56 resultados para Rio Branco -AC
Resumo:
O trabalho objetiva compreender a relação cidade-rio na Amazônia, levando-se em conta mudanças e permanências referentes à dinâmica e à caracterização de cidades consideradas ribeirinhas em três contextos sub-regionais distintos (Sudeste do Pará, Oeste Paraense e baixo Tocantins), na Amazônia oriental brasileira. A contribuição geográfica da análise assenta-se nas repercussões decorrentes da reestruturação mais recente do espaço amazônico e seus rebatimentos na forma de articulação da cidade com o rio, considerando espaços de vivências (laços) e de fluxos (nós) que marcam a organização intra-urbana atual. Para esse empreendimento, assume-se a perspectiva teórico-metodológica que considera o espaço geográfico como sendo relacional e multidimensional (concebido, percebido e vivido). Do ponto de vista empírico, o procedimento metodológico considerou três cidades paraenses (Marabá, Santarém e Cametá), de nível intermediário na rede urbana regional. A partir delas procurou-se destacar o papel que a cidade ribeirinha amazônica assume em realidades sub-regionais que se inseriram de forma diferenciada nas políticas de ordenamento territorial das últimas décadas. Com base em levantamentos de campo são sistematizados elementos das particularidades socioespaciais das três sub-regiões consideradas e que demarcam espacialidades e territorialidades diversas em nível intra-urbano, sugerindo, em consequência, políticas públicas diferenciadas quando se considera a relação cidade-rio na Amazônia.
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Esta pesquisa objetiva compreender os diferentes mecanismos de construção do sentimento topofílico no sub-bairro de Amovila, de acordo com o tempo de moradia de seus moradores.Para isso, se investigou os marcos materiais e as imaterialidades imanentes do sub-bairro de Amovila, o qual faz parte do bairro de Vista-Alegre. O termo topofilia é um neologismo criado por Yi-Fu Tuan e consiste no elo afetivo entre o indivíduo e o seu lugar, que pode ser uma infinidade de possibilidades, como um objeto, um cômodo de uma casa, uma cidade ou um bairro. A metodologia consistiu na análise e na comparação dos discursos dos moradores a partir de entrevistas exploratórias e semi-estruturadas.
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A pesquisa objetiva compreender a presença da população portuguesa no bairro da Tijuca, espaço localizado na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Neste sentido, frente às correntes migratórias, desenvolve-se na localidade um grande número de atividades profissionais de responsabilidade deste grupo. Assim, relatar uma aparência lusitana percebida na cidade, e exclusivamente no bairro em questão é associar o emigrante a suas marcas e processos desenvolvidos no espaço, portanto, os sinais / símbolos lusitanos são apontados na paisagem e analisados como uma forma de revelar a presença portuguesa. As marcas estão efetivamente em vários aspectos, tais como os inúmeros fixos reconhecidamente lusitanos. A identidade portuguesa é analisada segundo estas premissas: as marcas no espaço (BERQUE, 1984), as instituições portuguesas, os fixos imbricados no espaço (SANTOS, 2008), imbuídos da qualidade do “ser português” na metrópole carioca. Este sentido de identidade é discutido objetivando a relação estabelecida entre o migrante e o espaço, além da ótica que problematiza tais revelações, diante das dificuldades de tornar visíveis este plano luso na fração urbana. Por fim, a metodologia aplicada consistiu na contínua exploração do espaço elencado e utilização de referências sobre o assunto.
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O trabalho objetiva compreender a relação cidade-rio na Amazônia, levando-se em conta mudanças e permanências referentes à dinâmica e à caracterização de cidades consideradas ribeirinhas em três contextos sub-regionais distintos (Sudeste do Pará, Oeste Paraense e baixo Tocantins), na Amazônia oriental brasileira. A contribuição geográfica da análise assenta-se nas repercussões decorrentes da reestruturação mais recente do espaço amazônico e seus rebatimentos na forma de articulação da cidade com o rio, considerando espaços de vivências (laços) e de fluxos (nós) que marcam a organização intra-urbana atual. Para esse empreendimento, assume-se a perspectiva teórico-metodológica que considera o espaço geográfico como sendo relacional e multidimensional (concebido, percebido e vivido). Do ponto de vista empírico, o procedimento metodológico considerou três cidades paraenses (Marabá, Santarém e Cametá), de nível intermediário na rede urbana regional. A partir delas procurou-se destacar o papel que a cidade ribeirinha amazônica assume em realidades sub-regionais que se inseriram de forma diferenciada nas políticas de ordenamento territorial das últimas décadas. Com base em levantamentos de campo são sistematizados elementos das particularidades socioespaciais das três sub-regiões consideradas e que demarcam espacialidades e territorialidades diversas em nível intra-urbano, sugerindo, em consequência, políticas públicas diferenciadas quando se considera a relação cidade-rio na Amazônia.
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Este trabalho coloca em pauta os processos de reinserção das sociedades indígenas brasileiras nos contextos intra e extrarregional objetivando analisar a realidade vivenciada pelas sociedades indígenas (e núcleos quilombolas) do vale do Rio Doce e entorno (estado de Minas Gerais), realizando em paralelo, uma retrospectiva geohistórica da trajetória dos remanescentes de povos indígenas do Tronco Macro-Jê hoje sediados no sudeste do Brasil como os Krenak e Pataxó. A metodologia utilizada compreendeu: pesquisa bibliográfica/ cartográfica/ documental; reconhecimentos de campo; diagnóstico da situação histórica e atual das comunidades indígenas (e quilombolas) na região; organização dos dados em matrizes; contextualização e sistematização das informações. A interpretação dos processos abordados permitiu a associação da experiência vivida por estes atores com “paisagens culturais alternativas/ excluídas”, de acordo com concepções em curso da Etnogeografia/ Geografia Política imbricadas com o Marxismo Cultural.
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A Baixada de Jacarepaguá é área da cidade do Rio de Janeiro de extensa planície circundada nas laterais por dois maciços (Tijuca e Pedra Branca) e que apresenta expressivo complexo lagunar. Na sua base localiza-se, ainda, uma faixa de praia do litoral atlântico. Ali se têm áreas úmidas, mangues, faixas de restinga e florestas. Dos bairros que a compõem, Jacarepaguá tem urbanização consolidada, ao passo que a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes conjugam em sua urbanização dispersa grandes condomínios fechados, shopping centers, baixa provisão de infraestrutura e bolsões de pobreza. Vargem Grande, Vargem Pequena e Camorim, ainda que com baixíssima densidade, têm expressivo déficit infraestrutural, possuem muitas ocupações irregulares e sofrem ação de milicianos. Diante de tais pressões urbanas, o trabalho visa a propor e discutir os critérios para se criar no sítio uma Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU), modalidade presente na legislação urbanística carioca, levando-se em conta aspectos jurídico-políticos, sociais, geobiofísicos e arquitetônico-urbanísticos.
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O objetivo desse trabalho é o ordenamento territorial em área de proteção ambiental, analisando o processo de ocupação a partir da ação de promotores imobiliários numa área natural protegida por lei. Nos últimos 20 anos, observamos o crescimento irregular e desordenado de empreendimentos imobiliários, dinamizado pelo turismo. A procura por locações para veraneio provocou rápida expansão de loteamentos habitacionais e estabelecimentos comerciais sobre longa faixa de restinga, entre 26 km de praia e complexo sistema lagunar, localizada nos municípios de Saquarema, Araruama e Arraial do Cabo, Estado do Rio de Janeiro. Essa ocupação ameaça ecossistemas remanescentes como: brejos, lagoas costeiras, manguezais e restingas que deveriam ser preservados segundo leis ambientais. Nesse universo, responderemos as seguintes questões: 1) Como atuam os agentes sociais presentes no conflito? 2) Qual o papel do Estado nesse processo? 3) As leis que regem as políticas de conservação ambiental são interdependentes? 4) Há conflitos de competências? A coleta de informações ocorreu através de análise documental, de imagens de satélite, trabalhos de campo, visitas técnicas e entrevistas com agentes sociais. Os resultados possibilitaram um mapeamento da ação desses agentes na área em estudo, suas competências e geração de mapa de uso do solo.
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As questões que envolvem impactos sócio-ambientais devem ser discutidas e analisadas detalhadamente em todos os níveis da sociedade. Neste contexto, este artigo faz um diagnóstico das causas e conseqüências da urbanização e da presença maciça de banhistas no Rio Cauamé, analisando os trechos de maior incidência antrópica, fazendo um comparativo de impacto, risco e qualidade da água entre eles. Como metodologia utilizou-se o método dedutivo, com pesquisa quantitativa e qualitativa baseando-se em questionários aplicados à comunidade que reside próximo à área de estudo e aos banhistas que freqüentam o Rio Cauamé. Para avaliar as características da água, sedimentos, tipo de ocupação das margens, erosão e assoreamento, extensão da mata ciliar, cobertura vegetal, largura, estado de conservação e a balneabilidade nas praias do Rio Cauamé, foi utilizado o Protocolo de Avaliação Rápida de Callisto et al. (2002) e análises de laboratório. Este estudo mostra que o Rio Cauamé sofre conseqüências sócio-ambientais decorrentes do processo de urbanização ao longo do seu percurso; nos trechos com maior incidência antrópica, maiores são os impactos gerados.
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O núcleo urbano de Belmonte localizado no litoral Sul do estado da Bahia se desenvolveu em 1764, a partir do porto fluvial no rio Jequitinhonha. As cheias do rio eram muito comuns entre os meses de dezembro e fevereiro e o risco de inundações sempre foi por muito tempo um problema para os gestores municipais, diante da ameaça à população com perda de residências e de parte da cidade pelas enxurradas. Desta maneira este trabalho teve por objetivo mapear as transformações ocorridas no canal do rio Jequitinhonha após a intervenção na sua calha, com a abertura e desvio do canal, em 1989. Adotou-se para o mapeamento as fotografias aéreas verticais de 1960, 1965 e 1974 na escala de 1: 25.000 e a imagem de satélite CBERS – 2, de 2005 com o trabalho de campo realizado entre 2005 e 2007. O desvio do canal do rio contribuiu para que Belmonte ficasse protegida das cheias dos anos subseqüentes. Por outro lado, alterou a morfologia do canal do rio, com diferentes formas deposicionais, com o adensamento de ilhas fluviais a oeste da cidade e com o assoreamento e estreitamento do antigo leito do rio, transformado em canal secundário, colmatado.
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A pesquisa trata das relações sociedade e natureza nas comunidades de Rio Sagrado de Cima, Canhembora, Brejumirim e Candonga, microbacia hidrográfica do Rio Sagrado, município de Morretes, Paraná. Das 520 famílias, 270 são residentes, predominando pequenos proprietários rurais, e 250 são não-residentes. A localidade pertence à Área de Preservação Ambiental (APA) de Guaratuba, que é uma Unidade de Conservação Estadual. O objetivo do presente artigo é compreender o processo histórico de ocupação humana e de uso dos recursos naturais pelas comunidades através da abordagem da história ambiental. A partir do uso da metodologia da História oral, foram realizadas cinco entrevistas com moradores mais antigos das comunidades, que permitiram resgatar lembranças e fatos históricos. Os primeiros habitantes da região de Morretes foram os índios tupis-guaranis e os carijós, que tiveram os contatos com os colonizadores, sendo esses, primeiro os portugueses e depois os espanhóis, os quais determinaram o modelo de desenvolvimento econômico explorando recursos naturais. A ocupação efetiva da microbacia começa no século XIX, e explorada em função da sincronia com relação aos ciclos econômicos regionais, como exemplo, na década de 1970 e 1980 com a exploração madeireira. Inicialmente a caça foi primordial para subsistência das comunidades e posteriormente intensificada para o comércio. Estas interferências antrópicas reduziram a biodiversidade da região.
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Com objetivo de verificar como o homem urbano e rural, do município de Rio Claro – SP, percebem as variações do tempo meteorológico, o ritmo climático e suas influências, o estudo estruturou-se através de duas abordagens, uma climatológica e outra da percepção. Na primeira, analisa a diversidade das situações atmosféricas sucedidas em um mês de inverno (julho de 2008) e um de verão (janeiro de 2009), utilizando-se a técnica de análise rítmica. Na segunda, observa a percepção climática dos munícipes com base em dados obtidos a partir da aplicação de oitenta formulários de entrevista. Verificou-se a percepção das características de sazonalidade do município e constatou-se, tanto na área urbana quanto na área rural, que tipos de tempo chuvosos e/ou frios são os mais previsíveis empiricamente, sendo a variação termo-higrométrica o principal fator observado através da atmosfera ou das alterações fisiológicas dos indivíduos.
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O presente trabalho objetivou avaliar as características físicas e químicas das águas do rio Doce (GO), a montante da PCH Irara. Foram realizadas seis amostragens bimestrais em cinco pontos de coleta, no período de julho/09 a junho/10 para variáveis: pH, temperatura, condutividade elétrica, salinidade, turbidez e total de sólido dissolvido. As características físicas e químicas observadas evidenciaram uma boa qualidade da água do rio Doce, considerando-se os padrões Resolução CONAMA N0 357, de 17 de março de 2005.
Resumo:
A chegada da agricultura moderna na bacia do alto curso do Rio Uberabinha após a década de 1970 e o crescimento desordenado das cidades na região do Triângulo Mineiro são os principais responsáveis pelas alterações no uso e ocupação do solo, com reflexos nas dinâmicas hídricas superficiais e subsuperficiais e, possivelmente, trazendo conseqüências negativas para a recarga da sua zona saturada freática. A pesquisa tem buscado o entendimento da dinâmica da paisagem, na bacia do alto curso do Rio Uberabinha, dando ênfase aos recursos hídricos. O objetivo principal é compreender a dinâmica hídrica superficial e subsuperficial e sua relação com uso e ocupação do solo. Para a compreensão da dinâmica hidrológica, a bacia foi considerada como um sistema integrado em relações condicionadas por diversos componentes como: a dinâmica climática, a estrutura geológica, a estrutura pedológica, os aspectos geomorfológicos e as ações antrópicas. Nesta pesquisa, pelo seu caráter geográfico, optou-se pelos métodos propostos por Ab’Sáber 1969 e Libault 1971 adaptados aos objetivos propostos. Estão sendo pesquisados e quantificados os processos que interferem na dinâmica hídrica da área. A partir dos resultados obtidos, serão elaboradas alternativas e propostas para a utilização dos recursos hídricos na bacia do Alto Uberabinha com o intuito de promover a otimização da recarga dos aqüíferos locais e regionais.
Resumo:
A modificação do ambiente pelo homem acarreta diversos impactos que alteram a estrutura e a dinâmica. As construções são responsáveis por transformações ambientais negativas, mesmo quando se propõe melhorias sociais, como é o caso das construções de barragens cujos prejuízos são mais intensos onde há maior diversidade de ecossistemas. A Baixada Maranhense possui relevo plano a suavemente ondulado, áreas rebaixadas e alagadas durante o período chuvoso, constituindo o maior conjunto de bacias lacustres do Nordeste brasileiro, associadas aos baixos cursos dos rios Mearim, Grajaú, Pindaré e Pericumã. O rio Pericumã e o sistema lacustre de Pinheiro representam unidades de paisagem, caracterizadas por intensa dinâmica decorrente da atividade sazonal dos agentes modeladores do relevo. Modificações no rio Pericumã resultaram em aspectos positivos e negativos abordados na pesquisa, objetivando analisar e caracterizar as mudanças socioambientais. A pesquisa foi desenvolvida com base nos métodos: dedutivo e indutivo, com orientação fenomenológica, sendo adotados os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento e análise da bibliografia, atividades de campo, registro fotográfico, mensuração de dados e entrevistas. Considerando o ambiente complexo e dinâmico, os resultados indicam alterações ambientais decorrentes da barragem, alterando a hidrodinâmica, perenização e nova organização do espaço.
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O presente estudo tem por objetivo realizar a caracterização dos movimentos de massa na Microbacia do rio Itoupava, município de Rio Sul, Norte de Santa Catarina. A principal motivação para esta pesquisa foi o desastre ambiental ocorrido em Santa Catarina, no ano de 2008, quando intensas chuvas, resultaram em inundações e movimentos de massa em muitos municípios catarinenses, deixando milhares de desabrigados e desalojados, além de mortos e feridos, atingindo intensamente 77 municípios do Estado de Santa Catarina. A pesquisa aborda os movimentos de massa, que são fenômenos naturais que ocorrem nas vertentes e atuam na evolução do relevo, envolvendo o desprendimento e transporte de solo e/ou material rochoso vertente abaixo, devido à ação da gravidade. No entanto, em regiões onde o adensamento humano é maior, eles podem assumir proporções catastróficas, uma vez que causam perdas de vidas humanas e danos materiais. O município de Rio do Sul possui alta freqüência de ocorrência de movimentos de massa, e na microbacia do rio Itoupava, as ocorrências desses fenômenos são constatadas diante de evidências de evolução das encostas. Para a execução desse trabalho foram realizados levantamentos bibliográficos e de campo para o reconhecimento e caracterização dos diferentes tipos de movimentos de massa que têm ocorrência na microbacia do rio Itoupava, trazendo subsídios ao planejamento territorial.