9 resultados para Avaliação de serviços de saúde

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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A partir do redirecionamento do modelo assistencial no Brasil emerge a necessidade de discusso da reinveno de prticas alinhadas com o cenrio de transformaes. As prticas agora devem se desenvolver no sentido de superar o isolamento das grades, dos muros e das chaves, do apagamento do sujeito, da supresso de sintomas e das personalidades dos sujeitos em sofrimento psquico. Diante disso, que este estudo tem como objetivos avaliar boas prticas em saúde mental na ateno psicossocial no contexto de um municpio da regio Sul do Brasil. Para tanto, organizou-se como uma pesquisa avaliativa construtivista, com enfoque responsivo, a medida que desenvolve um consenso critico entre os grupos de interesse. Est baseada na Avaliação de Quarta Gerao, proposta por Guba e Lincoln (2011), que emerge como opo metodolgica e se articula com o referencial terico das \"Boas Prticas em Saúde Mental Comunitria\", proposto por Thornicroft e Tansella (2010). Este apresentado de modo a identificar boas prticas na saúde mental, com base na articulao de 3 eixos indispensveis e indissociveis: a tica, como princpio fundamental que dever orientar o planejamento, a assistncia e a avaliação dos serviços. A evidncia deve embasar as intervenes e serviços. E a experincia como uma evidncia do que vem sendo produzido nas experincias locais e regionais de organizao da rede de serviços. Como resultado do processo as prticas de Acolhimento, Projeto Teraputico Singular e Transferncia de Cuidados emergiram para discusso. O Acolhimento torna-se concreto nas aes da Porta Aberta, e significa escuta qualificada no momento em que a necessidade emerge, alm de representar a oferta de ateno de qualidade baseada no processo relacional que fortalece o estabelecimento de vnculos e a construo de projetos de vida. O Projeto Teraputico Singular apresenta-se como uma boa prtica, a medida que capaz de dar resposta singularizada e individualizada s necessidades do sujeito, de modo a oportunizar como resultado uma pessoa capaz de andar na vida. definido de forma compartilhada entre equipe, usurio e famlia, segundo os objetivos teraputicos para cada sujeito, e utiliza o tcnico de referncia, as mini equipes, as oficinas teraputicas, os grupos teraputicos, as assembleias, enfim, ofertas e propostas que permitem ao sujeito retomar o envolvimento com os espaos da cidade, no caminho da produo de vida. Com relao Transferncia de Cuidados, esta possibilita ao sujeito que vive o processo no s circular em uma rede de serviços, mas, acima de tudo, buscar, com suporte dela, sua emancipao. Para tanto, investe em prticas que estimulem a autonomia dos sujeitos, por meio de instrumentos como o Acompanhamento Teraputico, Grupo de Apoio Alta, espaos de decises e discusses, estmulo busca e resoluo de problemas, atividades de reconhecimento dos espaos da cidade, transporte, cultura e lazer. Alm disso, investe nas aes com a Ateno Bsica, a partir do Apoio Matricial com processos de formao continuada com as equipes, e mapeamento da situao da saúde mental nos territrios. Ao final deste estudo, possvel concluir que o modelo de ateno psicossocial demonstrou potencialidade de produzir boas prticas na ateno saúde mental, e que estas tem transformado a vida dos sujeitos em sofrimento psquico, bem como tem auxiliado no processo de reconquista de espaos sociais

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Introduo: reas contaminadas por agentes qumicos perigosos em regies urbanas representam riscos importantes saúde humana e ao ambiente. Vila Carioca, localizada na cidade de So Paulo, uma rea contaminada por pesticidas organoclorados considerada crtica, pela magnitude da contaminao, pela presena de pessoas residentes e pela complexidade de fontes da contaminao. Vrios estudos de riscos j foram realizados por uma das empresas contaminadoras, no entanto, ainda h muita incerteza e controvrsias sobre os riscos saúde da populao. Objetivo: Avaliar o incremento de risco de cncer no tempo de vida para populao exposta por meio de uma avaliação probabilstica. Mtodo: Foram utilizados dados secundrios das contaminaes obtidos nos estudos de riscos efetuados pela empresa produtora de pesticidas organoclorados e tambm em documentos oficiais dos rgos de saúde e meio ambiente do Estado de So Paulo, resultantes do monitoramento da gua e do solo na rea residencial no perodo de 1997 a 2012, para 335 substncias. Foram selecionadas substncias carcinognicas presentes na gua subterrnea e solo com melhor conjunto de dados. Para a avaliação probabilstica foi empregado o mtodo de simulao de Monte Carlo, por meio do software comercial ModelRisk. Foram utilizados os mtodos recomendados pela United States Environmental Protection Agency para a avaliação de risco de exposio drmica e de incremento de riscos de cncer para substncias mutagnicas. Foram consideradas a ingesto de gua e solo, e contato drmico com gua. Resultados: O incremento de risco de cncer no tempo de vida (IRLT) foi de 4,7x10-3 e 4,1x10-2 para o percentil 50% e 95%, respectivamente. As rotas de exposio mais importantes foram ingesto e contato drmico com a gua subterrnea, seguido da ingesto de solo. O grupo etrio que apresentou maior risco foi o das crianas de 0 a 2 anos de idade. Concluso: Os riscos estimados so superiores aos valores considerados tolerveis. A avaliação realizada foi conservativa, mas ressalta-se que a restrio do uso da gua subterrnea deve ser mantida e que a populao deve ser devidamente informada dos riscos envolvidos na rea, em especial, relacionados ao solo contaminado

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A Constituio Federal Brasileira institucionalizou o direito a saúde no Brasil, o artigo 196 que diz: A saúde um direito de todos e um dever do Estado apresenta esse direito. Ao regulamentar a criao do Sistema nico de Saúde a lei 8.080 reafirma a obrigao do Estado com a Saúde da populao. Dentro desse contexto a Assistncia Farmacutica (AF) tem importante papel de garantir medicamentos seguros, eficcias, em tempo e quantidade necessria para atender a demanda dos cidados, porm apesar das constantes atualizaes em prol de promover maior eficincia dos processos da AF, ainda acontecem situaes em que o paciente no tem o medicamento requerido, seja por falta nas unidades dispensadoras ou a no presena nas listas de medicamentos padronizados. Essa situao faz com que o cidado recorra via judicial na tentativa de garantir o acesso ao medicamento pleiteado, fenmeno conhecido como judicializao da saúde, que traz grandes implicaes sobre a gesto da assistncia farmacutica. Diante disso o objetivo do trabalho foi descrever o panorama geral das aes judiciais pleiteando medicamentos e insumos para insulina que foram assumidos pela prefeitura de Ribeiro Preto. Para alcanar esses objetivos, foi realizado um estudo do tipo descritivo. Foram analisados ao todo 1861 processos judiciais sendo 1083 ainda ativos e 778 que j haviam sido encerrados. Na maioria dos processos o juiz dava como prazo mximo 30 dias (99%) para se cumprir a ao, o que insuficiente para realizar uma licitao pblica obrigando a gesto a utilizar via paralela de compra. O Ministrio Pblico foi o principal representante legal (71,7%) utilizado e a maioria das prescries foram advindas de hospitais e clnicas particulares (50,1%). Os principais diagnsticos referidos nas aes foram diabetes e o transtorno de dficit de ateno e hiperatividade (TDAH). J os medicamentos mais prevalentes foram as insulinas e o metilfenidato. Dentre os mdicos prescritores 3% somam aproximadamente 30% das prescries. Diante dos resultados expostos, o presente estudo evidenciou o impacto da judicializao da saúde no municpio de Ribeiro Preto, demandando da gesto pblica organizao estrutural e financeira para lidar com as demandas judiciais.

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Trata-se de um estudo descritivo e exploratrio, com abordagem qualitativa dos dados. Objetivou-se analisar a percepo da equipe de enfermagem sobre as condies geradoras de absentesmo e suas implicaes na assistncia nas unidades de Urgncia e Emergncia (UE) das cinco distritais de saúde no municpio de Ribeiro Preto/SP. Os sujeitos foram profissionais da equipe de enfermagem (enfermeiro, auxiliar e tcnico de enfermagem) que atuam nestas unidades. Foram selecionados 2 profissionais de cada categoria, a partir dos critrios de incluso do estudo, sem considerar sexo, faixa etria e tempo de trabalho no servio, totalizando 30 participantes. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais semiestruturadas, conduzidas a partir de um roteiro norteador composto pelas variveis (Processo de Gesto de Recursos Humanos (RH); Condio de Trabalho em Equipe e Qualidade do Cuidado Prestado) abordadas no estudo. Para anlise dos dados utilizou-se anlise de contedo, modalidade temtica. Aps anlise dos dados, as categorias encontradas foram: TEMA 1 - Gerenciamento, organizao e enfrentamento para a operacionalizao do trabalho de enfermagem (Subtema 1 - Operacionalizao da escala de trabalho frente ao desafio do quantitativo da equipe de enfermagem na unidade de UE; Subtema 2 - Reorganizao do trabalho e a perspectiva dos trabalhadores frente mudana para as 30h/semanais e a terceirizao do servio; Subtema 3 - Tempo de permanncia do profissional no servio; Subtema 4 - Comunicao como ferramenta para desenvolver o trabalho em equipe e gerenciar conflitos); TEMA 2 - Condies impostas ao trabalhador e sua influncia no desenvolvimento do trabalho (Subtema 1 - Plano de carreira e salrio como estimulantes para desenvolvimento do trabalho; Subtema 2 - Vnculo empregatcio: vantagens e desvantagens; Subtema 3 - Educao permanente e sua importncia para desenvolvimento do trabalho; Subtema 4 - Influncia da estrutura fsica, materiais e equipamentos no cuidado) e TEMA 3 - Avaliação do servio e da assistncia prestada. No que diz respeito ao quantitativo de enfermagem disposto nas unidades, todos os entrevistados relatam que um quantitativo razovel e que, em alguns momentos, se sentem sobrecarregados quando ocorrem ausncias no previstas. Ao se tratar da terceirizao das unidades estatutrias, relata-se que no houve comunicao prvia do evento e visvel a insegurana e frustrao por parte dos entrevistados. Ressalta-se que a unidade terceirizada no sofreu mudanas em sua rotina. A rotatividade presente nestas unidades de UE, sendo maior em determinada unidade e ocorre por inmeros motivos, dentre eles, aposentadoria, transferncia para Unidade Bsica de Saúde (UBS), conflitos na equipe e/ou com pacientes, dentre outros. Todos os entrevistados sugerem que a comunicao fundamental para o desenvolvimento do trabalho em equipe e atravs dela que os conflitos possam vir a ser resolvidos. Neste momento, percebe-se, a partir das falas, que a comunicao diferente entre as unidades e, portanto, existem nveis diferentes de conflitos entre as unidades. O municpio no possui um plano de carreira efetivo, portanto os entrevistados demonstram desmotivao para buscar novos conhecimentos. Quanto ao salrio, estes tm a viso de que razovel, sendo considerado elevado em relao s demais instituies de saúde do municpio, porm, defasado em relao categoria profissional. Os profissionais terceirizados relatam uma certa insatisfao por trabalhar da mesma forma que os estatutrios, recebendo um menor salrio e sem os mesmos benefcios, o que nos leva categoria vnculo empregatcio, onde a estabilidade abordada com vises positivas e negativas. Ao se tratar da viso negativa, os entrevistados sugerem que muitos colegas no sabem lidar com esse benefcio, se ausentando do trabalho ou trabalhando de uma forma no adequada, prejudicando a rotina do servio. No que tange educao permanente, temos a diferena mais gritante do estudo, visto que os entrevistados estatutrios relatam que no possuem a disponibilizao, atravs da prefeitura, de cursos de atualizao, capacitao e constante aprendizado enquanto que os terceirizados relatam atualizaes constantes e apoio por parte da instituio com a qual eles esto vinculados. unnime que todos os entrevistados consideram que a estrutura fsica, materiais e equipamentos interferem diretamente no cuidado. Ao serem questionados em relao avaliação do cuidado prestado, eles o consideram bom, podendo ser melhor caso fossem disponibilizadas condies de trabalho mais adequadas. Considera-se o estudo como um possvel instrumento de avaliação dos serviços prestados em unidade de UE, bem como das condies de trabalho fornecidas ao trabalhador e sua satisfao profissional

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Quase um em cada dez pacientes lesionado ao receber cuidados de saúde e, destes, muitos sofrem leses incapacitantes ou morte todos os anos. Entendendo a importncia e o impacto negativo das falhas na segurana do paciente em mbito global e a influncia que a cultura e o clima de segurana exercem sobre a adoo de aes e decises mais seguras, este estudo teve por objetivo a analise da cultura de segurana do paciente em instituies hospitalares, por meio da mensurao do clima de segurana. Trata-se de pesquisa quantitativa, transversal, do tipo Survey, em que para a realizao da coleta de dados foi aplicado o Questionrio de Atitudes de Segurana, adaptao transcultural para o Brasil do Safety Attitudes Questionnaire (SAQ) - Short Form 2006. O estudo ocorreu em dois hospitais gerais do estado de So Paulo, localizados em diferentes regies metropolitanas, sendo um pblico e o outro privado. Os profissionais Mdicos, Enfermeiros, Tcnicos e Auxiliares de Enfermagem, Fisioterapeutas, Farmacuticos e Nutricionistas, que atuavam nestes hospitais h pelo menos 6 meses, com carga horria de trabalho semanal de no mnimo 20 horas, constituram a populao deste estudo. Foi realizado um estudo piloto com 25 profissionais em cada hospital e a prevalncia resultante deste teste foi utilizada no clculo do tamanho amostral com nvel de significncia de 5%, erro relativo de 10% e perda de 20%, resultando em um total de 235 participantes. Os profissionais escolhidos como parte da amostra foram sorteados empregando-se amostragem aleatria simples computadorizada. As variveis de cada domnio da escala quando testadas pelo Teste Kolmogorov-Smirnov no apresentaram normalidade. Deste modo, foi aplicado o Teste Mann-Whitney para comparar os valores das pontuaes entre os hospitais e entre as categorias profissionais. Com relao aos resultados houve ndice de participao de 86,8% da amostra sorteada, prevalecendo os sujeitos com 5 a 20 anos de tempo na especialidade, do gnero feminino, e trabalhadores da enfermagem. No houve diferenas significantes dentre as pontuaes obtidas pelos dois hospitais. Os participantes do estudo apresentaram percepo negativa quanto ao clima de segurana do paciente, com domnios Reconhecimento do Estresse e Percepo da Gesto apresentando resultados negativos, tanto para a amostra como um todo quanto por hospital. Os domnios Clima de Trabalho em Equipe, Satisfao no Trabalho e Comportamento Seguro/Prticas Seguras resultaram em percepes positivas para todas as categorias profissionais. J o domnio Percepo da Gesto do Hospital resultou em percepo negativa para todas estas. Os Mdicos e os Tcnicos e Auxiliares de Enfermagem apresentaram percepes negativas em mais domnios. Em contrapartida, os Enfermeiros foram os nicos a apresentar atitude de segurana do paciente positiva, com escore total do SAQ exibindo diferena significante quando comparado a todas as outras categorias, apresentando tambm percepo positiva em maior nmero de domnios. Concluiu-se que existe a necessidade de abordagem relacionada ao Reconhecimento do Estresse dos profissionais, alm dos aspectos do Gerenciamento. As categorias profissionais diferiram entre si com relao s percepes sobre a atitude de segurana do paciente. Desta forma, o desenvolvimento da cultura de segurana deve englobar todas as categorias profissionais, uma vez que esta abrange toda a organizao, destacando-se a necessidade de enfoque de aes com relao a categoria dos Mdicos e dos Tcnicos e Auxiliares de Enfermagem. Alm disso, ficou evidente o papel de destaque e liderana dos profissionais Enfermeiros nos processos de melhoria da qualidade, e colocando-os em posio privilegiada para conduzir os esforos de melhoria contnua da qualidade nos serviços de saúde

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necessrio compreender que o indivduo, no processo saúde-doena, precisa receber ateno completa, que envolva vrias disciplinas atuando de forma conjunta, numa viso que envolve integralidade de aes (Saupe et al., 2007; Salvador et al., 2011). Uma das principais caractersticas dos serviços de saúde hoje em dia no pas o atendimento feito por equipes multiprofissionais, cujo entrosamento, entendimento e troca de saberes entre seus membros levam interdisciplinaridade (Salvador et al., 2011), tema central deste trabalho de pesquisa. Atendimento interdisciplinar envolve trabalho recproco, criando relaes sociais horizontais, contrariamente ao que ocorre no modelo de assistncia tradicional, hegemnico. Exige que o saber do outro seja ouvido e pensado, inclusive dos indivduos e das comunidades assistidos (Leite; Veloso, 2008). Este estudo, do tipo quali-quantitativo, tem por objetivo analisar as percepes que trabalhadores e usurios de trs unidades de saúde, com estratgias distintas de atendimento, apresentam sobre interdisciplinaridade. Busca-se destacar dificuldades e possveis meios facilitadores para sua prtica diria na perspectiva de profissionais de saúde e usurios dessas trs unidades de saúde. Foram aplicados questionrios com perguntas fechadas semiestruturadas e abertas, cujos resultados foram submetidos anlise quantitativa, pela tcnica descritiva de anlise de frequncia, e anlise qualitativa pela tcnica hermenutica dialtica, conforme preconizada por Minayo (2004). luz dessa modalidade qualitativa de pesquisa aplicada aos profissionais surgiram trs categorias: Meios para aumento da interdisciplinaridade; Fatores que afetam a interdisciplinaridade, subdivididos em Incentivadores, Desmotivadores e Ambguos; e Resultados da interdisciplinaridade. Em relao aos usurios, as categorias emergentes foram: Desinteresse; Viso assistencial individualista e Vantagens da interdisciplinaridade. Os resultados encontrados foram: todas as categorias profissionais sentiram falta de outros profissionais em grupos educativos. A ausncia mais sentida foi assistente social (18,75%). A estratgia interdisciplinar mais lembrada foi \"reunies\" (38,6%). Falta noo de que necessrio trocar informaes de forma efetiva, compreensvel e satisfatria para todos. Mostrou-se importante aproveitar esses momentos para discutir protocolos e rotinas. Instrumento relevante para aumentar as trocas entre os profissionais foi a capacitao (13,6%) que melhora o relacionamento em equipe ao diminuir inseguranas. Trocas de informaes em equipe multidisciplinar podem transformla em interdisciplinar. Pertencimento foi fato importante para a interdisciplinaridade, assim como dialogar, tolerar, respeitar, ouvir, ser flexvel e enxergar o que est alm de si, com interao social, horizontal. Nmero reduzido de profissionais, tomar conhecimento dos resultados das decises em equipe e corresponsabilidade tambm foram fatores de destaque. Mais de 70% dos usurios relatou no participar de grupos educativos, evidenciando o curativismo. Os usurios valorizaram o atendimento por mais de um profissional. Acolhimento prescinde da ao interdisciplinar. Nenhum modo de atendimento foi sugerido pelos usurios. A interdisciplinaridade favorece a relao entre a equipe e o usurio, diminui espera e aumenta resoluo. Na US Vila Helena, a interdisciplinaridade prescindiu de reunies de equipe para acontecer.

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No Brasil, a construo bem como as mudanas nos mais de vinte anos do Sistema nico de Saúde (SUS) tem demandado um crescente interesse em estratgias que valorizem o uso da informao em saúde. Cada vez mais as incertezas entre a complexidade deste sistema e as intervenes necessrias para atender os seus preceitos e as necessidades da populao precisam de respostas geis e efetivas. A efetividade dos serviços e a equidade em sua prestao so cruciais na ateno saúde e mostram-se como desafio frente dificuldade de avaliação dos resultados das aes pela demora no impacto nos indicadores epidemiolgicos clssicos. O monitoramento uma prtica que pode ser destacada pela agilidade nas respostas, porm ntido o quanto a discusso sobre o assunto pouco estabelecida na literatura disponvel. Se apresenta como uma prtica interativa e proativa que utiliza informaes disponveis com o potencial de organizar e divulgar rapidamente as descobertas feitas, gerar um aprendizado organizacional e apoiar o processo decisrio. A proposta deste estudo considerou o Painel de Monitoramento da Secretaria Municipal da Saúde de So Paulo como ponto de partida para pesquisar sobre as potencialidades do monitoramento na gesto. Uma pesquisa de mtodos mistos foi a opo metodolgica para este trabalho que buscou aprofundar o marco referencial terico sobre monitoramento, descrever e analisar criticamente as referncias tcnicas utilizadas para a construo da proposta e realizar um estudo de caso nico em territrio descentralizado do municpio de So Paulo sobre a rotina local na sua utilizao e com isso analisar as potencialidades e os alcances desta experincia na gesto municipal. Concluiu-se que o monitoramento por meio de indicadores selecionados a partir de dados secundrios uma estratgia oportuna de acompanhar a tendncia de determinadas aes possibilitando assim a emisso de juzo de valor e tomada de deciso com rapidez. O aplicativo propicia aos gestores e tcnicos informaes relevantes que apoiam o processo decisrio, alm de possibilitar a sua utilizao em diferentes contextos da gesto e portes territoriais. Por outro lado, a prtica cotidiana pautada por prioridades normativas, onde a preciso do registro, a coerncia das fontes e a quantidade apontada sobrepem-se informao em si, o seu significado e as aes necessrias para o enfrentamento dos problemas. O uso da informao cultura em construo e o Painel de Monitoramento traz a possibilidade de organizar, qualificar e difundir dados secundrios dos diferentes sistemas de informao do Sistema nico de Saúde (SUS). Alm disso, tem contribudo tambm no papel de fomentar as discusses sobre os diferentes temas que envolvem as prioridades de uma gesto em todos os nveis do sistema de saúde do municpio de So Paulo.

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Trata-se da meta-avaliação de um processo avaliativo desenvolvido por secretrios e assessores tcnicos municipais de uma regio de saúde do estado de So Paulo, com foco nos critrios de utilidade e participao. uma pesquisa qualitativa, cuja base emprica foi 1) o material produzido em sete oficinas realizadas com os representantes municipais, com vistas avaliação de um aspecto da linha de cuidados em saúde sob a tica da integralidade; e 2) as entrevistas semiestruturadas realizadas com os mesmos atores aps a finalizao do processo avaliativo. Para a avaliação do critrio de utilidade, utilizou-se principalmente o referencial de KIRKHART (2000), com o objetivo de ampliar a anlise para alm do uso instrumental dos achados avaliativos e foc-la na identificao de influncias mltiplas exercidas por um fenmeno complexo como um processo avaliativo. A anlise do critrio participao se deu com base no referencial de COUSINS e WHITMORE (1998), buscando a identificao no material emprico de decises ou aspectos contextuais que fizeram com que a opo participativa fosse aprofundada ou limitada no processo em foco. O trabalho destaca a importncia de explicitar pressupostos que baseiam a metodologia da avaliação/ meta-avaliação escolhida, e a necessidade de se buscar referenciais tericos de anlise compatveis com a opo realizada, frisando a inexistncia de posturas neutras ou estudos totalmente objetivos; e a importncia de capacitar avaliadores a acompanharem a demanda dos participantes de um processo participativo com a flexibilidade necessria para conferir-lhe o maior aproveitamento possvel. Conclui-se pela viabilidade, com vantagens, da realizao de processos participativos locais com gestores na Saúde Pblica, destacando a possibilidade de ganhos em formao e o enriquecimento dos processos de negociao em nvel do territrio, de forma coerente poltica de construo das regies de saúde no SUS.

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Em organizaes que operam segundo a lgica de servio h uma mudana estratgica, com o deslocamento da produo de um produto para um valor. Seguindo esta dinmica, surgiram na Saúde Pblica propostas de modelos de ateno alternativos ao hegemnico, centrado em procedimentos e equipamentos. O presente estudo analisou o modelo da Estratgia de Saúde da Famlia, cuja proposta centra-se nas necessidades do usurio e no vnculo usurio-equipe multiprofissional, tendo como objetivo investigar como a organizao e as condies do trabalho influenciam na utilizao de recursos imateriais pelas equipes. Consistiu em um estudo de caso realizado junto a oito equipes de saúde da famlia do municpio de Caraguatatuba/SP. A metodologia compreendeu observao direta e realizao de grupos focais com os profissionais das equipes. A anlise abrangeu a categorizao dos temas mais relevantes, em especial aqueles que se relacionavam ao uso e desenvolvimento dos recursos imateriais. Os resultados indicaram que, embora os profissionais valorizassem os aspectos relacionais, o processo de trabalho das equipes encontrava-se centrado na produo de procedimentos e informaes quantitativos dos atendimentos, no incorporadas s prticas do cuidado. Os recursos imateriais, bem como seus resultados, no encontravam uma forma sistematizada de avaliação. E, dessa forma, enfrentavam desafios para serem apropriados e desenvolvidos como conhecimento pela organizao.