9 resultados para Reforma do sistema de saúde
em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP
Resumo:
No Brasil, a construo bem como as mudanas nos mais de vinte anos do Sistema nico de Saúde (SUS) tem demandado um crescente interesse em estratgias que valorizem o uso da informao em saúde. Cada vez mais as incertezas entre a complexidade deste sistema e as intervenes necessrias para atender os seus preceitos e as necessidades da populao precisam de respostas geis e efetivas. A efetividade dos servios e a equidade em sua prestao so cruciais na ateno saúde e mostram-se como desafio frente dificuldade de avaliao dos resultados das aes pela demora no impacto nos indicadores epidemiolgicos clssicos. O monitoramento uma prtica que pode ser destacada pela agilidade nas respostas, porm ntido o quanto a discusso sobre o assunto pouco estabelecida na literatura disponvel. Se apresenta como uma prtica interativa e proativa que utiliza informaes disponveis com o potencial de organizar e divulgar rapidamente as descobertas feitas, gerar um aprendizado organizacional e apoiar o processo decisrio. A proposta deste estudo considerou o Painel de Monitoramento da Secretaria Municipal da Saúde de So Paulo como ponto de partida para pesquisar sobre as potencialidades do monitoramento na gesto. Uma pesquisa de mtodos mistos foi a opo metodolgica para este trabalho que buscou aprofundar o marco referencial terico sobre monitoramento, descrever e analisar criticamente as referncias tcnicas utilizadas para a construo da proposta e realizar um estudo de caso nico em territrio descentralizado do municpio de So Paulo sobre a rotina local na sua utilizao e com isso analisar as potencialidades e os alcances desta experincia na gesto municipal. Concluiu-se que o monitoramento por meio de indicadores selecionados a partir de dados secundrios uma estratgia oportuna de acompanhar a tendncia de determinadas aes possibilitando assim a emisso de juzo de valor e tomada de deciso com rapidez. O aplicativo propicia aos gestores e tcnicos informaes relevantes que apoiam o processo decisrio, alm de possibilitar a sua utilizao em diferentes contextos da gesto e portes territoriais. Por outro lado, a prtica cotidiana pautada por prioridades normativas, onde a preciso do registro, a coerncia das fontes e a quantidade apontada sobrepem-se informao em si, o seu significado e as aes necessrias para o enfrentamento dos problemas. O uso da informao cultura em construo e o Painel de Monitoramento traz a possibilidade de organizar, qualificar e difundir dados secundrios dos diferentes sistemas de informao do Sistema nico de Saúde (SUS). Alm disso, tem contribudo tambm no papel de fomentar as discusses sobre os diferentes temas que envolvem as prioridades de uma gesto em todos os nveis do sistema de saúde do municpio de So Paulo.
Resumo:
Este estudo tem por objetivo analisar as categorias de cidadania e incluso social na poltica de desinstitucionalizao nos sujeitos em sofrimento psquico diante do processo de individualizao na teoria social contempornea. Assume como hiptese que a sada do hospital psiquitrico por si s no garante a incluso social e nem o livre exerccio da cidadania. Considerado o objetivo desta pesquisa, optou-se por fazer uma pesquisa bibliogrfica como procedimento metodolgico. O material de estudo foi dividido em trs conjuntos: (1) 56 artigos cientficos, visando a compreender a viso da academia; (2) um conjunto de legislao, composto de 10 leis que implementaram a poltica de desinstitucionalizao no Brasil e a reforma dos servios de saúde psiquitrica, visando a compreender as aes do Estado; (3) quatro Relatrios Finais das quatro Conferncias Nacionais de Saúde Mental, para tambm compreender a participao da sociedade civil. Para a anlise do material, utilizou-se uma combinao de duas tcnicas complementares: leitura bibliogrfica com a anlise de contedo. Dentre os vrios processos que caracterizam a sociedade contempornea, optou-se por analisar a individualizao que impacta nas formas de exerccio da cidadania e na incluso social. Na anlise dos resultados da categoria de cidadania foram identificadas associaes em relao interdio civil, liberdade, moradia, saúde, trabalho, educao e participao poltica. Relacionadas categoria de incluso social foram identificadas as referncias famlia, estigma, laos sociais, autonomia, contratualidade e trabalho. Os resultados obtidos indicam que o campo da saúde mental no est em completa consonncia com as transformaes da sociedade contempornea, o que provoca um descolamento da realidade social da prpria politica de desinstitucionalizao e, portanto, maior dificuldade para a efetiva incluso social e o exerccio da cidadania desses indivduos.
Resumo:
Ao longo dos ltimos trinta anos, entre meados das dcadas de 1980 e 2010, os sistemas de saúde da Alemanha, Frana e Reino Unido foram reformados, gerando uma crescente mercantilizao no financiamento e na prestao de servios. O trabalho analisa as razes dessas mudanas, assim como identifica que a mercantilizao no ocorreu nem mediante os mesmos mecanismos e nem com a mesma profundidade, havendo importante inrcia institucional. As diferenas observadas atestam as especificidades de cada pas, em termos de seu contexto econmico, de seus arranjos polticos, das caractersticas institucionais de cada sistema e das formas que assumiram os conflitos sociais (extra e intra sistema de saúde). Os sistemas de saúde alemo, francs e britnico, enquanto sistemas pblicos de ampla cobertura e integralidade, so frutos do perodo aps a Segunda Guerra Mundial. Um conjunto de fatores contribuiu para aquele momento histrico: os prprios impactos do conflito, que forjaram a ampliao na solidariedade nacional e a maior presso por parte dos trabalhadores; a ascenso socialista na Unio Sovitica; o maior apoio ao e ao planejamento estatal; o forte crescimento econmico, fruto da emerso de um regime de acumulao fordista, pautado na expanso da produtividade. A acomodao do conflito capital-trabalho, neste contexto, ocorreu mediante a expanso dos salrios reais e ao desenvolvimento do Estado de bem-estar social, ou seja, de polticas pblicas voltadas criao e/ou ampliao de uma rede de proteo social. No entanto, a crise econmica da dcada de 1970 corroeu a base de financiamento e gerou questionamentos sobre sua eficincia, em meio transformao do regime de acumulao de fordista para financeirizado, levando adoo de reformas constantes ao longo das dcadas seguintes. Alm disso, as transformaes especficas do setor saúde complexificaram a situao, tendo em vista o crescente envelhecimento populacional, a demanda por cuidados mais amplos e complexos e, principalmente, os custos derivados da incorporao tecnolgica. Este cenrio impulsionou a implementao de uma srie de alteraes nesses sistemas de saúde, com destaque para a incorporao de mecanismos de mercado (como a precificao dos servios prestados, a induo concorrncia entre prestadores de servios), o crescimento da responsabilidade dos usurios pelo financiamento do sistema (como o aumento nos co-pagamentos e a reduo na cobertura pblica) e a ampliao da participao direta do setor privado na prestao dos servios de saúde (realizando os servios auxiliares, a gesto de hospitais pblicos, comprando instituies estatais). No entanto, de forma simultnea, as reformas ampliaram o acesso e a regulamentao estatal, alm da modificao na base de financiamento, principalmente na Frana. Isto significa que a mercantilizao no foi o nico direcionamento das reformas, em decorrncia de dois fatores principais: a prpria crise econmica expulsou parcela da populao dos mecanismos ps-guerra de proteo saúde, demandando reao estatal, e diferentes agentes sociais influenciaram nas mudanas, bloqueando ou ao menos limitando um direcionamento mercantil nico.
Resumo:
No Brasil, o sistema de saúde composto por duas estruturas: pblica, representada pelo Sistema nico de Saúde (SUS) e privada suplementar, composta por 1.268 operadoras de planos de saúde, supervisionadas pela Agncia Nacional de Saúde (ANS). No entanto, as operadoras tm sido consideradas ineficientes tanto na gerao de resultados financeiros quanto na prestao de servios aos beneficirios, destacando-se a necessidade e relevncia para a saúde pblica ao se buscar avaliar o seu desempenho sob essas perspectivas. O objetivo do trabalho foi, para um mesmo nvel de eficincia na prestao de servios, identificar as prticas administrativas que diferenciam as operadoras de planos de saúde (OPS) financeiramente sustentveis. Para tanto, inicialmente foi aplicada a tcnica da Anlise Envoltria de Dados (DEA) no intuito de identificar operadoras eficientes em transformar inputs em outputs e, a partir dos escores obtidos, selecionar duas OPS de nvel de servios semelhantes e desempenho financeiro opostos para que fossem comparadas por meio de um estudo de mltiplos casos. A anlise quantitativa indicou que as OPS de medicina de grupo apresentaram maior eficincia do que as demais modalidades. J o estudo de mltiplos casos identificou que a gesto de polticas de crdito, de captao e aplicao de recursos, o planejamento tributrio, a adoo de polticas de promoo e preveno saúde, as formas de remunerao dos mdicos e a estratgia de composio de receitas diferenciaram a OPS de melhor desempenho.
Resumo:
Nos ltimos trinta anos, pesquisadores da rea da saúde tem dado especial ateno ao tema da educao interprofissional (EIP), por esta estar relacionada com uma maior satisfao dos usurios e a oferta de uma assistncia em saúde mais resolutiva e satisfatria. A necessidade de adotarmos a EIP como uma ferramenta para a formao de profissionais da saúde surge a partir do momento que percebemos que nosso sistema de saúde presta cuidados fragmentados e pouco resolutivos. Atualmente, estudos cientficos comprovam que a prtica colaborativa e um cuidado ofertado com qualidade facilmente alcanvel se os profissionais trabalharem em equipe com objetivos comuns, sendo imprenscindvel o desenvolvimento de habilidades de comunicao interprofissional e prtica colaborativa desde o incio da graduao. Desta forma, este estudo tomou como objeto de investigao a educao interprofissional, no contexto da ateno primria a saúde e na perspectiva da integrao do ensino com os servios pblicos de saúde, por meio do programa Pr PET-Saúde USP-Capital 2012/2014. A escolha do programa para o presente estudo foi devido a natureza interprofissional do projeto, visto que engloba estudantes, preceptores e tutores de diversos cursos da rea da saúde e por este ter constitudo um espao privilegiado de aprendizado e aperfeioamento na formao em saúde, dando origem a outras iniciativas interprofissionais na Universidade de So Paulo (USP). A coleta de dados ocorreu de duas formas, sendo a primeira por meio de questionrios individuais destinado aos profissionais de saúde (preceptores) e estudantes, com trechos da obra de Lewis Carroll \"As Aventuras de Alice no Pas das Maravilhas\", e por meio de um roteiro de entrevista destinado aos docentes (tutores) participantes do programa. Os dados obtidos foram analisados atravs da anlise temtica proposta por Minayo. Os resultados mostram que assim como a personagem Alice do livro de Carroll, muitas vezes ficamos confusos sobre quais opes escolher para aperfeioar a nossa formao em saúde. Se no soubermos onde queremos chegar, qualquer caminho se torna o certo, porm as evidncias comprovam que a escolha por oportunidades de educao interprofissional na graduao e na ps graduao em saúde podem minimizar esteretipos e preconceitos formados pelos estudantes em relao as outras categorias profissionais e desenvolver habilidades de comunicao interprofissional e resoluo de conflitos que contribuir para uma prtica colaborativa e a melhor assistncia em saúde. Como produto do mestrado profissional foi elaborado um plano de aula destinado aos estudantes da USP com a finalidade de problematizar e permitir uma breve experincia da educao interprofissional.
Resumo:
O presente estudo visa analisar o contexto internacional na produo estratgica de insumos nucleares para a rea da saúde e como o processo de crescente interao poltica entre os pases influencia na tomada de deciso dos gestores dos sistemas nacionais de saúde, tendo em vista a importncia de alcanarem maiores graus de autonomia frente aos oligoplios mundiais que dominam a produo de equipamentos para a saúde. Neste contexto, utilizou-se a abordagem terica fornecida pelo estudo do Complexo Industrial em Saúde (GADELHA, 2003), que fornece elementos para discutir a interao entre o sistema de saúde e o sistema econmico-industrial, mostrando a dicotomia existente na relao entre ambos, que se exprime na deteriorao do potencial de inovao do pas e na vulnerabilidade externa da poltica de saúde. Para tanto, a escolha pela investigao do caso emprico de criao do Reator Multipropsito Brasileiro se deu pelo envolvimento de diferentes setores institucionais no processo e que influenciam diretamente na estruturao de um parque de alta densidade tecnolgica e cientfica ligado rea da saúde que poderiam elevar o pas a um patamar diferenciado em termos de cooperao internacional e estratgia geopoltica. Os mtodos utilizados incluram pesquisa bibliogrfica sobre o tema e anlise de dados secundrios que circundam o processo de incorporao da tecnologia estudada
Resumo:
A estratgia do Tratamento Diretamente Observado de Curta Durao para o controle da tuberculose (DOTS) tem sido usada por vrios pases do mundo especificamente pelos 22 mais afetados pela doena, que contribuem com cerca de 80% de casos, porm, apesar da estratgia demonstrar a reduo de casos e aumentar a adeso dos pacientes ao tratamento, e ter sido implementada em Moambique desde a dcada de 1980, a doena continua a ser um problema grave de saúde pblica no pas. Este estudo tem como objetivo central: analisar a transferncia da poltica do DOTS a partir da viso dos gestores centrais, provinciais e distritais, e profissionais de saúde da provncia de Nampula. Trata-se de um estudo qualitativo que usa a Anlise de Discurso de matriz francesa como seu referencial terico metodolgico que busca a compreenso dos sentidos a partir das condies da produo. Participaram deste estudo 15 profissionais de saúde que ocupavam as posies de gestores, mdicos e profissionais de enfermagem e/ou tcnicos, e atuavam no Programa nacional de controle de Tuberculose em Moambique com o mnimo de um ano de experincia, nos meses de maio a agosto de 2014, nos nveis central, provincial (Nampula), e distrital (em oito distritos da provncia de Nampula). Para a coleta de dados usou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado que permitiu explorar os sentidos produzidos. O corpus em anlise foi constitudo a partir das entrevistas transcritas. Para o auxlio da organizao dos dados usou-se o sofware Atlis.ti verso 6. Este estudo teve a aprovao da Comisso Nacional de Biotica e da autorizao do Ministro da Saúde de Moambique. Para a anlise dos dados foram identificados quatro blocos discursivos: experincias adotadas na implementao e manuteno do DOTS; estratgias adotadas na implementao e manuteno de DOTS; potencialidades, fragilidades de DOTS no controle da tuberculose e; discursos no buscados pelo roteiro: possveis solues. Os sentidos produzidos enfatizam dizeres inscritos em formaes discursivas que desconsideram a subjetividade do enfermo; de fragilidades do sistema de saúde, falta de recursos humanos, falta de transporte, baixos salrios, insuficincia de laboratrios, distncias longas entre a moradia do paciente e a unidade sanitria. Ainda os entrevistados entendem como potencialidade a participao dos agentes comunitrios e da famlia no tratamento da doena. Conclui-se que para o controle da tuberculose usando a estratgia DOTS o compromisso do governo deve ser pragmtico traduzindo-se em aes concretas como o aumento do financiamento das aes de controle de tuberculose, incluindo as pesquisas, formao dos recursos humanos e, sobretudo, atuar sobre os determinantes socias da saúde
Resumo:
A reduo da mortalidade um objetivo fundamental das unidades de terapia intensiva peditrica (UTIP). O estgio de gravidade da doena reflete a magnitude das comorbidades e distrbios fisiolgicos no momento da internao e pode ser avaliada pelos escores prognsticos de mortalidade. Os dois principais escores utilizados na UTIP so o Pediatric Risk of Mortality (PRISM) e o Pediatric Index of Mortality (PIM). O PRISM utiliza os piores valores de variveis fisiolgicas e laboratoriais nas primeiras 24 horas de internao enquanto o PIM2 utiliza dados da primeira hora de internao na UTIP e apenas uma gasometria arterial. No h consenso na literatura, entre PRISM e PIM2, quanto utilidade e padronizao na admisso na terapia intensiva para as crianas e adolescentes, principalmente em uma UTI de nvel de atendimento tercirio. O objetivo do estudo foi estabelecer o escore de melhor performance na avaliao do prognstico de mortalidade que seja facilmente aplicvel na rotina da UTIP, para ser utilizado de forma padronizada e contnua. Foi realizado um estudo retrospectivo onde foram revisados os escores PRISM e PIM2 de 359 pacientes internados na unidade de terapia intensiva peditrica do Instituto da Criana do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da USP, considerada uma unidade de atendimento de nvel tercirio. A mortalidade foi de 15%, o principal tipo de admisso foi clinico (78%) sendo a principal causa de internao a disfuno respiratria (37,3%). Os escores dos pacientes que foram a bito mostraram-se maiores do que o dos sobreviventes. Para o PRISM foi 15 versus 7 (p = 0,0001) e para o PIM2, 11 versus 5 (p = 0,0002), respectivamente. Para a amostra geral, o Standardized Mortality Ratio (SMR) subestimou a mortalidade tanto para o PIM2 quanto para o PRISM [1,15 (0,84 - 1,46) e 1,67 (1,23 - 2,11), respectivamente]. O teste de Hosmer-Lemeshow mostrou calibrao adequada para ambos os escores [x2 = 12,96 (p = 0,11) para o PRISM e x2 = 13,7 (p = 0,09) para o PIM2]. A discriminao, realizada por meio da rea sob a curva ROC, foi mais adequada para o PRISM do que para o PIM2 [0,76 (IC 95% 0,69 - 0,83) e 0,65 (IC 95% 0,57 - 0,72), respectivamente, p= 0,002]. No presente estudo, a melhor sensibilidade e especificidade para o risco de bito do PRISM foi um escore entre 13 e 14, mostrando que, com o avano tecnolgico, o paciente precisa ter um escore mais elevado, ou seja, maior gravidade clnica do que a populao original, para um maior risco de mortalidade. Os escores de gravidade podem ter seus resultados modificados em consequncia: do sistema de saúde (pblico ou privado), da infraestrutura da UTIP (nmero de leitos, recursos humanos, parque tecnolgico) e indicao da internao. A escolha de um escore de gravidade depende das caractersticas individuais da UTIP, como o tempo de espera na emergncia, presena de doena crnica complexa (por exemplo, pacientes oncolgicos) e como realizado o transporte para a UTIP. Idealmente, estudos multicntricos tm maior significncia estatstica. No entanto, estudos com populaes maiores e mais homogneas, especialmente nos pases em desenvolvimento, so difceis de serem realizados
Resumo:
Para avaliar os benefcios da comunicao rpida ao clnico do diagnstico de vrus respiratrios, foi analisado a viabilidade econmica de 2 testes, com o tempo de entrega de resultado em 2 horas para teste rpido e 48 horas para Biologia Molecular. As amostras coletadas foram processadas utilizando tcnicas convencionais e os testes disponveis no mercado local. Foram escolhidos dois testes rpidos pelo mtodo de imunocromatografia para quatro parmetros analticos: Influenza A, Influenza H1N1, Influenza B e Vrus Sincicial Respiratrio (RSV) e em Biologia Molecular um teste de RT-PCR multiplex com 25 patgenos entre vrus e bactrias. O tipo de amostra utilizada foi swab e lavado de nasofaringe. A populao escolhida para o estudo foi paciente adulto, em tratamento de cncer, que necessita de uma resposta rpida j que a maioria se encontra com comprometimento do sistema imune por doena ou por tratamento. O estudo foi transversal, realizado entre os anos de 2012 e 2013, para avaliar a viabilidade econmica da introduo de testes de diagnstico da infeco respiratria aguda de etiologia viral a partir de amostras de nasofaringe em pacientes com cncer atendidos no Centro de Atendimento de Oncologia Intercorrncia (CAIO ), do Instituto do Cncer do Estado de So Paulo (ICESP), hospital pblico que atende exclusivamente Sistema nico de Saúde (SUS) e Hospital A.C. Camargo, que atende tanto a pacientes do SUS como da rede privada. O estudo incluiu 152 pacientes em tratamento para qualquer tipo de cncer, predominantemente do sexo feminino (81 mulheres e 70 homens) com idades entre 18-86 anos. Para participar do estudo o paciente era consultado e o critrio para escolha do paciente foi ser portador de cncer, com histria de febre (ainda que referida) acompanhada de tosse ou dor de garganta, tosse e sintomas respiratrios agudos, atendidos por protocolo padronizado que inclui avaliao na admisso, seguimento e manejo antimicrobiano. Para a avaliao econmica os pacientes foram classificados de acordo com o estado geral de saúde, se apresentavam bom estado de estado de saúde poderiam receber alta e faziam uso da medicao em casa evitando 5 dias de internao se recebessem algum resultado para Influenza ou RSV, no entanto os pacientes que apresentavam outro vrus, resultado negativo ou o estado geral era ruim permaneciam internados por 7 dias em observao e cuidados com medicao adequada. Foram realizadas anlises econmicas em dois mbitos: o sistema de saúde publico e o privado considerando o fator diminuio de dias de internao. A analise de Custo-benefcio foi eficiente no Sistema privado mas inadequada para o SUS assim como, qualquer outra medida monetria j que os valores de reembolso do SUS esto defasados do custo de qualquer internao. A anlise de Custo-efetividade que olha para outros fatores alm do monetrio foi efetiva nos dois sistemas que enfrentam falta de leitos alm da condio de saúde do paciente de evitar a ingesto desnecessria de antibiticos, evitar os gastos do acompanhante, perda de dias de trabalho e estudo. No houve correspondncia de resultados dos testes rpidos com o multiplex de Biologia Molecular