual passou o setor, no final da década de 1980, incorporou novos municípios no circuito produtivo, em especial do nordeste brasileiro. As transformações decorrentes da apropriação de Sobral para desempenhar uma função na complexa divisão espacial da produção calçadista é o motivo condutor da presente pesquisa, que privilegiará a investigação acerca da sua inserção no circuito espacial da produção calçadista brasileira e a decorrente redefinição da forma-conteúdo do lugar via impacto nos indicadores econômicos, dinamização do mercado de trabalho e o seu rebatimento no espaço urbano sobralense. Como ferramenta metodológica privilegiamos o debate sobre a reestruturação produtiva, espaço e trabalho e para fins de operacionalização da pesquisa recorremos a elaboração de séries históricas com indicadores estatísticos, trabalho de campo para reconhecimento da paisagem, aplicação de questionário e entrevistas com os principais atores sociais envolvidos.
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A realidade atual concernente às cidades apresenta, aos pesquisadores, muitas questões, entre as quais algumas parecem-nos relevantes: os processos de urbanização e de produção do espaço urbano e as diversas formas de se apropriar dos espaços públicos. Este trabalho pretende problematizar as inter-relações entre as questões a partir do estudo de caso do Lago Igapó na cidade de Londrina-PR. No estudo aqui proposto, o recorte territorial é o da cidade de Londrina- PR. Desta forma, procurar-se-á colaborar para o debate sobre as articulações entre a produção e apropriação do espaço urbano, particularmente deste espaço público, procurando analisar e compreender o processo de valoração do uso do solo urbano em um espaço público onde se predomina a construção de residências de alto poder aquisitivo. Sendo assim, esta relação de espaço público com o privado, modifica, altera as inúmeras formas de apropriação e usos do espaço estudado? Destarte, pretendemos “olhar” para o papel dos agentes sociais urbanos no processo de reprodução espacial. São pontos nodais da pesquisa: as diversas formas de apropriação do espaço urbano por distintos agentes sociais; e seus diferentes significados para a população Londrinense; o consumo do espaço público e no espaço público do Lago Igapó, a busca de uma melhor “qualidade de vida”.
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O presente trabalho faz um estudo da segregação sócio-espacial. O espaço geográfico é formado por um conjunto de objetos e ações, ou seja, de formas e, de práticas sociais. O espaço urbano é produzido a partir de ações ou forças sócio-econômicas que vão fragmentando a cidade e dando origem aos seus diversos lugares. Os lugares segregados possuem características internas comuns e apresentam fortes desigualdades sociais entre eles e os outros lugares, aceitos. Os lugares de habitação são mais duramente atingidos por essa diferenciação social de lugares e seuscostumes. Várias análises demonstram que a cidade pode ser vista como a expressão concreta de processos sociais em um ambiente físico construído sobre o espaço geográfico. Os objetivos deste estudo são os seguintes: mostrar que o espaço urbano é produzido pela ordem econômica e social vigente; compreender que, numa sociedade capitalista, a divisão social do trabalho cria as desigualdades sociais que refletem na produção do espaço urbano; mostrar que a desigualdade espacial é fruto da desigualdade social. A lógica da estruturação espacial têm, portanto, dois elementos principais: a renda e a divisão social do trabalho. A metodologia da pesquisa é a de revisão teórica e bibliográfica sobre o tema.
Resumo:
Objetiva-se com o presente artigo expor a relação que há entre a produção do espaço urbano e os Arranjos Produtivos Locais. Por meio de análise bibliográfica, procuramos explicitar como ocorre o processo de produção do espaço urbano e de que forma o APL, como um agente econômico, atua na produção do espaço urbano. Utilizamos como exemplo empírico o caso do APL de Franca. Entendemos o espaço urbano como produto e como condição para a reprodução das relações sociais de produção. É, portanto na produção desse espaço que concorrem diferentes atores, cada um defendendo seu interesse, sejam eles os donos do capital, o poder público e os próprios agentes sociais. Os APLs como agentes econômicos, atuam na produção do espaço urbano na medida em que o reestrutura, mobilizando os recursos materiais e imateriais necessários ao seu desenvolvimento produtivo, envolvendo várias instituições (públicas e privadas). Tomando como exemplo o APL de Franca, foi possível demonstrar tal relação, pois a atividade calçadista é de grande importância para o município, sendo responsável pelo desenvolvimento econômico local, pelo “status” que o município tem hoje, de capital do calçado masculino. Desse modo, a produção do espaço urbano de Franca deu-se por meio de grande influência do capital calçadista, sendo que esse espaço expressa uma estrutura de classe visível, pois foi produzido em razão de sua principal atividade econômica, a produção de calçados.
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Este artigo enfoca o trabalho feminino em comunidades rurais quilombolas nos municípios de Minas Novas e Chapada do Norte, Vale do Jequitinhonha-MG/BR, destacando a rotina de serviços na roça, em casa e em hortos domésticos. Noções teóricas sobre comunidades e metodologia qualitativa como instrumento de coleta de informações privilegiam a oralidade como forma de entendimento dos objetivos propostos. Busca-se analisar a identidade e o papel da mulher na manutenção das tradições culturais quilombolas, na preservação de sementes crioulas para os cultivos de alimentos e no mantenimento da sabedoria tradicional camponesa sobre a medicina popular. Observou-se que tem ocorrido um expressivo crescimento no fluxo de mulheres migrando para a colheita de café em outros estados do Brasil, contribuindo para o sobretrabalho e ameaça à manutenção da cultura e dos plantios nas roças e quintais. Percebeu-se que além da seca que afeta a produção agrícola nas comunidades e impulsiona o êxodo rural, a nova forma de migração sazonal camponesa, incluindo agora as mulheres, também tem se tornado um grande entrave à agregação da família. O trabalho feminino, entretanto, ainda preserva os laços de solidariedade típicos de sociedades afrodescendentes, contribuindo para a agregação da família e continuidade das raízes culturais da comunidade.
Resumo:
O trabalho pretende analisar as mudanças sócio-espaciais no município de Balsas-MA, decorrentes da introdução de novos elementos culturais, inseridos a partir da instalação da agricultura moderna. Dessa forma, a pesquisa empírica (trabalho de campo) realiza-se na área do município de Balsas, envolvendo os segmentos da população classificados como população “tradicional” (composta pelos habitantes anteriores à chegada da soja), e a população migrante (formada pelas pessoas instaladas na área após a inserção da soja), A bibliografia teórica sobre os conceitos chave que fundamentam o trabalho, se apoia no referencial que contempla, prioritariamente, os autores e respectivas temáticas como: espaço, relações sociais, territorialidade, identidade, cultura, bem como os conceitos complementares como: globalização, papel do Estado e fronteira. O enfoque analítico sobre o município de Balsas deu-se por entender que este representa o marco inicial do processo de produção da soja e que, conseqüentemente, apresenta maiores singularidades em termos de transformações sócio-espaciais e culturais, dada a sua função dentro do processo produtivo regional. Os resultados parciais obtidos através de entrevistas realizadas com os atores selecionados e observações “in loco” dos pesquisadores, revelam dentre outros aspectos, que uma das mudanças mais significativas, que se refletem no plano físico é a da (re)configuração sócio-espacial da zona urbana do município de Balsas no período de 1990 a 2010. Nesse contexto, o deslocamento do centro comercial e administrativo localizado, anteriormente, na área antiga da cidade, para a que se expandiu, figura como uma modificação espacial mais reconhecida tanto pela população “tradicional” como dos imigrantes. Referente às mudanças sócio-culturais observadas destacam-se aquelas relacionadas aos hábitos de alimentação, vestuário, lazer, dentre outros, da população local.
Resumo:
Nos últimos anos tem-se verificado uma mudança no espaço agropecuário regional da Mesorregião Geográfica Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, tendo como principal ator, o cultivo de cana-de-açúcar, que tem transformando as áreas anteriormente ocupadas pela agricultura e pecuária. Neste sentido, o objetivo central desta pesquisa é analisar a produção agropecuária da área em estudo, tendo como recorte temporal o ano de 1995 e 2006. Metodologicamente, além da revisão bibliográfica, também esta sendo realizado trabalho de campo, e a utilização das geotecnologias na espacialização, análise e interpretação dos dados obtidos tanto das fontes primárias, quando das fontes secundárias (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE). Como resultados já obtidos, pode-se observar uma crescente produção, tanto em relação à área, quanto em toneladas de cana-de-açúcar obtidos na região, principalmente, com os incentivos governamentais que o poder público vêm disponibilizando para a produção de etanol. Destaca-se também, a fertilidade dos solos encontrados nessa região.