5 resultados para Gigli, Girolamo, 1660-1722.
em Universidade do Minho
Resumo:
Problematizar a relação infância-criança-corpo e brincadeira é uma necessidade inadiável para os que assumem o compromisso com a emergência da voz e com a afirmação da cidadania de uma a categoria social estrutural (QVORTRUP, 2001), que permanece como “rebanho” no imaginário de uma cultura entrópica. Reter em zona periférica uma das estruturas vitais à própria composição social faz-se um fator de auto-limitação civilizacional. O brincar, um direito da infância, sem nunca ter sido, no contexto da educação formal, é alvo autorizado de uma ação invasiva e, orientada por decisões de uma geração que não mais o protagoniza, entretanto sobre ele insiste em legislar. Tolerado, enquanto um mal necessário, pela benevolência educativa – e até certo ponto -, encolhe no currículo da escola de educação da infância. Reiterado, através de práticas educativas da geração profissionalizada nas funções de ensinar, como manifestação anômala ao contexto das aprendizagens formais, é rapidamente percebido, pela categoria social geracional mais nova, como espaço-tempo transgressor. O desafio de interrogar as políticas públicas para a educação ou o modelo de escola que representa a vigência de um Estado de bem estar social, deflagra a percepção de uma crise que penetra, com força avassaladora, o campo da educação da infância. Essa consciência deve suscitar o desejo de ousar pensar para além de um modelo de escola que veicula de forma homogênea a cultura hegemônica e, desconsidera as culturas “não legítimas”. (LAHIRE, 2006). A apropriação da autonomia de uma categoria social em nome da sua redenção naturaliza a lógica do “rebanho” dependente de um “agente emancipador” ou de um “pastor” a preceituar sobre sua soberania. Desta legitimação não precisa a infância.
Resumo:
O século XVIII Português foi, à semelhança do resto da Europa, fértil em alterações académicas, científicas e ideológicas. O desenvolvimento da ciência e da técnica, o surgimento das primeiras máquinas, impulsionou a área do saber, que atualmente chamamos de engenharia. Em Portugal (à época ainda um império do qual fazia parte, entre outros, o Brasil), as escolas técnicas e militares consolidam-se e surgem vários engenheiros e militares de renome cujas obras se difundem pelo reino. Manuel de Azevedo Fortes (1660-1749), engenheiro-mor do reino Português, publicou, em 1728 e 1729, os dois tomos de uma das suas obras maiores, O Engenheiro Português, obra dedicada à formação dos engenheiros na Academia Militar de Lisboa.. A primeira parte deste tratado aborda os conhecimentos matemáticos que Azevedo Fortes considera essenciais na formação dos engenheiros. Na sua Geometria Especulativa, um manuscrito datado de 1724, aborda os elementos de geometria e trigonometria, sem esquecer as suas aplicações. O Brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim (1700-1765), engenheiro que se destacou na arquitetura e fortificação do Brasil no século XVIII, publicou o Exame de Artilheiros em 1744 e Exame de Bombeiros em 1748, obras contendo os princípios da geometria e da trigonometria e as suas aplicações à engenharia militar que se destinavam ao ensino dos militares na Academia Militar do Rio de Janeiro, onde era professor. Nesta comunicação analisaremos a matemática, em particular a geometria, presente nestas obras, salientando não só os conteúdos abordados mas a ênfase dada às aplicações desses conteúdos nos contextos militares da época.
Resumo:
Promoting environmental and health education is crucial to allow students to make conscious decisions based on scientific criteria. The study is based on the outcomes of an Educational Project implemented with Portuguese students and consisted of several activities, exploring pre-existent Scientific Gardens at the School, aiming to investigate the antibacterial, antitumor and anti-inflammatory properties of plant extracts, with posterior incorporation in soaps and creams. A logo and a webpage were also created. The effectiveness of the project was assessed via the application of a questionnaire (pre- and post-test) and observations of the participants in terms of engagement and interaction with all individuals involved in the project. This project increased the knowledge about autochthonous plants and the potential medical properties of the corresponding plant extracts and increased the awareness about the correct design of scientific experiments and the importance of the use of experimental models of disease. The students regarded their experiences as exciting and valuable and believed that the project helped to improve their understanding and increase their interest in these subjects and in science in general. This study emphasizes the importance of raising students’ awareness on the valorization of autochthonous plants and exploitation of their medicinal properties.
Resumo:
Marine microorganisms possess unique metabolic and physiological features and are an important source of new biomolecules, such as biosurfactants. Some of these surface-active compounds synthesized by marine microorganisms exhibit antimicrobial, anti-adhesive and anti-biofilm activity against a broad spectrum of human pathogens (including multi-drug resistant pathogens), and could be used instead of the existing drugs to treat infections caused by them. In other cases, these biosurfactants show anti-cancer activity, which could be envisaged as an alternative to conventional therapies. However, marine biosurfactants have not been widely explored, mainly due to the difficulties associated with the isolation and growth of their producing microorganisms. Culture-independent techniques (metagenomics) constitute a promising approach to study the genetic resources of otherwise inaccessible marine microorganisms without the requirement of culturing them, and can contribute to discover novel biosurfactants with significant biological activities. This paper reviews the most relevant biosurfactants produced by marine microorganisms with potential therapeutic applications and discusses future perspectives and opportunities to discover novel molecules from marine environments.
Resumo:
Oceans are a vast source of natural substances. In them, we find various compounds with wide biotechnological and biomedical applicabilities. The exploitation of the sea as a renewable source of biocompounds can have a positive impact on the development of new systems and devices for biomedical applications. Marine polysaccharides are among the most abundant materials in the seas, which contributes to a decrease of the extraction costs, besides their solubility behavior in aqueous solvents and extraction media, and their interaction with other biocompounds. Polysaccharides such as alginate, carrageenan and fucoidan can be extracted from algae, whereas chitosan and hyaluronan can be obtained from animal sources. Most marine polysaccharides have important biological properties such as biocompatibility, biodegradability, and anti-inflammatory activity, as well as adhesive and antimicrobial actions. Moreover, they can be modified in order to allow processing them into various shapes and sizes and may exhibit response dependence to external stimuli, such as pH and temperature. Due to these properties, these biomaterials have been studied as raw material for the construction of carrier devices for drugs, including particles, capsules and hydrogels. The devices are designed to achieve a controlled release of therapeutic agents in an attempt to fight against serious diseases, and to be used in advanced therapies, such as gene delivery or regenerative medicine.