4 resultados para Adolescência Álcool - Teses

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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Introduo: O excesso de peso em adultos jovens est associado ao desenvolvimento de doenas crnicas no transmissveis (DCNT) e diminuio da qualidade de vida e ao aumento da mortalidade precoce. A transio da adolescência para a fase adulta o perodo de maior risco para a incidncia da obesidade. Objetivo: Estimar o efeito o ndice de massa corpora (IMC) aos 20 anos sobre a incidncia de DCNT em adultos brasileiros com idade entre 30 a 49 anos. Mtodos: Foram selecionados 12.079 indivduos de 30 a 49 anos da Pesquisa Nacional de Sade (PNS), realizada no ano de 2013. O modelo adotado para determinao das DCNT foi aquele proposto pela Organizao Mundial de Sade. A incidncia das DCNT (hipertenso, doenas cardiovasculares, diabetes e cncer, entre outras), informada pela data do diagnstico, foi modelada como funo do IMC aos 20 anos. Os indivduos sem a doena at o presente foram considerados como censura. As estimativas de sobrevida foram calculadas com o mtodo de Kaplan-Meier (KM) para cada uma das doenas, estratificada por sexo e ajustada por escolaridade. A anlise dos fatores de risco para as doenas foi feita utilizando-se o modelo de riscos proporcionais de Cox. Resultados: Nas curvas de sobrevida KM, indivduos com IMC >=25kg/m apresentaram incidncia mais elevada e precoce de DCNT, principalmente hipertenso, diabetes e depresso. A idade mediana para incidncia do diabetes em obesos foi de 47 anos para homens e 48 anos para mulheres. A incidncia da hipertenso arterial foi 4,2 por mil com sobrevida mediana de 48 e 44 anos em mulheres com excesso de peso e obesidade, respectivamente. Dentre os fatores de risco associados as DCNT, o tabagismo em idade precoce foi associado incidncia de depresso. Concluso: O excesso de peso em adultos jovens aumenta a incidncia precoce de DCNT, com efeitos negativos na qualidade de vida, lazer e produtividade, alm de aumentar a demanda por servios de sade. Torna-se necessrio que a interveno para reduo dessas doenas seja direcionada para o perodo da infncia e adolescência com aes que promovam a reduo da exposio desses indivduos alimentao de m qualidade e incentivo a prtica de atividade, no uso do tabaco e consumo moderado de lcool.

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O envolvimento de adolescentes com a prtica de atos infracionais, no Brasil, ocupa espao significativo no debate pblico. No entanto, tal debate carece de profundidade, pois pouco se relaciona ao conhecimento cientificamente produzido sobre o fenmeno. De acordo com a literatura acadmica especializada no tema, um melhor conhecimento dos fatores associados pratica de atos infracionais permitiria no s auxiliar na proposio de polticas pblicas voltadas preveno deste problema, mas tambm no desenvolvimento de formas mais eficientes de interveno, baseadas nas necessidades especficas apresentadas pelos adolescentes em conflito com a lei. Em meio aos diferentes fatores que devem ser pesquisados, no presente trabalho focalizam-se especificamente aqueles subentendidos sob o conceito de Normas e de Rotina, no referencial da Teoria da Regulao Social e Pessoal da Conduta, cujo autor principal Marc Le Blanc. Divide-se assim o presente trabalho em dois estudos. O Estudo 1 trata de regulao normativa que opera por meio do mecanismo de socializao, e se refere internalizao, pelo adolescente, das normas sociais de conduta tidas como convencionais, o que promoveria um nvel de constrangimento interno capaz de atuar como barreira ao envolvimento em atividades delituosas. Nesse sentido, maior adeso s normas, menos atitudes favorveis ao comportamento divergente, mais atitudes de respeito a figuras de autoridade, maior percepo de risco de apreenso e menor utilizao de tcnicas de neutralizao das barreiras psicolgicas emisso do comportamento indicariam um maior ndice de constrangimento interno e, portanto, uma probabilidade reduzida de se engajar persistentemente em atividades divergentes/infracionais. O objetivo geral deste Estudo foi caracterizar a regulao da conduta em adolescentes pelas normas, no contexto sociocultural brasileiro. Utilizou-se o questionrio de Normas proposto por Le Blanc, um questionrio de caracterizao sociodemogrfica e a Entrevista de Delinquncia Autorrevelada. Os dados foram coletados junto a 48 adolescentes Infratores e a 102 Escolares. Os resultados reforam a importncia do aspecto normativo para o melhor entendimento acerca dos fatores que explicam a conduta divergente em adolescentes. No Estudo 2 focalizou-se as atividades de rotina que podem se associar ao comportamento delituoso por meio do mecanismo de aprendizagem, na medida em que as diversas atividades nas quais o adolescente investe seu tempo constituem-se em contexto onde o comportamento divergente/infracional pode ser adquirido e reforado. De acordo com a literatura, as atividades sem objetivos especficos, acompanhadas por pares de idade e que ocorrem na ausncia de alguma figura de autoridade so aquelas que melhor explicam o comportamento delituoso de um adolescente. O objetivo geral deste Estudo foi caracterizar a regulao da conduta pela rotina em adolescentes, no contexto sociocultural brasileiro. Foram utilizados 3 instrumentos: o questionrio de Rotina proposto por Le Blanc, um questionrio de caracterizao sociodemogrfica e a Entrevista de Delinquncia Autorrevelada. As anlises foram feitas com base nas respostas de 102 adolescentes recrutados em escolas pblicas. Os resultados comprovam a relevncia das Atividades de Rotina como fator explicativo para o comportamento delituoso, com nfase para os efeitos provocados pelos Pares, pela Famlia e pela frequentao de Lugares destinados aos adultos. Em sntese, ambos estudos reforam a importncia dos sistemas de regulao estudados e colocam em pauta a necessidade de outros trabalhos, que possam avanar nas questes apontadas dentro da Regulao pela Rotina e pelas Normas.

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A grande prevalncia do consumo de lcool por mulheres em idade reprodutiva aliada gravidez no planejada expe a gestante a um elevado risco de se alcoolizar em algum momento da gestao, principalmente no incio do perodo gestacional em que a maioria delas ainda no tomou cincia do fato. Assim, torna-se extremamente relevante o desenvolvimento de mtodos de deteco precoce de recm-nascidos em risco de desenvolvimento de problemas do espectro dos transtornos relacionados exposio fetal ao lcool. O objetivo desse estudo foi desenvolver, validar e avaliar a eficcia de um mtodo de quantificao de steres etlicos de cidos graxos (FAEEs) no mecnio de recm-nascidos para avaliao da exposio fetal ao lcool. Os FAEEs avaliados foram: palmitato de etila, estearato de etila, oleato de etila e linoleato de etila.O mtodo consistiu no preparo das amostras pela extrao lquido-lquido utilizando gua, acetona e hexano, seguida de extrao em fase slida empregando cartuchos de aminopropilsilica. A separao e quantificao dos analitos foi realizada por cromatografia em fase gasosa acoplada espectrometria de massas. Os limites de quantificao (LQ) variaram entre 50-100ng/g. A curva de calibrao foi linear de LQ at 2000ng/g para todos os analitos. A recuperao variou de 69,79% a 106,57%. Os analitos demonstraram estabilidade no ensaio de ps-processamento e em soluo. O mtodo foi aplicado em amostras de mecnio de 160 recm-nascidos recrutados em uma maternidade pblica de Ribeiro Preto-SP. O consumo de lcool materno foi reportado utilizando questionrios de rastreamento validados T-ACE e AUDIT e relatos retrospectivos da quantidade e frequncia de lcool consumida ao longo da gestao. A eficcia do mtodo analtico em identificar os casos positivos foi determinada pela curva Receiver Operating Characteristic (ROC). O consumo alcolico de risco foi identificado pelo T-ACE em 31,3% das participantes e 50% reportaram o uso de lcool durante a gestao. 51,3% dos recm-nascidos apresentaram FAEEs em seu mecnio, sendo que 33,1% apresentaram altas concentraes para a somatria dos FAEEs (maior que 500ng/g), compatvel com um consumo abusivo de lcool. O oleato de etila foi o biomarcador mais prevalente e o linoleato de etila foi o biomarcador que apresentou as maiores concentraes. Houve uma variabilidade no perfil de distribuio dos FAEEs entre os indivduos, e discordncias entre a presena de FAEEs e o consumo reportado pela me. A concentrao total dos FAEEs nos mecnio mostrou-se como melhor indicador da exposio fetal ao lcool quando comparado com o uso de um nico biomarcador. O ponto de corte para esta populao foi de aproximadamente 600ng/g para uso tipo binge (trs ou mais doses por ocasio) com sensibilidade de 71,43% e especificidade de 84,37%. Este estudo refora a importncia da utilizao de mtodos laboratoriais na identificao da exposio fetal ao lcool.

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Estima-se que 52% da populao mundial faz uso de lcool, sendo a droga mais consumida no mundo. Ao usurio, o lcool torna-se prejudicial devido s consequncias nos nveis biolgicos, sociais e funcionais. Assim, a reduo do uso abusivo da substncia um dos objetivos da Organizao Mundial de Sade (OMS) e uma das prioridades na agenda de sade pblica mundial. No Brasil, a Poltica do Ministrio da Sade para a Ateno Integral aos Usurios de Álcool e Outras Drogas teve como objetivo a criao de uma rede de ateno integral a eles - a RAPS (Rede de Ateno Psicossocial). A RAPS considerada um grande avano da Reforma Psiquitrica, j que integra os diversos pontos de ateno disponveis no Sistema nico de Sade (SUS). Um dos pontos da RAPS a Ateno Bsica (AB), que atravs da atuao das equipes da Estratgia Sade da Famlia (ESF) tem a possibilidade de monitorao, preveno do uso e colaborao na reinsero social dos usurios de lcool e outras drogas devido proximidade e criao de vnculo entre o servio e usurio. Para que o vnculo seja estabelecido o Agente Comunitrio de Sade (ACS) a pea fundamental, visto que conhece a comunidade e reconhece suas necessidades, alm de ser a figura que medeia as relaes entre a equipe de sade e os usurios. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi descrever e analisar o discurso de ACS sobre o uso de lcool e a assistncia prestada na AB. Trata-se de um estudo qualitativo de teor descritivo, cuja pesquisa ocorreu em cinco municpios da regio central do Estado de Santa Catarina. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, analisadas atravs do mtodo da Anlise de Contedo. A anlise das entrevistas resultou na formulao de duas categorias e quatro subcategorias empricas. Os resultados evidenciaram que os ACS percebem o consumo de lcool como inerente a populao em virtude da cultura caracterizada pelo consumo habitual e festivo da droga. Eles percebem que o uso do lcool torna-se um problema quanto definio social atribuda pela comunidade, ressaltando as consequncias para a famlia e outras perdas vivenciadas pelos usurios com base nas repercusses sociais. Quanto assistncia prestada por eles aos usurios de lcool, os resultados indicaram uma prtica desprovida de instrumentos ou habilidades para a abordagem adequada do uso, evidenciando uma prtica infundada pelos ACS. A prtica est pautada tambm nas crenas em relao aos usurios de lcool, que esto muito ligadas aos estigmas relacionados a estes usurios em geral e no em evidncias cientficas. Conclui-se que a partir do conhecimento das percepes e prticas deste profissional, possvel direcionar aes que potencialize a prtica dos ACS, j que so profissionais com grandes possibilidades de atuao diante da preveno e tratamento do abuso de lcool e reabilitao social do usurio