2 resultados para Efeitos sociais e familiares
em Repositório Aberto da Universidade Aberta de Portugal
Resumo:
"No Capítulo 10 − Avaliação externa e seus efeitos: a perspetiva dos atores escolares, os autores Eduarda Rodrigues, Filipa Seabra, Helena Queirós, Joana Sousa, Conceição Lamela, Natália Costa e José Carlos Morgado apresentam dois estudos de caso, um realizado num agrupamento de escolas e outro numa escola secundária, escolhidos por constituírem “casos” de melhoria das classificações e corresponderem a situações críticas do processo de avaliação externa. Com base nas entrevistas ao diretor, ao coordenador da equipa de autoavaliação e aos coordenadores dos órgãos de gestão intermédia e nos dados de um inquérito por questionário aos docentes, é avaliado o impacto da AEE nas mudanças organizacionais, curriculares e pedagógicas e nos resultados académicos e sociais nas instituições escolares envolvidas" (Bidarra, Barreira & Vaz-Rebelo, 2016; Prefácio).
Resumo:
O tema a que se refere este estudo foi escolhido dada a atualidade e a pertinência da temática da violência doméstica na nossa sociedade, sendo reconhecida e assumida como um crime público e uma forma grave de violação dos direitos humanos. Este estudo tem como objetivo analisar, identificar e compreender as representações sociais de um grupo de mulheres migrantes brasileiras vítimas de violência doméstica. Do ponto de vista metodológico o estudo é qualitativo recorrendo aos testemunhos pessoais através de uma amostra de 10 participantes no qual foi aplicada a técnica de recolha de dados, a entrevista. Os conteúdos das entrevistas foram analisados através dos softwares Textstat 2.9 e do Freemind 1.1. Os resultados demonstraram que o tipo de violência doméstica preponderante é a violência física e as causas da violência doméstica foram, essencialmente, o álcool e as drogas. O agressor foi representado pelas mulheres através de objetivações negativas e afetivas, sendo que a maioria das mulheres acreditam na mudança do comportamento violento do agressor. No que tange às representações acerca do futuro, observaram-se representações ancoradas na resiliência e na falta de perspetivas de futuro. Os resultados são indicadores que as representações sociais que as mulheres brasileiras têm dos brasileiros são positivas e dos portugueses negativas, sendo o suporte social sustentado na família, nos amigos e nas instituições de apoio à vítima. Os resultados demonstram que as mulheres possuem a representação de que os portugueses e os brasileiros são ambos violentos, e constatou-se que as representações sociais que as mulheres possuem em relação à tolerância são objetivações positivas. Verificou-se também que a violência contra a mulher reflete um fenómeno complexo e multifacetado.