4 resultados para Prevenção controle

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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Os acessos venosos so indispensveis para assistncia do paciente em situao crtica. O cateter venoso central (CVC) um acesso que viabiliza a teraputica dessa clientela, mas o seu uso pode levar infeces. Estas infeces ocasionam maior permanncia hospitalar, elevam os custos totais das instituies e aumentam a morbidade e a mortalidade do paciente. O uso de curativos como cobertura do stio de sada do CVC eficaz na prevenção das infeces relacionadas a estes cateteres, em particular, o uso de curativos impregnados com antisspticos como o curativo gel de clorexidina. Este estudo teve como objetivo comparar a efetividade do curativo gel de clorexidina com a do filme transparente de poliuretano na prevenção da colonizao do cateter venoso central em pacientes adultos crticos. Trata-se de estudo experimental, do tipo ensaio clnico randomizado, com tratamentos em paralelo, prospectivo e monocntrico, realizado de acordo com as recomendaes do Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT). O estudo foi realizado na Unidade de Terapia Intensiva e na Unidade Coronariana de um hospital de ensino do interior do Estado de So Paulo. Participaram do estudo 102 indivduos hospitalizados nestes locais, divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo interveno, no qual o tipo de cobertura utilizada foi o curativo de gel de clorexidina e grupo controle, que utilizou como cobertura o filme transparente de poliuretano. O desfecho primrio mensurado foi a colonizao do cateter e os desfechos secundrios foram a infeco clnica do stio de sada, a infeco microbiolgica do stio de sada e a infeco da corrente sangunea relacionada ao cateter. Para a coleta de dados foi elaborado um instrumento, e este validado quanto ao seu contedo e forma por 13 enfermeiros pertencentes aos locais do estudo. Estes profissionais foram treinados para a realizao dos curativos e coleta das pontas dos cateteres centrais, swabs dos stios de sada e hemoculturas. Anlises descritivas foram usadas para todas as variveis do estudo. O teste Exato de Fisher foi utilizado para comparar as propores de cada desfecho nos grupos de interveno e controle, e a regresso logstica para explorar se a colonizao no CVC poderia ser associada com o tempo de uso do cateter e com o Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II) dos pacientes do estudo. De acordo com os resultados no houve diferena estatisticamente significante entre a colonizao nos dois grupos (p valor = 1.00), para a infeco microbiolgica do stio de sada (p valor = 0.08), para a infeco clnica do stio de sada (p valor = 0.77) e para as infeces da corrente sangunea relacionadas ao cateter (p valor = 1,00). Conclui-se que o presente estudo pode contribuir para que as unidades de sade tenham subsdios para realizar a escolha do tipo de curativo baseado em suas necessidades institucionais e no desenvolvimento de protocolos relacionados medidas de insero e manuteno do cateter, bem como medidas educativas permanentes

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Espcies de Phytophthora tem se destacado ao longo da histria devido ao seu potencial destrutivo, se iniciando com a devastadora P. infestans na Irlanda e se estende at os dias de hoje com P. nicotianae em citros e P. plurivora em faia. Uma caracterstica importante deste grupo de patgenos que as medidas de controle da doena se baseiam na prevenção da entrada do patgeno na rea visto que, uma vez instalado, o produtor precisa conviver com o mesmo, pois no se dispem de mtodos efetivos de controle. Neste sentido, a busca por mtodos de controle torna-se primordial. O endoftico radicular Piriformospora indica, tem-se destacado em vrios patossistemas devido a sua habilidade de induzir resistncia contra patgenos, aumentar a tolerncia estresses abiticos e promover o crescimento de plantas. Taxtomina A, produzida por Streptomyces scabies, capaz de ativar mecanismos de defesa de plantas, os quais so efetivos contra agentes patognicos. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de P. indica e da taxtomina A sobre P. nicotianae em citros e P. plurivora em faia. Ambos foram avaliados quanto ao seu efeito direto sobre os patgenos em questo. O indutor de defesa vegetal Bion® foi utilizado em alguns ensaios para fins de comparao. Plntulas de citros e faia foram tratadas com concentraes crescentes de taxtomina e parmetros fisiolgicos, bioqumicos e de controle da doena foram avaliados. Taxtomina A no apresenta efeito direto sobre os patgenos avaliados. Os dados de incidncia da doena em plntulas de faia tratadas com taxtomina A nas concentraes de 10, 25, 50 e 100 μg se mostraram consistentes com a quantidade de DNA do patgeno no sistema radicular, demonstrando que, aparentemente, a toxina induziu suscetibilidade nas plntulas de faia. Em citros, para os parmetros fisiolgicos e bioqumicos avaliados, em linhas gerais, a taxtomina A nas concentraes de 50 e 100 μg demonstrou potencial de aplicao no patossistema citros - P. nicotianae. Quando avaliada a mortalidade de plantas inoculadas com o patgeno e tratadas com taxtomina, bem como, quando quantificado o DNA do oomiceto no sistema radicular, as referidas concentraes tambm apresentaram os melhores desempenhos. Plntulas das mesmas espcies foram submetidas a inoculao com P. indica, sendo avaliados os efeitos na promoo de crescimento, na atividade de enzimas e de genes relacionados ao processo de defesa, bem como, no controle da doena. No foi observado efeito direto do endoftico radicular sobre os patgenos avaliados. Quando plntulas de citros foram inoculadas com P. indica e depois com P. nicotianae, no foi observada promoo de crescimento e controle da doena. As anlises histolgicas e moleculares demonstraram a presena do endoftico no sistema radicular de plntulas de citros e faia. Anlises bioqumicas revelaram apenas aumentos pontuais no teor de protenas e na atividade da β-1,3-glucanase e da peroxidase no tratamento com P. indica + P. nicotianae. Os genes PR-1.4, PR-1.8, PR-β-glucosidase e Hsp70 foram induzidos em plntulas inoculadas com P. indica e com o patgeno, bem como no tratamento com Bion® e patgeno, porm em menor magnitude. O endoftico P. indica ativa o sistema de defesa de plntulas de citros, no entanto, os mecanismos ativados no so efetivos para o controle da doena na interao citros - P. nicotianae.

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Introduo: Infeces relacionadas assistncia de sade (IRAS) representam hoje um dos principais desafios da qualidade do cuidado do paciente, principalmente em pacientes submetido a transplante de clulas tronco e hematopoiticas (TCTH) O banho dirio com a clorexidina (CHG) degermante a 2% tem sido proposto principalmente em unidades de terapia intensivas (UTIs) para diminuir a colonizao bacteriana do paciente e assim diminuir IRAS. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do banho com CHG degermante a 2% em unidade de internao de TCTH na incidncia de infeco e colonizao por patgenos multirresistentes e ainda avaliar seu impacto na sensibilidade das bactrias ao antissptico. Mtodos: Foi realizado um estudo quasi-experimental, com durao de 9 anos, com incio em janeiro/2005 at dezembro/2013. A interveno foi iniciada em agosto de 2009, sendo que os perodos pr e ps-interveno tiveram durao de 4,5 anos. As taxas de IRAS, infeco por gram-negativos multirresistentes e infeco e colonizao por enterococo resistente a vancomicina (VRE) foram avaliadas atravs de srie temporal, para estudar o impacto da interveno. As concentraes inibitrias mnimas (CIM) das bactrias para a CHG com e sem o inibidor de bomba de efluxo (CCCP) foram avaliadas nos dois perodos. Os genes de resistncia a CHG foram estudados por meio da PCR e a clonalidade dos isolados por eletroforese em campo pulstil. Resultados: Foi observada reduo significativa na incidncia de infeco e colonizao de VRE na unidade no perodo ps-interveno (p: 0,001). Essa taxa permaneceu estvel em outras UTIs clnicas do hospital. Contudo as taxas de infeco por Gram negativos multirresistentes aumentou nos ltimos anos na unidade. No ocorreu diminuio na taxa de IRAS na unidade. As CIMs testadas de CHG aumentaram nas amostras de VRE e K. pneumoniae aps o perodo de exposio ao antissptico, com queda importante da CIM aps o uso do CCCP, revelando ser a bomba de efluxo, um importante mecanismo de resistncia CHG. As amostras de A. baumannii e P. aeruginosa no apresentaram aumento da CIM aps perodo de exposio clorexidina. As bombas de efluxo Ade A, B e C estiveram presentes na maioria dos A. baumannii do grupo controle (66%). A bomba cepA foi encontrada em 67% de todas as K. pneumoniae testadas e em 44,5% das P. aeruginosas do grupo pr interveno. Observamos uma relao positiva entre a presena da CepA nas amostras de K. pneumoniae e a resposta ao CCCP: de todas as 49 amostras CepA positivas 67,3% obtiveram reduo do seu MIC em 4 diluies aps adio do CCCP. A avaliao de clonalidade demonstrou padro policlonal das amostras de VRE, K. pneumoniae e A. baumannii avaliadas. Em relao s amostras de P. aeruginosa foi observado que no perodo ps-interveno ocorreu predominncia de um clone com > 80% semelhana em 10 das 22 amostras avaliadas pelo dendrograma. Concluses: O banho de clorexidina teve impacto na reduo da incidncia de infeco e colonizao por VRE na unidade de TCTH, e no teve o mesmo impacto nas bactrias gram-negativas. Os mecanismos moleculares de resistncia clorexidina esto intimamente ligados presena de bomba de efluxo, sendo provavelmente o principal mecanismo de resistncia e tolerncia das bactrias ao antissptico

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INTRODUO: As doenas cardiovasculares (DCV) so a principal causa de morte no mundo, sendo muitos dos fatores de risco passveis de prevenção e controle. Embora as DCV sejam complexas em sua etiologia e desenvolvimento, a concentrao elevada de LDL-c e baixa de HDL-c constituem os fatores de risco modificveis mais monitorados na prtica clnica, embora no sejam capazes de explicar todos os eventos cardiovasculares. Portanto, investigar como intervenes farmacolgicas e nutricionais podem modular parmetros oxidativos, fsicos e estruturais das lipoprotenas pode fornecer estimativa adicional ao risco cardiovascular. Dentre os diversos nutrientes e compostos bioativos relacionados s DCV, os lipdeos representam os mais investigados e descritos na literatura. Nesse contexto, os cidos graxos insaturados (mega-3, mega-6 e mega-9) tm sido foco de inmeros estudos. OBJETIVOS: Avaliar o efeito da suplementao com mega-3, mega-6 e mega-9 sobre os parmetros cardiometablicos em indivduos adultos com mltiplos fatores de risco e sem evento cardiovascular prvio. MATERIAL E MTODOS: Estudo clnico, randomizado, duplo-cego, baseado em interveno nutricional (3,0 g/dia de cidos graxos) sob a frmula de cpsulas contendo: mega-3 (37 por cento de EPA e 23 por cento de DHA) ou mega-6 (65 por cento de cido linoleico) ou mega-9 (72 por cento de cido oleico). A amostra foi composta por indivduos de ambos os sexos, com idade entre 30 e 74 anos, apresentando pelo menos um dos seguintes fatores de risco: Dislipidemia, Diabetes Mellitus, Obesidade e Hipertenso Arterial Sistmica. Aps aprovao do Comit de tica, os indivduos foram distribudos nos trs grupos de interveno. No momento basal, os indivduos foram caracterizados quanto aos aspectos demogrficos (sexo, idade e etnia) e clnicos (medicamentos, doenas atuais e antecedentes familiares). Nos momentos basal e aps 8 semanas de interveno, amostras de sangue foram coletadas aps 12h de jejum. A partir do plasma foram analisados: perfil lipdico (CT, LDL-c, HDL-c, TG), apolipoprotenas AI e B, cidos graxos no esterificados, atividade da PON1, LDL(-) e auto-anticorpos, cidos graxos, glicose, insulina, tamanho e distribuio percentual da LDL (7 subfraes e fentipo A e no-A) e HDL (10 subfraes). O efeito do tempo, da interveno e associaes entre os cidos graxos e aspectos qualitativos das lipoprotenas foram testados (SPSS verso 20.0, p <0,05). RESULTADOS: Uma primeira anlise dos resultados baseada em um corte transversal demonstrou, por meio da anlise de tendncia linear ajustada pelo nvel de risco cardiovascular, que o maior tercil plasmtico de DHA se associou positivamente com HDL-c, HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Observou-se tambm que o maior tercil plasmtico de cido linoleico se associou positivamente com HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Esse perfil de associao no foi observado quando foram avaliados os parmetros dietticos. Avaliando uma subamostra que incluiu indivduos tabagistas suplementados com mega-6 e mega-3, observou-se que mega-3 modificou positivamente o perfil lipdico e as subfraes da HDL. Nos modelos de regresso linear ajustados pela idade, sexo e hipertenso, o DHA plasmtico apresentou associaes negativas com a HDLPEQUENA. Quando se avaliou exclusivamente o efeito do mega-3 em indivduos tabagistas e no tabagistas, observou-se que fumantes, do sexo masculino, acima de 60 anos de idade, apresentando baixo percentual plasmtico de EPA e DHA (<8 por cento ), com excesso de peso e gordura corporal elevada, apresentam maior probabilidade de ter um perfil de subfraes de HDL mais aterognicas. Tendo por base os resultados acima, foi comparado o efeito do mega-3, mega-6 e mega-9 sobre os parmetros cardiometablicos. O mega-3 promoveu reduo no TG, aumento do percentual de HDLGRANDE e reduo de HDLPEQUENA. O papel cardioprotetor do mega-3 foi reforado pelo aumento na incorporao de EPA e DHA, no qual indivduos com EPA e DHA acima de 8 por cento apresentaram maior probabilidade de ter HDLGRANDE e menor de ter HDLPEQUENA. Em adio, observou-se tambm que o elevado percentual plasmtico de mega-9 se associou com partculas de LDL menos aterognicas (fentipo A). CONCLUSO: cidos graxos plasmticos, mas no dietticos, se correlacionam com parmetros cardiometablicos. A suplementao com mega-3, presente no leo de peixe, promoveu reduo no TG e melhoria nos parmetros qualitativos da HDL (mais HDLGRANDE e menos HDLPEQUENA). Os benefcios do mega-3 foram particularmente relevantes nos indivduos tabagistas e naqueles com menor contedo basal de EPA e DHA plasmticos. Observou-se ainda que o mega-9 plasmtico, presente no azeite de oliva, exerceu impacto positivo no tamanho e subfraes da LDL.