7 resultados para Epidemiologia Teses
em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP
Resumo:
O propsito deste estudo foi contribuir para a anlise da epidemiologia da ocluso dentria na infncia e discutir a implicao para os sistemas de sade, examinando dados de prevalncia de uma amostra probabilstica (n=985) da populao de 5 e 12 anos de idade na cidade de So Paulo, Brasil (1996); e estudos epidemiolgicos transversais publicados nos ltimos 70 anos. A prevalncia na cidade, cresceu de 49,0 4,5 por cento na dentio decdua para 71,3 3,9 por cento na dentio permanente (p<0,001), sendo que a chance de ocorrncia de oclusopatia moderada/severa foi quase duas vezes maior na segunda dentio (OR=1,87; IC95 por cento =1,43-2,45; p<O,OOO). O ataque de crie acima das metas da OMS para o ano 2000 mostrou associao positiva com a severidade do dano (OR=1,51; IC95s por cento =1,15-1,99; p<0,003). Anlise de regresso logstica mltipla mostrou que o risco estimado da populao portadora de dentio permanente e com experincia de crie acima dessas metas apresentar oclusopatia moderada/severa se elevou de 22 por cento para 50 por cento . Sexo, tipo de escola (pblica e privada) e diferenas tnicas entre brancos e pardos no influenciaram essa distribuio. O exame da literatura atravs de meta-anlise indicou que a prevalncia dos problemas oclusais foi duas vezes maior na dentio permanente quando comparada s denties decdua/mista. Tanto a realizao de estudos longitudinais quanto de levantamentos e triagens para a identificao e o tratamento dos casos mais severos, no apenas no perodo da dentio permanente, mas tambm nas denties decdua/mista, combinado introduo de aes de proteo especfica em programas materno-infantis direcionadas ao desenvolvimento oro-facial dos zero aos 6 anos so medidas que devem ser consideradas no planejamento estratgico e normativo dos sistemas de sade. Mtodos de interveno em sade pblica devem ser pesquisados e implementados o mais precocemente possvel para aumentar a proporo da populao com ocluso normal e reduzir o percentual de oclusopatia moderada/severa.
Resumo:
Picobirnavirus (PBV) pertencem famlia Picobirnaviridae, divididos em duas espcies Human Picobirnavirus e Rabbit Picobirnavirus. So pequenos vrus constitudos de genoma bissegmentado de cadeia dupla de RNA (dsRNA), no envelopados, com capsdeo de simetria icosadrica, sendo divididos em dois genogrupos, GI e GII. J foram detectados em fezes humanas e de uma ampla gama de espcies animais, com ou sem sinais diarreicos, sendo considerados agentes emergentes e oportunistas, e seu potencial zoontico foi sugerido. Entretanto, os estudos epidemiolgicos e moleculares de PBV em bovinos so raros na literatura nacional e internacional. Devido carncia de dados a respeito de PBV em bovinos, o presente estudo foi realizado objetivando-se a deteco e caracterizao moleculares de cepas de PVB bovinos dos genogrupos GI e GII em amostras fecais de bovinos com ou sem sintomatologia diarreica de diferentes idades e regies do Brasil. O estudo foi conduzido a partir de 77 animais, obtendo-se 18 (23,3%) amostras positivas para GI, compreendendo animais provenientes dos estados de So Paulo, Minas Gerais e Gois. No foram detectadas amostras positivas para GII. A identidade nucleotdica das amostras obtidas apresentou mdia de 67,4% quando comparadas uma com as outras e de at 83,77% quando comparadas com amostras de PBV de referncia. Na reconstruo filogentica, trs amostras agruparam-se em clado de PVB humano e somente uma agrupou-se em clado de PVB bovino. Em sntese, os resultados obtidos indicam, de maneira indita, a circulao de PVB bovino pertencente ao genogrupo GI em diferentes estados brasileiros, com perfis filogenticos heterogneos.
Resumo:
Os astrovrus so agentes virais associados com enteropatias e infeces extra-intestinais em aves, ocasionando prejuzos no desenvolvimento produtivo e sade animal. Porm, so escassos os estudos no Brasil que visem a deteco e caracterizao deste vrus com maior amplitude. Nesse contexto, detectaram-se e caracterizaram-se cepas de astrovrus a partir de 60 amostras fecais de aves procedentes de diferentes criaes comerciais brasileiras (postura, corte e matrizes), mediante o emprego de uma reao PanAstrovrus como triagem inicial, que consistiu numa reao de RT-hemi-nested-PCR, visando a amplificao e posterior sequenciamento de um segmento parcial do gene RdRp (RNA polimerase dependente de RNA) do gene ORF1b, uma regio gnica conservada entre todos os astrovrus. Subsequentemente, nas amostras positivas na triagem, realizou-se a amplificao, clonagem e sequenciamento do gene ORF2 codificante do capsdeo viral, analisado mediante anlise filogentica. Os dados obtidos demonstraram uma frequncia de infeco por astrovrus em 48,3% (29/60) das amostras analisadas. As espcies virais detectadas foram as seguintes: Avastrovrus 2 (Avian Nephritis Virus, ANV) em 72,4% (21/29), Chicken Astrovrus (CAstV) em 6,8% (2/29) e Avastrovrus 1 (Turkey Astrovrus tipo 1, TAstV-1) em 20,8% (6/29) das amostras positivas. O sequenciamento total do gene ORF2 foi possvel em oito amostras (8/21) positivas a ANV, em uma amostra (1/6) positiva a TAstV-1 e uma amostra (1/2) positiva para CAstV. A anlise deste gene revelou, nas sequncias ANV, a presena de trs gentipos bem diferenciados, segundo critrios do Astroviridae Study Group, sendo que um deles, agrupou-se dentro do gentipo 5. Alm disso, quando analisado com sequncias procedentes de outras regies, as sequncias deste estudo formaram seis clusters, dois deles, relacionados com sequncias procedentes de Austrlia e Reino Unido. O anlise do ORF2 em CAstV, revelou tambm um agrupamento com cepas procedentes do Reino Unido. J o anlise da ORF2 de TAstV-1, revelou divergncia gentica com cepas isoladas em Estados Unidos, que foram as nicas sequncias disponveis no GenBank. O presente estudo traz a luz vrios dados epidemiolgicos concernentes aos astrovrus avirio de origem brasileira o que permitir a realizao de outros estudos relacionados a epidemiologia deste vrus, seus possveis riscos potenciais em sade pblica e a adoo de medidas de controle direcionadas a este agente
Resumo:
A leishmaniose visceral uma zoonose de grande importncia para a sade pblica, com ampla distribuio geogrfica e epidemiologia complexa. Apesar de diversas estratgias de controle, a doena continua se expandindo, tendo o co como principal reservatrio. Levando em considerao que anlises espaciais so teis para compreender melhor a dinmica da doena, avaliar fatores de risco e complementar os programas de preveno e controle, o presente estudo teve como objetivo caracterizar a distribuio da leishmaniose visceral canina e relacionar sua dinmica com caractersticas ou feies espaciais no municpio de Panorama (SP). A partir de dados secundrios coletados em um inqurito sorolgico entre agosto de 2012 e janeiro de 2013, 986 ces foram classificados como positivos e negativos de acordo com o protocolo oficial do Ministrio da Sade. Posteriormente uma anlise espacial foi conduzida, compreendendo desde a visualizao dos dados at a elaborao de um mapa de risco relativo, passando por anlises de cluster global (funo K) e local (varredura espacial). Para avaliar uma possvel relao entre o cluster detectado com a vegetao na rea de estudo, calculou-se o ndice de Vegetao por Diferena Normalizada (NDVI). A prevalncia da doena encontrada na populao de ces estudada foi de 20,3% (200/986). A visualizao espacial demonstrou que tanto animais positivos quanto negativos estavam distribudos por toda a rea de estudo. O mapa de intensidade dos animais positivos apontou duas localidades de possveis clusters, quando comparado ao mapa de intensidade dos animais negativos. As anlises de cluster confirmaram a presena de um aglomerado e um cluster foi detectado na regio central do municpio, com um risco relativo de 2,63 (p=0,01). A variao espacial do risco relativo na rea de estudo foi mapeada e tambm identificou a mesma regio como rea significativa de alto risco (p<0,05). No foram observadas diferenas no padro de vegetao comparando as reas interna e externa ao cluster. Sendo assim, novos estudos devem ser realizados com o intuito de compreender outros fatores de risco que possam ter levado ocorrncia do cluster descrito. A prevalncia, a localizao do cluster espacial e o mapa de risco relativo fornecem subsdios para direcionamento de esforos do Setor de Vigilncia Epidemiolgica de Panorama para reas de alto risco, o que pode poupar recursos e aperfeioar o controle da leishmaniose visceral no municpio.
Resumo:
A coqueluche vem reemergindo enquanto importante problema de sade pblica em vrios pases do mundo, apesar das altas coberturas vacinais na infncia. O objetivo geral deste estudo foi avaliar a morbimortalidade da coqueluche no Brasil e os objetivos especficos foram: estimar as taxas de mortalidade, incidncia e letalidade anuais, geral e por faixa etria, por unidade da federao e regies do pas; caracterizar a sazonalidade da doena; estimar as taxas de hospitalizao anuais por faixa etria e verificar as caractersticas clnicas, histrico de contato e vacinao prvia dos casos notificados da doena. Mtodos: estudo descritivo, baseado nos casos de coqueluche notificados ao Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN), de 2006 a 2013. Os resultados mostraram aumento nas taxas de incidncia de coqueluche no Brasil, a partir de 2011. Em 2013, foram confirmados 6.523 casos de coqueluche no pas, trs vezes o nmero de casos confirmados em 2011, com incidncia geral de 3,24 /100.000 habitantes e incidncia em menores de um ano de 125,82/100.000 habitantes, as maiores durante o perodo estudado. As crianas menores de um ano foram as mais acometidas pela doena em todas as macrorregies. Em 2013, todas as regies, exceto a regio sul, apresentaram suas maiores taxas de incidncia geral, com destaque para as regies sudeste e centro-oeste com 4,0 e 3,1 por 100.000 habitantes, respectivamente. As maiores taxas de letalidade foram observadas na faixa etria menor de dois meses de idade, variando de 4,0% (2008) a 9,5% (2010). As taxas de letalidade foram maiores em crianas menores de seis meses em todas as regies, sendo as regies nordeste e sudeste as que apresentaram maiores taxas ao longo dos anos, exceto em 2013, quando o centro-oeste superou o nordeste. Houve predomnio dos casos nos meses mais quentes, entre novembro e maro. A maioria das hospitalizaes ocorreu na faixa etria de menores de um ano, principalmente em menores de quatro meses, cuja frequncia de hospitalizao ficou em torno de 75%. A tosse e o paroxismo foram os sintomas mais frequentes, independente da faixa etria, e a cianose foi importante sintoma nos menores de dois meses, com uma frequncia de 80% nos casos confirmados desta faixa etria. A complicao mais comum foi pneumonia (13,93%), principalmente na faixa etria menor de dois meses, com frequncia de 27,5%. O critrio mais utilizado para diagnstico de coqueluche foi o clnico, seguido pelo laboratorial que aumentou a partir de 2011, ano em que foi responsvel por 49,9% dos diagnsticos. A maioria dos casos confirmados (51%) no relatou contato prvio com casos suspeitos ou confirmados de coqueluche, no entanto quando presente, a maioria dos contatos ocorreu no domiclio (70,6%). Os resultados mostraram aumento dos casos de coqueluche no Brasil, a partir de 2011, com as maiores taxas de incidncia, hospitalizaes, complicaes e letalidade na faixa etria de menores de um ano
Resumo:
INTRODUO: A doena diarreica aguda a segunda causa de morte em crianas abaixo de 5 anos de idade. No Brasil, entre 2003 e 2009, a diarreia aguda foi responsvel por cerca de 100.000 internaes por ano, e por 4% das mortes em crianas abaixo de 5 anos de idade. O rotavrus a principal etiologia de diarreia aguda grave no mundo todo, sendo responsvel por 40% das internaes por diarreia aguda, e 29% de todas as mortes por diarreia aguda. A vacina monovalente (RV1) contra o rotavrus foi introduzida no Programa Nacional de Imunizaes em 2006. OBJETIVOS: Verificar o impacto da vacina monovalente contra rotavrus nas consultas de pronto-socorro e internaes por doena diarreica aguda em crianas menores de 5 anos de idade, verificar a positividade do exame \"pesquisa de rotavrus nas fezes\", e verificar a presena ao ausncia de imunidade de rebanho. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo ecolgico retrospectivo no Hospital Universitrio da Universidade de So Paulo. O perodo foi dividido em pr-vacina (2003 a 2005) e ps-vacina (2007 a 2009). Foram includas todas as crianas abaixo de 5 anos que passaram em consulta no pronto-socorro e verificado o diagnstico do atendimento e internao atravs de registro eletrnico. Foram obtidas as taxas de consultas no pronto-socorro e internaes por doena diarreica aguda, foram selecionadas as crianas no vacinadas para clculo da imunidade de rebanho, e verificado se houve coleta do exame pesquisa de rotavrus nas fezes. A reduo nas taxas foi obtida atravs da frmula: reduo (%) = (1 - odds ratio) x 100. RESULTADOS: No perodo pr-vacina a taxa de consultas por diarreia aguda foi de 85,8 consultas por 1.000 consultas gerais, no perodo ps vacina a taxa de consultas por diarreia aguda foi 80,9 por 1.000, e a reduo foi 6% (IC 95%, 4% a 9%, p < 0,001), chegando a 40% (IC 95%, 36% a 44%, p<0,001) nos meses de maio e junho. A taxa de internao por diarreia aguda era 40,8 internaes por 1.000 e caiu para 24,9 por 1.000, reduo de 40% (IC 95%, 22% a 54%, p < 0,001), chegando a 82% (IC 95%, 62% a 92%, p < 0,001) nos meses de maio e junho. Nas crianas no vacinadas no houve reduo na taxa de consultas de pronto-socorro (IC 95%, -4% a 5%, p=0,903), e no se pode afirmar se houve reduo ou aumento das internaes por diarreia aguda (IC 95%, -212% a 35%, p=0,381). Houve queda da positividade do exame pesquisa de rotavrus em 2009 (reduo de 70%, IC 95%, 26% a 88%, p=0,007). CONCLUSES: Aps a introduo da vacina contra rotavrus (RV1) houve uma reduo de 6% nas consultas por diarreia aguda no pronto-socorro, de 40% nas internaes por diarreia aguda e de 70% na positividade do exame pesquisa de rotavrus nas fezes. No foi detectada imunidade de rebanho
Resumo:
Para avaliar os benefcios da comunicao rpida ao clnico do diagnstico de vrus respiratrios, foi analisado a viabilidade econmica de 2 testes, com o tempo de entrega de resultado em 2 horas para teste rpido e 48 horas para Biologia Molecular. As amostras coletadas foram processadas utilizando tcnicas convencionais e os testes disponveis no mercado local. Foram escolhidos dois testes rpidos pelo mtodo de imunocromatografia para quatro parmetros analticos: Influenza A, Influenza H1N1, Influenza B e Vrus Sincicial Respiratrio (RSV) e em Biologia Molecular um teste de RT-PCR multiplex com 25 patgenos entre vrus e bactrias. O tipo de amostra utilizada foi swab e lavado de nasofaringe. A populao escolhida para o estudo foi paciente adulto, em tratamento de cncer, que necessita de uma resposta rpida j que a maioria se encontra com comprometimento do sistema imune por doena ou por tratamento. O estudo foi transversal, realizado entre os anos de 2012 e 2013, para avaliar a viabilidade econmica da introduo de testes de diagnstico da infeco respiratria aguda de etiologia viral a partir de amostras de nasofaringe em pacientes com cncer atendidos no Centro de Atendimento de Oncologia Intercorrncia (CAIO ), do Instituto do Cncer do Estado de So Paulo (ICESP), hospital pblico que atende exclusivamente Sistema nico de Sade (SUS) e Hospital A.C. Camargo, que atende tanto a pacientes do SUS como da rede privada. O estudo incluiu 152 pacientes em tratamento para qualquer tipo de cncer, predominantemente do sexo feminino (81 mulheres e 70 homens) com idades entre 18-86 anos. Para participar do estudo o paciente era consultado e o critrio para escolha do paciente foi ser portador de cncer, com histria de febre (ainda que referida) acompanhada de tosse ou dor de garganta, tosse e sintomas respiratrios agudos, atendidos por protocolo padronizado que inclui avaliao na admisso, seguimento e manejo antimicrobiano. Para a avaliao econmica os pacientes foram classificados de acordo com o estado geral de sade, se apresentavam bom estado de estado de sade poderiam receber alta e faziam uso da medicao em casa evitando 5 dias de internao se recebessem algum resultado para Influenza ou RSV, no entanto os pacientes que apresentavam outro vrus, resultado negativo ou o estado geral era ruim permaneciam internados por 7 dias em observao e cuidados com medicao adequada. Foram realizadas anlises econmicas em dois mbitos: o sistema de sade publico e o privado considerando o fator diminuio de dias de internao. A analise de Custo-benefcio foi eficiente no Sistema privado mas inadequada para o SUS assim como, qualquer outra medida monetria j que os valores de reembolso do SUS esto defasados do custo de qualquer internao. A anlise de Custo-efetividade que olha para outros fatores alm do monetrio foi efetiva nos dois sistemas que enfrentam falta de leitos alm da condio de sade do paciente de evitar a ingesto desnecessria de antibiticos, evitar os gastos do acompanhante, perda de dias de trabalho e estudo. No houve correspondncia de resultados dos testes rpidos com o multiplex de Biologia Molecular