22 resultados para Resistência à insulina Teses
em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP
Resumo:
Introduo: A microbiota intestinal possui grande diversidade de bactrias, predominantemente dos filos Bacteroidetes e Firmicutes, com mltiplas funes. A alimentao pode alterar sua composio e funo. Alto teor de gordura saturada altera a permeabilidade intestinal, eleva os lipopolissacardeos e predispe inflamao subclnica crnica. Dieta rica em fibras, como a vegetariana, induz elevao de cidos graxos de cadeia curta e benefcios metablicos. Objetivos: Para analisar a composio da microbiota intestinal de adventistas com diferentes hbitos alimentares e associ-los inflamao subclnica e resistência insulina, esta tese incluiu: 1) reviso dos mecanismos que associam a alimentao microbiota intestinal e ao risco cardiometablico; 2) verificao da composio da microbiota intestinal segundo diferentes hbitos alimentares e de associaes com biomarcadores de doenas cardiometablicas; 3) avaliao da associao entre a abundncia de Akkermansia muciniphila e o metabolismo da glicose; 4) anlise da presena de entertipos e de associaes com caractersticas clnicas. Mtodos: Este estudo transversal incluiu 295 adventistas estratificados segundo hbitos alimentares (vegetariano estrito, ovo-lacto-vegetariano e onvoro). Foram avaliadas associaes com dados clnicos, bioqumicos e inflamatrios. O perfil da microbiota foi obtido por sequenciamento do gene 16S rRNA (Illumina Miseq). Resultados: 1) H evidncias de que as relaes entre dieta, inflamao, resistência insulina e risco cardiometablico so em parte mediadas pela composio da microbiota intestinal. 2) Vegetarianos apresentaram melhor perfil clnico quando comparados aos onvoros. Confirmou-se maior abundncia de Firmicutes e Bacteroidetes, que no diferiram segundo a adiposidade corporal. Entretanto, vegetarianos estritos apresentaram mais Bacteroidetes, menos Firmicutes e maior abundncia do gnero Prevotella quando comparados aos outros dois grupos de hbitos alimentares. Entre os ovo-lactovegetarianos verificou-se maior proporo de Firmicutes especialmente do gnero Faecalibacterium. Nos onvoros, houve super-representao do filo Proteobacteria (Succinivibrio e Halomonas) comparados aos vegetarianos. 3) Indivduos normoglicmicos apresentaram maior abundncia de Akkermansia muciniphila que aqueles com glicemia alterada. A abundncia desta bactria correlacionou-se inversamente glicemia e hemoglobina glicosilada. 4) Foram identificados trs entertipos (Bacteroides, Prevotella e Ruminococcaceae), similares queles previamente descritos. As concentraes de LDL-C foram menores no entertipo 2, no qual houve maior frequncia de vegetarianos estritos. Discusso: 1) Conhecimentos sobre participao da microbiota na fisiopatologia de doenas podero reverter em estratgias para manipul-la para promover sade. 2) Apoia-se a hiptese de que hbitos alimentares se associam favorvel ou desfavoravelmente a caractersticas metablicas e inflamatrias do hospedeiro via alteraes na composio da microbiota intestinal. Sugerimos que a exposio a alimentos de origem animal possa impactar negativamente nas propores de comunidades bacterianas. 3) Sugerimos que a abundncia da Akkermansia muciniphila possa participar do metabolismo da glicose. 4) Reforamos que a existncia de trs entertipos no deva ser especfica de certas populaes/continentes. Apesar de desconhecido o significado biolgico destes agrupamentos, as correlaes com o perfil lipdico podem sugerir sua utilidade na avaliao do risco cardiometablico. Concluses: Nossos achados fortalecem a ideia de que a composio da microbiota intestinal se altera mediante diferentes hbitos alimentares, que, por sua vez, esto associados a alteraes nos perfis metablicos e inflamatrios. Estudos prospectivos devero investigar o potencial da dieta na preveno de distrbios cardiometablicos mediados pela microbiota.
Resumo:
A doena heptica gordurosa no alcolica (DHGNA) abrange alteraes desde esteatose at esteato-hepatite no alcolica (EHNA), podendo evoluir para fibrose, cirrose e carcinoma hepatocelular. A DHGNA considerada a doena heptica mais comum na atualidade e com prevalncia mundial alarmante. Esta doena caracteriza-se, basicamente, pela deposio de triglicrides nos hepatcitos, podendo evoluir com inflamao e fibrose, e est intimamente associada com resistência insulina (RI), diabetes mellitus tipo 2 e obesidade. Os hepatcitos representam as principais clulas hepticas e se comunicam atravs de junes do tipo gap, formadas principalmente por conexina 32 (Cx32). Esta protena apresenta importante funo no controle da homeostase tecidual, regulando processos fisiolgicos e tem sido associada como agente protetor na hepatocarcinognese e outros processos patolgicos, porem pouco se sabe sobre sua participao na DHGNA. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a participao da Cx32 na fisiopatognese da DHGNA, utilizando camundongos knockout para Cx32 (Cx32-KO) submetidos a uma dieta hiperlipdica deficiente em colina. Foram analisados dados biomtricos, histopatolgicos, funo heptica, RI, citocinas inflamatrias, adipocinas, estresse oxidativo, peroxidao lipdica e a expresso de genes envolvidos na DHGNA. Os animais Cx32-KO apresentaram maior acumulo de triglicrides hepticos em relao aos animais selvagens e, consequentemente, maior peso absoluto e relativo do fgado. Adicionalmente, apresentaram maior inflamao heptica demonstrado pela exacerbao da citocina TNF-α e supresso da IL-10, maior dano hepatocelular indicado pelo aumento das enzimas AST e ALT, aumento da peroxidao lipdica e alteraes na expresso de genes chaves na fisiopatognese da DHGNA, como SREBP1c. No entanto, no houve diferena nos marcadores histopatolgicos, RI e estresse oxidativo heptico. Por fim, os animais Cx32-KO apresentaram maior produo de leptina e adiponectina no tecido adiposo. Todos esses resultados revelam que a Cx32 pode atuar como um agente protetor ao desenvolvimento da DHGNA, sugerindo seu potencial como novo alvo teraputico
Resumo:
Introduo: Diversos estudos indicaram consequncias de alteraes na nutrio materna durante a gestao sobre a sade da prole adulta, tais como: hipertenso, doenas cardiovasculares, resistência insulina, diabete melito e doena renal. No entanto, a literatura pobre em avaliaes decorrentes de modificaes nutricionais maternas sobre a prole logo aps o nascimento. Mtodos: Ratas Wistar durante o perodo gestacional foram alimentadas com dieta hipossdica (HO - 0,15% de NaCl), normossdica (NR - 1,3% de NaCl) ou hipersdica (HR - 8% de Na Cl). Aps o nascimento, nas primeiras vinte e quatro horas foram coletados rins e corao dos neonatos machos e fmeas (n=6- 8/grupo) para verificar as possveis alteraes na estrutura cardaca e renal pelo mtodo de estereologia. Tambm foi avaliada a expresso proteica e gnica dos componentes do sistema renina angiotensina (SRA) no corao e rins atravs do mtodo ELISA indireto e RT-qPCR. Resultados: O peso ao nascimento foi menor em machos e fmeas da prole de mes alimentadas com dieta hipossdica durante a gestao quando comparado NR e HR. No houve diferena no volume renal, volume de seus compartimentos (crtex, medula e pelve) e nmero de glomrulos entre os grupos experimentais (HO, NR e HR). No entanto, o nmero de glomrulos foi maior em fmeas comparado aos machos nos trs grupos experimentais. O dimetro transverso do ncleo dos cardiomicitos no ventrculo esquerdo e no ventrculo direito de machos da prole HR foi maior do que na prole NR. A expresso proteica do receptor AT1 no rim de machos da prole foi menor no grupo HO do que no grupo NR e HR. A expresso proteica do receptor AT2 tambm foi menor em machos do grupo HO do que no grupo NR. No houve diferena entre os grupos na expresso proteica dos receptores AT1 e AT2 no rim das fmeas. Concluso: O presente estudo detectou alteraes na estrutura cardaca de neonatos machos, mas no em neonatos fmeas decorrentes de sobrecarga de sal durante a gravidez. As alteraes observadas na expresso dos receptores AT1 e AT2 no rim de neonatos machos podem ser responsveis por alteraes na funo renal
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Unripe banana flour (UBF) production employs bananas not submitted to maturation process, is an interesting alternative to minimize the fruit loss reduction related to inappropriate handling or fast ripening. The UBF is considered as a functional ingredient improving glycemic and plasma insulin levels in blood, have also shown efficacy on the control of satiety, insulin resistance. The aim of this work was to study the drying process of unripe banana slabs (Musa cavendishii, Nanico) developing a transient drying model through mathematical modeling with simultaneous moisture and heat transfer. The raw material characterization was performed and afterwards the drying process was conducted at 40 C, 50 C e 60 C, the product temperature was recorded using thermocouples, the air velocity inside the chamber was 4 ms-1. With the experimental data was possible to validate the diffusion model based on the Fick\'s second law and Fourier. For this purpose, the sorption isotherms were measured and fitted to the GAB model estimating the equilibrium moisture content (Xe), 1.76 [g H2O/100g d.b.] at 60 C and 10 % of relative humidity (RH), the thermophysical properties (k, Cp, ?) were also measured to be used in the model. Five cases were contemplated: i) Constant thermophysical properties; ii) Variable properties; iii) Mass (hm), heat transfer (h) coefficient and effective diffusivity (De) estimation 134 Wm-2K-1, 4.91x10-5 m-2s-1 and 3.278?10-10 ms-2 at 60 C, respectively; iv) Variable De, it presented a third order polynomial behavior as function of moisture content; v) The shrinkage had an effect on the mathematical model, especially in the 3 first hours of process, the thickness experienced a contraction of about (30.34 1.29) % out of the initial thickness, finding two decreasing drying rate periods (DDR I and DDR II), 3.28x10-10 ms-2 and 1.77x10-10 ms-2, respectively. COMSOL Multiphysics simulations were possible to perform through the heat and mass transfer coefficient estimated by the mathematical modeling.
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O glyphosate o principal herbicida utilizado no manejo de plantas daninhas na agricultura, aplicado em alguns sistemas de forma repetitiva ao longo de cada ano. Esta prtica selecionou bitipos resistentes de espcies de plantas daninhas, sendo o capim-amargoso (Digitaria insularis) selecionado no Brasil. Portanto, se tornam necessrios estudos para entender, manejar e reduzir a infestao do capim-amargoso resistente ao glyphosate. Dessa forma, esta pesquisa foi desenvolvida com os objetivos de: (i) mapear reas do Brasil com possveis infestaes de capim-amargoso resistente ao glyphosate; (ii) avaliar alternativas qumicas de seu manejo; (iii) elucidar os mecanismos de resistência ao glyphosate e; (iv) avaliar a herana gentica dos genes que conferem resistência ao glyphosate. Para o desenvolvimento dos experimentos foram coletadas sementes de bitipos potencialmente resistentes de diversas regies do Brasil onde ocorreram falhas de controle de D. insularis aps a aplicao de glyphosate. Na primeira etapa da pesquisa foram realizados experimentos para determinao de uma dose discriminatria de triagementre as populaes resistentes e suscetveis ao glyphosate, atravs de curvas de dose-resposta, para identificar a resistência ao Glyphosate, sendo que estes dados foram utilizados para mapear a ocorrncia de bitipos resistentes em algumas regies do pas. Na segunda etapa foi conduzido um experimento em casa-de-vegetao visando encontrar herbicidas alternativos ao Glyphosate para controle do capim-amargoso, utilizando herbicidas recomendados para as culturas do milho e algodo, tanto em condies de aplicao de pr como em ps-emergncia da planta daninha. Na terceira etapa foram realizados ensaios para determinar a existncia de absoro e translocao diferencial do glyphosate em bitipos suscetveis e resistentes, juntamente com a anlise molecular para comparar a regio 106 do gene que codifica a EPSPs nestes bitipos. Por fim um estudo de polinizao cruzada foi conduzido para avaliar se genes de resistência ao glyphosate so transferidos para a gerao seguinte aps inflorescncias de bitipos suscetveis serem acondicionadas com as de bitipos resistentes, submetendo a gerao seguinte a experimentos de curva de dose-resposta com o glyphosate. Atravs do modelo de curva dose-resposta do programa estatstico R, determinou-se a dose de 960 g e.a ha-1, como a dose utilizada para triagem dos bitipos oriundos de diferentes regies do Brasil. Com isto foram gerados mapas indicando a presena ou ausncia de resistência ao herbicida, sendo que as regio oeste do Paran e sul do Mato Grosso do Sul apresentam maior nmero de localidades com a presena de bitipos resistentes. As alternativas de controle viveis como ps-emergentes no estdio de um a dois perfilhos, foram os herbicidas Nicosulfuron, Imazapic + Imazapyr, Atrazine, Haloxifop-methyl e Tepraloxydim. Na pr-emergncia do capim-amargoso os herbicidas Atrazine, Isoxaflutole, S-metolachlor, Clomazone, Diuron e Flumioxazin se apresentaram como eficazes para o controle desta espcie. Os resultados do experimento de absoro, translocao e comparao da regio 106 no mostraram diferenas entre os bitipos resistente e suscetvel. O experimento sobre cruzamento entre bitipos resistente e suscetvel determinou a espcie D. insularis como autgama e sem transferncia de genes que causam a resistência ao glyphosate.
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Plantas transgnicas que expressam toxinas de Bacillus thuringiensis Berliner (Bt) tm sido amplamente utilizadas para o controle de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) no Brasil. Entretanto, a evoluo da resistência um dos maiores entraves para a continuidade do uso desta tecnologia. Para subsidiar programas de Manejo da Resistência de Insetos (MRI), foram conduzidos estudos para o aprimoramento dos programas de manejo da resistência de S. frugiperda a tecnologias Bt. Foram realizadas estudos para determinar a dominncia funcional da resistência de S. frugiperda a tecnologias Bt mediante a avaliao da sobrevivncia de larvas neonatas provenientes das linhagens de S. frugiperda resistentes ao milho Herculex® que expressa a protena Cry1F (HX-R), ao milho YieldGard VT PRO™ que expressa as protenas Cry1A.105 e Cry2Ab2 (VT-R), ao milho PowerCore™ que expressa as protenas Cry1A.105, Cry2Ab2 e Cry1F (PW-R), e ao milho Agrisure Viptera™ que expressa a protena Vip3Aa20 (Vip-R), alm da linhagem suscetvel (Sus) e de suas respectivas linhagens heterozigotas em diversas tecnologias de milho e algodo Bt. Posteriormente, um mtodo prtico para o monitoramento fenotpico da suscetibilidade a diferentes tecnologias de milho e algodo Bt foi testado a partir da avaliao da sobrevivncia de larvas neonatas em folhas de plantas Bt em populaes de S. frugiperda provenientes dos Estados do Rio Grande do Sul, Paran, So Paulo, Gois e Bahia na safra agrcola 2014/15. E por ltimo, a estimativa da frequncia de alelos de resistência de S. frugiperda a Vip3Aa20 foi validada pelo mtodo de F1 screen. Em geral, observou-se alta mortalidade dos heterozigotos nas tecnologias Bt testadas, comprovando que a resistência de S. frugiperda a protenas Bt funcionalmente recessiva o que suporta a estratgia de refgio em programas de MRI. Verificou-se tambm que linhagens resistentes a eventos que expressam protenas Cry no sobrevivem em tecnologias que expressam protena Vip. No monitoramento prtico da suscetibilidade a tecnologias Bt, sobrevivncia larval superior a 70% foi observada para populaes de campo do Paran, Gois e Bahia no milho Herculex®. Em tecnologias de milho PowerCore™ e YieldGard VT PRO™ houve sobrevivncia larval variando de 1,1 a 17,9%. Em contraste, no houve sobreviventes em tecnologias de milho Viptera™. Em algodo WideStrike® que expressa as protenas Cry1Ac e Cry1F, sobrevivncia acima de 41% foi observada para populaes de campo de S. frugiperda. A sobrevivncia larval em Bollgard II® que expressa as protenas Cry1Ac e Cry2Ab2 variou de 14 a 40%. No algodo TwinLink® que expressa as protenas Cry1Ab e Cry2Ae, a sobrevivncia larval das populaes foi menor que 20%. O mtodo de F1 screen foi eficiente na deteco de alelos de resistência a Vip3Aa20 em populaes de S. frugiperda provenientes de diferentes regies produtoras de milho no Brasil na safra 2014/2015. De 263 isofamlias testadas, foram detectadas trs isofamlias positivas oriundas do Paran, Mato Grosso e Gois. A frequncia de resistência estimada a Vip3Aa20 variou de 0,0140 a 0,0367 nas populaes avaliadas, sendo que a frequncia total foi de 0,0076. Neste estudo, fornecemos informaes para refinar as estratgias de MRI, alm de introduzir novas tcnicas para monitorar a resistência de S. frugiperda a tecnologias Bt no Brasil.
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Esta pesquisa tem como objetivo central compreender as perspectivas de futuro de jovens faxinalenses. Para isso, buscamos entender as particularidades de sua forma de vida, desafios, problemas, potencialidades, sua relao com as comunidades e os possveis fatores que influenciam na aproximao ou distanciamento entre eles e seus territrios. Os faxinais constituem uma forma particular de organizao camponesa reconhecida como Comunidade Tradicional. Possuem como principal caracterstica o uso de reas em comum, chamadas de criadouro comunitrio. Neste espao, as famlias criam seus animais solta, preservam grande parte da vegetao nativa, constroem suas casas e mantm a dinmica comunitria. Quanto ao uso comum das reas, muitos proprietrios permitem que no proprietrios de terras morem e usufruam da rea do criador comunitrio, a partir de acordos estabelecidos entre os envolvidos. Historicamente, os faxinais vm sofrendo fortes presses por grande parte do sistema econmico, do modelo de agricultura considerada moderna e do poder pblico, que invadem seus territrios, destroem a natureza, geram preconceito, foram a diminuio e o fechamento das reas de uso comum, e expulsam famlias das comunidades. Apesar de intensas presses, inmeras famlias seguem resistindo e dando continuidade ao seu tradicional modo de vida. Para compreender as estratgias de resistência e as perspectivas de futuro, participamos de espaos coletivos das comunidades, empreendemos oficinas, conversas informais com lideranas comunitrias e com os jovens, sendo que com os jovens ainda realizamos, em grupos, a tcnica percurso comentado. A partir das anlises dos dados obtidos em campo, sistematizamos algumas estratgias que as comunidades faxinalenses utilizaram e utilizam para resistir a condies sociais e econmicas degradantes, que, no limite, visam sua finalizao. Interpretamos a relao das comunidades com o Movimento Articulao Puxiro dos Povos Faxinalenses (APF) como essencial para o desenvolvimento das estratgias, que se manifestam na educao, na gerao de renda, nas associaes comunitrias, na produo agroecolgica, nos espaos coletivos, na religiosidade e no enraizamento, que promovem relaes diferenciadas com o territrio e com o modo de vida. Fatores que mobilizam formas de resistência, fortalecimento das comunidades, reorganizao das tradies e, consequentemente, contribuem com a construo de planos e perspectivas de futuro dos jovens faxinalenses, que lutam e resistem pela manuteno e desenvolvimento de suas comunidades
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O transporte de gs e derivados de petrleo realizado pelo uso de tubulaes, denominadas de oleodutos ou gasodutos, que necessitam de elevados nveis de resistência mecnica e corroso, aliadas a uma boa tenacidade fratura e resistência fadiga. A adio de elementos de liga nesses aos, Ti, V e Nb entre outros, realizada para o atendimento destes nveis de resistência aps o processamento termomecnico das chapas para fabricao destes dutos, utilizando-se a norma API 5L do American Petroleum Institute, API, para a classificao destes aos. A adio de elementos de liga em associao com o processamento termomecnico visa o refino de gro da microestrutura austentica, o qual transferido para a estrutura ferrtica resultante. O Brasil o detentor das maiores reservas mundiais de nibio, que tem sido apresentado como refinador da microestrutura mais eficiente que outros elementos, como o V e Ti. Neste trabalho dois aos, denominados Normal e Alto Nb foram estudados. A norma API prope que a soma das concentraes de Nibio, Vandio e Titnio devem ser menores que 0,15% no ao. As concentraes no ao contendo mais alto Nb de 0,107%, contra 0,082% do ao de composio normal, ou seja, ambos atendem o valor especificado pela norma API. Entretanto, os aos so destinados ao uso em dutovias pela PETROBRS que impe limites nos elementos microligantes para os aos aplicados em dutovias. Deste modo estudos foram desenvolvidos para verificar se os parmetros de resistência trao, ductilidade, tenacidade ao impacto e resistência propagao de trinca por fadiga, estariam em acordo com a norma API 5L grau X70 e com os resultados que outros pesquisadores tm encontrado para aos dessa classe. Ainda, como para a formao de uma dutovia os tubos so unidos uns aos outros por processo de soldagem (circunferencial), o estudo de fadiga foi estendido para as regies da solda e zona termicamente afetada (ZTA). Como concluso final observa-se que o ao API 5L X70 com Nb modificado, produzido conforme processo desenvolvido pela ArcelorMittal - Tubaro, apresenta os parmetros de resistência e ductilidade em trao, resistência ao impacto e resistência a propagao de trinca em fadiga (PTF) similar aos aos API 5L X70 com teores de Nb = 0,06 % peso e aqueles da literatura com teores de Nb+Ti+V < 0,15% peso. O metal base, metal de solda e zona termicamente afetada apresentaram curvas da/dN x ΔK similares, com os parmetros do material C e m, da equao de Paris, respectivamente na faixa de 3,3 - 4,2 e 1.3x10-10 - 5.0x10-10 [(mm/ciclo)/(MPa.m1/2)m].
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O advento da teoria ps-positivista de Robert Alexy teve seus efeitos sentidos no Direito do Trabalho, principalmente por passar a ser constantemente mencionada em decises trabalhistas. O presente trabalho se prope, ento, a dois objetivos centrais: a partir da anlise da principal obra de Robert Alexy, Teoria dos Direitos Fundamentais, em cotejo com a jurisprudncia trabalhista, demonstrar que nessas decises no h, de fato, a aplicao da teoria ps-positivista, tal qual construda pelo jurista alemo e, posteriormente, que, ainda que fosse aplicada corretamente, ela prpria de todo incompatvel com o Direito do Trabalho, em virtude da construo histrica deste ramo.
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Leses dentais por eroso tm sido cada vez mais presentes na prtica clnica. A restaurao direta com resina composta uma das opes de tratamento para leses severas, em que h comprometimento esttico/funcional. Com o aprimoramento da tecnologia, a utilizao do laser para pr-tratamento da superfcie dentinria, antes do condicionamento cido, tem sido considerada como mtodo alternativo para melhorar a adeso das resinas compostas s superfcies erodidas. Assim, o objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a influncia da irradiao com laser de Er:YAG (2,94 ?m), de pulso super-curto, na adeso da resina composta superfcie dentinria erodida. Quarenta e seis discos de dentina foram obtidos a partir de 46 dentes terceiros molares humanos. A dentina oclusal planificada de 40 molares humanos teve metade de sua face protegida com fita UPVC (dentina hgida), enquanto na outra metade foi produzida uma leso de eroso atravs da ciclagem em cido ctrico (0,05 M, pH 2,3, 10 minutos, 6x/dia) e soluo supersaturada (pH 7,0, 60 minutos entre os ataques cidos). Metade das amostras foi irradiada com o laser de Er:YAG (50 ?s, 2 Hz, 80 mJ, 12,6 J/cm2) e a outra no (grupo controle). Em cada grupo de tratamento (laser ou controle) (n=10), um sistema adesivo autocondicionante foi utilizado e, ento, confeccionados 2 cilindros de resina composta, tanto do lado erodido como no hgido (total de 4 cilindros), os quais foram submetidos avaliao da Resistência de Unio atravs do ensaio de microcisalhamento (1 mm/min), aps armazenamento em saliva artificial por 24 h. A anlise do padro de fratura foi realizada em microscpio ptico (40x). Por meio da Microscopia Eletrnica de Varredura (MEV), a morfologia das superfcies dentinrias hgida e submetida ao desafio erosivo, antes e aps o tratamento com laser de Er:YAG (n=3), foi avaliada. Os valores obtidos de resistência de unio (MPa) foram submetidos ao teste ANOVA e de comparaes mltiplas de Tukey (p<0,05) e as anlises das eletromicrografias foram feitas de forma descritiva. A anlise morfolgica da superfcie mostrou alteraes significativas na dentina hgida irradiada e na submetida ciclagem erosiva, irradiada ou no. Quanto resistência de unio, houve diferena entre os 4 substratos analisados, sendo: dentina hgida irradiada (12,775,09 A), dentina hgida no irradiada (9,763,39 B), dentina erodida irradiada (7,623,39 C) e dentina erodida no irradiada (5,121,72 D). Houve predominncia de padro de fratura do tipo adesiva. Com base nos resultados e nos parmetros de irradiao utilizados neste estudo, pode-se concluir que a eroso reduz a adeso em dentina e que o tratamento da superfcie dentinria com laser de Er:YAG de largura de pulso super curta aumenta a adeso no substrato erodido ou hgido.
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O objetivo principal do estudo comparar o teste em 3 pontos com braquetes com o teste de resistência ao deslizamento utilizando um novo dispositivo que realiza a mensurao simultnea do coeficiente de atrito, das foras e dos momentos nos braquetes de ancoragem e da fora de desativao no braquete desalinhado, exercidos por fios ortodnticos. Os objetivos secundrios foram desenvolver o dispositivo e comparar, no teste em 3 pontos: (i) a influncia, nas grandezas e no coeficiente de atrito cintico, da variao da simetria nas distncias inter-braquetes, do tipo de braquete de ancoragem (canino ou 2 pr-molar), do deslocamento (3 ou 5mm) do braquete central, do sentido do desalinhamento (vestibular ou lingual) do braquete central e da marca de fio-braquete; (ii) as 3 formas de clculo do coeficiente de atrito cintico; (iii) os 10 ciclos, para vestibular ou lingual, para verificar se eles so semelhantes ou no entre si. Foram utilizados braquetes autoligveis (dentes 13, 14 e 15) e fios 0.014\'\' NiTi e CuNiTi das marcas Aditek e Ormco. O teste de resistência ao deslizamento foi realizado no desalinhamento lingual, nos dois deslocamentos e na configurao simtrica. O teste em 3 pontos com braquetes foi realizado no desalinhamento lingual e vestibular, nos dois deslocamentos e na configurao simtrica e assimtrica. Por meio da ANOVA, foram comparados, entre os dois tipos de teste: (A) as grandezas e o coeficiente de atrito e (B) o coeficiente de atrito gerado apenas no braquete de 2 pr-molar. Utilizando-se do mesmo teste estatstico foram comparados, no teste em 3 pontos com braquetes: (A) na configurao simtrica, algumas grandezas e o coeficiente de atrito advindos da variao da marca de fio-braquete, do deslocamento, do desalinhamento e do tipo de braquete; (B) algumas grandezas e o coeficiente de atrito gerados na configurao simtrica e assimtrica; (C) os valores das 3 formas de clculo do coeficiente de atrito na configurao simtrica; e (D) algumas grandezas e o coeficiente de atrito encontrados nos 10 ciclos. Resultados: (A) a maioria dos valores das grandezas e do coeficiente de atrito gerados pelos dois tipos de teste foram diferentes estatisticamente; (B) o braquete de 2 pr-molar apresentou valores de coeficiente de atrito diferentes entre os dois tipos de teste; (C) na configurao simtrica, as variveis foram estatisticamente significantes na maioria dos casos para as grandezas analisadas e para o coeficiente de atrito; (D) houve diferena entre a configurao simtrica e assimtrica; (E) o coeficiente de atrito baseado nas duas normais e na fora de atrito se aproximou mais da realidade clnica e foi sensvel variao da geometria da relao fio-braquete; e (F) os 10 ciclos para lingual foram semelhantes entre si em 70% dos casos e os 10 ciclos para vestibular foram diferentes em 57% dos casos. Concluses: o teste em 3 pontos com braquetes diferente do teste de resistência ao deslizamento; a variao das configuraes geomtricas e da marca de fio-braquete pode influenciar nos valores das grandezas e do coeficiente de atrito cintico; os 10 ciclos para lingual foram mais semelhantes entre si que os 10 ciclos para vestibular.
Resumo:
O carcinoma epidermide bucal (CEC) uma neoplasia maligna com alta morbidade e mortalidade e de difcil tratamento. O tratamento convencional para o CEC inclui cirurgia e radioterapia, seguida ou no de quimioterapia. Apesar de serem amplamente difundidos, esses tratamentos podem ser ineficazes para alguns CECs resistentes. A terapia fotodinmica (PDT) oncolgica tem sido utilizada para o tratamento adjuvante do CEC bucal, principalmente nos casos menos invasivos e que necessitam de reduo do tumor para a resseco cirrgica. Contudo, semelhantemente aos tratamentos convencionais, a PDT pode tambm induzir o aparecimento de populaes celulares resistentes, fato j descrito para carcinoma cutneo, adenocarcinoma de clon e adenocarcinoma mamrio. A hiptese de que clulas de CEC bucal possam desenvolver resistência PDT ainda no foi testada. Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar se clulas de CEC bucal (SCC9) desenvolvem resistência a ciclos repetidos de PDT mediada pelo cido 5- aminolevulnico (5-ALA-PDT) e avaliar se nesse processo ocorre modificao da expresso de marcadores relacionados a sobrevivncia celular (NF?B, Bcl-2, iNOS, mTOR e Akt). Foi utilizada linhagem de clulas de CEC bucal (SCC9), submetida s seguintes condies: 1) Controle - clulas cultivadas sem nenhum tratamento; 2) ALA - clulas incubadas com 5-ALA (1mM durante 4 horas); 3) LED - tratadas com iluminao LED (630nm, 5,86J/cm2, 22,5J, 150mW, 150s); 4) PDT - tratadas com 5- ALA-PDT, com os protocolos do grupo ALA e LED combinados, gerando dose letal de 90%. Inicialmente foi realizado somente um ciclo de PDT, sendo avaliada a viabilidade celular em todos os grupos aps 24, 48, 72 e 120h da irradiao. Tambm foi realizado ensaio de deteco da fragmentao de DNA (TUNEL) e anlise por imunofluorescncia da expresso das protenas NF?B, Bcl-2, iNOS, pmTOR e pAkt nas clulas viveis. Como resultado desse primeiro tratamento com 5-ALA-PDT, observou-se que as clulas sobreviventes ao tratamento apresentaram intensa marcao para pmTOR e exibiram potencial de crescimento durante o perodo analisado. Aps esses ensaios, as clulas que sobreviveram a essa primeira sesso foram coletadas, replaqueadas e novamente cultivadas, sendo ento submetidas a novo ciclo de 5-ALA-PDT. Esse processo foi realizado 5 vezes, variando-se a intensidade de irradiao medida que se observava aumento na viabilidade celular. As populaes celulares que exibiram viabilidade 1,5 vezes maior do que a detectada no primeiro ciclo PDT foram consideradas resistentes ao tratamento. Os mesmos marcadores analisados no primeiro ciclo de PDT foram novamente avaliados nas populaes resistentes. Foram obtidas quatro populaes celulares resistentes, com viabilidade de at 4,6 vezes maior do que a do primeiro ciclo de PDT e irradiao com LED que variou de 5,86 a 9,38J/cm2. A populao mais resistente apresentou ainda menor intensidade de protoporfirina IX, maior capacidade de migrao e modificao na morfologia nuclear. As populaes resistentes testadas exibiram aumento na expresso de pNF?B, iNOS, pmTOR e pAkt, mas no da protena anti-apopttica Bcl- 2. Ensaio in vivo foi tambm conduzido em ratos, nos quais CEC bucal foi quimicamente induzido e tratado ou no com 5-ALA-PDT. Houve intensa expresso imuno-histoqumica das protenas pNF?B, Bcl-2, iNOS, pmTOR e pAkt em relao ao controle no tratado, nas clulas adjacentes rea de necrose provocada pela PDT. Concluiu-se que as clulas de CEC bucal tratadas com 5-ALA-PDT a uma dose de 90% de letalidade desenvolveram viabilidade crescente aps ciclos repetidos do tratamento, bem como exibiram superexpresso de protenas relacionadas sobrevivncia celular, tanto in vitro quanto in vivo. Esses fatos, aliados maior capacidade de migrao, sugerem a aquisio de fentipo de resistência 5-ALAPDT. Esse aspecto deve ser cuidadosamente considerado no momento da instituio dessa terapia para os CECs bucais.
Resumo:
Os ces, por fatores diversos, acabam por apresentar dentes fraturados com ou sem exposio de polpa. Estas fraturas basicamente so identificadas como fraturas recuperveis no complicadas, recuperveis complicadas ou irrecuperveis. As fraturas recuperveis (localizadas apenas no esmalte e dentina) so tratadas com dentstica restauradora. As recuperveis complicadas (com leses em esmalte, dentina e exposio do canal radicular) passam por tratamento endodntico, podendo ser seguidas de restauraes metlicas. Os dentes mais comumente acometidos so os dentes caninos, superiores ou inferiores. Este trabalho em dentes artificiais simulando considervel destruio de sua poro coronal objetivou testar, aps a adaptao da restaurao metlica fundida, a resistência s fraturas no dente canino. Os dentes artificiais foram padronizados com uma tcnica de replicao de razes artificiais em molde de resina acrlica quimicamente ativada. Oitenta rplicas iguais de resina composta fotopolimerizvel, padronizadas em tamanho e forma, foram construdas a partir desta tcnica. Antes da reconstruo prottica, aplicou-se o tratamento endodntico, desobturao, preparo do canal radicular e moldagem. Proteticamente, um pino intrarradicular reto e outro curvo, ambos com ncleo para sustentar a coroa metlica fundida foram cimentados na poro coronal de cada raiz-rplica. Os ncleos e coroa metlica foram ambos ferulados ou estojados. Avaliou-se os dois tipos de restaurao com pino intrarradicular curvos ou retos cimentados com cimento de fosfato de zinco ou resinoso para identificar o melhor conjunto restaurador. Os testes de resistência biomecnica de 80 razes-rplicas foram divididos em 4 grupos com 20 corpos de prova para cada um dos grupos. Grupo 1: das razes-rplicas com pino intrarradicular curvo cimentados com cimento resinoso. Grupo 2: das razes-rplicas com pino intrarradicular curvo cimentados com cimento de fosfato de zinco. Grupo 3: das razes-rplicas com pino intrarradicular reto cimentados com cimento resinoso. Grupo 4: das razes-rplicas com pino intrarradicular reto cimentados com cimento de fosfato de zinco. Estes grupos foram submetidos a teste de fora com pr-carga de 1,5 N, com velocidade de avano constante de 0,05 mm por minuto em ponto pr- determinado (msio-lateral vestibularizada) at ocorrncia de fratura do conjunto ou parte dele em uma Mquina Universal Kratos. Com a avaliao biomecnica e estudo estatstico de Kruskall-Wallis, identificou-se que os dados obtidos no seguiram distribuio normal. Esta diferena mostrou-se com o p<0,05 na interpretao do teste. No caso de dados no paramtricos o post-hoc do Kruskal-Wallis foi o teste de U de Mann-Withney. Paralelamente, um estudo com anlise de elementos finitos comparou os resultados obtidos. No houve diferena significativa sobre o tipo de cimento utilizado ou que favorecesse o uso do pino reto ou do pino curvo, recaindo a escolha para o operador decidir de acordo com a melhor indicao para cada caso clnico
Resumo:
Neste estudo foram analisados experimentalmente o comportamento de 24 pilares curtos de Concreto de Ultra Alta Resistência - CUAR, confinados por armaduras helicoidais, avaliando especificamente os acrscimos de resistência e ductilidade obtidos com diferentes nveis de presso lateral de confinamento. Na etapa experimental foram realizados ensaios de pilares curtos de CUAR com as seguintes caractersticas: - seo circular de 7,2 cm de dimetro e comprimento de 23 cm, e quatro nveis de resistência compresso do concreto sendo eles, 165, 175, 200 e 229 MPa, dosados sem e com adio de fibras metlicas; - diferentes espaamentos das armaduras helicoidais, de modo que fossem obtidas situaes com baixo, mdio e alto ndice de confinamento e taxa de armadura longitudinal fixa. Os ensaios de compresso centrada foram realizados com controle de deslocamento, de modo que foram obtidas as curvas fora x deslocamento completas. Constatou-se que a seo resistente dos pilares de CUAR a formada pelo ncleo de concreto confinado, rea delimitada pelo eixo da armadura transversal. Observou-se que o CUAR com fibras metlicas apresenta maior deformao do ncleo de concreto confinado em relao ao ncleo de concreto confinado de CUAR sem adio de fibras metlicas, indicando dessa forma, que os pilares de CUAR com fibras metlicas apresentam comportamento mais dctil. Para as situaes de alto confinamento foram gerados ao concreto do ncleo confinado significativos acrscimos de resistência e deformao axial, aumentando a resistência do concreto confinado em relao a resistência do concreto no confinado em: 82,26%, 75,34%, 90,46% e 70,51%, respectivamente, e as deformaes axiais do concreto confinado em relao a deformao axial do concreto no confinado em: 433%, 474%, 647% e 550%. Finalmente, acredita-se que os resultados obtidos podero trazer subsdios para aplicaes futuras desta tcnica de confinamento na construo de novos elementos estruturais e no reforo de pilares submetidos a elevados nveis de solicitao axial.
Resumo:
Esse trabalho tem por objetivo analisar comparativamente o espao nas obras Luuanda, do escritor angolano de lngua portuguesa Luandino Vieira, e Texaco, do escritor martinicano de lngua francesa Patrick Chamoiseau. Para esse fim, partimos do pressuposto que, como se pode observar a partir de seus ttulos, os protagonistas das narrativas so os espaos: os musseques luandenses e a favela martinicana, chamada bairro Texaco. Eles configuram os tempos, os narradores, os personagens e os enredos. E configuram, sobretudo, uma linguagem literria que subverte as lnguas dominantes o portugus e o francs incorporando aos textos as lnguas dominadas: o quimbundo angolano e o crioulo martinicano. Vemos, portanto, a partir dos espaos analisados nas narrativas que a histria oficial contestada e reescrita pelos autores e, em seu lugar, temos as histrias dos vencidos que nunca se calaram, que resistiram s invases, s dominaes, s assimilaes e procuram sobreviver. Verificamos, pois, que o modo de sobrevivncia, nas obras, pela ocupao e subverso dos espaos e pela subverso da forma de narrar.