2 resultados para Subsistence
em Repositório Aberto da Universidade Aberta de Portugal
Resumo:
For the past 15 years, a succession of stable isotope studies have documented the abrupt dietary transition from the Mesolithic to the Neolithic in Western and Northern Europe. Portugal, with its Late Mesolithic shell middens and burials apparently coexisting with the earliest Neolithic, further illustrates the nature of that transition. Individuals from Neolithic contexts there had significantly different diets to their Mesolithic counterparts. No evidence was found for a transitional phase between the marine oriented Mesolithic subsistence regimes and the domesticated, terrestrial Neolithic diet. Two later Neolithic individuals, however, showed evidence for partial reliance on marine or aquatic foods. This raises questions about the possible persistence of marine dietary regimes beyond the Mesolithic period. This article is followed by a brief note by Mary Jackes and David Lubell.
Resumo:
A presente dissertação tem como objeto de estudo a pesca do bacalhau feita por portugueses sob a bandeira de Portugal durante o período do Estado Novo (1933-1974). Investigou-se as razões para um investimento e um protecionismo tão forte à indústria da pesca do bacalhau. É indissociável do estudo da demanda portuguesa por este peixe, à época muito abundante no noroeste atlântico, as políticas autárcicas e de subsistência pilares da economia do Estado Novo, assim como a implantação e robustecimento da Instituição Corporativa. Subjacente a estas linhas de matriz económica mas paradigmáticas do novo regime, estava também a reconstrução da identidade portuguesa, a sacralização do trabalho e a heroicidade do pescador português do bacalhau. A existência da tentativa de revivificação da glória dos descobrimentos na pesca do bacalhau. A criação de um ambiente social, político e religioso que levaram à persecução destas políticas e consequentemente do engrandecimento da estrutura do Estado Novo, resultando até na sedimentação de apoio popular. O desenvolvimento da frota de pesca longínqua foi quase uma única janela de oportunidades para o conhecimento de novos mundos. A montante e a jusante da atividade piscatória também se desenvolveram indústrias e comércio internacional. A participação em organizações internacionais de regulação das pescas proporcionou contatos Institucionais com outras nações, não raro utilizados para quebrar isolamentos e propagandear o Estado Novo e as suas manifestações culturais e identitárias que suscitaram relacionamentos interculturais. Para além destes contatos mais formais, também se desenvolveram contatos informais, que se repercutiram na criação e manifestação de conhecimento mútuo e claro de condições para a gestação da interculturidade. Estes desenvolvimentos de relações informais, de contatos profissionais também geraram relações culturais que se manifestaram em projetos individuais de vida associados às migrações.