6 resultados para Fumo e juventude Vício - Teses
em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP
Resumo:
Esta pesquisa tem por objetivo refletir sobre o processo de constituio de nove jovens estudantes ingressantes em diferentes cursos da Universidade de So Paulo em 2014 egressos de escolas pblicas e participantes do cursinho oferecido pelo Programa Preparatrio para o Vestibular da USP, PPVUSP, em 2013. Para tanto, utilizou-se a perspectiva analtica da individuao, tal como proposto pelo socilogo Danilo Martuccelli, para analisar o conjunto de fatores estruturais enfrentados pelos estudantes, em uma articulao entre processos sociais e experincias pessoais que configura o trabalho do indivduo sobre si mesmo. Traa-se um perfil dos alunos do PPVUSP e daqueles que ingressaram na Universidade, em comparao ao universo dos demais aprovados no vestibular da FUVEST, a partir de dados socioeconmicos fornecidos por autodeclarao pelos candidatos quela instituio. Tendo em vista a crtica s insuficincias das teorias chamadas disposicionalistas, empreende-se um procedimento indutivo a partir da anlise das entrevistas compreensivas realizadas com nove estudantes daquele grupo ao final dos dois primeiros semestres letivos de seus respectivos cursos de graduao para construir as provas que constituem esta pesquisa: a familiar, a escolar, a da mobilidade urbana e aquela referente sociabilidade. A discusso sobre esses desafios estruturais de nossa sociedade e o modo pelo qual jovens estudantes recm ingressos na USP os vivenciam e como respondem peculiarmente a eles permite compor um cenrio da individuao deste grupo social, assim como problematizar as configuraes, mutaes e aes da estrutura sociohistrica na fabricao de indivduos como eles.
Resumo:
O presente trabalho versa sobre o controle da atividade do rbitro. Parte-se da premissa de que o papel desempenhado pelo rbitro na conduo do processo - denominado atividade do rbitro em contraposio ao resultado dessa atividade: a resposta jurisdicional - est sujeito a desvios. A assuno dessa funo pode ser viciada, j que o exerccio da arbitragem somente admitido dentro de determinados limites e condicionado ao consentimento das partes. Da mesma forma, as providncias adotadas pelo rbitro no curso do processo podem apresentar inconsistncias em relao s disposies legais e contratuais a elas aplicveis. Diante disso, investiga-se de que forma tais desvios podem ser controlados, estudando-se, para tanto, (i) os rgos responsveis por tal controle, (ii) o momento em que tal controle pode ocorrer, (iii) os mecanismos pelos quais tal controle admitido, e (iv) os vícios na atividade que ensejam controle.
Resumo:
Introduo: Demonstramos previamente que em modelo experimental de enfisema pulmonar induzido por instilao de elastase, o inibidor de serinoprotease rBmTI-A promoveu a melhora da destruio tecidual em camundongos. Considerando que o tabagismo o principal fator de risco para o desenvolvimento da Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica (DPOC) e que o modelo de exposio fumaa de cigarro considerado o que melhor mimetiza esta doena em humanos, este estudo teve por objetivo verificar a ao do inibidor para serinoproteases rBmTI-A sobre os processos fisiopatolgicos envolvidos no desenvolvimento do enfisema pulmonar, em modelo de exposio ao tabaco. Mtodos: Para a induo do enfisema pulmonar, os animais foram expostos fumaa de cigarro (duas vezes ao dia/ 30 minutos/ 5 dias por semana/ durante 12 semanas), e os animais controle permaneceram expostos ao ar ambiente. Dois protocolos de tratamento com o inibidor rBmTI-A foram realizados. No primeiro, os animais receberam duas administraes do inibidor rBmTI-A ou de seu veculo (Soluo Salina 0,9%) por via intranasal, sendo a primeira aps 24h do trmino das exposies ao cigarro e outra, 7 dias aps primeira instilao do inibidor. No segundo protocolo, os animais receberam 3 administraes do inibidor rBmTI-A, durante o tempo de exposio (1 dose: 24h antes do incio da exposio fumaa de cigarro; 2 dose: um ms aps o incio da exposio; 3 dose: dois meses aps o incio). Aps o trmino dos protocolos de exposio e tratamento, os animais foram submetidos aos procedimentos para coleta dos dados de mecnica respiratria e avaliao do Intercepto Linear Mdio (Lm). Para o segundo protocolo, realizamos tambm as medidas para quantificao de fibras de colgeno e elstica, da densidade de clulas positivas para MAC-2, MMP-12 e 9, TIMP-1, Gp91phox e TNFalfa; no parnquima atravs de imunohistoqumica, contagem de clulas polimorfonucleares alm da expresso gnica de MMP-12 e 9 no pulmo atravs de RT-qPCR. Resultados e Discusso: O tratamento com o inibidor para serinoprotease rBmTI-A atenuou o desenvolvimento do enfisema pulmonar apenas no segundo protocolo, quando foi administrado durante a exposio fumaa de cigarro. Embora os grupos Fumo-rBmTIA e Fumo-VE apresentem aumento de Lm comparados aos grupos controles, houve uma reduo deste ndice no grupo Fumo-rBmTIA comparado ao grupo Fumo-VE. O mesmo comportamento foi observado para as anlises de proporo em volume de fibras de elstica e colgeno no parnquima. Alm disto, observamos aumento de macrfagos, MMP-12, MMP-9 e TNFalfa; nos grupos expostos fumaa de cigarro, mas o tratamento com o inibidor rBmTI-A diminuiu apenas a quantidade de clulas positivas para MMP-12. Na avaliao da expresso gnica para MMP-12 e 9, no observamos diferena entre os grupos experimentais e o mesmo comportamento foi observado para a quantidade de clulas polimorfonucleares no parnquima. Alm disso, observamos aumento de GP91phox e TIMP-1 nos grupos tratados com rBmTIA. Concluses: Tais resultados sugerem que o inibidor rBmTI-A no foi efetivo como tratamento da leso aps a doena instalada. Entretanto, atenuou o desenvolvimento da doena quando administrado durante a induo do enfisema, possivelmente atravs do aumento de GP91phox e TIMP-1, acompanhados pela diminuio de MMP-12.
Resumo:
Este trabalho discorre sobre como o municpio de guas de So Pedro, situado no centro do Estado de So Paulo, constitudo na dcada de 1930 como um espao voltado atividade turstica, destaca-se pelo potencial termal. At hoje a estncia hidromineral tem no turismo a principal atividade econmica; entretanto, nossa pesquisa busca compreender se o atrativo primordial do Municpio est atrelado s guas medicinais, ou se outras caractersticas singulares da pequena cidade, como tranquilidade, beleza paisagstica e segurana, o tornam um lugar propcio ao passeio. Buscamos entender por que, dentre tantas opes de cidades interioranas disponveis em So Paulo, guas de So Pedro escolhida como local de residncia fixa, lugar de estabelecimento de casas de veraneio, sendo palco de um grande crescimento imobilirio; assim, desvendamos quais fatores da estncia so responsveis por atrair os turistas e veranistas/turistas de segunda residncia. Os dados da pesquisa foram obtidos por meio de pesquisa bibliogrfica, observao direta, conversas informais, aplicao de questionrios e entrevistas com vrios atores socioeconmicos, tais como moradores, turistas, veranistas, rede hoteleira, comrcios, imobilirias e gestores municipais. Os resultados apontam que o municpio j passou por vrios ciclos tursticos e, apesar de a estncia hidromineral de guas de So Pedro ser uma referncia regional e at nacional de guas termais, e do poder pblico estar investindo para apresentar sociedade um lugar cheio de qualidade de vida, smbolo de bem-estar, grande parcela dos turistas procura a cidade pelo passeio, gastronomia e compras, caracterizando um turismo excursionista, sem pernoite. Este o motivo pelo qual a cidade vem passando por grande reestruturao paisagstica, orquestrada pelo poder pblico e porque recebe incrementos do poder privado no que se refere variedade de produtos e servios ofertados. Percebemos que a maior parcela de moradores e turistas no tm o hbito de utilizar as guas medicinais, mesmo sabendo que a gua sulfurosa, tambm chamada de \"Fonte da Juventude\", utilizada para ingesto e banhos teraputicos, a segunda melhor do mundo, superada apenas pela fonte de Pergoli, em Tabiano, na Itlia (CAMARGO, 1990), porm o reconhecimento da Cidade como cidade das guas, cidade termal, cidade sade, resiliente.
Resumo:
O presente trabalho apresenta um estudo da geologia do macio alcalino de Poos de Caldas. Pela sua rea, que da ordem de 800 quilmetros quadrados, considerado um dos maiores complexos formados exclusivamente por rochas nefelnicas. Possui forma elptica, com 35 Km no sentido NE-SW e 30 Km no sentido NW-SE, e ainda, um "stock" de foiato com cerca de 10 quilmetros quadrados. W limita-se com a bacia sedimentar do Paran e E com os contrafortes da serra da Mantiqueira. O macio est encaixado entre o granito e gnaisse, que nos quadrantes SE e, em menor escala, no quadrante NW, foi afetado metassomaticamente pelo processo de fenitizao, principalmente ao longo da direo de xistosidade. No quadrante NW, o fenito de cor cinza esverdeada e no quadrante SE sua cor vermelha. O macio constitudo principalmente por rochas nefelnicas, tinguatos e foiatos, mas possui em seu interior rochas anteriores intruso alcalina. So sedimentos e rochas vulcnicas formadas por tufos, brechas, aglomerados e lavas ankaratrticas. Os sedimentos acompanham o contato com o gnaisse e afloram em maior extenso nas reas W e S do complexo. A base do pacote sedimentar consta de camadas argilo-arenosas, com estratificao horizontal e o topo formado por arenitos com estratificao cruzada. Acham-se perturbados e mergulham, no geral, para o interior do macio. Sobre os sedimentos foram depositados brechas, tufos e lavas, que formam uma faixa contnua no bordo N-W. Nas brechas predominam fragmentos de sedimentos, gnaisse, diabsio e lavas. O cimento rico em quartzo detrtico arredondado. Na diagnese, a ao de solues hidrotermais evidenciada pelo aparecimento de biotita autgena em um feltro de microcristais de aegerina e apatita. No cimento, a calcita secundria muito comum, chegando a substituir parcial ou totalmente o quartzo. As lavas ankaratrticas, quase sempre em espessos derrames, formam freqentemente aglomerados. Vestgios de rochas vulcnicas so encontrados em quase todo o bordo interno, indicando que a atividade vulcnica abrangeu grande rea. Aps essa atividade vulcnica formaram-se fonolitos, tinguatos e foiatos, com freqentes passagens de um tipo de rocha a outro. Os tinguatos constituem a maior rea do complexo e apresentam grande uniformidade. Em algumas reas, principalmente nas proximidades de Cascata, afloram variedades com pseudoleucita e analcita. Os foiatos so intrusivos no tinguato, mas a "mise-en-place" provavelmente deu-se contemporaneamente, sugerida pela passagem, no raro gradual de uma rocha a outra. Alm dos vrios tipos de foiatos, equigranulares e traquitides, afloram em pequena extenso lujaurito e chibinito. Para o mecanismo da intruso, admitido o levantamento de blocos do embasamento cristalino, que precedeu a atividade vulcnica. Durante ou aps a atividade vulcnica, deu-se o abatimento da parte central com formao de fendas radiais e circulares, que permitiram a subida do magma. A existncia, mesmo no atual estgio de eroso, de pequenas reas de material vulcnico perturbado pela intruso, indica que o abatimento no foi total, tendo parte do teto servido de encaixante para a formao dos tinguatos e diferenciao de foiatos. Na periferia formou-se o grande dique anelar de tinguato, com mergulhos verticais ou quase verticais, de espessura varivel, formando um anel quase completo. A deduo da forma geomtrica da intruso de tinguatos da parte central do macio dificultada pela grande homogeneidade mineral e textural das rochas. O abatimento iniciou-se no centro, onde a intensidade deste fenmeno deu-se em maior escala, sendo anterior formao do dique anelar. Evidenciando este fato, observamos no interior do dique numerosos xenlitos de rochas do interior do macio. Finalizando os eventos magmticos na regio, deu-se a intruso dos foiatos sob a forma de diques menores cortando o grande dique anelar. A sequncia das intruses parece ser do centro para a periferia, contrariando a observada na maioria das intruses alcalinas. O planalto formado de duas reas geomorfologicamente distintas: a maior, com drenagem anelar e a menor, com relevo entre juventude e maturidade, na qual predomina a drenagem radial. provvel que parte do sistema de drenagem obedea s direes principais de diaclases. Aps a atividade do magma alcalino, ocorreram falhamentos em grande rea, das quais o principal formou o "graben" E-W que tangencia o bordo sul do complexo. Os recursos minerais so representados por jazidas de bauxita e de minerais zirconferos como zirco, caldasita, badeleyta, nos quais h teores variveis de urnio, e os depsitos de trio so formados a partir de fenmenos ligados a processos hidrotermais, que destruram os minerais primrios e possibilitaram a posterior precipitao em fendas.
Resumo:
A ilha de So Sebastio consta principalmente de rochas alcalinas que formam um macio de 300 km2 aproximadamente, constituindo o terceiro em rea no Brasil. Apresenta-se em um "stock" alongado segundo NE-SW, encaixado em estruturas de gnais. As formaes geolgicas encontradas consistem em 1 - Granitos e Gnais (ARQUEANO), 2 - Eruptivas bsicas (RTICO), 3 - Eruptivas alcalinas (JURSSICO) e 4 - Depsitos recentes (HOLOCENO). O mtodo de estudo empregado foi o petrogrfico e a coluna geolgica estabelecida em base de dados petrogrficos, tectnicos e fisiogrficos. O arqueano determinado por definio dos seus tipos petrogrficos (1- gnais facoidal, 2- oligoclsio-gnais, 3- hornblenda-gnais, 4- biotita-gnais e 5- microlina-granito) idnticos aos concorrentes no considerado arqueano do Brasil meridional. O trissico (rtico) conferido s rochas bsicas (diabsios e basaltos) pela sua semelhana tectnica e petrogrfica com as congneres que cortam de maneira semelhante o arqueano no continente. A "mise-en-place" das eruptivas alcalinas (1- Nordmarkito, 2- Biotita-pulaskito, 3- Pulaskito, 4- Nefelina-sienito, 5- Foiaito, 6- Essexito-foiaito, 7- Essexito e 8- Teralito) pode ser considerada jurssica devido suas relaes com as eruptivas bsicas referidas rticas, pois na praia do Bonete (foto 14) observa-se um dique de nordmarkito cortando outro de diabsio. As eruptivas quartzo-diorticas (quartzo-microdiorito e quartzo-andesito) cortam as alcalinas no cume do Zabumba, indicando sua idade mais moderna que estas. Alm deste fato, preenchem linhas de fraturas tectnicas recentes, como as falhas ao longo do canal de So Sebastio, indicando que a topografia deveria ser a mesma que a atual para permitir rios efusivos ao nvel do canal ou que pelo menos toda a zona de extruso estivesse, como hoje est, em superfcie. Os depsitos aluviais marinhos e continentais so considerados recentes, (holocnicos) pelo favor da topografia onde se dispe, ocupando o fundo os vales e os bordos do atual modelado costeiro, idade esta conferida em base fisiogrfica. A tectnica que afetou a ilha de So Sebastio participa da que atuou em todo o litoral meridional brasileiro. Pode-se distinguir duas fases distintas: na primeira ocorreram as erupes bsicas e as alcalinas subsidirias e na segunda deram-se os falhamentos escalonados em blocos basculados para NW, com as fraturas de tenso preenchidas pelas eruptivas quartzo-diorticas. Toda a atividade tectnica foi regulada pela direo NE-SW privilegiada da estrutura do arqueano, correspondente a antigos eixos dos dobramentos laurencianos e huronianos. A geomorfologia da ilha consta de uma antiga superfcie de eroso rematada at a senilidade, - o peneplano cretceo, hoje reduzida s cristas culminares do macio alcalino e s satlites das estruturas gnissicas, desnivelada pelo falhamento em blocos e ligeiramente adernada para NW devido ao basculamento. Ao lado desta topografia vestigial existe o modelado atual da ilha caracterizado por uma juventude do estgio evolutivo. Esta escultura foi inaugurada com os ltimos levantamentos epirognicos que ascenderam as eruptivas alcalinas plutnicas a mais de 1.300 m sobre o nvel do mar. O modelado costeiro apresenta uma costa tpica de submergncia com esculturas em rias, no estgio da juventude. A presena de terraceamentos marinhos de abraso, atualmente elevados cerca de 20 a 30 m, lembra as oscilaes epirognicas ou eustticas do litoral.