As representações sociais das mulheres migrantes brasileiras v��timas de viol��ncia dom��stica

O tema a que se refere este estudo foi escolhido dada a atualidade e a pertin��ncia da tem��tica da viol��ncia dom��stica na nossa sociedade, sendo reconhecida e assumida como um crime p��blico e uma forma grave de viola����o dos direitos humanos. Este estudo tem como objetivo analisar, identificar e compreender as representações sociais de um grupo de mulheres migrantes brasileiras v��timas de viol��ncia dom��stica. Do ponto de vista metodol��gico o estudo �� qualitativo recorrendo aos testemunhos pessoais atrav��s de uma amostra de 10 participantes no qual foi aplicada a t��cnica de recolha de dados, a entrevista. Os conte��dos das entrevistas foram analisados atrav��s dos softwares Textstat 2.9 e do Freemind 1.1. Os resultados demonstraram que o tipo de viol��ncia dom��stica preponderante �� a viol��ncia f��sica e as causas da viol��ncia dom��stica foram, essencialmente, o ��lcool e as drogas. O agressor foi representado pelas mulheres atrav��s de objetiva����es negativas e afetivas, sendo que a maioria das mulheres acreditam na mudan��a do comportamento violento do agressor. No que tange ��s representações acerca do futuro, observaram-se representações ancoradas na resili��ncia e na falta de perspetivas de futuro. Os resultados s��o indicadores que as representações sociais que as mulheres brasileiras t��m dos brasileiros s��o positivas e dos portugueses negativas, sendo o suporte social sustentado na fam��lia, nos amigos e nas institui����es de apoio �� v��tima. Os resultados demonstram que as mulheres possuem a representa����o de que os portugueses e os brasileiros s��o ambos violentos, e constatou-se que as representações sociais que as mulheres possuem em rela����o �� toler��ncia s��o objetiva����es positivas. Verificou-se tamb��m que a viol��ncia contra a mulher reflete um fen��meno complexo e multifacetado.

Kuailous ou Po tau ya : imagens no feminino sobre os portugueses em Macau

Tendo Macau por contexto, quinze anos ap��s a transfer��ncia da sua administra����o para a Rep��blica Popular da China e cinco s��culos de presen��a portuguesa, o estudo efetua uma abordagem ��s representações e estere��tipos sociais dos portugueses, a partir de um inqu��rito a cento e setenta e cinco mulheres chinesas desta Regi��o Administrativa Especial (RAEM). Tendo como marcos conceptuais a Teoria das Representações Sociais, de Moscovici, e a Teoria da Identidade Social, de Tajfel, o estudo procura explicitar os saberes sociais constru��dos por esse grupo de refer��ncia, determinantes na forma como se processa a comunica����o e a intera����o grupal com portugueses e ��ncora para a constru����o de estere��tipos com os quais esses processos s��o simplificados, mas tamb��m enviesados. Antevendo-se, num horizonte n��o muito long��nquo, decis��es quanto �� manuten����o do princ��pio ���um pa��s, dois sistemas���, que viabiliza a preserva����o de marcas portuguesas (como a l��ngua) e uma abertura especial �� presen��a de portugueses em Macau, a compreens��o das imagens e met��foras sobre esta comunidade constitui estrat��gia relevante para a perspetiva����o, no presente como no futuro, das rela����es intergrupais que a envolvem. O estudo conclui que as representações sobre os portugueses s��o, no essencial, de pendor positivo e exibem uma abertura �� proximidade social e �� participa����o desta comunidade nas din��micas sociais da RAEM. Mas assinala tamb��m ��reas de potencial maior conflitualidade na defesa, pelo endogrupo, de ��reas vitais de afirma����o dessa nova ordem social p��s- transfer��ncia.