37 resultados para Portugal História Séc. XVIII
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Cet article concerne les barrages romains en terre du district de Castelo Branco qui ont t l'objet de rcentes recherches des auteurs dans le cadre d'une plus vaste tude : Barragens Romanas do Distrito de Castelo Branco e Barragem de Alferrarede (Barrages romains du district de Castelo Branco et Barrage d'Alferrarede). Parmi les barrages tudis, certains ont dj t mentionns par les auteurs.
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Esta obra trata da sucesso cultural registada na Estremadura portuguesa desde a emergncia das sociedades complexas do Calcoltico at chegada dos Romanos, correspondendo a um lapso de tempo entre os finais do IV milnio e os finais do século II a.C. Embora corresponda apenas a intervalo temporal de aproximadamente trs mil anos, o que, no registo material da nossa Pr-História e Proto-História, se afigura mais rico e diversificado de informao, com o desenvolvimento e fixao de regionalismos culturais, que na Estremadura cunharam identidades prprias, as quais persistiram nalguns casos at poca recente, no quotidiano dos seus habitantes. A percepo geral desta evoluo, bem como as suas determinantes, o primeiro, e talvez mais importante objectivo desta obra, a par de outros a seguir enunciados: a gnese dos povoados fortificados calcolticos, em resultado da crescente intensificao econmica e da especializao das produes a Revoluo dos Produtos Secundrios (RPS), que decorreu ao longo de boa parte do III milnio a.C. a par do crescimento demogrfico, que determinou, por seu turno, a competio inter-grupos, com a consequente necessidade de fortificao; a monumentalizao / fortificao de alguns dos stios habitados como expresso da coeso social da respectiva comunidade, acompanhada da emergncia de diferenciaes inter e intra-comunitrias, indcio de diferenciao social, em crescente afirmao, decorrente do processo de desenvolvimento econmico complexo, caracterstico do Calcoltico; as arquitecturas defensivas do III milnio a.C., como expresso pblica indissocivel da monumentalizao acima referida: exemplos mais importantes no territrio estremenho, distribuio geogrfica, caractersticas principais, semelhanas e diferenas; neste mbito, importa conhecer as diversas teorias explicativas para o seu surgimento, desde o modelo difusionista e orientalista vigente em Portugal (dos anos 40 aos anos 70), passando pelo modelo indigenista (anos 80), at s formas difusionistas mitigadas, de expresso regional, dos finais da dcada de 80 em diante, e principais argumentos invocados; a desarticulao do modelo de sociedade calcoltica, caracterizada pela concentrao da populao em stios fortificados ou pelo menos implantados predominantemente em locais altos e defensveis; os moldes em que se processou a acentuao das influncias mediterrneas no decurso do Calcoltico (em especial na metade meridional do territrio): a generalizao do comrcio transregional calcoltico e a intensificao e especializao das produes, no quadro da Revoluo dos Produtos Secundrios (RPS), exemplificada pela explorao de jazidas cuprferas, como veculo de difuso de novas tcnicas (metalurgia), matrias-primas exgenas (marfim) e artefactos ideotcnicos de caractersticas at ento desconhecidas (generalizao do culto da divindade feminina e correspondentes expresses simblicas, algumas de mbito estritamente regional), acompanhada da difuso, de Sul para Norte, de novas arquitecturas funerrias (tholoi); sobre o Campaniforme, fenmeno cultural com identidade prpria da fase mdia e tardia do Calcoltico estremenho, sero discutidas as caractersticas e cronologia da sua emergncia, na Estremadura (um dos plos mais importantes, a nvel europeu) no quadro da sociedade calcoltica pr-existente: tipo de povoamento e de necrpoles, bem como as relaes estabelecidas com as comunidades de tradio cultural mais antiga; o faseamento interno do fenmeno, com base nas diferenas identificadas no registo material (em particular a tipologia das cermicas); e principais tipos artefactuais que o integram. O campaniforme dever ser entendido como uma expresso material especfica, associada a um novo tipo de povoamento, que resultou do decrscimo do interesse oferecido pelos stios fortificados edificados no incio do Calcoltico. Neste sentido, corresponde a perodo de transio para a Idade do Bronze: existem argumentos, com base no registo arqueolgico (jias de ouro, artefactos de prestgio) que ilustram o incremento do processo de diferenciao social, ento verificado, ao contrrio do que uma abordagem mais superficial, com base simplesmente no reordenamento demogrfico, faria supor; o registo arqueolgico do Bronze Pleno configura a acentuao dos regionalismos, apesar de similitudes do sistema de povoamento face ao perodo imediatamente anterior, o que indicia realidades socioeconmicas comparveis. Importa, assim, conhecer as principais caractersticas dos escassos povoados identificados, bem como a organizao social a ele subjacente, a partir dos testemunhos arqueolgicos conhecidos, incluindo os de carcter funerrio; segue-se o Bronze Final, perodo dominado pela plena afirmao do comrcio transregional atlntico-mediterrneo, favorecido pela prpria realidade geogrfica do territrio portugus. Devem valorizar-se os testemunhos materiais desse perodo e as respectivas balizas cronolgicas: Assim, devero os leitores ficar familiarizados com as produes de carcter atlntico, como as armas, objectos utilitrios e respectivas tipologias e com as de cunho mediterrneo (com destaque para objectos de indumentria e de carcter cultual, embora estes ltimos quase se desconheam na rea estremenha), cujo comrcio e difuso foi suportado pela existncia de solidariedades econmicas transregionais, baseadas em provveis pactos formalmente estabelecidos entre comunidades vizinhas. Os respectivos territrios, de norte a sul do Pas, apresentar-se-iam cada vez melhor delimitados; o mesmo dever ter-se verificado na Estremadura. A caracterizao da respectiva economia ser, por isso, objecto da anlise e discusso; embora de base agro-pastoril (com importncia evidente na Estremadura dadas as caractersticas dos solos e a quase inexistncia de minrios de cobre ou de estanho), a produo de peas metlicas de bronze assumiu importncia crescente, como se conclui pelas ocorrncias conhecidas. O reforo e a consolidao das elites ento verificada, eram necessrios para a boa gesto de grandes povoados muralhados que despontam no Bronze Final; na Estremadura, embora os testemunhos de tais centros demogrficos no sejam particularmente evidentes, no fim da Idade do Bronze desponta um vigoroso povoamento de altura; seria a partir desses locais que as elites da poca, de cunho guerreiro, administrariam territrios bem delimitados. Tambm a existncia de outros testemunhos arqueolgicos so concorrentes para a percepo da realidade social: as jias aurferas, tornadas ento relativamente frequentes, deixam transparecer influncias ora atlnticas ora mediterrneas, por vezes reunidas numa nica pea (tcnicas e tipologias decorativas), expressivas das correntes culturais que, ento, se faziam sentir na Estremadura; tambm as armas, so testemunho da afirmao das elites guerreiras, encontrando-se representadas por exemplares cujas principais caractersticas devem ser conhecidas. As diversas prticas funerrias, apesar de escassamente representadas, revelam influncias continentais (cremao e campos de urnas, j fora da rea estremenha, mas dela prxima: caso dos campos de urnas de Tanchoal e de Meijo, Alpiara) e mediterrneas (inumaes na tholos da Roa do Casal do Meio, Sesimbra), que traduzem um mosaico cultural complexo, reforando a ideia de se tratar de regio receptora de influxos culturais de diversas reas geogrficas em simultneo: , no essencial, a comprenso global desta realidade, a um tempo econmica, social e cultural, coroando um longo processo de diferenciao social, por um lado e, por outro, de intensificao econmica e interaco cultural, que lhe est subjacente, que dever ter-se presente. Por ltimo, segue-se o estudo e caracterizao das principais estaes e materiais da Idade do Ferro, de incio (I Idade do Ferro) profundamente marcadas pela presena, directa ou indirecta, de colonizadores fencios; depois, pelos comerciantes de origem pnica (II Idade do Ferro) e, enfim, pelos exrcitos itlicos. Trata-se, em suma, de processo de caractersticas prprias, sempre determinado pelas influncias mediterrneas, largamente dominantes face s originrias do interior peninsular, as quais cunharam uma realidade cultural com caractersticas prprias, que persistiu no decurso da dominao romana.
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This paper deals with the importance, quantity and diversity of Late Bronze Age sites known around the Tagus estuary. The material culture points out to the existence of cultural stimuli from very different origins: from the Iberian Peninsula inner, the North Atlantic and the Mediterranean basin, related to the social organization and the economy of the populations that inhabited this region between the XIII century BC and the IX century BC, according to the available radiocarbon data. These populations interacted with the first Phoenicians that arrived to the region at the end of this period, after episodic relations of trading with their antecedents, from Central Mediterranean region.
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The analysis of a faunal collection from a storage silo found in the castle of Aljezur, dating from the Almohad period (XII/XIIIth centuries AD), is presented. It appears that the community occupying the castle concentrated on hunting species such as the rabbit, wild boar, red deer and Iberian lynx, while evidences of stockbreeding were scarce and centered upon caprines with horses and chicken playing minor role. The presence of a large dog has been assumed to be an aid for hunting but possibly also in herd keeping. With the exception of the lynx, all large mammals evidenced traces of consumption. The domestic cat is taken to represent a pet whereas the lynx had probably a role as a fur provider. It should be noted that equids and the pond turtle were probably food items. Rodents are taken to represent commensals whereas the toad of the Genus Bufo probably represented an intrusive element.
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For the past 15 years, a succession of stable isotope studies have documented the abrupt dietary transition from the Mesolithic to the Neolithic in Western and Northern Europe. Portugal, with its Late Mesolithic shell middens and burials apparently coexisting with the earliest Neolithic, further illustrates the nature of that transition. Individuals from Neolithic contexts there had significantly different diets to their Mesolithic counterparts. No evidence was found for a transitional phase between the marine oriented Mesolithic subsistence regimes and the domesticated, terrestrial Neolithic diet. Two later Neolithic individuals, however, showed evidence for partial reliance on marine or aquatic foods. This raises questions about the possible persistence of marine dietary regimes beyond the Mesolithic period. This article is followed by a brief note by Mary Jackes and David Lubell.
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