7 resultados para Descolonização África
em Universidade do Minho
Resumo:
As representaes da histria universal veiculadas pelos media e disseminadas nas enciclopdias ditas globais, so talvez um dos mais evidentes exemplos do quanto ainda h a fazer para descolonizar o conhecimento. Assim, urge dar voz a diferentes narrativas sobre a histria mundial, de modo a tornar visveis as verses de pessoas e grupos que foram sistematicamente apagados da histria durante o perodo colonial e que continuam, muitas das vezes, invisveis nas narrativas dominantes em perodo dito ps- colonial. Neste artigo examinamos os resultados de um inqurito realizado junto de jovens em Moambique e em Portugal. Em ambos os pases, investigmos as representaes sociais sobre a histria mundial. As convergncias e divergncias nas representaes da histria mundial, nomeadamente no que se refere ao perodo colonial, so discutidas tendo em conta o papel das identidades nacionais na estruturao das memrias coletivas.
Resumo:
No ltimo ano da primeira dcada do sculo XXI, quase a entrar na era da televiso digital, importa saber que modelo de TV existe em Portugal. A anlise da programao informativa destinada a acompanhar o Campeonato do Mundo de Futebol 2010 ajudar, decerto, a encontrar respostas. Neste artigo, apresentamos um estudo que incidiu em formatos informativos sobre este grande evento meditico, emitidos nos canais generalistas e temticos entre os dias 11 de Junho e 11 de Julho de 2010 (datas de arranque e fecho do Mundial de Futebol da África do Sul). Essa anlise, que incidiu em 604 emisses, procurou conhecer as formas de integrao do telespectador nas emisses televisivas e quem foi chamado aos estdios televisivos para participar nos debates a promovidos. Os dados apurados demonstram claramente que esta TV do Mundial continua pouco aberta participao do pblico e circunscrita a um grupo restrito de convidados, a maior parte dos quais oriundos da classe jornalstica. No possvel falar-se numa terceira fase do audiovisual. A hiper-televiso pode esperar.
Resumo:
Projeto de mestrado em Polticas Comunitrias e Cooperao Territorial
Resumo:
(Excerto) pelos media que temos acesso a informao relevante sobre o mundo. O problema da crise dos refugiados, que parece novo porque nos bateu em cheio nossa porta, no foge regra. Nesse sentido, os media so e sero imprescindveis. Temos hoje acesso a uma evidente quantidade e aparente diversidade de informaes. A Internet e as redes sociais possibilitam o acesso a um grande nmero de fontes, ainda que de valia varivel. Mas inquestionvel que a informao que nos chega procede esmagadoramente de agncias e de meios que vem o mundo a partir de determinados ngulos: do seu lugar geogrfico, que condiciona, como sabemos, a relevncia das matrias escolhidas; das fontes a que os media tm mais facilmente acesso ou daquelas que se organizam para fazer valer determinados pontos de vista e interpretaes sobre a realidade junto dos media; e, naturalmente, das estratgias e interesses dos grandes grupos mediticos que detm e controlam os media. Por exemplo, constata-se que as televises, rdios e jornais focam muito mais o problema humanitrio dos refugiados e os impactos que eles provocam em diferentes regies da Europa do que a complexa e dramtica situao da gigantesca mquina que produz refugiados que, em certos aspectos, a prpria Europa alimenta. Apesar de tudo, os media no so todos iguais. Em muitos deles, h profissionais que procuram fazer um trabalho de qualidade. E atravs das redes sociais temos, com alguma frequncia, acesso a dados que repercutem os grandes rgos de informao ou do visibilidade a vozes e vises alternativas. Porm, tudo somado, no podemos estar seguros de ter, partida, acesso a informao relevante, rigorosa e completa sobre uma matria to complexa e delicada como a que est por detrs da crise dos refugidos. Isso exige procura em fontes diversas, trabalho comparativo, anlise crtica, acompanhamento atento, debate. O Seminrio Permanente de Educao para os Media, que tem funcionado no quadro do Centro de Estudos de Comunicao e Sociedade da Universidade do Minho procura, com esta Agenda de Atividades, proporcionar algumas pistas e ferramentas para esse posicionamento crtico e esclarecido. Para isso, contou com contributos de diversos quadrantes, que corresponderam ao desafio que lhes foi lanado.
Resumo:
As manifestaes de intolerncia em nome da religio (do agressor) e/ou com base na religio (da vtima) comummente referidas como intolerncia religiosa esto na origem das maiores violaes de direitos humanos de que h memria e tm sido um motivo de constante preocupao para a comunidade internacional desde que esta chamou a si o papel de guardi do respeito pelos direitos humanos, no ps-segunda guerra mundial. A liberdade de religio ou crena e a proibio de discriminao com base na religio figuram nos principais tratados internacionais de direitos humanos, tanto de mbito mundial como regional, o que permite presumir a existncia de um consenso alargado quanto a estes valores, mas o desrespeito pela liberdade de religio ou crena continua a ser muito comum e tem conduzido, em vrias partes do mundo, a perseguies, guerras e muito sofrimento. Ciente disto mesmo, a Assembleia-Geral das Naes Unidas proclamou, em 1981, a Declarao sobre a Eliminao de Todas as Formas de Intolerncia e Discriminao Baseadas na Religio ou Crena, em que, entre outras consideraes, repudiou qualquer utilizao da religio para fins incompatveis com a Carta das Naes Unidas e disse ser essencial promover a compreenso, a tolerncia e o respeito nas questes relativas liberdade de religio ou crena. Desde ento, os apelos tolerncia e ao dilogo interconfessional e inter-religioso no mais cessaram, tendo conhecido um impulso muito significativo na sequncia dos atentados terroristas de setembro de 2001, levados a cabo em nome do Islo. Entretanto, a associao entre extremismo religioso, terrorismo e Islo, apesar de rejeitada pelos organismos internacionais de direitos humanos, tornou-se um lugar-comum, o que tem vindo a criar dificuldades no despiciendas para o exerccio da liberdade de religio por parte dos muulmanos na dispora. Como observado pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, em 2013, a propsito do referendo que proibiu a construo de minaretes na Sua, apesar de ser geralmente aceite que as comunidades religiosas so mais bem protegidas na Europa do que em África, na sia e no Mdio Oriente, tambm na Europa e, diremos ns, no resto do mundo ocidental continuam a verificar-se manifestaes de intolerncia e entraves efetivao dos direitos liberdade de religio e no discriminao com base na religio, sendo manifesto que aqui os muulmanos esto entre os mais afetados. Os problemas resultantes da intolerncia fundada na religio no se resumem, no entanto, nem aqui nem noutros lugares do mundo, aos que envolvem os muulmanos, seja como vtimas ou como algozes. Mau grado os esforos da comunidade internacional, a intolerncia toca, de uma forma ou de outra, todas as crenas e confisses religiosas, incluindo ateus, agnsticos e povos indgenas.
Resumo:
Com este artigo, pretendemos observar de que modo a portugalidade termo cunhado durante o Estado Novo pontua a construo da lusofonia, que um conceito ps-colonial. No obstante afirmar-se que apenas falta coloc-lo em prtica, o conceito de lusofonia no consensual, subsistindo vrios equvocos interpretativos. Ou se olha para ele a partir de uma centralidade portuguesa, reconstruindo as narrativas do antigo imprio, pela via do luso-tropicalismo ou ainda numa lgica de histria do ressentimento. Ainda que, de forma residual, o discurso poltico portugus faa a ligao entre portugalidade e lusofonia, conclumos que ambos os conceitos, quando associados, so incompatveis, j que remetem sempre para uma centralidade portuguesa, o que no compaginvel com uma lgica ps-colonial, de interculturalidade.
Resumo:
Tese de Doutoramento em Estudos da Criana (rea de especializao em Sociologia da Infncia).