88 resultados para Receptores de ácido gam-aminobutírico Teses
Resumo:
Este trabalho descreve a sntese, caracterizao e aplicao de sistemas polimricos baseados em polmeros condutores em sistemas de liberao controlada de drogas. Esta tese pode ser dividida em duas partes: na primeira se apresentam os resultados da aplicao de filmes de polianilina e polipirrol na liberao de drogasmodelo como a dopamina protonada e o ácido saliclico. Na liberao de salicilato utilizou-se um filme polianilina eletrosintetizado e dopado com ons cloreto. J para a liberao de dopamina protonada (um ction) a liberao foi conduzida a partir de um sistema bicamadas, com um filme de polianilina recoberta com uma camada de Nfion. mostrada a liberao controlada nos dois casos, porm tambm se discutem limitaoes deste tipo de sistema que levaram ao estudo de uma forma alternativa de controle eletroqumico utilizando polmeros condutores. A segunda parte do trabalho mostra ento esta nova metodologia que se baseia em compsitos de poianilina eletropolimerizada no interior de hidrogis de poliacrilamida. mostrado que este novo material eletroativo e mantm as caractersticas de intumescimento dos hidrogis, tanto necessrias ao desenvolvimento destes sistemas de liberao controlada. Mecanismos para o crescimento e distribuio da polianilina na matriz isolante e para a atuao do compsito no controle eletroqumico da liberao so propostos com base nos dados de microscopia de fora atmica, Raman e eletrnica de varredura, alm de testes de liberao controlada com molculas de diferentes cargas.
Resumo:
O trabalho visa o desenvolvimento do sistema para medidas de distribuio de corrente e ampliao de escala (50 cm) buscando aperfeioar as condies de preparao do conjunto eletrodo membrana (MEA) quanto s condies de operao da clula e avaliar a melhor geometria. Foram realizados estudos de sntese de catalisadores de Pt-M e avaliao do desempenho desses materias e das rotas de sntese utilizadas com objetivo de aplicar estes materias em sistemas de maior escala. A insuficincia do desempenho e estabilidade dos catalisadores so fatores que ainda inviabilizam o uso em larga escala das clulas a combustvel de eletrlito polimrico slido, destacando-se as perdas associadas ao desempenho do ctodo. Os catalisadores preparados foram nanopartculas bimetlicas PtM/C (M = Fe, Co e Ni) suportadas em carbono de elevada rea superficial, por duas rotas sintticas. Foram utilizadas as rotas: ácido frmico e etilenoglicol modificado (EG). Em ambas as rotas se buscou catalisadores com alto grau de incorporao do segundo metal, tamanho de partcula pequeno e bom desempenho cataltico do ctodo. Observou-se que pela rota do ácido frmico com modificaes no processo de sntese possvel obter a incorporao nominal do segundo metal no catalisador, porm h desvantagem de o tamanho de partcula ser elevado. Pela rota do EG obteve-se catalisadores com pequeno tamanho de partcula, porm a incorporao do segundo metal mostrou-se ineficiente. Os estudos de ampliao de escala foram realizados em clulas de 50 cm2 variando-se as condies de operao; i) diferentes placas de distribuio de gs, e ii) diferentes valores de fluxo dos gases reagentes. Foi observado que a baixos fluxos de gases a quantidade de reagente insuficiente para ser difundida por todo eletrodo, o que ocasiona reao apenas na regio de entrada de gases no sistema, ocasionando uma rpida limitao em obter-se densidades de corrente alta. Pode-se observar que a diferena de desempenho entre as placas pequena, porm a placa serpentina 6 apresentou melhor desempenho. O desempenho dos ctodos preparados com catalisadores comerciais e os sintetizados no laboratrio nas clulas de 50 cm mostrou sofrer bastante influncia das condies de operao comparada com as clulas de 4,6 cm.
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Objetivou-se avaliar o efeito da suplementao prolongada de gro de soja cru e integral (GSI) como fonte de ácido graxo Ω6 sobre o desempenho produtivo, perfil metablico, qualidade oocitria e embrionria e funo imune de vacas leiteiras no perodo de transio e incio de lactao. Foram selecionadas 44 vacas da raa Holandesa, multparas e gestantes, com parto previsto para 90 dias aps o incio da avaliao e fornecimento das dietas experimentais, porm em razo da ocorrncia de enfermidades metablicas ou infecciosas (3 abortos; 3 deslocamentos de abomaso; 3 enfermidades podais; 4 distocias) 13 animais foram retirados do experimento. As vacas foram distribudas aleatoriamente em quatro grupos experimentais diferindo entre eles o incio do fornecimento de gro de soja cru e integral (GSI) durante o pr-parto. A dieta era baseada na incluso de 12% de GSI %MS, com aproximadamente 5,1% de extrato etreo (EE) o incio de seu fornecimento foi conforme descrito a seguir: Grupo 0: Animais no receberam dieta contendo GSI no pr-parto; Grupo 30: Incio do fornecimento de dieta com GSI nos 30 dias finais da gestao; Grupo 60: Incio do fornecimento de dieta com GSI nos 60 dias finais da gestao; Grupo 90: Incio do fornecimento de dieta com GSI nos 90 dias finais da gestao. Aps o parto, todas as vacas receberam dieta nica com 5,1% de EE, baseada na incluso de 12% de GSI %MS at 90 dias de lactao. Os animais foram arraoados de acordo com o consumo de matria seca no dia anterior, de forma a ser mantido porcentual de sobras das dietas, diariamente, entre 5 e 10%. As amostras dos alimentos e sobras foram coletadas diariamente e armazenadas a -20C. Semanalmente as amostras coletadas diariamente foram misturadas e foi retirada uma amostra composta referente a um perodo de uma semana, a fim de mensurar o consumo de matria seca e nutrientes. Amostras de fezes foram coletadas nos dias -56, -21, 21, 56 e 84 dias em relao ao parto, com o propsito de mensurar a digestibilidade da matria seca e nutrientes. A produo de leite foi mensurada diariamente e para a composio dos teores de gordura, protena, lactose e perfil de ácidos graxos amostras foram coletadas semanalmente. As amostras de sangue para anlise dos metablitos sanguneos foram coletadas semanalmente. Amostras de sangue para mensurar a atividade do sistema imune foram coletadas na semanas -8, -4, -2, -1 em relao ao parto, parto, +1, +2, +4 e +8 semanas no perodo ps-parto. Nos dias 21, 42, 63 e 84 do perodo ps-parto foram realizadas aspiraes foliculares, com posterior fertilizao in vitro dos ocitos. Todas as variveis mensuradas foram analisadas pelo procedimento PROC MIXED do SAS 9.4 atravs de regresso polinomial, utilizando efeito fixo de tratamento, semana, interao tratamento*semana e efeito de animal dentro de tratamento como aleatrio. Utilizou nvel de 5% de significncia. Foi observado efeito (P<0,05) linear crescente para CEE no pr-parto. No foi observado diferenas no CMS e nutrientes no ps-parto. No houve alterao da digestibilidade nos perodos pr e ps-parto. No houve alterao no balano de energia e nitrognio nos periodos pr e ps-parto. No foi observado diferena na produo, composio e teor dos componentes totais do leite. No perfil de ácidos graxos do leite houve efeito (P<0,05) linear descrescente para as concentraes de C16:1cis, C18:1 cis, total de C:18 insaturado, total de AG monoinsaturados, insaturados e a relao do total de AGS:AGI. Foi observado efeito linear (P<0,05) crescente para o total de AG aturado e efeito (P<0,05) quadrtico para C18:2, CLAcis9-trans11, e total de AGPI. Foi observado efeito linear crescente (P<0,05) para colesterol total, LDL no prparto e linear decrescente (P<0,05) para GGT nos perodos pr e ps-parto. Foi observado efeito quadrtico (P<0,05) para HDL no pr-parto e AST no ps-parto. Em relao a atividade do sistema imune foi observado efeito linear (P<0,05) crescente para o percentual de CD3+ ativos no ps-parto, para o percentual de moncitos que produziram espcie reativa de oxignio (ERO) no ps-parto quando foram estimulados por S.aureus e E.coli e para a intensidade de imunofluorescncia de ERO para ganulcitos no ps-parto quando estimulados por S.aureus. Foi observado efeito (P<0,05) quadrtico para o percentual de granulcitos, mononucleares, CD8+ ativos no ps-parto e para o percentual de granulcitos que produziram ERO no ps-parto quando estimulados por E.coli. A suplementao prolongada com GSI no pr-parto melhora a atividade do sistema imune, no melhora a qualidade oocitria e embrionria bem como no influencia negativamente os parametros produtivos de vacas leiteiras no perodo de transio e incio de lactao
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O hidrognio (H2) tem sido considerado uma fonte de energia limpa bastante promissora, pois sua combusto origina apenas molculas de gua, sendo uma alternativa ao uso de combustveis fsseis. Entretanto, os mtodos atuais de produo de H2 demandam matrias-primas finitas e uma grande quantidade de energia, tornando a sua obteno no sustentvel. Mais recentemente, a via fermentativa tem sido considerada para a produo de H2, utilizando como matrias-primas efluentes industriais, materiais lignocelulsicos e biomassa de algas, denominado de bio-hidrognio de primeira, segunda e terceira gerao, respectivamente. Neste trabalho foi isolada uma bactria anaerbia a partir de uma cultura mista (lodo) de um sistema de tratamento de vinhaa, aps pr-tratamento do lodo a pH 3 por 12 horas. Este microrganismo foi identificado com 99% de similaridade como Clostridium beijerinckii com base na sequncia do gene RNAr 16S denominado de C. beijerinckii Br21. A temperatura e o pH mais adequados para o crescimento e produo de H2 por esta cultura foi 35 C e pH inicial 7,0. A bactria possui a capacidade de utilizar ampla variedade de fontes de carbono para a produo de H2 por fermentao, especialmente, monossacardeos resultantes da hidrlise de biomassa de algas, tais como glicose, galactose e manose. Foram realizados ensaios em batelada para a produo de H2 com a bactria isolada empregando diferentes concentraes de glicose e galactose, visando a sua futura utilizao em hidrolisados de alga. Os parmetros cinticos dos ensaios de fermentao estimados pelo modelo de Gompertz modificado, como a velocidade mxima de produo (Rm), a quantidade mxima de hidrognio produzido (Hmx) e o tempo necessrio para o incio da produo de hidrognio (fase lag) para a glicose (15 g/L) foram de: 58,27 mL de H2/h, 57,68 mmol de H2 e 8,29 h, respectivamente. Para a galactose (15 g/L), a Rm, Hmx e foram de 67,64 mL de H2/h, 47,61 mmol de H2 e 17,22 horas, respectivamente. O principal metablito detectado ao final dos ensaios de fermentao, foi o ácido butrico, seguido pelo ácido actico e o etanol, tanto para os ensaios com glicose, como com galactose. C. beijerinckii um candidato bastante promissor para a produo de H2 por fermentao a partir de glicose e galactose e, consequentemente, a partir de biomassa de algas como substratos.
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A oleuropena o composto fenlico mais abundante presente nas folhas da oliveira, sendo que muitos estudos vm demonstrando que este composto apresenta importantes propriedades antimicrobiana, antioxidante, anti-inflamatria, entre outras, surgindo o interesse em estudos de mtodos para sua extrao e aplicao em produtos na rea alimentcia, cosmtica e farmacutica. O objetivo deste estudo foi a extrao da oleuropena partir de folhas de oliva, utilizando solvente no txico, para posterior aplicao dos extratos em leos vegetais a fim de se verificar seu efeito sobre a estabilidade oxidativa dos mesmos. O solvente selecionado para o estudo foi uma mistura de etanol e gua (70:30, em massa, condio obtida atravs de um trabalho prvio), na presena de 1 % de ácido actico. Em uma primeira etapa, foram realizados experimentos de extrao utilizando-se as tcnicas de macerao (tipo I) e ultrassom (tipo II), em diferentes condies de temperatura (20, 30, 40, 50 e 60C). Em uma segunda etapa, atravs de experimentos com macerao temperatura ambiente, estudou-se o efeito da razo folhas:solvente (1:8, 1:6 e 1:3) e a influncia da presena de ácido actico sobre o processo de extrao (tipo III). Por fim, realizando-se a macerao na presena de ácido actico, temperatura ambiente e proporo folhas: solvente igual a 1:3, realizaram-se extraes sequenciadas a partir de uma mesma matria-prima (tipo IV). Os resultados desses experimentos foram expressos em rendimento de oleuropena (RO), teor de oleuropena nos extratos (TO) e rendimento global (RG). Analisando-se os experimentos I e II, verificou-se que a temperatura no exerceu influncia significativa sobre as respostas RO, TO e RG. Alm disso, verificou-se que os valores das respostas para os experimentos com a macerao foram um pouco maiores do que os valores obtidos para as extraes com o auxlio do ultrassom. Nos experimentos tipo III, em linhas gerais, observou-se a influncia positiva da presena do ácido actico sobre as respostas estudadas. Verificou-se tambm que, na presena de ácido, o aumento da quantidade de solvente na extrao conduz ao aumento de RO e RG, e diminuio de TO. Atravs do experimento tipo IV, constatou-se que mesmo aps quatro extraes sequenciadas, ainda no foi possvel esgotar a oleuropena da matria-prima. Aps a obteno de todos os extratos hidroalcolicos, selecionou-se um contendo aproximadamente 19 % de oleuropena para o estudo da estabilidade oxidativa em leos vegetais (oliva e girassol) utilizando o mtodo Rancimat. A presena de extrato aumentou em 3 horas o tempo de induo do azeite de oliva extra-virgem, e em 2 horas o tempo de induo do azeite de oliva comum. Os leos de girassol bruto e refinado no apresentaram melhora na estabilidade oxidativa quando adicionados dos extratos. Foram realizados tambm testes de estabilidade oxidativa atravs da adio direta de folhas de oliva em p nos azeites de oliva extra-virgem e comum. Para o azeite extra-virgem, a adio das folhas no proporcionou melhora da estabilidade oxidativa, porm para o azeite comum, houve um aumento de mais de 2 horas no tempo de induo.Os resultados apresentados neste trabalho demonstraram que possvel obter extratos contendo teores significativos de oleuropena utilizando-se um solvente renovvel. Alm disso, constatou-se que os mesmos podem ser utilizados como um antioxidante natural em azeite de oliva, melhorando sua estabilidade oxidativa.
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Os organismos marinhos constituem uma fonte potencial de metablitos secundrios biologicamente ativos. Neste contexto, os micro-organismos isolados de algas marinhas, dentre eles fungos endofticos, representam alvos para a pesquisa de novas substncias com potencial farmacolgico pronunciado. Substncias naturais provenientes de espcies de fungos associados s algas marinhas vm sendo bastante utilizadas em formulaes fotoprotetoras devido ao antioxidante e ao potencial contra a radiao solar. Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo a investigao biolgica e qumica dos fungos endofticos marinhos pertencentes famlia Xylariaceae, o Annulohypoxylon stygium, o Cladosporium sp. e o Acremonium implicatum (Hypocreaceae). A princpio, foi realizado um screening para avaliar a absoro de luz ultravioleta na faixa do UVA e UVB pelos extratos obtidos em escala piloto destes fungos endofticos associados s algas marinhas. O extrato do fungo A. stygium apresentou intensa absoro na regio do UV, mostrando-se promissor para a produo de metablitos secundrios com ao fotoprotetora. Alm do ensaio proposto, foi realizada a avaliao do potencial antibacteriano e antifngico da espcie A. stygium. O estudo qumico em escala ampliada deste fungo proporcionou o isolamento e identificao de uma substncia indita da classe derivada da 2,5- dicetopiperazina, 3-benzilideno-2-metil-hexahidro-pirrolo [1,2-?] pirazina-1,4-diona (Sf3), e alm desta, foram isolados mais quatro metablitos como, os diasteroismeros 1-fenil-1,2- propanediol (Sd2) e 1-fenil-1,2-propanediol (Sd3), 1,3-benzodioxole-5-metanol (Sc1), 1,2- propanodiol-1-(1,3-benzodioxol-5-il) (Se1). Ainda foi possvel a desreplicao de substncias via cromatografia gasosa acoplada espectrometria de massas (CG-EM), entre elas o ácido palmtico, palmitato de metila, ácido metil linolico, ácido olico, lcool benzlico e o piperonal. Quanto ao estudo da atividade biolgica, no foi observado potencial antibacteriano e antifngico para os extratos e fraes do fungo. Entretanto, notouse um potencial como fotoprotetor in vitro para as fraes n-Hexano/AcOEt (2:3) e n- Hexano/AcOEt (1:4) obtidas a partir do extrato do cultivo de 28 dias do fungo A. stygium, extrado com solventes diclorometano/metanol (CH2Cl2/MeOH 2:1) e para a substncia (Sf3) isolada do mesmo. Desta forma, o estudo qumico e biolgico do fungo Annulohypoxylon stygium demonstrou potencial para a produo de metablitos secundrios com atividade fotoprotetora, visto que uma estrutura indita com esta atividade foi isolada e identificada como produto natural.
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INTRODUO: As doenas cardiovasculares (DCV) so a principal causa de morte no mundo, sendo muitos dos fatores de risco passveis de preveno e controle. Embora as DCV sejam complexas em sua etiologia e desenvolvimento, a concentrao elevada de LDL-c e baixa de HDL-c constituem os fatores de risco modificveis mais monitorados na prtica clnica, embora no sejam capazes de explicar todos os eventos cardiovasculares. Portanto, investigar como intervenes farmacolgicas e nutricionais podem modular parmetros oxidativos, fsicos e estruturais das lipoprotenas pode fornecer estimativa adicional ao risco cardiovascular. Dentre os diversos nutrientes e compostos bioativos relacionados s DCV, os lipdeos representam os mais investigados e descritos na literatura. Nesse contexto, os ácidos graxos insaturados (mega-3, mega-6 e mega-9) tm sido foco de inmeros estudos. OBJETIVOS: Avaliar o efeito da suplementao com mega-3, mega-6 e mega-9 sobre os parmetros cardiometablicos em indivduos adultos com mltiplos fatores de risco e sem evento cardiovascular prvio. MATERIAL E MTODOS: Estudo clnico, randomizado, duplo-cego, baseado em interveno nutricional (3,0 g/dia de ácidos graxos) sob a frmula de cpsulas contendo: mega-3 (37 por cento de EPA e 23 por cento de DHA) ou mega-6 (65 por cento de ácido linoleico) ou mega-9 (72 por cento de ácido oleico). A amostra foi composta por indivduos de ambos os sexos, com idade entre 30 e 74 anos, apresentando pelo menos um dos seguintes fatores de risco: Dislipidemia, Diabetes Mellitus, Obesidade e Hipertenso Arterial Sistmica. Aps aprovao do Comit de tica, os indivduos foram distribudos nos trs grupos de interveno. No momento basal, os indivduos foram caracterizados quanto aos aspectos demogrficos (sexo, idade e etnia) e clnicos (medicamentos, doenas atuais e antecedentes familiares). Nos momentos basal e aps 8 semanas de interveno, amostras de sangue foram coletadas aps 12h de jejum. A partir do plasma foram analisados: perfil lipdico (CT, LDL-c, HDL-c, TG), apolipoprotenas AI e B, ácidos graxos no esterificados, atividade da PON1, LDL(-) e auto-anticorpos, ácidos graxos, glicose, insulina, tamanho e distribuio percentual da LDL (7 subfraes e fentipo A e no-A) e HDL (10 subfraes). O efeito do tempo, da interveno e associaes entre os ácidos graxos e aspectos qualitativos das lipoprotenas foram testados (SPSS verso 20.0, p <0,05). RESULTADOS: Uma primeira anlise dos resultados baseada em um corte transversal demonstrou, por meio da anlise de tendncia linear ajustada pelo nvel de risco cardiovascular, que o maior tercil plasmtico de DHA se associou positivamente com HDL-c, HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Observou-se tambm que o maior tercil plasmtico de ácido linoleico se associou positivamente com HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Esse perfil de associao no foi observado quando foram avaliados os parmetros dietticos. Avaliando uma subamostra que incluiu indivduos tabagistas suplementados com mega-6 e mega-3, observou-se que mega-3 modificou positivamente o perfil lipdico e as subfraes da HDL. Nos modelos de regresso linear ajustados pela idade, sexo e hipertenso, o DHA plasmtico apresentou associaes negativas com a HDLPEQUENA. Quando se avaliou exclusivamente o efeito do mega-3 em indivduos tabagistas e no tabagistas, observou-se que fumantes, do sexo masculino, acima de 60 anos de idade, apresentando baixo percentual plasmtico de EPA e DHA (<8 por cento ), com excesso de peso e gordura corporal elevada, apresentam maior probabilidade de ter um perfil de subfraes de HDL mais aterognicas. Tendo por base os resultados acima, foi comparado o efeito do mega-3, mega-6 e mega-9 sobre os parmetros cardiometablicos. O mega-3 promoveu reduo no TG, aumento do percentual de HDLGRANDE e reduo de HDLPEQUENA. O papel cardioprotetor do mega-3 foi reforado pelo aumento na incorporao de EPA e DHA, no qual indivduos com EPA e DHA acima de 8 por cento apresentaram maior probabilidade de ter HDLGRANDE e menor de ter HDLPEQUENA. Em adio, observou-se tambm que o elevado percentual plasmtico de mega-9 se associou com partculas de LDL menos aterognicas (fentipo A). CONCLUSO: cidos graxos plasmticos, mas no dietticos, se correlacionam com parmetros cardiometablicos. A suplementao com mega-3, presente no leo de peixe, promoveu reduo no TG e melhoria nos parmetros qualitativos da HDL (mais HDLGRANDE e menos HDLPEQUENA). Os benefcios do mega-3 foram particularmente relevantes nos indivduos tabagistas e naqueles com menor contedo basal de EPA e DHA plasmticos. Observou-se ainda que o mega-9 plasmtico, presente no azeite de oliva, exerceu impacto positivo no tamanho e subfraes da LDL.
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Concentraes sricas basais da protena amiloide srica A (SAA) esto significativamente aumentadas em pacientes com cncer e alguns autores sugerem uma relao causal. Trabalho anterior do grupo mostrou que a SAA induz a proliferao de duas linhagens de glioblastoma humano e afeta os processos de invasividade in vitro, sustentando um papel pr-tumoral para esta protena. Com base nesse trabalho, investigamos a abrangncia dos efeitos de SAA para outro tipo de clula tumoral e para isso escolhemos um painel de linhagens de melanoma humano e uma linhagem primria obtida a partir de aspirado de linfonodo de paciente com melanoma, por ns isolada. Observamos que apesar da clula precursora de melanomas, isto , melancito, no produzir SAA, todas as linhagens de melanoma produziram a protena e expressaram alguns dos seus receptores. Alm disso, quando estas clulas foram estimuladas com SAA houve uma inibio da proliferao em tempos curtos de exposio (48 horas) e efeitos citotxicos aps um tempo maior (7 dias). A SAA tambm afetou processos de invasividade e a produo das citocinas IL-6, IL-8 e TNF-α. Aos avaliarmos o efeito da SAA na interao das clulas de melanoma com clulas do sistema imune, vimos que a SAA ativou uma resposta imune anti-tumoral aumentando a expresso de molculas co-estumolatrias, como CD69 e HLA-DR, e sua funo citotxica. Ainda, vimos que a produo de TNF-α, IFN-γ, IL-10, IL-1β e IL-8 estimuladas por SAA podem contribuir com os efeitos desta. De forma geral estes resultados nos levam a crer que a SAA tem atividade anti-tumoral em melanomas. Finalizando, com base na importncia do desenvolvimento da resistncia s terapias atuais para o melanoma, observamos que em clulas resistentes ao PLX4032, um inibidor de BRAF, os efeitos imunomodulatrios induzidos pela SAA esto abolidos, possivelmente identificando um novo componente da resistncia.
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Introduo: Sepse uma sndrome complexa definida por resposta inflamatria sistmica, de origem infecciosa e caracterizada por manifestaes mltiplas que podem determinar disfuno ou falncia de um ou mais rgos ou sistemas. a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva em pacientes crticos e tem representado uma fonte constante de preocupao para os sistemas de sade em todo o mundo, devido, principalmente, s taxas elevadas de morbimortalidade. O tratamento da sepse um desafio e continua a ser uma tarefa difcil devido a inmeros fatores interferentes. Um estudo do nosso grupo demonstrou que a Escherichia coli (E. coli) capaz de se ligar CD16 de um modo independente de opsonina, levando a um aumento na resposta inflamatria e a inibio da sua prpria fagocitose, por conseguinte, procurou-se identificar os peptdeos no proteoma da E. coli envolvidos neste cenrio. Metodologia: Utilizando a metodologia de Phage Display, que consiste numa tcnica de clonagem, que permite a expresso de diversas sequncias de peptdeos na superfcie de bacterifagos, ns identificamos 2 peptdeos que obtiveram interao com CD16. Aps a seleo dos peptdeos identificamos uma protena de membrana de E.coli que possui alta similaridade com um de nossos peptdeos selecionados. Ns acreditamos que esta protena de membrana possa estar envolvida no processo de evaso imune desenvolvida pela E.coli e parece ser um forte candidato como uma nova opo teraputica para controlar infeces por E. coli. Concluso: A identificao de protenas capazes de induzir inibio de fagocitose, atravs do receptor CD16, pode ser usada como uma nova forma de tratamento da sepse, assim como explorada no tratamento de doenas autoimunes
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INTRODUO: Lquen plano (LP) uma doena mucocutnea de natureza inflamatria crnica de etiologia ainda desconhecida. A estimulao da imunidade inata via os receptores Toll-like (TLRs) podem influenciar as clulas dendrticas e direcionar a resposta de clulas T CD4+ e CD8+ efetoras, assim como tambm favorecer o estado inflamatrio do LP. OBJETIVOS: Avaliar o perfil fenotpico de clulas dendrticas mielides (mDCs) e plasmocitides (pDCs) e de linfcitos T CD4+ e CD8+ aps estmulo com agonistas de TLRs no sangue perifrico de pacientes com LP. Alm disto, avaliar a frequncia, perfil de maturao e os subtipos de clulas T CD4+ e TCD8+ reguladores. MTODOS: Foram selecionados 18 pacientes com LP (15 mulheres, 3 homens), com 41,57 4,73 anos de idade e um grupo controle com 22 indivduos sadios (18 mulheres, 4 homens), com 43,92 7,83 anos de idade. As clulas mononucleares (CMNs) de sangue perifrico foram avaliadas por citometria de fluxo quanto : 1) Produo de TNF-? em mDCs e de IFN-? em pDCs em CMNs ativadas por agonistas de TLR 4, 7, 7/8 e 9; 2) Anlise de clulas T CD4+ e CD8+ monofuncionais e polifuncionais aps estmulo com agonistas de TLR 4, 7/8, 9 e enterotoxina B de Staphylococcus aureus (SEB); 3) Avaliao de clulas Th17 e Th22/Tc22 em CMNs aps estmulo com SEB; 4) Frequncia, perfil de maturao e subtipos de clulas T CD4+ e CD8+ reguladoras. RESULTADOS: 1) Nos pacientes com LP foi demonstrado um aumento na frequncia de mDCs TNF-alfa+ aps estmulo com agonistas de TLR4/LPS e TLR7-8/CL097, mas com imiquimode/TLR7 houve diminuio da expresso de CD83. J nas pDCs do grupo LP, o imiquimode foi capaz de diminuir a expresso de CD80 e o CpG/TLR9 diminuiu a expresso de CD83 no LP. 2) As clulas T CD4+ secretoras de IL-10 mostraram aumento da frequncia nos nveis basais, que diminuiu aps estmulo com LPS e SEB. Em contraste, a produo de IFN-y aumentou em resposta ao LPS enquanto diminuiu para CpG. As clulas T CD4+ polifuncionais, secretoras de 5 citocinas simultneas (CD4+IL-17+IL-22+TNF+IL-10+IFN-y+) diminuram no LP aps estmulo com CL097 e CpG. Entretanto, na ausncia de IL-10, houve aumento da frequncia de clulas CD4+IL-17+IL-22+TNF+IFN-y+ em resposta ao LPS. Um aumento na polifuncionalidade foi observado em clulas TCD4+ que expressam CD38, marcador de ativao crnica e na ausncia de IL-10. Similarmente, s TCD4+, uma diminuio de clulas T CD8+ IFN-y+ e TNF+ foram detectadas aps estmulo com CpG. 3) As clulas Th22/Tc22 nos nveis basais e aps estmulo com SEB se mostraram aumentadas. As clulas Th17 no mostraram diferenas entre os grupos. 4) A frequncia das clulas T CD4+ e CD8+ reg totais (CD25+Foxp3+CD127low/-) est elevada no LP. Quanto aos perfis de maturao, h aumento na frequncia de clulas TCD4+ de memria efetora enquanto que para as clulas T CD8+ h predomnio das clulas de memria central. Quanto aos subtipos, h aumento nas clulas T CD4+ regs perifricas (pT reg). CONCLUSES: O estado de ativao das mDCs aps ativao das vias de TLRs 4 e 7/8 pode influenciar na gerao de resposta T efetoras no LP. O perfil de resposta monofuncional e polifuncional aos estmulos TLRs reflete a ativao destas clulas no sangue perifrico. Alm disso, o aumento de Th22/Tc22 e das clulas T regs indicam uma relao entre regulao e clulas efetoras no sangue perifrico evidenciando que existem alteraes extracutneas no LP
Resumo:
A incluso de leos vegetais na dieta de bovinos tem sido utilizada para aumentar a densidade energtica da dieta, melhorar a eficincia alimentar, alm de produzir carnes com a composio de ácidos graxos mais favorvel sade humana. Objetivou-se estudar os efeitos da incluso de leos de soja, girassol e linhaa na dieta de bovinos, sobre o desempenho, caractersticas quantitativas de carcaa e qualitativas da carne, perfil de ácidos graxos, oxidao lipdica e formao de compostos oxidados do colesterol. Foram confinados 96 bovinos Nelore, castrados, com aproximadamente 380 kg ± 34 kg de peso inicial e idade mdia de 20 meses. As dietas foram compostas de 79% de concentrado e 21% de volumoso (silagem de milho) e includos os leos de soja, girassol e linhaa. Os animais foram pesados e avaliadas as caractersticas de carcaa por ultrassonografia nos dias 0, 28, 56 e 81 de confinamento. Nos dias zero e 81 dias de confinamento foi coletado sangue dos bovinos para avaliao do LDL-colesterol, HDL-colesterol, VLDL-colesterol e triacilgliceris. Ao final de 81 dias de confinamento, os animais foram abatidos e foi avaliado o pH (uma e 48 horas aps o abate) e foram retiradas amostras do msculo longissimus. Foi avaliado a cor, fora de cisalhamento (FC) e perdas por coco (PPC) em carnes no maturadas e maturadas por 14 dias. Duas amostras do longissimus foram expostas por um e trs dias em condies semelhantes ao varejo. Nas carnes expostas por um dia foi avaliado a cor e o pH. Nas amostras expostas por trs dias foi avaliado alm da cor e pH, o perfil de ácidos graxos, TBARS, colesterol e a presena do 7-cetocolesterol. Foi realizada ainda a anlise sensorial e determinado a quantidade de lipdios totais das carnes. A estabilidade oxidativa dos leos utilizados na dieta tambm foi avaliada. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, sendo o peso inicial o bloco. O desempenho e as caractersticas de carcaa avaliadas por ultrassonografia no foram influenciadas pelas fontes de leo. Os tratamentos no influenciaram o peso de abate, o peso de carcaa quente, o pH da carcaa uma hora e 48 horas aps o abate, o rendimento de carcaa, a cor, as PPC e a FC. O pH foi maior nas carnes maturadas por 14 dias (P=0,01), em relao quelas sem maturao. As PPC e a FC foram menores (P=0,01) nas carnes maturadas por 14 dias. O leo de linhaa apresentou menor estabilidade oxidativa seguidos do leo de girassol e soja. As fontes de leo no afetaram a concentrao dos lipdios do plasma sanguneo, no entanto, os nveis de VLDL, LDL, HDL, colesterol e triacilgliceris foram maiores (P<0,01) no final do experimento em relao ao incio. No houve interao entre a espessura de gordura subcutnea (EGS) avaliada no abate e as dietas e efeito das fontes de leo sobre os valores de TBARS, lipdios e colesterol. No foi encontrado o 7-cetocolesterol nas carnes. O pH das carnes expostas por um e trs dias sob condies de varejo, no foram influenciadas pela dieta nem pela interao da dieta e dos dias de exposio. No entanto, foi observado o efeito de tempo (P<0,01), as carnes expostas por trs dias tiveram valores de pH maiores que as carnes expostas por um dia. A cor L*, a* e b* das carnes expostas em gndola, sob condies de varejo no foi influenciado pela dieta, pelos dias de exposio e nem pela interao dos dias de exposio e dietas. Os ácidos graxos C18:1 n-9, C20:3 n-6 e C20:5 n-3 apresentaram interao entre a EGS e a dieta (P<0,05). O C18:1 cis 6 apresentou maiores concentraes (P<0,05) nas carnes provenientes dos animais alimentados com leo de linhaa e soja, em comparao com as carnes provenientes da dieta controle. O C18:3 n-3 apresentou maiores concentraes nas carnes de animais alimentados com linhaa (P<0,05), em comparao com os demais tratamentos. O aroma e a textura da carne avaliados em anlise sensorial realizada com consumidores no foram alterados pelos tratamentos. A carne dos animais alimentados com leo de girassol resultou em maiores notas para o sabor (P<0,01), em relao carne proveniente de animais alimentados com leo de soja. As dietas controle e girassol resultaram em carnes mais suculentas e com maior aceitabilidade global (P<0,01), em relao ao tratamento soja. Independentemente do tipo de leo utilizado na dieta dos animais, no houve influncia no desempenho e nas caractersticas da carcaa. O leo de linhaa proporcionou carnes com perfil de ácidos graxos mais favorvel para a sade humana, pois apresentou maiores propores do ácido linolnico e relaes ideais de n6:n3 (4,15). O uso de leos vegetais na dieta, no prejudicou a aparncia das carnes e no proporcionaram oxidao lipdica com a formao de compostos de colesterol oxidados nas carnes expostas sob condies de varejo.
Resumo:
Avaliou-se o desempenho do reator anaerbio em batelada seqencial com biomassa imobilizada (ASBBR) no tratamento de soro de queijo quanto submetido a diferentes estratgias de alimentao e cargas orgnicas volumtricas (COV). O reator operou com agitao mecnica atravs de impelidor do tipo hlice na rotao de 500 rpm. Um volume de 2 litros foi alimentado por ciclo com 1 litro de volume residual, totalizando 3 litros. O substrato utilizado foi soro de queijo desidratado reconstitudo. Suplementou-se o sistema com NaHCO3 na razo de 50% NaHCO3/DQO. Foram testadas as seguintes COVs: 2, 4, 8 e 12 gDQO/l.d. Para ciclos de 8 horas e em cada COV, trs estratgias de alimentao foram testadas: (a) operao em batelada com ciclo de 8 horas, (b) batelada alimentada de 2 horas (c) batelada alimentada de 4 horas. Na COV de 2 gDQO/l.d, a converso de matria orgnica como DQO em amostras filtradas foi de 92, 96 e 91% para as estratgias de alimentao (a), (b) e (c), respectivamente. Para a COV de 4 gDQO/l.d, o desempenho foi de 94, 97 e 93%, respectivamente. Para a COV de 8 gDQO/l.d houve reduo nas eficincias de converso a 83, 85 e 86%, respectivamente. O aumento da COV para 12 gDQO/l.d, resultou na reduo em eficincias de 72, 73 e 81%, respectivamente. Os perfis durante os ciclos da concentrao de ácidos volteis totais mostraram que, apesar do aumento gradual com o tempo de enchimento aumentando, nenhuma diferena significativa foi detectada em termos dos seus valores mximos. Foi observada a reduo de ácido propinico como conseqncia do aumento do tempo de enchimento. Assim, para COV de 2 e 4 gDQO/l.d, a estratgia de alimentao (b) proporcionou maiores eficincias de converso e estabilidade operacional, enquanto que este comportamento foi observado na estratgia de alimentao (c) para os valores de COV de 8 e 12 gDQO/l.d.
Resumo:
Entre os inibidores de corroso clssicos que j so utilizados na indstria do petrleo, foram estudadas a imidazolina oleica e a quaternria atravs de tcnicas eletroqumicas, gravimtrica e analticas, para avaliar a eficincia de inibio e como esses inibidores atuam em meio ácido. O meio agressivo foi uma soluo de NaCl 3,5% em massa acidificada com ácido clordrico at atingir um pH=2 com o objetivo de simular o ambiente de extrao petrolfera. O substrato empregado foi o ao carbono 1020. As tcnicas eletroqumicas utilizadas foram: monitoramento do potencial de circuito aberto, medidas de resistncia de polarizao linear, espectroscopia de impedncia eletroqumica (EIE ) e curvas de polarizao. Os valores das componentes real e imaginria de impedncia indicam uma resistncia maior aos processos de transferncia de carga com o aumento da concentrao dos inibidores e os Diagramas de Bode de ngulo de fase, revelaram a presena de uma camada de inibidor adsorvida sobre o metal com uma constante de tempo em altas frequncias observada para a imidazolina oleica e quaternria. Para a imidazolina quaternria, verificou-se que s para tempos maiores de imerso que o filme se adsorve de forma eficiente demonstrando uma cintica mais lenta de adsoro. Nos ensaios gravimtricos, os resultados de taxa de corroso em m/ano foram decrescentes com o tempo aps perodo de imerso de 30 dias, para ambas as imidazolinas. O uso das tcnicas analticas foi necessrio a fim de se compreender melhor o comportamento das imidazolinas sobre o ao no meio estudado. Os resultados da anlise de ons frricos em soluo, por emisso atmica, foram obtidos durante vrias amostragens durante o perodo do ensaio de perda de massa, e foi possvel verificar um processo de inibio da corroso at doze dias de imerso do metal, depois disto ocorre um disparo na quantidade de ferro liberado em soluo, sugerindo que pode estar ocorrendo uma degradao do inibidor aps 12 dias de imerso. Para esclarecer esse ponto, anlises por espectroscopia Raman dos produtos de fundo formados durante os ensaios de perda de massa indicaramm que a degradao pode realmente estar ocorrendo. Foi confirmado, tambm por espectroscopia Raman sobre a superfcie do ao aps imerso prvia em soluo contendo a imidazolina oleica, que h uma pelcula adsorvida que protege o metal do meio agressivo. Tcnica de microscopia eletrnica de varredura foi utilizada para caracterizar os corpos de prova na ausncia e presena do inibidor, depois dos ensaios eletroqumicos e foi possvel caracterizar, atravs dessa tcnica a maior eficincia inibidora do filme de imidazolina quaternria. Dois tipos de nanoconatiners foram avaliados para o encapsulamento das duas imidazolinas estudadas: nanocontainers a base do argilomineral haloiista e slica mesoporosa tipo SBA 15. Resultados de impedncia eletroqumica mostraram a liberao dos inibidores de corroso encapsulados com o tempo de imerso. Anlise na regio do infravermelho por sonda de fibra tica foi utilizada para comprovar qumica e qualitativamente a liberao do inibidor a partir dos nanorreservatrios, no meio agressivo.
Resumo:
Atualmente um dos principais objetivos na rea de pesquisa tecnolgica o desenvolvimento de solues em favor do Meio Ambiente. Este trabalho tem por objetivo demonstrar a reutilizao e consequentemente o aumento da vida til de uma bateria Chumbo-cido, comumente instaladas em veculos automveis, bem como beneficiar locais e usurios remotos onde o investimento na instalao de linhas de transmisso se torna invivel geogrfica e economicamente, utilizando a luz solar como fonte de energia. No entanto a parte mais suscetvel a falhas so as prprias baterias, justamente pela vida til delas serem pequenas (em torno de 3 anos para a bateria automotiva) em comparao com o restante do sistema. Considerando uma unidade que j foi usada anteriormente, a possibilidade de falhas ainda maior. A fim de diagnosticar e evitar que uma simples bateria possa prejudicar o funcionamento do sistema como um todo, o projeto considera a gerao de energia eltrica por clulas fotovoltaicas e tambm contempla um sistema microcontrolado para leitura de dados utilizando o microcontrolador ATmega/Arduino, leitura de corrente por sensores de efeito hall da Allegro Systems, rels nas baterias para abertura e fechamento delas no circuito e um sistema de alerta para o usurio final de qual bateria est em falha e que precisa ser reparada e/ou trocada. Esse projeto foi montado na Ilha dos Arvoredos SP, distante da costa continental em aproximadamente 2,0km. Foram instaladas clulas solares e um banco de baterias, a fim de estudar o comportamento das baterias. O programa pde diagnosticar e isolar uma das baterias que estava apresentando defeito, a fim de se evitar que a mesma viesse a prejudicar o sistema como um todo. Por conta da dificuldade de locomoo imposta pela geografia, foi escolhido o carto SD para o armazenamento dos dados obtidos pelo Arduino. Posteriormente os dados foram compilados e analisados. A partir dos resultados apresentados podemos concluir que possvel usar baterias novas e baterias usadas em um mesmo sistema, de tal forma que se alguma das baterias apresentar uma falha o sistema por si s isolar a unidade.
Resumo:
O leo da amndoa de pequi (Caryocar brasiliense Camb.) considerado um coproduto do fruto, consumido na regio do Cerrado, bioma brasileiro. Ele fundamental para agregar valor e ampliar a utilizao deste fruto regional a outros setores produtivos comerciais. Relatos na literatura apontam que o leo possui capacidade antioxidante e efeitos benficos sobre doenas inflamatrias, que esto associados presena de ácidos graxos insaturados e fitoqumicos em sua composio qumica. Por outro lado, o tetracloreto de carbono (CCl4) uma potente hepatotoxina, capaz de gerar radicais livres que levam ao estresse oxidativo e inflamao. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi caracterizar os leos da amndoa de pequi obtidos artesanalmente e por prensagem a frio e verificar o efeito de seus constituintes graxos e bioativos sobre parmetros oxidativos e inflamatrios de ratos submetidos toxicidade aguda induzida por tetracloreto de carbono. Inicialmente, foram investigados os parmetros de qualidade dos leos, bem como o perfil de ácidos graxos, teores de compostos bioativos, capacidade antioxidante e estabilidade termo-oxidativa. Os leos da amndoa de pequi apresentaram boa qualidade e resistncia termo-oxidativa e mostraram-se ricos em ácido graxo oleico, alm de possurem compostos com propriedades antioxidantes, como fenlicos, carotenoides, tocoferis e fitosteris. Posteriormente, o efeito do tratamento por 22 dias com leos da amndoa de pequi artesanal ou prensado a frio (3 mL/kg) sobre a toxicidade aguda induzida pelo CCl4 em ratos \"Wistar\" machos foi avaliado. Para tal, foram determinados marcadores bioqumicos sricos, perfil lipdico, peroxidao lipdica, marcadores do sistema de defesa antioxidante e detoxificante, alm de parmetros inflamatrios do tecido heptico. De maneira geral, verificou-se que os leos da amndoa de pequi no minimizaram as alteraes hepticas induzidas pelo CCl4, evidenciadas pelas enzimas marcadoras do dano heptico e por parmetros inflamatrios, no entanto os animais tratados com o leo prensado a frio aumentaram sua capacidade antioxidante.