Interpersonal and attitudinal factors in women's work role: Cross-cultural comparison

The last four decades have seen a dramatic increase in the number of women entering employment. This is particularly true in Europe and although more European women are working outside the home, the patterns of female employment have changed very little. An analysis of these patterns is presented. It was found that women continue to dominate specific fields, particularly teaching and service providing. An investigation of the interpersonal behavior differences among 117 American women from the southeastern United States in three work roles--homemakers, women in traditional occupations, and in nontraditional occupations--was conducted and the sex-role orientation, attitudes toward success, and demographic indicators were examined in order to consider the interplay of these variables with female occupational role and interpersonal behavior. A second focus of the study is on the cross-cultural comparison of the psychological and work variables in women of two different cultures: America and Portugal. Thirty-one Portuguese women were a preliminary comparison sample. The American results showed significant differences between groups in self-perceived interpersonal behaviors and the findings contradicted current stereotypes. The cross-cultural data, although preliminary, indicates differences between the countries in social desirability, aggressive and assertive behaviors, and in sex-role attitudes, which seem to reflect the different stages of economic development. (MKA)

O autorretrato em literatura: ilustração e ruína

A aplicação ao caso literário do termo e do conceito de retrato, aqui incluindo a espécie mais tardia do autorretrato, não é hoje fluente, apesar da reconhecida permeabilidade do género a inúmeras linguagens artísticas e apesar de uma longa tradição de descrições de figura – particularmente no que toca a representação poético-retórica da beleza feminina – que recua à poesia clássica. Partindo de uma possível distinção entre autorretrato literário e variantes várias de escritas intimistas e autobiográficas com as quais delineia fronteiras nem sempre rigorosamente nítidas, é nosso propósito ilustrar, recorrendo a casos selecionados, modos de concretização verbal de autorretrato que se distanciam progressivamente de um paradigma representativo fundado na perceção e na semelhança, aproximando-se ao contrário de registos de rasura, apagamento, ruína, cegueira que questionam uma noção de identidade estabilizável em imagem (visual ou mental), encaminhando o gesto autorrepresentativo para uma meditação sobre a diferença e sobre o irreconhecimento; no limite, para uma condição fora do visível e porventura, arriscando os seus mais básicos pressupostos, para lá da representação.