10 resultados para Idosos Psicologia

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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Introduo: As doenas cardiovasculares so a principal causa de morte no Brasil e no mundo e apresentam importante contribuio para a carga global de doenas. A dieta tem sido considerada um dos determinantes primrios do estado de sade dos indivduos, atuando na modulao dos fatores de risco metablicos para doena cardiovascular. Objetivos: Desenvolver um modelo conceitual para a relao entre fatores de risco metablicos e investigar sua associao com padres de dieta de adultos e idosos residentes no municpio de So Paulo. Mtodos: Estudo transversal de base populacional com amostra probabilstica de adultos e idosos, residentes em rea urbana do municpio de So Paulo, que participaram do Inqurito de Sade do Municpio de So Paulo, realizado em duas fases entre os anos de 2008 e 2011 (estudo ISA Capital 2008). Na primeira fase do estudo, 1.102 adultos e idosos, de ambos os sexos, foram entrevistados no domiclio, por meio da aplicao de questionrio estruturado e do recordatrio alimentar de 24 horas. Na segunda fase, 642 indivduos adultos e idosos foram reavaliados quanto ao consumo alimentar por meio da aplicao, por telefone, do segundo recordatrio alimentar, e, destes, 592 participaram da coleta domiciliar de amostras de sangue venoso, da medio antropomtrica e da aferio da presso arterial por tcnico de enfermagem. Os alimentos relatados em ambos os recordatrios foram agrupados segundo a similaridade do valor nutricional e hbitos alimentares da populao, e corrigidos pela varincia intrapessoal da ingesto por procedimentos estatsticos da plataforma online Multiple Source Method. Os grupos de alimentos foram analisados por meio de anlise fatorial exploratria e confirmatria (manuscrito 1) e por modelos de equaes estruturais exploratrios (manuscrito 3), a fim de obter os padres de dieta. O modelo conceitual da relao entre os fatores de risco metablicos (leptina srica, protena C-reativa de alta sensibilidade srica, presso arterial sistlica e diastlica, razo colesterol total/lipoprotena de alta densidade, razo triacilglicerol/lipoprotena de alta densidade, glicemia de jejum plasmtica, circunferncia da cintura e peso corporal) foi obtido por modelos de equaes estruturais estratificados por sexo (manuscrito 2). Por fim, a associao dos padres de dieta com o modelo conceitual proposto (manuscrito 3) foi investigada por modelos de equaes estruturais exploratrios. ndices de qualidade de ajuste foram estimados para avaliar a adequao de todos os modelos. As anlises foram realizadas no programa Mplus verso 6.12. Resultados: No manuscrito 1, a anlise fatorial exploratria revelou a existncia de dois padres de dieta, os quais apresentaram boa qualidade de ajuste na anlise fatorial confirmatria quando aplicados os pontos de corte de cargas fatoriais |0,25| na rotao oblqua Promax. No manuscrito 2, a relao entre os fatores de risco metablicos foi diferente entre os sexos. Nas mulheres, a leptina srica apresentou efeitos indiretos e positivos, mediados pelo peso corporal e pela circunferncia da cintura, em todos os fatores de risco avaliados. J nos homens, a leptina srica apresentou efeitos diretos e positivos sobre a protena C-reativa de alta sensibilidade e efeitos indiretos e positivos (mediados pelo peso corporal e pela circunferncia da cintura) sobre a razo triacilglicerol/lipoprotena de alta densidade, colesterol total/lipoprotena de alta densidade e glicemia de jejum plasmtica. No manuscrito 3, foram obtidos trs padres de dieta, dos quais o Tradicional apresentou relao direta e negativa com a leptina srica e relao indireta e negativa com o peso corporal e a circunferncia da cintura, bem como com os demais fatores de risco metablicos. J o padro Prudente apresentou relao direta e negativa com a presso arterial sistlica, enquanto o padro Moderno no se associou aos fatores de risco metablicos investigados. Concluso: Diferenas nos padres de dieta de acordo com o tipo de rotao fatorial empregada foram observadas. A relao entre os fatores de risco metablicos para doena cardiovascular foi distinta entre homens e mulheres, sendo a leptina um dos possveis hormnios envolvidos. Os padres de dieta Tradicional e Prudente associaram-se inversamente com os fatores de risco metablicos, desempenhando uma importante estratgia de preveno e controle s doenas cardiovasculares no pas.

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Introduo O nvel de atividade fsica (NAF) insuficiente e estado nutricional (EN) inadequado conferem risco de desenvolvimento de hipertenso arterial e diabete, bem como dificultam o controle destas doenas. Assim, infere-se que os custos despendidos pelo SUS com medicamentos, internaes e consultas de hipertensos e diabticos apresentem relao inversa com NAF, incluindo a prtica de caminhada e EN. Entretanto, estudos epidemiolgicos que descrevam estes custos e analisem essas associaes na populao idosa so inexistentes no Brasil, o que dificulta a fundamentao para a implementao de polticas publicas para a economia de recursos. Objetivo Descrever os custos com procedimentos de sade de idosos hipertensos e diabticos e verificar qual a sua associao com NAF e EN, segundo sexo e grupos etrios. Mtodos A amostra foi constituda por 806 idosos com autorreferncia hipertenso e/ou diabete ( 60 anos) residentes no municpio de So PauloSP, participantes das trs coortes do Estudo Sade, Bem-estar e Envelhecimento SABE - em 2010. A varivel dependente custo total anual (em Reais), foi estimada com base nos dados autorreferidos sobre uso de medicamentos, uso dos servios ambulatoriais e internaes hospitalares, retroativos a um ano da coleta de dados. A variveis explanatrias: i) NAF foi estimada a partir de entrevista utilizando o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ, verso curta), classificando os idosos segundo durao da realizao de atividades fsicas moderada, em ativos ( 150 minutos/semana) e insuficientemente ativos (< 150 minutos/semana); ii) Prtica de caminhada, categorizada segundo frequncia semanal: a) 4 dias/ semana; b) 1 a 3 dias/semana; c) no caminha. iii) EN, identificado pelo ndice de massa corporal (IMC), classificando os idosos em dois grupos: a) IMC < 28 kg/ m; b) IMC 28 kg/ m (excesso de peso); as variveis de controle foram o sexo, grupos etrios (a. 70 anos; b. 65 a 69 anos; c. 60 a 64 anos); estado civil (a. casado; b. outros) e, escolaridade (a. sem escolaridade; b. 1 ano). A descrio dos custos segundo as NAF e EN foi representada pelos valores de mdia e IC95 por cento , mediana e P25 P75, valores mnimos e mximos. Modelos de regresso logstica mltipla foram empregados para analisar as associaes entre variveis dependentes e explanatrias. O nvel de significncia foi estabelecido em 5 por cento e todas as anlises foram realizadas considerando amostras complexas, por meio do software Stata, 13.0. 9 Resultados: A mdia de custo total anual por pessoa foi de R$ 732,54 e a soma dos custos relativa a 12 meses para os 806 idosos foi de R$ 609.587,20, sempre superiores para idosos em excesso de peso, com NAF insuficiente e para idosos que no caminham. Idosos em excesso de peso apresentaram chance 50 por cento superior de estarem no grupo de maior custo total anual (OR 1.49, IC95 por cento 1.01 2.18) e mais de 70 por cento superior de maior custo com medicamentos (OR 1.71, IC95 por cento 1.18 2.47). A ausncia de caminhada significou a chance superior para maiores custos anuais com medicamentos (OR 1.63, IC95 por cento 1.06 2.51) e custos totais (OR 1.82, IC95 por cento 1.17 2.81). Todas as anlises ajustadas por sexo e idade. O NAF no se associou aos custos totais e custo com medicamentos (p>0.05). Concluso: Os custos para o controle de HAS e DM em idosos so altos e se associam inversamente prtica de caminhada e ao estado nutricional, especialmente em relao ao custo com o uso de medicamentos antihipertensivos e hipoglicemiantes.

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Introduo: Evidncias epidemiolgicas mostram que a obesidade sarcopnica (OS) em idosos est associada a um acelerado declnio funcional e alto risco de morbimortalidade, sendo que seu impacto tem se tornado grande preocupao dos profissionais de sade. Objetivo: Estimar a prevalncia e a incidncia de obesidade sarcopnica, em coorte de idosos domiciliados no municpio de So Paulo/Brasil 2000 e 2010. Casustica e Mtodos: Foram utilizados dados do Estudo SABE (Sade, Bem-estar e Envelhecimento), realizado no municpio de So Paulo em 2000 (2.143 idosos), e em 2010 (795 idosos). A populao deste estudo foi constituda por idosos ( 70 anos), de ambos os sexos, que apresentaram todos os dados necessrios para este estudo e que concordaram em participar, totalizando 871 idosos analisados em 2000 e 656 idosos em 2010. As variveis de estudo foram: 1. Dependente - obesidade sarcopnica, identificada segundo: obesidade, diagnosticada pelo valor da circunferncia da cintura (CC 94 cm e CC 80 cm para homens e mulheres, respectivamente); sarcopenia, identificada por: 1- fora muscular, pelo teste de preenso manual (FPM - kg) (baixa P25; normal > P25, da mesma populao), 2- massa muscular (MM), obtida pelo ndice de massa muscular (IMM=MM/altura) (baixa P20; normal > P20, da mesma populao) e 3- desempenho fsico, identificado pelo teste (tempo dependente segundos) de sentar e levantar 5 vezes de uma cadeira (SeL) , com os braos cruzados sobre o peito (baixo P75; normal < P75); 2. Explanatrias - sexo e grupos etrios (70 79 e 80). Foram classificados com OS idosos que apresentaram, simultaneamente, valores de CC adotados e baixo desempenho e baixa MM, ou ento, desempenho normal, mas baixas FPM e MM. A prevalncia de obesidade sarcopnica em 2000 e em 2010 foi estimada pelo nmero de casos de OS identificados nos dois momentos, onde foram realizadas comparaes entre os intervalos de confiana, para verificar diferena estatstica em idosos ( por cento ) com OS, segundo variveis explanatrias, com nvel de significncia de 5 por cento . Para o clculo do coeficiente de incidncia de OS, em 2010, foi considerado o tempo de observao de cada indivduo, determinado de maneira especfica para cada caso. Para os clculos foi utilizado o programa: Stata/SE 10.0 for Windows. Resultados: Dos 871 idosos analisados em 2000, 85 (7,4 por cento ) foram identificados com OS [6,5 por cento mulheres (IC 5,08,4) e 4,8 por cento 80 anos (IC 3,6-6,4)] (p 5 por cento ), e, em 2010, (n=656), 73 (9,2 por cento ) foram identificados com OS [7,2 por cento mulheres (IC 5,5-9,4) e 5,3 por cento 80 anos (IC 4,0-7,0)] (p 5 por cento ). Em 10 anos, foram identificados 43 novos casos de OS. O coeficiente de incidncia foi 15,29/1000 pessoas/ano entre 2000 e 2010. Concluses: A prevalncia de OS em 2000 e 2010 foi maior nas mulheres e nos idosos mais longevos, sendo que, em ambos os casos, foi maior em 2010, quando comparada a 2000. No houve diferena significativa entre os coeficientes de incidncia, segundo as variveis explanatrias.

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Introduo: A expectativa de vida dos brasileiros cresce a cada ano; com isso, os idosos vivem mais, e fatores como, Hipertenso Arterial Sistmica, Diabetes mellitus e o prprio processo de envelhecimento os tornam suscetveis doena renal crnica (DRC). Com a DRC, esses idosos tm maiores chances de desenvolverem a fragilidade e terem consequncias desfavorveis na Qualidade de Vida (QV). Objetivo geral: Analisar a relao entre as variveis independentes (fragilidade, caractersticas sociodemogrficas e clnicas) e a varivel desfecho (QV) de idosos com DRC em tratamento conservador, hemodilise (HD) e dilise peritoneal (DP). Material e mtodo: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal. Participaram idosos com 60 anos ou mais, com DRC em tratamento conservador, HD ou DP, que estavam, no mnimo, h seis meses em tratamento e em acompanhamento em um hospital pblico de Ribeiro Preto-SP. A coleta de dados ocorreu de outubro/14 a maro/15, utilizando-se os seguintes instrumentos: de caracterizao sociodemogrfica, econmica e clnica adaptado; para avaliar a fragilidade, a Edmonton Frail Scale (EFS); para avaliar a QV, o WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD; para avaliar a cognio, o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Foram realizadas anlises estatsticas descritivas, teste de correlao de Spearman e anlise de varincia multivariada (MANOVA) para as variveis de interesse. O nvel de significncia adotado foi de 5%. O projeto foi aprovado por um Comit de tica em Pesquisa com seres humanos com CAAE nmero 34923214.0.0000.5393; seguiu-se as recomendaes da Resoluo CNS 466/2012. Resultados: Participaram 77 idosos, sendo 35 em tratamento conservador, 14 em DP e 28 em HD. A maioria era homem (41; 53,2%) e tinha companheiro(a) (51; 66,2%). A mdia dos escores de fragilidade entre os tratamentos foi: tratamento conservador (7,713,10); DP (6,792,72) e HD (7,362,92). No WHOQOL-BREF, os domnios relaes sociais e fsico obtiveram maior e menor escores mdios, respectivamente, (68,9317,48) e (55,4414,11). O WHOQOL-OLD apresentou a maior mdia na faceta Intimidade (68,6716,45) e menor mdia na faceta Morte e morrer (37,6622,76). Foram encontradas correlaes inversas entre a idade e o escore do MEEM (p=0,001) e entre anos de estudo e fragilidade (p=0,016); por outro lado, houve correlaes positivas entre os escores do MEEM e anos de estudo (p<0,001), entre nmero de complicaes da DRC e fragilidade (p<0,001) e nmero de comorbidades e fragilidade (p<0,001). Em relao QV, houve correlao positiva entre o escore global do WHOQOL-BREF e o escore da faceta global do WHOQOL-OLD, bem como correlao inversa entre os escores globais desses instrumentos com os escores de fragilidade (p<0,00; p=0,023). Na MANOVA, o tipo de tratamento e o nmero de complicaes no influenciaram a QV, porm a fragilidade apresentou relao com o constructo, sendo que, para o aumento de um ponto na escala da fragilidade, a QV apresentou reduo mdia de 1,38 no escore global do WHOQOL-BREF e 0,82 no escore global do WHOQOL-OLD, considerando pertencer ao mesmo tipo de tratamento. Concluso: os pacientes com DRC apresentaram piores escores mdios de QV mediante a maiores escores de fragilidade, independentemente do tipo de tratamento e considerando-se a mesma mdia de complicaes

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Introduo: Em 2008, o baixo nvel de atividade fsica (< 30 min de atividade moderada/vigorosa por dia) foi responsvel por 9 por cento da ocorrncia de bito no mundo. Alm disso, est associado ao comprometimento de mobilidade em idosos com 80 anos e mais. No entanto, devido a dificuldades metodolgicas, poucos so os estudos populacionais que realizaram a associao entre baixo nvel de atividade fsica e comprometimento de mobilidade e risco para bito, utilizando mtodo objetivo para avaliao da atividade fsica, e ainda no se tem conhecimento de pesquisas que verificaram essa associao na Amrica Latina. Objetivo: Identificar a prevalncia do baixo nvel de atividade fsica e sua associao com o comprometimento da mobilidade e risco para bito em idosos com 65 anos e mais residentes no municpio de So Paulo em 2010. Mtodos: Estudo exploratrio e quantitativo de base populacional, que utilizou a base de dados do Estudo SABE de 2010 e ocorrncia de bito em 2014. Foram avaliados 599 indivduos em 2010. O nvel de atividade fsica foi analisado de duas maneiras: 1) baixo nvel de atividade fsica (< 30 minutos de atividade moderada e/ou vigorosa por dia) e alto nvel de atividade fsica (> 30 minutos de atividade moderada e/ou vigorosa por dia); e 2) a amostra foi distribuda em tercis, de acordo com as contagens por minuto, e agrupada em dois grupos, sendo os idosos do mais baixo tercil classificados com baixo nvel de atividade fsica e os idosos dos dois outros tercis como intermedirio/alto nvel de atividade fsica. A regresso logstica hierrquica foi utilizada para: 1) identificar as variveis associadas ao baixo nvel de atividade fsica; 2) analisar a associao do baixo nvel de atividade fsica no comprometimento da mobilidade; e 3) estimar o risco para bito em idosos com baixo nvel de atividade fsica. A curva de sobrevida foi analisada com o mtodo de Kaplan-Meier utilizando o teste de log-rank e o risco proporcional foi calculado pelo modelo de risco proporcional de Cox. Resultados: A prevalncia de baixo nvel de atividade fsica em idosos foi de 85,4 por cento e as variveis associadas, aps ajuste, foram sexo (feminino), grupo etrio (>75 anos), multimorbidade (> 2 doenas crnicas), dor crnica (dor crnica nos ltimos 3 meses) e ndice de massa corporal (maior valor mdio). O baixo nvel de atividade fsica permaneceu significativamente associado ao comprometimento de mobilidade (OR= 3,49; IC95 por cento = 2,00 6,13) e ao risco para (RP= 2,79; IC95 por cento = 1,71 4,57), mesmo aps ajuste das variveis sciodemogrficas e clnicas. Concluso: A prevalncia do baixo nvel de atividade fsica em pessoas idosas residentes no Municpio de So Paulo superior aos encontrados na populao brasileira, mas se aproxima de outras populaes que utilizaram o mesmo mtodo de avaliao da atividade fsica. O baixo nvel de atividade fsica (< 30 min de atividades moderadas/vigorosas) foi associado com variveis sociodemogrficas (sexo feminino e grupo etrio) e clnicas (multimorbidade, dor crnica e ndice de massa corporal). O baixo nvel de atividade fsica (menor tercil de contagens por minuto) foi associado ao comprometimento de mobilidade e risco para bito em quatro anos. Dessa forma, o baixo nvel de atividade fsica pode ser utilizado como uma forma adequada para identificar idosos com maiores chances de apresentar comprometimento da mobilidade e aumento do risco para bito.

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de extrema importncia estudar a relao entre capacidade funcional e sade bucal relacionado qualidade vida, para auxiliar nos fatores intervenientes tanto no cuidado odontolgico como em outras reas de ateno sade do idoso, alm de adequar planos de tratamento as reais necessidades de cada indivduo, proporcionando melhor qualidade de vida. O objetivo desse estudo foi investigar a capacidade funcional e sade bucal relacionada qualidade de vida do idoso. Foram includos na pesquisa idosos acima de 65 anos que residem em rea de cobertura da Estratgia Sade da Famlia de Bauru. Foram investigadas, atravs de entrevistas, as variveis capacidade funcional (ndice de Katz), sade bucal relacionada qualidade de vida (OHIP-14), condies socioeconmicas e comorbidades. Foram excludos da pesquisa idosos que apresentavam alteraes de compreenso e expresso da comunicao, Para a realizao da anlise estatstica foi utilizado o Teste de Pearson ao nvel de significncia de 0,05 e a Regresso Linear Multivariada, ao nvel de significncia de p 0,01. Participaram da pesquisa 238 idosos com 65 anos ou mais, sendo que 56,3% tinham entre 65 e 74 anos e 43,7% tinham 75 anos ou mais, a mdia geral de idade foi 74,5 anos. Quanto ao sexo, 55,5% eram mulheres, houve predominncia da raa branca (65,1%). Quanto a varivel capacidade funcional, 8,8% apresentaram incapacidade funcional intermediria ou severa. Sobre os aspectos socioeconmicos, 61,3% dos idosos apresentaram renda mensal de at dois salrios mnimos, 88,2% eram aposentados ou pensionistas, 68,9% tinham algum grau de escolaridade e 57,1% eram casados ou mantinham uma unio estvel. Quanto a sade bucal relacionada qualidade de vida, 20,6% dos entrevistados se sentiram desconfortveis para mastigar alguns tipos de alimentos. A hipertenso arterial foi a comorbidade mais relatada pelos entrevistados (75,6%). As dimenses dificuldade para mastigar (0,21; p<0,05) e necessidade de parar as refeies (0,21; p<0,05) do instrumento OHIP-14 apresentaram correlao estatisticamente significante com o ndice de Katz. Atravs da anlise multivariada, foi observado que quanto maior a incapacidade menos o idoso se preocupa com a sade bucal. A alimentao um aspecto importante da vida diria de qualquer pessoa, especialmente o idoso que apresenta doenas crnicas em maior quantidade e severidade conforme o envelhecimento acontece. Alm disso, a incapacidade apresentou tendncia de aumento com a idade, no entanto a literatura no permite concluir que o envelhecimento em si seja causa da incapacidade funcional. A maior limitao do estudo se relaciona ao prprio desenho epidemiolgico, pois o estudo transversal no permite inferncias de causalidade, no entanto a amplitude do grupo etrio nesta pesquisa permite observar tendncias sobre a capacidade funcional e a sade bucal relacionada qualidade de vida em idosos. A incapacidade funcional aumentou com a idade e apresentou tendncia de maior impacto negativo na sade bucal relacionada a qualidade de vida dificultando a realizao de refeies.

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Introduo: Estudos tm demonstrado que doenas crnicas e alteraes metablicas podem atuar como fator de acelerao na degenerao do sistema auditivo decorrente da idade. Todavia, os estudos sobre a associao entre a perda auditiva com o diabetes mellitus (DM) e com a hipertenso arterial (HA) em idosos mostraram concluses controversas. Sendo assim, novos estudos sobre este assunto so necessrios, a fim de esclarecer o efeito destas doenas crnicas sobre o sistema auditivo. Objetivos: Comparar uma audiometria inicial (A1) com uma audiometria sequencial (A2) realizada com um intervalo de 3 a 4 anos em uma populao de idosos portadores de DM e/ou HA; realizar um estudo comparativo entre quatro grupos de idosos: grupo controle (GC), formado por idosos sem alteraes crnicas, grupo de idosos portadores de DM; grupo de idosos portadores de HA, grupo de idosos portadores de DM e HA. Mtodos: Foi realizado um levantamento em 901 pronturios do Estudo Longitudinal de Sade Auditiva do Adulto (ELSAA), de indivduos atendidos no Hospital Universitrio (HU) da Universidade de So Paulo, no perodo de 2009 a 2015. De acordo com os critrios de incluso, foram selecionados 100 indivduos para participarem da presente pesquisa. A avaliao inicial (A1), constando de anamnese, audiometria tonal e imitnciometria foram utilizadas e foi feita uma nova avaliao audiolgica (A2) aps o perodo de 3 a 4 anos. Os participantes foram distribudos em quatro grupos: 20 indivduos portadores de DM (grupo DM), 20 indivduos portadores de HA (grupo HA), 20 indivduos portadores de DM e HA (grupo DMHA) e 40 indivduos no portadores de DM nem de HA (GC). Para cada grupo estudo (HA, DM e DMHA), foram selecionados indivduos (entre os 40 do GC) de forma a parear as caractersticas referentes a idade e sexo. Foram utilizados os testes estatsticos ANOVA, teste exato de Fisher e Kruskal-Wallis, com nvel de significncia de 0,05. Foi tambm calculada a odds ratio, com intervalo de confiana de 95%. Resultados: No houve diferena estatisticamente significante entre as orelhas para nenhum dos grupos; sendo assim, as orelhas direita e esquerda foram agrupadas para as outras comparaes. Na comparao da mdia de aumento anual dos limiares auditivos da primeira avaliao A1 com a segunda avaliao A2 entre os grupos, pode-se observar que para o grupo DM, no houve diferena estatisticamente significante para nenhuma das frequncias avaliadas, quando comparado ao seu respectivo controle; para o grupo HA foram observadas diferenas significantes a partir de 4kHz, bem como tendncia diferena estatisticamente significante em 3 kHz, quando comparado a seu respectivo controle. J para o grupo DMHA, quando comparado a seu grupo controle, foram observadas diferenas significantes nas frequncias de 500, 2k, 3k e 8kHz, alm de tendncia diferena estatisticamente significante em 4k e 6kHz. Considerando-se os casos novos de perda auditiva, pode-se observar que houve diferena estatisticamente significante apenas para o grupo HA, para as frequncias altas. Verificou-se tambm que, para as frequncias altas (3k a 8kHz), os nmeros de casos novos de perda auditiva foram sempre maiores nos grupos estudo quando comparados aos seus respectivos controles. Na comparao das mdias dos limiares auditivos, tanto na avaliao A1 quanto na avaliao A2, observou-se que os grupos estudo (DM, HA e DMHA) apresentaram limiares auditivos mais prejudicados, quando comparados a seus respectivos grupos controle. Na comparao entre os grupos apenas para a avaliao A2, pode-se observar que para as frequncias altas, houve associao estatisticamente significante entre apresentar as condies clnicas (DM, HA e DMHA) e a presena de perda auditiva. A OR para DM foi de 5,57 (2,9-14,65), para HA foi de 4,2 (1,35-13,06) e para DMHA foi de 5,72 (1,85-17,64). Concluso: Verificou-se que os idosos portadores de DM, HA ou ambos apresentaram limiares auditivos mais rebaixados quando comparados a seus respectivos grupos controle, principalmente nas altas frequncias, o que sugere que estas patologias podem ter um efeito deletrio sobre a audio. Alm disso, nota-se que o grupo HA apresentou limiares auditivos piores para a maioria das frequncias e foi o que apresentou maior queda dos limiares auditivos no segmento de 3 a 4 anos, quando comparado aos outros dois grupos estudo (DMHA e DM), sugerindo que dentre as trs condies estudadas, a hipertenso parece ser a que teve maior influncia sobre a audio

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Introduo: Estudos recentes tm mostrado que as quedas so a causa externa de morte mais importante entre idosos, podendo levar a hospitalizao, leses, dependncia e aumento nos custos dos servios sociais e de sade. O comprometimento da mobilidade funcional um importante fator de risco para quedas, mas aspectos sociais, ambientais e comportamentais tambm podem influenciar nesse evento. Objetivo: Identificar os aspectos socioeconmicos e contextuais associados com a mobilidade funcional e quedas em idosos residentes no municpio de So Paulo. Mtodos: Foram utilizados os dados do Estudo Sade, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), uma amostra representativa para os indivduos com idade igual ou superior a 60 anos do municpio de So Paulo, em 2010. As variveis dependentes do estudo foram a ocorrncia de alguma queda no ltimo ano e o comprometimento da mobilidade funcional, mensurada pelo teste Timed Up and Go (TUG). Fatores individuais (estado marital, raa/cor, anos de estudo e percepo de suficincia de renda) e contextuais (ndice de Gini, rea verde/ habitante, taxa de homicdio e percentual de domiclios em favelas) foram analisados por modelos logsticos multinveis. Resultados: De 1.190 idosos inclusos, 29 por cento relataram ter cado no ltimo ano e 46 por cento apresentaram comprometimento da mobilidade funcional. Os fatores individuais socioeconmicos no apresentaram associao com a ocorrncia de queda, mas ter 8 anos ou mais de anos de estudo foi um fator protetor para comprometimento da mobilidade em todos os modelos testados (OR: 0,56). Morar em subprefeituras com taxa de homicdio moderada apresentou associao com chance aumentada de cair (OR: 1.51, 95 por cento IC: 1.09-2.07). Moderada rea verde se associou com maior chance de cair entre os indivduos com 80 anos e mais (OR:2,63, 95 por cento IC: 1.23-5.60). Concluso: Os resultados esto de acordo com a literatura em relao associao das caractersticas do bairro de residncia com quedas e mobilidade funcional em idosos. Estratgias voltadas para preveno de quedas e de dificuldade na mobilidade funcional devem considerar aspectos sociais e ambientais de locais pblicos. Este estudo foi financiado pela Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP) (n processo: 2014/06721-4)

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A adeso ao tratamento ocorre quando o conselho mdico ou de sade coincide com o comportamento do indivduo, ao uso de medicamentos, cumprimento da dieta e mudanas no estilo de vida, no sendo, portanto, um ato no passivo do paciente. Em pacientes com hipertenso arterial sistmica a adeso ao tratamento pode ser definida como o grau de cumprimento das medidas teraputicas indicadas, sejam elas medicamentosas ou no, com o objetivo de manter a presso arterial em nveis pressricos normais. A no adeso em pacientes com doenas crnicas em tratamento a longo prazo em pases desenvolvidos em mdia de 50%, revelando a importncia de serem avaliados os motivos que levam a esse comportamento. O estudo teve como objetivo avaliar a no adeso em idosos hipertensos de uma unidade pblica de sade de Ribeiro Preto - SP. Trata-se de um estudo de corte transversal, desenvolvido com uma amostra de 196 pessoas. A coleta de dados ocorreu entre agosto de 2014 at junho de 2015, aps aprovao do Comit de tica em Pesquisa. Para essa etapa foram utilizados os instrumentos Brief Medication Questionnaire, Medical Outcomes Studies 36-item Short Form Survey, Escore de Risco Global e Escore de Risco pelo Tempo de Vida. Aps a coleta dos dados, as entrevistas foram codificadas, os dados foram tabulados e foi realizada a anlise estatstica descritiva e de correlao. Como resultado, constatou-se que houve predomnio de mulheres, com idade mdia de 69,4 anos, casados/unio estvel, no moravam sozinhos, com 1,85 pessoas na casa em mdia, de cor branca, com ensino fundamental incompleto, renda de at dois salrios mnimos e aposentados/pensionistas, atendidos pelo SUS. Apresentaram hbitos de vida razoveis, sem predomnio de consumo de bebidas alcolicas, tabagismo, uso excessivo de sal e sedentarismo. A mais frequente comorbidade associada HAS foi a dislipidemia. Foi observado elevado predomnio de fatores de risco cardiovasculares como obesidade abdominal, obesidade geral, comorbidades, razo de lipdeos e fatores agravantes como protena c reativa ultrassensvel, microalbuminria e sndrome metablica. A maioria da amostra foi classificada como sendo portador de risco cardiovascular alto aps estratificao do risco. A percepo da qualidade de vida relacionada sade foi considerada baixa na maioria principalmente devido a limitaes emocionais. A no adeso esteve presente em quase metade dos idosos, relacionada principalmente complexidade da farmacoterapia e dificuldade em lembrar sobre o uso de seus medicamentos. No foi observada correlao entre a no adeso e as variveis estudadas. Conclui-se que o comportamento de no adeso observado no esteve relacionada s variveis estudadas nessa amostra e que so necessrias intervenes urgentes para reduzir o risco cardiovascular e prevenir doenas cardiovasculares e mortalidade, bem como melhora da percepo da qualidade de vida relacionada sade.

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O objetivo geral deste estudo foi analisar a relao entre a rede e apoio social, satisfao com o apoio social recebido e as variveis sociodemogrficas, de sade fsica e mental, dos idosos atendidos em um Ambulatrio de Geriatria de um Hospital Geral Tercirio do interior paulista. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e exploratrio, realizado com 98 idosos atendidos no referido ambulatrio. Para a coleta de dados, utilizaram-se o Mini Exame do Estado Mental, um questionrio de caracterizao sociodemogrfica e de sade, a Escala de Depresso Geritrica (EDG-15), o ndice de Katz, a Escala de Lawton e Brody, a Escala de medida da rede e apoio social do Medical Outcomes Study e a Escala de Satisfao com o Suporte Social. Os aspectos ticos foram respeitados conforme a Resoluo 466/2012 do Conselho Nacional de Sade. A mdia de idade dos idosos foi de 80,1 anos, 70,4% eram mulheres, 49,0% vivos; a mdia de anos de estudo foi 2,3; 24,5% dos idosos residiam com o cnjuge e filhos ou somente com os filhos; a renda familiar mdia foi de R$1.773,70. Quanto capacidade funcional, 80,6% eram independentes para as atividades bsicas da vida diria e 88,8% eram parcialmente dependentes para as instrumentais. Os idosos possuam, em mdia, 5,3 diagnsticos mdicos e os sintomas depressivos estiveram presentes para 61,2% deles. Quanto rede social, o escore total mdio foi de 6,4 pessoas para contato na rede, sendo que 36,7% apresentavam mdio contato e participao em atividades sociais. Em relao ao apoio social, o maior escore mdio foi para a dimenso material (90,2) e o menor para a interao social positiva (81,8); j para a satisfao com o suporte social, 36,7% e 32,7% apresentaram alta e mdia satisfao, respectivamente. Foi encontrada correlao inversa entre os escores de todas as dimenses da escala de apoio social e os escores da EDG-15, indicando que quanto maior o apoio social em todas as dimenses, menor a presena de sintomas depressivos e houve diferenas estatisticamente significativas para todas as dimenses, material (p=0,014), afetiva (p=0,026), interao (p=0,011), emocional (p=0,001) e informao (p=0,005); j a correlao entre os escores das dimenses da escala de apoio social e os escores na escala de Lawton e Brody, foi inversa e fraca para as dimenses material (r=-0,157) e informao (r=-0,027), sugerindo que quanto menor a independncia para as AIVDs, maior o apoio social nas referidas dimenses, porm, no houve diferena estatisticamente significativa, material (p=0,121) e informao (p=0,789). A correlao entre os escores da EDG-15 e os escores da escala de satisfao com o apoio social, foi inversa e moderada (r=- 0,467), indicando que quanto maior a satisfao com o apoio social, menor a presena de sintomas depressivos, sendo estatisticamente significativa (p=0,000). Evidencia-se a importncia de conhecer se os idosos esto inseridos em rede social e se percebem o apoio social para um melhor direcionamento da assistncia prestada ao idoso e para o planejamento e formulao de polticas pblicas, programas e projetos voltados a essa populao