4 resultados para Discursos, alocuções, etc. Teses

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A estratgia do Tratamento Diretamente Observado de Curta Durao para o controle da tuberculose (DOTS) tem sido usada por vrios pases do mundo especificamente pelos 22 mais afetados pela doena, que contribuem com cerca de 80% de casos, porm, apesar da estratgia demonstrar a reduo de casos e aumentar a adeso dos pacientes ao tratamento, e ter sido implementada em Moambique desde a dcada de 1980, a doena continua a ser um problema grave de sade pblica no pas. Este estudo tem como objetivo central: analisar a transferncia da poltica do DOTS a partir da viso dos gestores centrais, provinciais e distritais, e profissionais de sade da provncia de Nampula. Trata-se de um estudo qualitativo que usa a Anlise de Discurso de matriz francesa como seu referencial terico metodolgico que busca a compreenso dos sentidos a partir das condies da produo. Participaram deste estudo 15 profissionais de sade que ocupavam as posies de gestores, mdicos e profissionais de enfermagem e/ou tcnicos, e atuavam no Programa nacional de controle de Tuberculose em Moambique com o mnimo de um ano de experincia, nos meses de maio a agosto de 2014, nos nveis central, provincial (Nampula), e distrital (em oito distritos da provncia de Nampula). Para a coleta de dados usou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado que permitiu explorar os sentidos produzidos. O corpus em anlise foi constitudo a partir das entrevistas transcritas. Para o auxlio da organizao dos dados usou-se o sofware Atlis.ti verso 6. Este estudo teve a aprovao da Comisso Nacional de Biotica e da autorizao do Ministro da Sade de Moambique. Para a anlise dos dados foram identificados quatro blocos discursivos: experincias adotadas na implementao e manuteno do DOTS; estratgias adotadas na implementao e manuteno de DOTS; potencialidades, fragilidades de DOTS no controle da tuberculose e; discursos no buscados pelo roteiro: possveis solues. Os sentidos produzidos enfatizam dizeres inscritos em formaes discursivas que desconsideram a subjetividade do enfermo; de fragilidades do sistema de sade, falta de recursos humanos, falta de transporte, baixos salrios, insuficincia de laboratrios, distncias longas entre a moradia do paciente e a unidade sanitria. Ainda os entrevistados entendem como potencialidade a participao dos agentes comunitrios e da famlia no tratamento da doena. Conclui-se que para o controle da tuberculose usando a estratgia DOTS o compromisso do governo deve ser pragmtico traduzindo-se em aes concretas como o aumento do financiamento das aes de controle de tuberculose, incluindo as pesquisas, formao dos recursos humanos e, sobretudo, atuar sobre os determinantes socias da sade

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Estima-se que 52% da populao mundial faz uso de lcool, sendo a droga mais consumida no mundo. Ao usurio, o lcool torna-se prejudicial devido s consequncias nos nveis biolgicos, sociais e funcionais. Assim, a reduo do uso abusivo da substncia um dos objetivos da Organizao Mundial de Sade (OMS) e uma das prioridades na agenda de sade pblica mundial. No Brasil, a Poltica do Ministrio da Sade para a Ateno Integral aos Usurios de lcool e Outras Drogas teve como objetivo a criao de uma rede de ateno integral a eles - a RAPS (Rede de Ateno Psicossocial). A RAPS considerada um grande avano da Reforma Psiquitrica, j que integra os diversos pontos de ateno disponveis no Sistema nico de Sade (SUS). Um dos pontos da RAPS a Ateno Bsica (AB), que atravs da atuao das equipes da Estratgia Sade da Famlia (ESF) tem a possibilidade de monitorao, preveno do uso e colaborao na reinsero social dos usurios de lcool e outras drogas devido proximidade e criao de vnculo entre o servio e usurio. Para que o vnculo seja estabelecido o Agente Comunitrio de Sade (ACS) a pea fundamental, visto que conhece a comunidade e reconhece suas necessidades, alm de ser a figura que medeia as relaes entre a equipe de sade e os usurios. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi descrever e analisar o discurso de ACS sobre o uso de lcool e a assistncia prestada na AB. Trata-se de um estudo qualitativo de teor descritivo, cuja pesquisa ocorreu em cinco municpios da regio central do Estado de Santa Catarina. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, analisadas atravs do mtodo da Anlise de Contedo. A anlise das entrevistas resultou na formulao de duas categorias e quatro subcategorias empricas. Os resultados evidenciaram que os ACS percebem o consumo de lcool como inerente a populao em virtude da cultura caracterizada pelo consumo habitual e festivo da droga. Eles percebem que o uso do lcool torna-se um problema quanto definio social atribuda pela comunidade, ressaltando as consequncias para a famlia e outras perdas vivenciadas pelos usurios com base nas repercusses sociais. Quanto assistncia prestada por eles aos usurios de lcool, os resultados indicaram uma prtica desprovida de instrumentos ou habilidades para a abordagem adequada do uso, evidenciando uma prtica infundada pelos ACS. A prtica est pautada tambm nas crenas em relao aos usurios de lcool, que esto muito ligadas aos estigmas relacionados a estes usurios em geral e no em evidncias cientficas. Conclui-se que a partir do conhecimento das percepes e prticas deste profissional, possvel direcionar aes que potencialize a prtica dos ACS, j que so profissionais com grandes possibilidades de atuao diante da preveno e tratamento do abuso de lcool e reabilitao social do usurio

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Buscamos investigar, neste trabalho, quais so os discursos sobre os gneros discursivos que circulam entre sujeitos-professores que atuam nos anos finais (4 e 5 anos) do Ensino Fundamental I, em escolas pblicas municipais. Buscamos compreender tambm, a maneira como esses sujeitos (se) significam, em suas relaes com a lngua e a histria. O interesse pela temtica investigada se d, principalmente, porque observamos, ao longo de nossos anos de experincia no magistrio, que, embora os gneros discursivos conforme definidos por Bakhtin (1997) sejam considerados pelos Parmetros Curriculares Nacionais e por outros documentos legais que fundamentam a Educao Bsica, como um dos principais objetivos do ensino de lngua portuguesa, o conceito ainda desperta muitas dvidas nos docentes. Filiamo-nos Anlise de Discurso de matriz francesa, postulada por Pcheux (2009), rea do conhecimento basicamente constituda na interseco entre o materialismo histrico, a psicanlise e a lingustica, e que considera a lngua como lugar de materializao do discurso que a lngua em movimento, em uso pelos sujeitos. Na construo de nosso referencial terico, mobilizamos, ainda, a teoria bakhtiniana dos gneros do discurso, e as contribuies de tericos das cincias da educao, tais como Pimenta (2012), Tardif (2002), Giroux (1997), Sacristn (1998), entre outros. O corpus da pesquisa representado por seis entrevistas semiestruturadas, realizadas com sujeitos-professores que atuam em classes de 4 e 5 ano do ensino fundamental, em escolas de rede pblica municipal. A partir da transcrio das entrevistas, foram realizados recortes que constituram o material analisado neste estudo. As anlises realizadas aqui indiciam que os sujeitos-professores entrevistados circulam por formaes discursivas e ideolgicas cristalizadas, no que diz respeito relao dos estudantes com a lngua. Tais docentes buscam desenvolver um trabalho pedaggico mediado pelos critrios de suposta familiaridade, utilidade ou praticidade em relao aos usos sociais que os gneros discursivos poderiam ter para os estudantes. Alm disso, as anlises discursivas de alguns recortes apontam para um equvoco na compreenso do conceito bakhtiniano de gneros discursivos, compreendidos, no cotidiano escolar, como uma classificao tipolgica e estanque, excluindo a dinamicidade e a plasticidade que envolvem o conceito, conforme proposto por Bakhtin (1997). A cristalizao da definio do conceito de gneros discursivos, na dimenso tipolgica, favorece o cerceamento da prtica pedaggica, colaborando para a difuso de prticas que visam o esgotamento dos gneros discursivos, buscando apresentar o maior nmero possvel de gneros aos estudantes, sob a forma de modelos que devero ser seguidos em suas produes textuais futuras, e que lhes sero cobrados em avaliaes internas e externas.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A Educao para a Conservao um campo de pesquisa que se dedica ao estudo das reflexes ticas e das atitudes humanas direcionadas para com o respeito que se deve ter com o ambiente, principalmente pelo estabelecimento de aes conservacionistas pautadas em interaes educativas. Os Zoos, de modo geral, esto inseridos nessa perspectiva, uma vez que se apresentam como instituies de cunho educativo voltadas para a conservao da biodiversidade. No entanto, o discurso expositivo apresentado por esses aparatos culturais no Brasil, muitas vezes, no contempla tais elementos em suas exposies. Por este motivo, buscou-se a anlise de exposies zoolgicas tambm no exterior, que contemplassem discursos sobre a conservao da biodiversidade em suas exposies, tendo sido escolhida a exposio do Zoo de Barcelona, Espanha, para a realizao desta investigao. A pesquisa teve por objetivos compreender como a conservao da biodiversidade abordada na exposio deste zoolgico catalo, com base na formulao de saberes de referncia constitudos a partir de diferentes reas: os Movimentos Ambientalistas, a Filosofia da Conservao e as ticas Ambientais. Igualmente, buscou-se compreender como o discurso expositivo sobre conservao encontra-se apresentado nos aparatos expogrficos distribudos ao longo da exposio, bem como em livros e documentos. Compreendendo a investigao como um Estudo de Caso, foram acessados documentos institucionais de acesso pblico encontrados no site da instituio e textos presentes nos painis expositivos. As anlises foram realizadas com base no referencial terico da Transposio Didtica/Museogrfica, que permite o estudo da exposio por ao menos trs lgicas: a lgica do discurso; a lgica do espao; e a lgica do gesto. Alm disso, o mesmo referencial prev o estabelecimento de um saber de referncia ou saber sbio pautado no conhecimento epistemolgico sobre a conservao da biodiversidade e, nesta pesquisa, no discurso de pesquisadores da rea, que foram entrevistados sobre este assunto. Este saber de referncia ou saber sbio possibilitou a criao de um conjunto de categorias de anlise que pautou a anlise do discurso expositivo apresentado pelo Zoo de Barcelona. As categorias criadas foram classificadas em duas dimenses: a dos Valores e a das Aes. Duas categorias, a Antropocntrica e a No antropocntrica constituram a Dimenso dos Valores e quatro categorias, a Desenvolvimentista, a Sustentabilista, a Scio-humanstica e a Tcnico-cientfica constituram a Dimenso das Aes. Os resultados apontaram que o discurso expositivo composto predominantemente por informaes Tcnico-cientficas e Sustentabilistas, ambas as categorias contextualizadas por uma viso no antropocntrica de valorizao da natureza. A forma como o discurso expositivo encontra-se apresentado na parte textual da exposio corrobora a linha conceitual de assuntos abordados nos grandes eventos globais promovidos pela ONU ao longo dos ltimos 40 anos, sobre a conservao do meio ambiente. Categorias como a Scio-humanstica, a Antropocntrica e a Dimenso dos Valores foram pouco abordadas. A categoria Desenvolvimentista no foi encontrada na exposio. Pelas evidncias levantadas durante a anlise dos dados pode-se concluir que o Zoo de Barcelona apresenta um discurso expositivo conservacionista e que h elementos suficientes na exposio para se apontar o desenvolvimento de uma Educao para a Conservao.