4 resultados para Gravidez na adolescência Aspectos psicológicos

em Universidade do Minho


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O estudo apresentado neste artigo destinou-se a investigar a qualidade da vinculação e das relações significativas na gravidez. Mais precisamente, teve por objectivos (1) determinar as características sociais e demográficas e as condições anteriores de existência que se associam e permitem prever um estilo de vinculação (in)seguro e (2) estimar o impacto do estilo de vinculação na qualidade do relacionamento e do apoio por parte do companheiro e de uma outra pessoa significativa, na gravidez. Uma amostra de 130 grávidas (66 adolescentes e 64 adultas) foi avaliada no último trimestre de gestação quanto ao estilo de vinculação e à qualidade do relacionamento e do apoio por parte do companheiro e de uma outra pessoa significativa (com base na Attachment Style Interview, ASI; Bifulco, Figueiredo, Guedeney, Gorman, Hays et al., 2004; Bifulco, Moran, Ball & Bernazzani, 2002a; Bifulco, Moran, Ball & Lillie, 2002b). A amostra foi recolhida na Maternidade de Júlio Dinis (Porto) e é bastante heterogénea do ponto de vista social e demográfico, em características como: a idade, o nível educacional, o estado civil, o estatuto ocupacional e o tipo de agregado familiar, embora fundamentalmente constituída por grávidas primíparas. Os resultados mostram que um estilo inseguro de vinculação pode ser previsto na sequência de separação ou divórcio parental durante a infância ou adolescência e quando a grávida está desempregada, e que a gravidez na adolescência se associa ao estilo de vinculação desligado. Mostram ainda que um estilo inseguro de vinculação permite prever um pior relacionamento na gravidez, quer com o companheiro, quer com a outra pessoa significativa, principalmente a presença de relações discordantes com o companheiro e de relações apáticas com a outra pessoa significativa. As estratégias emaranhadas afectam a relação com o companheiro (em aspectos como menos confiança, menos suporte emocional e mais interacção negativa), mas não a relação com a outra pessoa significativa; enquanto as estratégias desligadas afectam a relação com a outra pessoa significativa (em aspectos como menos actividades partilhadas e menos interacção positiva), mas não a relação com o companheiro, e as estratégias amedrontadas afectam o relacionamento, tanto com o companheiro (em aspectos como menor sentimento de ligação) quanto com a outra pessoa significativa (em aspectos como menos confiança). De acordo com a Teoria da Vinculação, conclui-se que condições adversas de existência (anteriores e actuais) propiciam vinculação insegura e que o estilo de vinculação interfere na qualidade do relacionamento com o companheiro e com outras pessoas significativas, nomeadamente na capacidade da grávida recorrer a apoio.

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A educação para a sexualidade nas escolas torna-se cada vez mais importante, pois os adolescentes constituem uma faixa etária muito vulnerável a comportamentos sexuais de risco, que podem vir a comprometer o seu projeto de vida futuro. O projeto de intervenção aqui apresentado tinha como principal objetivo contribuir para um aumento dos conhecimentos dos alunos, ao nível da educação para a sexualidade e, consequentemente, promover uma mudança de crenças, atitudes e comportamentos por parte dos mesmos, junto dos seus pares e familiares. Neste sentido, foi adotada a metodologia de investigação-ação (IA). Na fase de diagnóstico, o instrumento de recolha de dados predominantemente utilizado foi um questionário construído especificamente para o efeito, o qual foi aplicado a uma amostra de 114 alunos (38 raparigas; 76 rapazes) de 3.º CEB. O mesmo instrumento foi aplicado no final da intervenção - fase de avaliação. Nas respostas aos questionários iniciais, os alunos evidenciaram algum desconhecimento relativamente ao conceito de sexualidade, às causas e consequências da gravidez na adolescência e revelaram também a adoção de alguns comportamentos de risco. Para além do questionário, foi também aplicada aos alunos a técnica da caixa de perguntas. Perante as necessidades evidenciadas pelos alunos foi implementada uma formação, dedicando-se uma sessão de 45 minutos para cada tema: o que é a sexualidade; gravidez na adolescência; assédio sexual e violência na intimidade juvenil. Os resultados obtidos na fase de avaliação demonstraram que os alunos tinham adquirido um conceito de sexualidade mais correto, revelaram-se mais conscientes relativamente às causas e consequências da gravidez na adolescência, demonstraram estar mais informados sobre o assédio sexual, bem como sobre os cuidados a ter e revelaram algumas mudanças de crenças e opiniões relativamente a determinadas situações potencialmente abusivas nas relações de intimidade juvenil.

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Enquadramento: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acarreta múltiplas alterações no quotidiano do doente e seus familiares mas a reabilitação é considerada uma oportunidade. A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) facilita a reabilitação e a educação para a saúde possibilita a mudança de atitude necessária para a reabilitação. Objetivos: Conhecer e divulgar as perceções de doentes com AVC e enfermeiros relativamente às práticas de Educação para a Saúde na RNCCI. Metodologia: Qualitativa, com entrevista semi-estruturada, a 8 doentes e a 17 enfermeiros. A técnica escolhida foi a análise de conteúdo das entrevistas. Partimos de categorias definidas a priori, e emergiram outras categorias. Resultados: Os doentes atribuíram aos enfermeiros a maior parte da responsabilidade pela reabilitação. Os enfermeiros relacionaram os aspetos psicológicos e a importância do envolvimento da família com a adesão do doente ao regime terapêutico. Conclusão: Os doentes demonstram que se encontram no modelo biomédico, por outro lado os enfermeiros apontam o modelo biopsicossocial como orientador das suas práticas de Educação para a Saúde na rede.

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Na gravidez, a mulher experiencia mudanças desenvolvimentais ao nível dos seus relacionamentos significativos. Este estudo compara a qualidade do relacionamento com o companheiro e com outra figura significativa em grávidas adolescentes e adultas, e analisa preditores sócio-demográficos para a qualidade destes relacionamentos. Uma amostra de 130 grávidas (66 adolescentes e 64 adultas) foi avaliada no terceiro trimestre de gestação quanto às características sociais e demográficas e à qualidade do relacionamento com figuras significativas. Os resultados mostram que as adolescentes referem menor confiança (Ï2 = 3.365, p = 0,055) e maior discórdia (Ï2 = 3.842, p = 0,041) no relacionamento com o companheiro e maior sentimento de ligação (Ï2 = 19.126, p = 0,000) e apatia (Ï2 = 8.568, p = 0,004) no relacionamento com a outra figura significativa, comparativamente com as adultas. Verifica-se ainda que a gravidez na adolescência associa-se a relacionamentos de menor qualidade, especialmente devido a situações sócio-demográficas mais desfavoráveis e não tanto à condição de ser ou não adolescente.