2 resultados para Danticat, Edwige, 1969-. Brother, Im dying

em Universidade do Minho


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O presente artigo é o recorte de um estudo produzido numa escola pública portuguesa, com três turmas: pré-escola, 1º e 3º ano. Aborda crítica e propositivamente o contexto socializador institucional, com especial atenção a prática de bullying entre pares. O Material levantado através de grupos focais com crianças, observações do cotidiano escolar e, entrevistas à educadora, professores, assistente e auxiliares, revela o bullying enquanto fenômeno ativo nas três turmas. Entretanto, o discurso adulto, docente e da equipe técnica, exceção do que observa um professor, é coeso na referencia a um ambiente escolar livre dessa forma de violência. As narrativas infantis reconhecem-nas e, inicialmente as circunscrevem aos pares de etnia cigana, posteriormente, e nos desdobramentos da dialogicidade estabelecida, tratam de um protagonismo alargado para além de fatores étnicos, e, na primeira pessoa. Os dados gerados indicam haver relações entre um modelo escolar centrado no trabalho individual e no mérito acadêmico com os papeis sociais de cada criança. Baixo desempenho acadêmico e desinvestimento docente estão presentes no perfil das crianças vitimadas. Nos recreios, tempos e espaços preferidos pelas crianças, o que não representa menor investimento ou valor às ações e compromissos implicados no exercício do ofício de aluno, atos de bullying são facilmente perceptíveis. Órfãos do olhar curioso e interessado nas culturas infantis, produzidas no brincar, são um campo previsível de violências entre os pares. Também permitem observar um núcleo comum às crianças diretamente envolvidas com o bullying: vítimas e agressores enfrentam dificuldades para participar, com pleno envolvimento lúdico, de jogos e de brincadeiras. Perceber a criança real, nas suas especificidades, competências e direito de participação é um desafio posto a escola, não só para fazer frente às diversas formas de violência, mas especialmente para promover uma socialização inclusiva, de bem estar e de respeito ao que é próprio da infância.

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(Excerto) Poder-se-á dizer que há uma informação televisiva “pré” e “pós” “Big Brother”? Detendo-nos nos programas de informação não-diária dos canais generalistas portugueses, procuraremos perceber de que forma o horário nobre, nomeadamente dos canais privados, se esvaziou desse tipo de programação. Esta é uma pequena parte de uma investigação que estamos a desenvolver no projecto de doutoramento e, por outro lado, integra-se num trabalho do grupo Mediascópio que recentemente analisou casos que, no início deste século, alteraram o modo de encarar/fazer jornalismo. Tendo aqui como referência os anos de 1999 (altura em que ainda não estavam no ar as chamadas “novelas da vida real”) e de 2003 (ano após o qual todos os canais generalistas já tinham emitido esse tipo de programas), procederemos a uma análise da informação não-diária no segmento do “prime time”, salientando as tendências do jornalismo televisivo que, nos últimos anos, se vem desenhando no pequeno ecrã.