88 resultados para Receptores de ácido gam-aminobutírico Teses
Resumo:
Receptores purinrgicos e canais de clcio voltagem-dependentes esto envolvidos em diversos processos biolgicos como na gastrulao, durante o desenvolvimento embrionrio, e na diferenciao neural. Quando ativados, canais de clcio voltagem-dependentes e receptores purinrgicos do tipo P2, ativados por nucleotdeos, desencadeiam transientes de clcio intracelulares controlando diversos processos biolgicos. Neste trabalho, ns estudamos a participao de canais de clcio voltagem-dependentes e receptores do tipo P2 na gerao de transientes de clcio espontneos e sua regulao na expresso de fatores de transcrio relacionados com a neurognese utilizando como modelo clulas tronco (CTE) induzidas diferenciao em clulas tronco neurais (NSC) com ácido retinico. Descrevemos que CTE indiferenciadas podem ter a proliferao acelerada pela ativao de receptores P2X7, enquanto que a expresso e a atividade desse receptor precisam ser inibidas para o progresso da diferenciao em neuroblasto. Alm disso, ao longo da diferenciao neural, por anlise em tempo real dos nveis de clcio intracelular livre identificamos 3 padres de oscilaes espontneas de clcio (onda, pico e unique), e mostramos que ondas e picos tiveram a frequncia e amplitude aumentadas conforme o andamento da diferenciao. Clulas tratadas com o inibidor do receptor de inositol 1,4,5-trifosfato (IP3R), Xestospongin C, apresentaram picos mas no ondas, indicando que ondas dependem exclusivamente de clcio oriundo do retculo endoplasmtico pela ativao de IP3R. NSC de telencfalo de embrio de camundongos transgnicos ou pr-diferenciadas de CTE tratadas com Bz-ATP, o agonista do receptor P2X7, e com 2SUTP, agonista de P2Y2 e P2Y4, aumentaram a frequncia e a amplitude das oscilaes espontneas de clcio do tipo pico. Dados, obtidos por microscopia de luminescncia, da expresso em tempo real de gene reprter luciferase fusionado Mash1 e Ngn2 revelou que a ativao dos receptores P2Y2/P2Y4 aumentou a expresso estvel de Mash1 enquanto que ativao do receptor P2X7 levou ao aumento de Ngn2. Alm disso, clulas na presena do quelante de clcio extracelular (EGTA) ou do depletor dos estoques intracelulares de clcio do retculo endoplasmtico (thapsigargin) apresentaram reduo na expresso de Mash1 e Ngn2, indicando que ambos so regulados pela sinalizao de clcio. A investigao dos canais de clcio voltagem-dependentes demonstrou que o influxo de clcio gerado por despolarizao da membrana de NSC diferenciadas de CTE decorrente da ativao de canais de clcio voltagem-dependentes do tipo L. Alm disso, esse influxo pode controlar o destino celular por estabilizar expresso de Mash1 e induzir a diferenciao neuronal por fosforilao e translocao do fator de transcrio CREB. Esses dados sugerem que os receptores P2X7, P2Y2, P2Y4 e canais de clcio voltagem-dependentes do tipo L podem modular as oscilaes espontneas de clcio durante a diferenciao neural e consequentemente alteram o padro de expresso de Mash1 e Ngn2 favorecendo a deciso do destino celular neuronal.
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Tcnicas analticas empregadas para a quantificao do teor de lignina em plantas forrageiras, atualmente em uso, so questionveis quanto s suas acurcias. O mtodo lignina detergente ácido (LDA), que um dos mtodos mais utilizado em Cincia Animal e Agronomia, apresenta algumas falhas, particularmente devido parcial solubilizao da lignina durante a preparao da fibra em detergente ácido (FDA). A lignina Klason (LK), outro mtodo muito usado, apresenta o inconveniente de mensurar a protena da parede celular como sendo lignina. Em ambos os procedimentos recomenda-se tambm mensurar cinzas nos resduos de lignina. A quantificao da concentrao de lignina pelo mtodo espectrofotomtrico lignina brometo de acetila (LBA) vem ganhando interesse de pesquisadores no Brasil e no exterior. Nesta metodologia, a lignina da planta contida na preparao parede celular (PC) solubilizada numa soluo a 25% de brometo de acetila em ácido actico e a absorbncia mensurada com luz UV a 280 nm. O valor da absorbncia inserido numa equao de regresso e a concentrao de lignina obtida. Para que esta tcnica analtica seja mais aceita pelos pesquisadores, ela deve ser, obviamente, convincente e atrativa. O presente trabalho analisou alguns parmetros relacionados LBA em 7 gramneas e 6 leguminosas, em dois estdios de maturidade. Dentre as diferentes temperaturas de pr-secagem, os resultados indicaram que os procedimentos de 55°C com ventilao e liofilizao podem ser utilizados com a mesma eficcia. As temperaturas de 55°C sem ventilao e 80°C sem ventilao no so recomendadas, pois aumentaram os valores de FDA e LDA, possivelmente devido ao surgimento de artefatos de tcnica como os compostos de Maillard. No mtodo LBA os valores menores das amostras de leguminosas chamaram a ateno e colocaram em questo se a lignina destas plantas seria menos solvel no reagente brometo de acetila. Dentre algumas alteraes na metodologia da tcnica LBA, a utilizao do moinho de bolas (para diminuir o tamanho particular) nas amostras de PC no mostrou efeito; a hiptese era melhorar a solubilizao da lignina usando partculas menores. O uso de um ultrasonicador, que aumenta a vibrao das molculas e assim, facilitaria a solubilizao da lignina no reagente brometo de acetila, melhorou a solubilizao da lignina em cerca de 10%, tanto nas gramneas como nas leguminosas. Foi acoplado um ensaio biolgico como referncia, a degradabilidade in vitro da matria seca (DIVMS); e como a lignina est intimamente associada estrutura fibrosa da parede celular, tambm foi feito um ensaio de degradabilidade in vitro da fibra em detergente neutro (DIVFDN). Os resultados confirmaram o efeito da maturidade, reduzindo a degradabilidade nas plantas mais maduras, e que o teor de lignina de leguminosas realmente inferior ao de gramneas. Os resultados de degradabilidade apresentaram coeficientes de correlao mais elevados com o mtodo LBA, quando foi empregada a tcnica do ultrasom; o mtodo LK mostrou os menores coeficientes. Tambm testou-se, com sucesso, a utilizao da FDN, como preparao fibrosa, ao invs de PC. A razo simples: enquanto que a FDN amplamente conhecida, a preparao PC no o . Inquestionvel que esta manobra facilitar substancialmente a divulgao desse mtodo, tornando-a mais aceitvel pela comunidade cientfica
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Uvetes so inflamaes intra-oculares geralmente crnicas e constituem uma das principais causas de cegueira no mundo. Os corticosteroides so a droga de primeira escolha para o tratamento das uvetes no infecciosas, mas muitas vezes h necessidade do uso de outras drogas imunossupressoras. O micofenolato de mofetila (MMF) um potente imunossupressor administrado por via oral que vem sendo utilizado com sucesso no tratamento das uvetes, mas cujos efeitos colaterais muitas vezes tornam necessria sua suspenso. O MMF uma pr-droga, que transformada no fgado em ácido micofenlico (MPA), o imunossupressor ativo. Para minimizar os efeitos colaterais do uso do MPA e permitir que o olho receba uma dose maior da droga, testamos os efeitos da injeo intravtrea do MPA em um modelo de uvete crnica experimental (UCE) em olhos de coelhos. Os objetivos deste estudo foram: 1) reproduzir um modelo de UCE em coelhos atravs da injeo intravtrea de M. tuberculosis; 2) estabelecer uma dose segura de MPA a ser injetada no vtreo; e 3) analisar os efeitos morfolgicos, clnicos e eletrofisiolgicos da injeo intravtrea de MPA em coelhos utilizados como modelo de UCE. O modelo de UCE reproduzido apresentou uma inflamao autolimitada, possuindo um pico de inflamao no 17 dia aps a induo da uvete. As doses de MPA testadas (0,1 e 1mg) no foram toxicas para a retina do coelho. O modelo de UCE recebeu uma injeo intravtrea de 0,1mg de MPA e as anlises clinicas demonstraram uma reduo na inflamao. As anlises realizadas com o eletrorretinograma (ERG) tambm apontaram uma melhora na inflamao atravs da recuperao da latncia das ondas-a e b (fotpicas e escotpica) e recuperao da amplitude da onda-a (fotpica). As anlises morfolgicas com HE no apresentaram alteraes na estrutura retinia, porem a imunohistoquimica para protena GFAP evidenciou gliose das clulas de Mller, sinalizando um processo inflamatrio. Conclumos que o modelo de UCE reproduziu uma uvete anterior semelhante uvete causada em humanos e a dose de MPA utilizada apresentou efeitos teraputicos durante o pico de inflamao, mostrando uma diminuio da inflamao e promovendo a recuperao de fotorreceptores e clulas bipolares-ON. Este resultado faz das injees intravtreas de MPA um recurso promissor no tratamento de uvetes. Porm, novos experimentos so necessrios para padronizar os resultados encontrados
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O carcinoma epidermide bucal (CEC) uma neoplasia maligna com alta morbidade e mortalidade e de difcil tratamento. O tratamento convencional para o CEC inclui cirurgia e radioterapia, seguida ou no de quimioterapia. Apesar de serem amplamente difundidos, esses tratamentos podem ser ineficazes para alguns CECs resistentes. A terapia fotodinmica (PDT) oncolgica tem sido utilizada para o tratamento adjuvante do CEC bucal, principalmente nos casos menos invasivos e que necessitam de reduo do tumor para a resseco cirrgica. Contudo, semelhantemente aos tratamentos convencionais, a PDT pode tambm induzir o aparecimento de populaes celulares resistentes, fato j descrito para carcinoma cutneo, adenocarcinoma de clon e adenocarcinoma mamrio. A hiptese de que clulas de CEC bucal possam desenvolver resistncia PDT ainda no foi testada. Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar se clulas de CEC bucal (SCC9) desenvolvem resistncia a ciclos repetidos de PDT mediada pelo ácido 5- aminolevulnico (5-ALA-PDT) e avaliar se nesse processo ocorre modificao da expresso de marcadores relacionados a sobrevivncia celular (NF?B, Bcl-2, iNOS, mTOR e Akt). Foi utilizada linhagem de clulas de CEC bucal (SCC9), submetida s seguintes condies: 1) Controle - clulas cultivadas sem nenhum tratamento; 2) ALA - clulas incubadas com 5-ALA (1mM durante 4 horas); 3) LED - tratadas com iluminao LED (630nm, 5,86J/cm2, 22,5J, 150mW, 150s); 4) PDT - tratadas com 5- ALA-PDT, com os protocolos do grupo ALA e LED combinados, gerando dose letal de 90%. Inicialmente foi realizado somente um ciclo de PDT, sendo avaliada a viabilidade celular em todos os grupos aps 24, 48, 72 e 120h da irradiao. Tambm foi realizado ensaio de deteco da fragmentao de DNA (TUNEL) e anlise por imunofluorescncia da expresso das protenas NF?B, Bcl-2, iNOS, pmTOR e pAkt nas clulas viveis. Como resultado desse primeiro tratamento com 5-ALA-PDT, observou-se que as clulas sobreviventes ao tratamento apresentaram intensa marcao para pmTOR e exibiram potencial de crescimento durante o perodo analisado. Aps esses ensaios, as clulas que sobreviveram a essa primeira sesso foram coletadas, replaqueadas e novamente cultivadas, sendo ento submetidas a novo ciclo de 5-ALA-PDT. Esse processo foi realizado 5 vezes, variando-se a intensidade de irradiao medida que se observava aumento na viabilidade celular. As populaes celulares que exibiram viabilidade 1,5 vezes maior do que a detectada no primeiro ciclo PDT foram consideradas resistentes ao tratamento. Os mesmos marcadores analisados no primeiro ciclo de PDT foram novamente avaliados nas populaes resistentes. Foram obtidas quatro populaes celulares resistentes, com viabilidade de at 4,6 vezes maior do que a do primeiro ciclo de PDT e irradiao com LED que variou de 5,86 a 9,38J/cm2. A populao mais resistente apresentou ainda menor intensidade de protoporfirina IX, maior capacidade de migrao e modificao na morfologia nuclear. As populaes resistentes testadas exibiram aumento na expresso de pNF?B, iNOS, pmTOR e pAkt, mas no da protena anti-apopttica Bcl- 2. Ensaio in vivo foi tambm conduzido em ratos, nos quais CEC bucal foi quimicamente induzido e tratado ou no com 5-ALA-PDT. Houve intensa expresso imuno-histoqumica das protenas pNF?B, Bcl-2, iNOS, pmTOR e pAkt em relao ao controle no tratado, nas clulas adjacentes rea de necrose provocada pela PDT. Concluiu-se que as clulas de CEC bucal tratadas com 5-ALA-PDT a uma dose de 90% de letalidade desenvolveram viabilidade crescente aps ciclos repetidos do tratamento, bem como exibiram superexpresso de protenas relacionadas sobrevivncia celular, tanto in vitro quanto in vivo. Esses fatos, aliados maior capacidade de migrao, sugerem a aquisio de fentipo de resistncia 5-ALAPDT. Esse aspecto deve ser cuidadosamente considerado no momento da instituio dessa terapia para os CECs bucais.
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Nos ltimos anos, notou-se aumento da incidncia de carcinoma espinocelular de orofaringe (CECOF) associado ao HPV. Sabe-se que CECOF associado ao HPV apresenta melhor prognstico do que CECOF no infectado por HPV. Inmeros estudos em carcinoma cervical demonstram alteraes de TLRs, isto provavelmente devido s associaes das oncoprotenas E6 e E7 com estes receptores. Em humanos, existem 10 TLRs identificados, os quais colaboram na resposta imune contra bactrias, fungos e vrus, bem como colaboram na promoo ou regresso do tumor. Esta influncia do TLR na carcinognese tem sido alvo de inmeros estudos devido ligao entre inflamao e o cncer. O presente trabalho teve como objetivo verificar diferenas na expresso e funo de receptores Toll-like em carcinoma espinocelular de orofaringe (CECOF). Para tal, foram utilizados trinta e sete espcimes diagnosticados como CECOF e a expresso imuno-histoqumica das protenas p16 e TLR4 analisadas. Duas linhagens de CECOF HPV16 + e duas CECOF HPV-. foram utilizadas para anlise da expresso de TLR1-10, IL-6 e IL-8, por qPCR. A deteco dos principais TLRs (TLR1, TLR2, TLR6 e TLR4) foi feita por citometria de fluxo. Para ativao da via de sinalizao de TLR2, e posterior anlise da expresso de IL6 e IL8, as clulas foram estimuladas com peptidoglicano. Para verificar a expresso e funo de TLR4, as clulas foram estimuladas com LPS e LPS UP para posterior anlise de IL-6 e IL-8, por ELISA. Os resultados demonstraram diferenas na expresso gnica de TLR1 e TLR6 entre as linhagens HPV- e o grupo HPV+ e diferenas na expresso proteica de TLR9. TLR2 apresentou aumento da expresso proteica em todas as linhagens e demonstra desencadeamento da resposta imune, com secreo de IL6 e IL8 nas linhagens HPV- (SCC72 e SCC89) e em uma das linhagens HPV+ (SCC2). Interessantemente, TLR4 no apresentou diferenas significativas na expresso gnica e proteica. Entretanto, as linhagens HPV+ no demonstraram resposta pr-inflamatria mesmo quando estimuladas com LPS e LPS ultra puro, agonista especfico de TLR4. Assim, este trabalho contribui para estabelecer o perfil da expresso dos receptores Toll-like em linhagens celulares de CECOF HPV- e HPV+, e aponta para alteraes ocorridas na via de sinalizao mediada por TLR4. Alm disso, nossos resultados abrem portas para futuros estudos na avaliao de alteraes causadas no sistema imune inato pelo HPV, em carcinomas espinocelulares de orofaringe.
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A administrao de princpios ativos pela mucosa oral uma forma eficiente para a distribuio de frmacos e nutrientes, oferecendo diversas vantagens como uma fcil aplicao, evitando o metabolismo de primeira passagem heptica e potencialmente melhorando a biodisponibilidade dessas substncias. A acerola e o camu-camu apresentam uma alta concentrao de vitamina C e so consideradas fontes de diferentes compostos ativos, porm a vitamina C presente nas frutas facilmente oxidada pelos fatores ambientais, e essas frutas so pouco acessveis ao consumo populacional. Filmes de desintegrao oral (FDO) podem apresentar rpido tempo de desintegrao e fcil administrao, o que os torna um material interessante para a veiculao de compostos com atividades farmacuticas ou nutricionais. Assim, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento e caracterizao de filmes de desintegrao oral base de amido e gelatina com adio de extrato seco de acerola e camu-camu produzidos por \"spray dryer\" como uma alternativa para a administrao de vitamina C. Os FDOs foram produzidos pela tcnica de casting, variando-se a proporo de amido e gelatina. Como plastificante foi utilizado o sorbitol (20 g / 100 g de polmero), mantendo-se constante a concentrao de polmeros (2 g /100 g de soluo filmognica) e de extrato seco de acerola (4 g /100 g de soluo filmognica) e camu-camu (4 g / 100 g de soluo filmognica). Os extratos secos de acerola e camu-camu foram caracterizados com relao concentrao da vitamina C e da estabilidade desses extratos nessas condies (30 C, UR 75 % e 40 C, UR 75%). Os FDOs foram caracterizados em relao a espessura, propriedades mecnicas, ngulo de contato, FT-IR, microscopia electrnica de varredura, concentrao de vitamina C, atividade antioxidante, atividade antimicrobiana, estabilidade da vitamina C, tempo de desintegrao, estabilidade da atividade de eliminao de radicais de DPPH•, avaliao sensorial. Os extratos secos apresentaram uma boa estabilidade em relao vitamina C e aos compostos antioxidantes (sequestro do radical DPPH•). Os FDOs sem adio de extrato, independente da formulao, mostraram-se homogneos, com ausncia de partculas insolveis e alta capacidade de formao de filme. Para os FDOs com maior concentrao de amido foi observado reduzido tempo de desintegrao e pH prximo ao bucal. Aps a adio dos extratos, os FDOs apresentaram reduo do tempo de desintegrao, boa aceitao sensorial, propriedades antioxidantes e estabilidade pelo sequestro do radical DPPH•. O pH de superfcie dos filmes com adio de extrato seco de acerola foi mais prximo ao bucal quando comparado com os filmes com camu-camu. No entanto, os FDOs com acerola apresentaram reduzida estabilidade da vitamina C em relao ao tempo de armazenamento, enquanto que os filmes com camu-camu apresentaram melhor estabilidade. De modo geral, na formulao produzida apenas com amido (100 g de amido / 100 g de polmeros) observou-se uma maior concentrao da vitamina C no final da estabilidade realizada 30 C e umidade relativa de 75 %, elevada estabilidade dos compostos ativos (DPPH) e alta taxa de uniformidade na distribuio da vitamina C no filme de desintegrao oral. Dessa forma, os FDOs podem ser considerados uma boa alternativa para a suplementao de vitamina C.
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Nas ltimas dcadas, diversos estudos tm demonstrado os efeitos nocivos dos ácidos graxos trans sade. Consequentemente, diversas agncias reguladoras de sade e sociedades responsveis pela elaborao de diretrizes nutricionais recomendaram a reduo do consumo desses ácidos graxos. Deste modo, a indstria de alimentos vem adequando seus produtos a fim de substituir os ácidos graxos trans por gorduras interesterificadas, porm seus efeitos sobre o desenvolvimento da aterosclerose no foram ainda totalmente elucidados. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de gorduras interesterificadas contendo principalmente ácido graxo palmtico ou esterico sobre o desenvolvimento da aterosclerose. Desta forma, camundongos knockout para o receptor de LDL (LDLr-KO) recm-desmamados foram alimentados por 16 semanas com dietas hiperlipdicas (40% do valor calrico total sob forma de gordura) contendo principalmente ácidos graxos poli-insaturados (POLI), trans (TRANS), palmtico (PALM), palmtico interesterificado (PALM INTER), esterico (ESTEAR) ou esterico interesterificado (ESTEAR INTER) para determinao de concentraes plasmticas de colesterol total e triglicrides; perfil de lipoprotenas; contedo de lpides (Oil Red O) e colgeno (Picrosirius Red) e infiltrado de macrfagos (imuno-histoqumica) na rea de leso aterosclertica; expresso e contedo proteico de citocinas na aorta; dosagem das citocinas secretadas por macrfagos de peritnio estimulados ou no com lipopolissacardeo (LPS); efluxo celular de colesterol mediado pela apo-AI e HDL2. Os resultados mostraram que os animais que consumiram a gordura interesterificada contendo ácido palmtico (PALM INTER) desenvolveram importante leso aterosclertica em comparao aos grupos PALM, ESTEAR, ESTEAR INTER e POLI, resultados confirmados pelo contedo de colgeno na leso. Apesar do processo de interesterificao no ter alterado as concentraes plasmticas de lpides, conforme verificado entre os grupos PALM vs PALM INTER e ESTEAR vs ESTEAR INTER, o acmulo de colesterol na partcula de LDL foi similar entre os grupos PALM INTER e TRANS. Alm desse efeito sobre o perfil de lipoprotenas, macrfagos do peritnio de camundongos que consumiram PALM INTER secretaram significativamente mais IL-1beta, IL-6 e MCP-1 em comparao aos demais grupos. Esse efeito pr-inflamatrio foi confirmado na aorta, onde se observou maior expresso de TNF-alfa e IL-1beta para o grupo PALM INTER em comparao a PALM. Tal insulto inflamatrio foi similar ao provocado por TRANS. Esses efeitos deletrios do PALM INTER podem ser parcialmente atribudos ao acmulo de colesterol nos macrfagos, promovido pelo prejuzo no efluxo de colesterol mediado pela apo-AI e HDL2, bem como aumento da expresso de receptores envolvidos na captao de LDL modificada (Olr-1) e diminuio daqueles envolvidos na remoo intracelular de colesterol (Abca1 e Nr1h3) na parede arterial. Como concluso, as gorduras interesterificadas contendo ácido palmtico favorecem o acmulo de colesterol nas partculas de LDL e em macrfagos, ativando o processo inflamatrio, o que conjuntamente contribuiu para maior desenvolvimento de leso aterosclertica
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Este trabalho tem como principal objetivo contribuir para o desenvolvimento de novos potenciais metalofrmacos de rutnio. Nele so descritas a sntese, a caracterizao e a avaliao da ao antiproliferativa de alguns complexos de dirutnio (II,III) com os frmacos antiinflamatrios no-esterides (AINEs): ibuprofeno (ibp), ácido acetilsaliclico (aas), naproxeno (npx) e indometacina (ind) e tambm com o ácido γ-linolnico (lin), sobre clulas cancergenas. Os compostos obtidos foram caracterizados por anlise elementar, espectroscopia de absoro eletrnica, medidas de susceptibilidade magntica, espectroscopia vibracional FTIR e Raman, difratometria de raios X de p, medidas de condutividade molar e anlise trmica (TG, OTAe OSC). Todos os complexos sintetizados apresentam estrutura em gaiola, com os carboxilatos derivados dos frmacos AINEs coordenados unidade dimetlica Ru2( (II,III), em ponte equatorial, estabilizando assim a ligao direta rutnio-rutnio. As posies axiais so ocupadas por ons cloreto, no caso dos complexos [Ru2(O2(CR)4(Cl] (O2(CR = ibp, aas, npx ou ind), ou por molculas de gua, nas espcies do tipo [Ru2(O2(CR)4(H2O)2]PF6(O2CR =npx e ind). Ensaios biolgicos demonstraram que os compostos [Ru2(ibp) 4Cl]•½H2O e [Ru2(npx)4(H2O)2]PF6 apresentam ao antiproliferativa sobre clulas de glioma de rato C6 in vitro, dependendo do tempo de exposio do meio celular ao complexo. O complexo [Ru2 (lin)4Cl] tambm apresenta efeito sobre a proliferao de clulas C6; entretanto, nesse caso, efeitos significativos so observalos j nas primeiras 24 h de exposio. Estudos mostraram que as bases adenina e adenosina reagem com o complexo [Ru2(OAc)4(H2O)2]PF6 sem que ocorra quebra da estrutura em gaiola. As bases nitrogenadas substituem axialmente as molculas de gua, formando pontes axiais entre duas unidades de dirutnio (II,III) no estado slido.
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Ftalocianina de alumnio-cloro (AlClPc) um fotossensibilizador de segunda gerao em terapia fotodinmica (TFD) caracterizado por seu carter anfiflico e tendncia de auto-agregao em meio aquoso, o que prejudica seu potencial de aplicao. O aCHC um substrato de transportadores de monocarboxilato (MCT) superexpresso em clulas de MCF-7. Objetivando a solubilizao da AlClPc e aumento de internalizao em tecidos neoplsicos nos propomos aqui o uso de DSPC e DOPC em diferentes propores para formar vesculas lipidicas mistas (LV) na presena de aCHC como sistemas veiculadores de frmaco. Lv foi preparado pelo mtodo de injeo etanlica e formou vesculas de dimenses nanomtricas (aproximadamente 100 nm) com bom ndice de polidisperso, valores negativos de potencial zeta e estveis em meio aquoso por mais de 50 dias. AlClPc se complexou com o fosfato das LV o que conferiu uma localizao interfacial s molculas de AlClPc como demonstrado pelos resultados de supresso de fluorescncia. Medidas de anisotropia, fluorescncia esttica e resolvida no tempo corroboram com estes resultados e demonstram que a auto-agregao da AlClPc ocorre mesmo em lipossomas. Entretanto, a veiculao da AlClPc por LV em carcinoma de clulas escamosas oral (OSCC) levou a um processo de desagregao demonstrado por (FLIM). Este incrvel comportamento novo e aumenta o conhecimento cientfico sobre o mecanismo intracelular de ao de fotossensibilizadores em TFD. Em TFD, ambos os sistemas LVIII+AlClPc e LVIII+AlClPc+aCHC no apresentaram toxicidade no escuro no perodo de incubao de 3 h com as concentraes de lipdios, AlClPc e aCHC iguais a 0,15 mmol/L, 0,5 umol/L e 10,0 umol/L, respectivamente. De maneira inesperada, o sistema LVIII+AlClPc foi mais eficiente em TFD que o sistema LVIII+AlClPc+aCHC, devido ao carter antioxidante do aCHC. Estes resultados abrem uma nova perspectiva do potencial uso de LV-AlClPc para o tratamento fotodinmico.
Estudo do comportamento eletroqumico da liga UNS N07090 em diferentes concentraes de ácido sulfrico.
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Ligas de nquel tm atualmente uma vasta gama de aplicaes, sendo a agressividade do meio e as elevadas temperaturas que estas ligas suportam, um diferencial excepcional. A liga UNS N07090, objeto deste trabalho, encontra aplicaes muito diversas, entre elas turbocompressores, sistemas de exausto e de ps-tratamento de motores a diesel. Nestas aplicaes a liga est exposta a gases, que ao condensarem formam ácido sulfrico (H2SO4). Torna-se, assim, importante, o conhecimento da resistncia corroso da liga nesse meio. O presente trabalho tem como objetivo caracterizar o comportamento eletroqumico da liga atravs de curvas de polarizao potenciodinmica em diferentes concentraes de ácido sulfrico. Observou-se que quanto maior a concentrao de ácido, maior a corroso da liga. Este fato pode ser discutido pela adsoro do on sulfato (SO42-), que prejudica tanto a formao quanto a cintica de crescimento da pelcula passiva do nquel. Em contrapartida, a presena de Cr na liga UNS N07090 apresentou um benefcio sobre a resistncia corroso desta muito acima do esperado, influenciando de forma direta as curvas de polarizao da liga e mantendo-a em condio de elevada resistncia corroso em detrimento do pior desempenho observado em outros elementos pertecentes liga, como Co, Al e Ti. Tempos de imerso de 24h em ácido sulfrico elevam discretamente os parmetros de corroso da liga, mantendo-os, no entanto em patamares bastante baixos, permitindo finalmente concluir que a liga UNS N07090, quando exposta a concentraes que variam de 1M a 4M H2SO4, a 25C, apresenta boa resistncia corroso e que esta no se altera com o tempo de exposio. A anlise dos resultados mostrou que o processo corrosivo controlado por reaes catdicas de sulfato e hidrognio, as quais podem ter diferentes contribuies dependendo da concentrao do ácido e do tempo de imerso da liga UNS N07090 no meio corrosivo.
Resumo:
Para otimizar um modelo experimental para o estudo do desbalano redox em porfirias relacionadas ao acmulo de ácido 5-aminolevulnico-(ALA), via inibio da ALA desidratase-(ALA-D), ratos foram tratados com o ster metlico de succinilacetona-(SAME), um catablito da tirosina que inibe fortemente a ALA-O, mimetzando o estado metablico observado nos portadores de portirias e tirosinemias. Estabeleceram-se modelos de tratamento agudo por 36 e 18 h. No primeiro, os animais receberam 3 injees de SAME (10, 40 ou 80 mg/kg, grupos Ali-IV). No segundo, os animais receberam 3 injees de 40 mg/kg de SAME, ALA ou ster metlico de ALA (grupos BII-IV), ALA:SAME (30: 10 mg/kg, grupo BV), ou 10 mg/kg SAME (grupo BVI). Paralelamente, avaliou-se se os sintomas neurolgicos caractersticos das portirias decorriam de danos oxidativos mitocondriais. Para isso, aplicou-se uma tecnologia ptica para medidas da difuso da depresso cortical que determinou a oxigenao e o estado redox do cit c em mitocndrias do crtex cerebral de ratos submetidos ao tratamento crnico com ALA (40 mg/kg), SAME (10 e 40 mg/kg) e ALA:SAME (30: 1O mg/kg), a cada 48 h, durante 30 dias. Tratamento agudo/36 h: Os nveis de ALA no plasma, fgado, crebro e urina e o clearance renal do ALA aumentaram nos grupos tratados. A atividade de ALA-D e a coproporfirina urinria reduziram. A marcao para protenas carboniladas, ferro e ferritina aumentou no fgado e crebro dos grupos tratados, especialmente no All. Os nveis de malondialdedo heptico aumentaram no grupo AIV. A razo GSH/GSH+GSSG e a atividade de GPx cerebrais aumentaram nos grupos AIV e AIII, respectivamente. Consistentemente com estes dados indicando um desbalano oxidativo induzido pelo SAME, alteraes mitocondriais e citoslicas ultraestruturais foram reveladas, especialmente no fgado. Tratamento agudo/18 h: Os nveis de ALA plasmticos aumentaram nos grupos tratados, exceto em BIV. O grupo BII mostrou aumento dos nveis hepticos de ALA. Interessantemente, a inibio da atividade de ALA-D no foi evidenciada. O contedo de ferro plasmtico aumentou no grupo BII. Para os grupos tratados com 10 e 40 mg SAME/kg, a atividade de SOD heptica reduziu ~50% com a extenso do tratamento de 18 para 36 h, sugerindo que este ltimo mais efetivo em promover danos oxidativos induzidos pelo ALA. Tratamento crnico/30 dias: Embora nenhuma alterao tenha sido evidenciada no estado redox dos animais tratados, o tratamento com ALA reduziu o fluxo sanguneo cerebral (CBF) e o consumo de oxignio-(CMRO2), sugerindo uma vasoconstrio mediada pelo ALA, efeito este confirmado por ensaios de reatividade vascular conduzidos em anis de aorta de ratos incubados com ALA. O tratamento com ALA:SAME restaurou os nveis de CBF e CMRO2. Interessantemente, a disponibilidade do radical superxido-(O2•-) estava reduzida nos anis de aorta incubados com ALA. Juntos, estes dados: a)validam o modelo de tratamento agudo/36 h para o estudo bioqumico e dos possveis efeitos fisiolgicos induzidos pelo ALA, e b)sugerem que as alteraes mediadas pelo ALA exgeno levam vasoconstrio.
Resumo:
O presente estudo objetivou determinar um protocolo para sedao de veados-mateiros (Mazama americana) que permitisse procedimentos comumente utilizados no manejo dessa espcie em cativeiro. Foram utilizados seis animais adultos, pesando 38,4 5 Kg, pertencentes ao Ncleo de Pesquisa e Conservao de Cervdeos (UNESP - Jaboticabal). Os animais foram submetidos a dois tratamentos, com um intervalo mnimo de 30 dias entre eles, a saber: AX-0,5 - associao de 1 mg/kg de azaperone e 0,5 mg/kg de xilazina via intramuscular (IM) e AX-1,0 - associao de 1 mg/kg de azaperone e 1 mg/kg de xilazina (IM). A partir da administrao do tratamento (0 minuto) foram avaliados os tempos para latncia da sedao, para decbito esternal, para a manipulao segura e para a manipulao sem segurana. Ainda, foram avaliados a qualidade da conteno qumica por meio da somatria de pontos obtida com a utilizao de uma escala descritiva adaptada, a cada 10 minutos, por at 90 minutos, parmetros fisiolgicos (FC, fR, PAM e To) a cada 10 minutos, durante 60 minutos, perfil ácido-base e eletroltico (pH, PaCO2, PaO2, HCO3-, EB, SaO2, Na+ e K+) aos 10, 30 e 60 minutos e lactato srico aos 30 e 60 minutos ps-tratamentos. As diferenas foram consideradas significantes quando P < 0,05. O perodo de latncia da sedao e perodo para os animais apresentarem decbito esternal foram maiores em AX-0,5 (7 6,6 e 12 9,7 minutos, respectivamente) em relao a AX-1,0 (5 2,0 e 6 3,1 minutos respectivamente), porm no houve diferenas entre os grupos para os demais tempos avaliados. A qualidade da conteno qumica diferiu entre os grupos a partir de 60 minutos, observando-se possibilidade de manipulao sem segurana a partir de 60 minutos para AX-0,5 e de 90 minutos para AX-1,0. No houve diferenas entre FC, fR, PAM e To e o lactato srico entre os momentos nem entre os grupos. Em relao ao perfil ácido-base e eletrlitico, AX-0,5 apresentou diferenas em pH, HCO3-,, EB e K+, com valores aos 60 minutos superiores aos valores em 10 minutos, e AX-1,0 apresentou diferenas apenas para EB tambm com valores aos 60 minutos superiores aos 10 minutos. Diante dos resultados conclui-se que os dois protocolos promoveram sedao adequada e que a escolha entre eles deve ser pautada pela ndole do animal. Embora no tenham ocorrido alteraes fisiolgicas considerveis em nenhum dos grupos, sugere-se a suplementao de oxignio nos primeiros 30 minutos de conteno qumica.
Resumo:
A sociedade est cada vez mais exigente com relao qualidade dos produtos consumidos e se preocupa com os benefcios para a sade. Neste contexto, objetivou-se avaliar o efeito da incluso de nveis de leo de canola na dieta de vacas sobre amanteiga e muarela, buscando produtos mais saudveis para o consumo humano. Foram utilizadas 18 vacas Holandesas, em estgio intermedirio de lactao, com produo mdia de 22 ( 4) Kg de leite/ dia, as quais foram distribudas em dois quadrados latinos 3x3 contemporneos e receberam as dietas experimentais: T1- Controle (0% de incluso de leo); T2- 3% de incluso de leo de canola e T3- 6% de incluso de leo de canola. O perfil lipdico foi determinado atravs de cromatografia gasosa, alm da avaliao de qualidade nutricional, realizada atravs de equaes utilizando os ácidos graxos obtidos no perfil lipdico, anlises fsico-qumicas determinadas pela metodologia do Instituto Adolfo Lutz e anlises microbiolgicas. Houveram problemas durante processamento do leite, gerando alteraes de tecnologia de fabricao do produto manteiga, obtendo-se outro produto, o creme de leite, ao invs de manteiga, alm de prejuzos na qualidade microbiolgicas do creme de leite e muarela. A incluso de leo de canola na dieta em lactao reduziu quadraticamente os ácidos graxos de cadeia curta e proporcionou aumento quadrtico dos ácidos graxos de cadeia longa, dos ácidos graxos insaturados e ácidos graxos monoinsaturados na muarela. A relao ácidos graxos saturados/ ácidos graxos insaturados (AGS/ AGI) e a relao mega-6/mega-3, assim como os ndices de aterogenicidade e trombogenicidade, na muarela, reduziram linearmente 25,68%, 31,35%; 32,12% e 21,78%, respectivamente, quando comparando T1 e T3. No creme de leite, houve reduo linear dos ácidos graxos de cadeia curta e mdia, bem como, os ácidos graxos saturados e a relao ácidos graxos saturados/ ácidos graxos insaturados (AGS/ AGI) em 41,07%; 23,82%; 15,91% e 35,59%, respectivamente, enquanto os ácidos graxos de cadeia longa, ácidos graxos insaturados e ácidos graxos monoinsaturados aumentaram linearmente 41,40%; 28,24% e 32,07%, nesta ordem, quando comparando T1 com T3. Os ndices de aterogenicidade e trombogenicidade reduziram de forma linear, enquanto o ndice h/H (razo ácidos graxos hipocolesterolmicos e hipercolesterolmicos) aumentou linearmente. A composio fsico-qumica de ambos derivados e o rendimento da muarela no apresentaram efeito significativo com a incluso do leo de canola, exceto a protena bruta da muarela que apresentou aumento linear e a gordura do creme de leite que apresentou efeito quadrtico. As anlises microbiolgicas mostram contagens muito elevadas de microrganismos, sugerindo que os produtos no apresentam qualidade microbiolgica, decorrente da ausncia do processo de pasteurizao do creme e da baixa eficincia do tratamento trmico aplicado ao leite destinado a produo da muarela. Conclui-se que a adio de leo de canola na dieta de vacas lactantes proporciona muarela e creme de leite mais saudveis para o consumo humano, pois apresentaram perfil lipdico mais rico em ácidos graxos insaturados, alm da srie mega-3 e ácido oleico, entretanto, devido a problemas de processamento, estes produtos obtidos, no esto aptos ao consumo devido ausncia de qualidade microbiolgica.
Resumo:
O material Y2O3:Eu3+ vem sendo usado comercialmente como luminforo vermelho desde da dcada de 1960, em uma grande variedade de aplicaes devido ao seu elevado rendimento quntico (prximo de 100 %), elevada pureza de cor e boa estabilidade. Portanto, este trabalho prope um novo mtodo de sntese baseado nos complexos benzenotricarboxilatos (BTC) de terras raras trivalentes (RE3+) dopados com ons Eu3+. O objetivo principal produzir materiais luminescente RE2O3:Eu3+ a temperatura mais baixa (500 C) e em escala nanomtrica. Os complexos precursores [RE(BTC):Eu3+] e [RE(TLA)n(H2O):Eu3+], onde RE3+: Y, Gd e Lu; BTC: ácido trimsico (TMA) e ácido trimeltico (TLA) foram calcinados em diferentes temperaturas de 500 a 1000 C, a fim de obter os materiais luminescentes RE2O3:Eu3+. Os complexos foram caracterizados por anlise elementar de carbono e hidrognio, analise trmica (TG), espectroscopia de absoro no infravermelho (FTIR), difrao de raios-X - mtodo do p (XPD) e microscopia eletrnica de varredura (SEM). Todos os complexos so cristalinos e termo estveis at 460 C. Dados de fosforescncia dos complexos de Y, Gd e Lu mostram que o nvel T1 do anon BTC3- tem energia acima do nvel emissor 5D0 do on Eu3+, indicando que os ligantes podem atuar como sensibilizadores de energia intramolecular. O estudo das propriedades fotoluminescentes dos complexos dopados foi baseado nos espectros de excitao e emisso e curvas de decaimento de luminescncia. Ademais, foram determinados os parmetros de intensidades experimentais (Ωλ), tempos de vida (τ), taxas de decaimentos radiativo (Arad) e no-radiativo (Anrad). Os materiais luminescentes RE2O3:Eu3+ foram sintetizados de forma bem sucedida por meio do mtodo benzenotricarboxilatos calcinados a 500, 600, 700, 800, 900 e 1000 C, apresentando alta homogeneidade qumica e controle de tamanho de cristalito. Os nanomateriais foram caracterizados pelas tcnicas de FTIR, XPD SEM e TEM revelando a obteno dos materiais C-RE2O3:Eu3+ mesmo a 500 C. Os dados de XPD dos materiais confirmaram um aumento do tamanho dos cristalitos de 5 at 52 nm (equao de Scherrer) de em funo da temperatura de calcinao de 500 a 1000 C, respectivamente, corroborados pelas tcnicas de SEM e TEM. Os espectros de emisso de RE2O3:Eu3+ mostram uma banda larga atribuda a transio interconfiguracional de transferncia de carga ligante-metal (LMCT) em 260 nm, i.e. O2-(2p)→Eu3+(4f6). Alm disso, foram observadas linhas finas de absoro devido as transies intraconfiguracionais 4f do on eurpio (7F0,1𔾹LJ; J: 0, 1, 2, 3 e 4), como esperado. As propriedades fotoluminescentes dos luminforos foram baseadas nos espectros (excitao e emisso) e curvas de decaimento luminescente. Os parmetros de intensidade experimental, tempos de vida, assim como as taxas de decaimentos radiativos e no radiativos foram calculados. As propriedades fotnicas dos nanomateriais so consistentes com o stio de baixa simetria C2 ocupado pelo on Eu3+ no C-RE2O3:Eu3+, produzindo emisso vermelha dominada pela transio hipersensvel 5D0𔾻F2 do on Eu3+ no sitio C2, ao invs do stio centrossimtrico S6. Alm disso, os nanomateriais Y2O3:Eu3+ exibem caractersticas espectroscpicas semelhantes e elevados valores de eficincia quntica (η~91 %), compatvel com os luminforos comerciais disponveis no mercado. Este novo mtodo pode ser utilizado para o desenvolvimento de novos nanomateriais contendo ons terras raras, assim como outros ons metlicos.
Resumo:
O uso de pesticidas levou ao aumento da produtividade e qualidade dos produtos agrcolas, porm o seu uso acarreta na intoxicao dos seres vivos pela ingesto gradativa de seus resduos que contaminam o solo, a gua e os alimentos. Dessa forma, h a necessidade do monitoramento constante de suas concentraes nos compartimentos ambientais. Para isto, busca-se o desenvolvimento de mtodos de extrao e enriquecimento de forma rpida, com baixo custo, gerando um baixo volume de resduos, contribuindo com a qumica verde. Dentre estes mtodos destacam-se a extrao por banho de ultrassom e a extrao por ponto nuvem. Aps o procedimento de extrao, o extrato obtido pode ser analisado por tcnicas de Cromatografia a Lquido de Alta Eficincia (HPLC) e a Cromatografia por Injeo Sequencial (SIC), empregando fases estacionrias modernas, tais como as monolticas e as partculas superficialmente porosas. O emprego de SIC com coluna monoltica (C18, 50 x 4,6 mm) e empacotada com partculas superficialmente porosas (C18, 30 x 4,6 mm, tamanho de partcula 2,7 m) foi estudado para separao de simazina (SIM) e atrazina (ATR), e seus metablitos, desetilatrazina (DEA), desisopropilatrazina (DIA) e hidroxiatrazina (HAT). A separao foi obtida por eluio passo-a-passo, com fases mveis compostas de acetonitrila (ACN) e tampo Acetato de Amnio/cido actico (NH4Ac/HAc) 2,5 mM pH 4,2. A separao na coluna monoltica foi realizada com duas fases mveis: MP1= 15:85 (v v-1) ACN:NH4Ac/HAc e MP2= 35:65 (v v-1) ACN:NH4Ac/HAc a uma vazo de 35 L s-1. A separao na coluna com partculas superficialmente porosas foi efetivada com as fases mveis MP1= 13:87 (v v-1) ACN: NH4Ac/HAc e MP2= 35:65 (v v-1) ACN:NH4Ac/HAc vazo de 8 L s-1. A extrao por banho de ultrassom em solo fortificado com os herbicidas (100 e 1000 g kg-1) resultou em recuperaes entre 42 e 160%. A separao de DEA, DIA, HAT, SIM e ATR empregando HPLC foi obtida por um gradiente linear de 13 a 35% para a coluna monoltica e de 10 a 35% ACN na coluna com partculas superficialmente porosas, sendo a fase aquosa constituda por tampo NH4Ac/HAc 2,5 mM pH 4,2. Em ambas as colunas a vazo foi de 1,5 mL min-1 e o tempo de anlise 15 min. A extrao por banho de ultrassom das amostras de solo com presena de ATR, fortificadas com concentraes de 250 a 1000 g kg-1, proporcionou recuperaes entre 40 e 86%. A presena de ATR foi confirmada por espectrometria de massas. Foram realizados estudos de fortificao com ATR e SIM em amostras de gua empregando a extrao por ponto nuvem com o surfactante Triton-X114. A separao empregando HPLC foi obtida por um gradiente linear de 13 a 90% de ACN para a coluna monoltica e de 10 a 90% de ACN para a coluna empacotada, sempre em tampo NH4Ac/HAc 2,5 mM pH 4,2. Em ambas as colunas a vazo foi de 1,5 mL min-1 e o tempo de anlise 16 min. Fortificaes entre 1 e 50 g L-1 resultaram em recuperaes entre 65 e 132%.